O JEC terminou a temporada em alto estilo, vencendo a Copa Santa Catarina e conquistando a importantíssima vaga na Copa do Brasil.
Como quase em todo clube e, principalmente das séries de acesso, vários atletas são dispensados, mais tantos outros são contratados. No entanto, essa questão no Joinville é uma rotina o ano inteiro.
A todo instante a diretoria vem a público, através das famosas coletivas, anunciar a contratação de novos atletas e a dispensa de alguns.
É claro que atletas que não estão correspondendo não devem ficar no clube, mas entendo que isso não possa ser uma regra do ano todo. E mais: se tantos atletas não correspondem em campo, não estariam as contratações sendo feitas de maneira errônea?
Vejo o Tricolor a cada dia se firmando mais dentro de campo. Fez um primeiro turno fantástico no Brasileirão da Série B, comprovou e demonstrou a sua capacidade, mas a diretoria precisa colaborar e demonstrar o mesmo profissionalismo extracampo.
Trocar de maneira descabida e em grande número de jogadores não pode ser algo útil e proveitoso ao time.
Ou seja, antes de sair contratando para apenas dizer que contratou, que se faça a coisa de uma forma profissional, que se estude as condições do atleta e conheça o seu futebol, principalmente, pois contratar para fazer volume, não entendo onde possa ser positivo ao clube.
Para mim, se for paa ficar contratando qualquer um, prefiro que nem contrate. Manter uma base é fundamental para que existe uma equipe jogando coesa.
Como um técnico vai arrumar a suca "casa" se a toda hora tem hóspede novo e alguns indo embora?
Ahhh, falando em base, e a base? Atletas na base do clube e não base do time. Outra coisa fundamental que ficou esquecida por algum tempo no Joinville, prata da casa faz diferença, investir nesses jovens compensa ao clube em todos os sentidos, inclusive financeiro (caso Ramires).
Volto a elogiar o JEC pela sua temporada, mas não posso concordar com esse troca troca o ano inteiro.
sábado, 15 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
A tortuosa e gratificante missão de ser um Sociólogo em Joinville
POR CHARLES HENRIQUE VOOS
Octávio Ianni |
Em Joinville, segundo as minhas breves pesquisas, o primeiro contato de um sociólogo com a cidade aconteceu através do Plano Básico de Urbanismo em 1965, momento em que o Dr. Octávio Ianni (1926-2004) fez uma análise da conjuntura social de nossa cidade, e montou um capítulo específico sobre este tema no referido plano.
Desde lá tivemos vários profissionais que se utilizaram da sociologia para embasar seus estudos, mesmo não possuindo formação específica em Sociologia (graduação ou licenciatura). Podemos citar Carlos Ficker, Adolfo Bernardo Schneider, Carlos Gomes de Oliveira, Thereza Bobbel, Raquel S. Thiago, Valdete Daufemback, Belini Meurer, Dilney Cunha, Ilanil Coelho, Naum Santana, Luiz Alberto de Souza, Regina Colin, Apolinário Ternes, Afonso Imhof, dentre tantos outros colegas de Ciências Humanas e outras áreas do comnhecimento, para os quais peço desculpas por não citar aqui.
Entretanto, no dia de hoje quero parabenizar os meus colegas de profissão que, a partir dos anos 90 vão dominando um espaço inabitável dentro da produção e repasse de conhecimento na cidade de Joinville. Moramos e atuamos em uma cidade industrial, onde a técnica é mais importante que o conhecimento pleno, o trabalho fala mais alto que o estudo, o empresariado local é visto como semideus, políticos se assemelham a coronéis urbanos, planejamento urbano é feito pelas mãos de poucos para poucos, escolas interditadas e mídia parcial em muitos casos. O sociólogo apareceu nesta cidade para abrir os olhos da população para muitas coisas, e me sinto orgulhoso por fazer parte desse cenário desde 17 de julho de 2009. Tortuoso, difícil, desanimador (já pensei em me mudar daqui várias vezes), mas é extremamente gratificante mudar um paradigma com os ensinamentos, alertas e palavras proferidas.
Por este motivo, cito aqui Darci dos Santos Filho (meu primeiro professor de Sociologia no ensino médio), Roberta Nabuco, João Manfio, Karolina Mattos Roeder, Viviane B. Marques e tantos outros colegas Sociólogos que ainda não tive a oportunidade de conhecer pessoalmente e que atuam na cidade de Joinville. Seja em qual subárea for (Sociologia Urbana, Econômica, do Trabalho, Rural, Gênero, Cultura, Poder, Políticas Públicas, etc) todos estes profissionais são guerreiros e se posicionam perante a cidade de Joinville e o mundo. Infelizmente não temos nenhum curso superior em Ciências Sociais na região norte de Santa Catarina, mas mesmo assim resistimos a opressão ideológica de alguns setores dominantes para fazer aquilo que mais amamos. E este é o momento de dizer para todos, em alto e bom som: EU SOU SOCIÓLOGO E TENHO O MAIOR ORGULHO DISSO.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Islamofobia e liberdade de expressão
POR ET BARTHES
Uma campanha islamofóbica no metrô de Nova Iorque. Diz mais ou menos: "entre o homem civilizado e o bárbaro, apoie o civilizado". E pode o apoio para Israel no conflito com a Jihad. Uma das moças do filme não gostou e decidiu pichar um cartaz. A outra tentou impedir, alegando a liberdade de expressão. E ficou naquela de pinta, não pinta, pinta, não pinta... No fim, a intervenção das forças dos EUA parece ser claramente pro-Israel. Em tempo: o filme tem uns dois meses.Joinville, a 25ª cidade mais rica do Brasil!
POR GUILHERME GASSENFERTH
Saiu ontem, dia 12 de dezembro, o novo ranking do PIB
(Produto Interno Bruto) dos municípios brasileiros de 2010. E nossa cidade tem
excelentes notícias: após crescer apenas 1% entre 2008 e 2009, Joinville deu um
salto, atingindo um PIB superior a 18 bilhões de reais, o que a classifica como
25ª produção brasileira.
Nosso município está à frente de cidades importantes como
Belém do Pará, Ribeirão Preto e Santo André. Sozinha, Joinville revela uma
economia superior ao do estado de Tocantins inteiro. Nosso município responde
sozinho por 0,5% do PIB brasileiro. Embora seja apenas o 36º colocado em
população no Brasil, o município de Joinville tem o 25º PIB do país. É
importante ressaltar que Joinville está à frente de outras 15 capitais
brasileiras.
Quando apenas o contexto de Santa Catarina é analisado,
Joinville assume uma posição de ainda mais destaque. Nosso produto interno
bruto representa 12,1% do PIB de Santa Catarina, ainda que tenhamos menos 8,24%
da população do Estado. Um dado que impressiona é que o PIB de Joinville é
maior que o das 201 cidades com menor PIB de Santa Catarina somadas!
Antes de prosseguirmos num aprofundamento da análise sobre
Joinville, vale debruçar-se um pouco sobre outras questões que vieram à tona
com a liberação das informações sobre os PIBs municipais. Dentre os 10 maiores
PIBs do Estado, apenas um decresceu: Chapecó. Confesso não ter buscado
informações para entender a queda. Como entre os 50 maiores PIBs apenas o de
Chapecó e Videira caíram, posso crer que houve algum problema com a indústria
agroalimentar em 2010.
No entanto, virando a tabela de cabeça para baixo, preocupa
saber que dentre 69 municípios catarinenses viram seu PIB diminuir de tamanho
em relação ao ano anterior. Dentre os 50 menores municípios de Santa Catarina
(todos com população inferior a 3 mil habitantes), 20 diminuíram seu produto
interno bruto de 2009 para 2010. E entre as 12 cidades com menos de 2 mil
habitantes, 50% decresceram de um ano para o outro. A média de crescimento nominal dos
50 menores municípios foi de apenas 3,6% de 2009 para 2010, enquanto a média
dos 50 maiores foi de 16,4%.
Estas disparidades revelam (em análise pessoal sem qualquer
cunho científico) uma perigosa tendência de decréscimo econômico em cidades
muito pequenas. É preciso avaliar esta questão com cuidado, buscando saber se a
descentralização tem realmente sido eficaz com o interior do Estado.
Na microrregião de Joinville (formada por Araquari, Baln.
Barra do Sul, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville,
Massaranduba, São Francisco do Sul e Schroeder), temos 3 cidades entre as 10
maiores: Joinville, Jaraguá e São Francisco do Sul. O PIB de nossa microrregião
é de 20,4% do PIB do Estado, ou seja, de substanciais 31 bilhões de reais.
Entre as 10 cidades cujas economias mais cresceram em SC,
duas estão em nossa microrregião: Araquari (59,9%) e Joinville (38,4%). Aliás,
o crescimento tão exacerbado numa cidade do porte de Joinville é realmente
admirável! Vale informar que o crescimento nominal médio das cidades da microrregião
foi de 25,2%, sendo que a única cidade a crescer menos de 10% foi Guaramirim,
que marcou 9,7% de variação de 2009 a 2010.
Araquari já alcançou PIB superior a meio bilhão de reais, e
com a instalação de fábricas novas nos últimos dois anos e a concretização da
instalação da BMW certamente alçarão o município aos 15 maiores PIBs do Estado
muito em breve. A cada dia que passa torna-se mais importante que Joinville dê
atenção a esta vizinha.
PIB E DESENVOLVIMENTO
Muito embora os dados sejam muito positivos para Joinville,
há uma série de questionamentos a se fazer. O PIB alto representa necessariamente
vantagem para os habitantes de uma cidade?
Há de considerar o fato de que quanto mais aquecida é uma
economia, geralmente mais dinheiro possui uma prefeitura, mais empregos são
gerados, aumenta-se a renda e um ciclo positivo se instaura.
Nossos indicadores, no entanto, revelam que há dados
preocupantes e que devem ser levados em consideração. Vamos falar um pouco
sobre PIB per capita, qualidade de vida e felicidade. Eu iria acrescentar uma
análise sobre desigualdade social, mas o coeficiente de Gini mais atual que
encontrei é de 2003.
O PIB per capita de Joinville é o 10º melhor de SC e o 175º
maior do Brasil. O PIB per capita local é de R$ 35.854,42, em 2010. No entanto,
este número representa pouca relação com benefícios à população. O cálculo em
feito levando em consideração a produção total do município dividindo pela população.
Na cidade brasileira com maior PIB per capita, São Francisco do Conde (BA), não
há esgoto tratado, a mortalidade infantil é superior ao preconizado pela OMS e
apenas metade da população tem acesso à água encanada. É a prova de que PIB per
capita não significa necessariamente desenvolvimento.
Há ainda a possibilidade de avaliar-se o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), que supostamente mede a qualidade de vida dos
habitantes de uma localidade. O IDH de Joinville é de 0,857, o que faz de nossa
cidade a 13ª colocada no Brasil. No entanto, a base de cálculo do IDH é muito
superficial, abrangendo apenas PIB per capita, expectativa de vida ao nascer e
anos médios de estudo e anos esperados de escolaridade. Qualidade de vida vai
muito, mas muito além disto.
Ao buscarmos indicadores de infraestrutura, apenas um deles já demonstra nossa fragilidade: pavimentação. Joinville é uma das cidades médias brasileiras com menores índices de pavimentação: apenas 60% da população local vive em ruas pavimentadas, enquanto em cidades como Sorocaba e Ribeirão Preto, com PIB menor que nosso, mais de 95% dos moradores vivem em ruas pavimentadas.
Por outro lado, há sensível melhora joinvilense no IFDM, Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal. Em 2008 éramos o 142º município brasileiro, em 2009 passamos a 88º e em 2010 (último índice) figurávamos em 67º no Brasil e em 4º lugar em SC. Este índice me parece ser o mais próximo de avaliar a qualidade de vida e desenvolvimento de um município que reflita em benefícios aos cidadãos.
Por outro lado, há sensível melhora joinvilense no IFDM, Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal. Em 2008 éramos o 142º município brasileiro, em 2009 passamos a 88º e em 2010 (último índice) figurávamos em 67º no Brasil e em 4º lugar em SC. Este índice me parece ser o mais próximo de avaliar a qualidade de vida e desenvolvimento de um município que reflita em benefícios aos cidadãos.
Deveríamos começar a medir nosso FIB, a Felicidade Interna
Bruta. Esta põe-se em contraponto ao PIB, trazendo à tona a reflexão sobre o
que mais importante: ser rico ou ser feliz? Será que nossos mais de 7 mil
joinvilenses vivendo em favelas sentirão alguma diferença por Joinville ser a
25ª cidade mais rica do país?
Riqueza é importante, economia crescente é fundamental, aumentar
a produção é vital para uma sociedade. No entanto, não podemos descuidar de
aspectos que trazem felicidade e conforto às vidas de todos os cidadãos: acesso
à saúde decente e educação de qualidade; segurança e percepção de segurança;
mobilidade; lazer e cultura; meio ambiente protegido e preservado; renda
suficiente para satisfação das necessidades. Comemoremos o PIB, sim, mas
busquemos mais pra Joinville!
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
As iludências aparudem...
POR ET BARTHES
É uma daquelas imagens que fazem ver as coisas do jeito errado. No princípio a gente até acha que é uma pessoa deficiente, numa cadeira de rodas, a sofrer com a falta de adaptação dos meios. Mas depois... é outra história. Porque as aparências enganam.Despedida
Estimados
leitores, hoje o meu texto é de despedida. Por motivos pessoais, a partir de
hoje não escrevo mais no Blog. Mas como leitora, estarei sempre presente.
Aos
leitores, anônimos ou não, obrigada pela gentileza e respeito, sempre. Com
vocês, entendi que a opinião vem com o contraponto, sempre verificando os dois
lados, assim como um pesquisador, que se despe de toda e qualquer ideia
pré-concebida, e se destitui de preconceitos, e ao enxergar com mais clareza,
podendo então tomar posição, não se torna inflexível, posto que o que julgamos
saber é apenas uma fagulha, as nossas certezas são relativas, ainda temos o
infinito para descobrir.
Colegas,
agradeço imensamente a oportunidade e o aprendizado. Zé, Jordi, Charles, Gabi,
Guilherme, ET, Sandro e agora o Felipe, já me despeço com saudade! Vida longa
ao Chuva Ácida, que tanto contribui para desenvolver o pensamento crítico e o
debate em nossa cidade!
Desejo
para todos um Feliz Natal e que a promessa do novo ano nos sirva de inspiração
para irmos atrás dos nossos sonhos! Muita paz!
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Conselho deliberativo e consultivo da Cidade
POR JORDI CASTAN
O tempo e a idade jogam com as nossas lembranças. Imagine você que durante dois anos participei, juntamente
com o prefeito eleito Udo Dohler, da Câmara Comunitária de Integração Regional
do Conselho Consultivo e Deliberativo do antigo Conselho da Cidade. E só agora
tomei conhecimento que o dito órgão colegiado não é deliberativo.
Como nasci na década de 50, assumo que a
minha memória não é mais a mesma. Não consigo lembrar se em alguma das
reuniões da nossa câmara comunitária o prefeito eleito teria comentado que a
nossa participação era de cunho meramente consultivo. E a sua entusiástica participação
tampouco fazia pressagiar algo parecido.
Foram no mínimo estranhas as declarações do
prefeito eleito no jornal A Notícia, do dia 6 de dezembro. Pode ser que depois
de eleito tenha se transformado em outra pessoa diferente da campanha. Aliás, uma
transmutação que não seria a primeira vez a acontecer com os políticos
locais. Ou pode ser que o novo Udo não seja outro a não ser o Udo de sempre. Eu
acho que é o mesmo de sempre, aquele com quem também tive oportunidade de
compartilhar diretoria da ACIJ, em outras épocas. Pior não é o fato que as suas declarações
sejam estranhas, pois há quem as tenha achado até arrogantes. Para mim, elas são
perigosas. Perigosas para Joinville, para a democracia e para o estado de direito.
Transcrevo as declarações do prefeito
eleito e comento:
CONSELHO DA CIDADE
"Nós daremos a velocidade que for
possível. É claro que há os prazos legais. Mas queremos ter esse conselho
regularizado o mais rapidamente possível. Agora, há demandas difíceis de
entender. Dar maior participação democrática ou se ater em questões como CNPJ. Quanto
maior as exigências, mais complexo o processo, mais demorado. E temos que
lembrar que o Conselho da Cidade é um órgão consultivo, não deliberativo. Se
fosse assim, não precisava mais de Câmara de Vereadores. O Executivo adota se
quiser o que o conselho aponta. Hoje, o Executivo leva em consideração o que
vem do conselho, ele é ouvido. Mas se o Executivo não quiser, vale lembrar que
ele não precisa.
Pouco há a dizer quando o prefeito eleito questiona
um processo democrático e participativo porque ele é moroso. Só mostra que
ainda não compreendeu a diferença entre ser prefeito de uma cidade do porte de
Joinville, presidente da ACIJ ou de uma empresa. É um erro pensar que a democracia atrapalha o planejamento. Ao contrário, o planejamento é uma forma
de organizar a democracia e de exprimi-la. O que devemos entender é que
com este tipo de planejamento participativo, toma-se o partido da maioria da
população da cidade, defendendo-a. Por isso ele é democrático.
A participação que agora tanto parece incomodar o prefeito eleito é a mesma que o Estatuto da Cidade tornou obrigatória por via de debates, audiências e consultas públicas. Ou, inclusive, por iniciativa popular de projetos de lei e planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano. Além da obrigatoriedade prevista no Estatuto das Cidades de consultar a população nas leis urbanísticas, poucos sabem que a Lei de Responsabilidade Fiscal obriga o prefeito a fazer audiências públicas e expor à comunidade, anualmente, os gastos previstos no orçamento, antes de enviá-lo à Câmara de Vereadores.
A participação que agora tanto parece incomodar o prefeito eleito é a mesma que o Estatuto da Cidade tornou obrigatória por via de debates, audiências e consultas públicas. Ou, inclusive, por iniciativa popular de projetos de lei e planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano. Além da obrigatoriedade prevista no Estatuto das Cidades de consultar a população nas leis urbanísticas, poucos sabem que a Lei de Responsabilidade Fiscal obriga o prefeito a fazer audiências públicas e expor à comunidade, anualmente, os gastos previstos no orçamento, antes de enviá-lo à Câmara de Vereadores.
Mais preocupante é quando afirma que o
Conselho da Cidade é um órgão consultivo. A afirmação de que o Executivo pode
ou não considerar o parecer do Conselho da Cidade e pode até não consultá-lo é
estulta e não corresponde à verdade.
Para refrescar a memória do prefeito eleito, tomo a
liberdade de transcrever parte da primeira ação popular em que o mesmo figura
como réu na qualidade de ex-integrante do Conselho Consultivo e Deliberativo (CCD)
previsto na Lei 299-2009 (revogada)
“Como se sabe, foi na Constituição Federal de 1988
que institucionalizou-se o Direito Urbanístico. Percebeu o legislador
constituinte que a política urbana adquiriu uma nova dimensão, conquanto o
ordenamento do solo não poderia mais ser pensado e planejado como se fosse um
compartimento estanque, ignorando aspectos econômicos, sócio-culturais e
ambientais.O dogma do direito absoluto da propriedade oriundo do pensamento
clássico burguês e liberal foi substituído pela função social da propriedade
urbana, previsto no art. 1821 e parágrafos 1º e 2º da CFRB/1988, estabelecendo
uma conformação que assegure o pleno exercício do direito à Cidade por todos os
seus habitantes, integrando-o à ordem urbanística como categoria de direitos
difusos e meta-individuais, de interesse de toda a sociedade, tutelados não só
pela Carta Magna, mas pelo próprio Estatuto das Cidades, em vários dispositivos
legais. Em decorrência do preceito constitucional citado, a política de
ordenação territorial tornou-se um conceito espacial, que passou á regular o
espaço urbano em sua dimensão “física, econômica, social, sócio-cultural e
ambiental. Todos estes aspectos reunidos representam o direito à Cidade,
englobando o direito à moradia, á regularização fundiária, aos serviços de
saneamento básico, à saúde, ao trabalho, á educação ao lazer, à gestão
democrática da cidade e ao meio ambiente sustentável e equilibrado.Em termos
contemporâneos interessa o conceito de direito à cidade e sua respectiva gestão
democrática como instrumento de participação cívica, englobando o território, a
ordenação resultante do Plano Diretor, a efetiva interação entre governo e
sociedade na discussão dos projetos de lei de ordenamento territorial, como
normatização resultante do Estatuto da Cidade, repudiando-se qualquer
conformação simplista de regulamentação do ambiente construído.”
LOT
A lei está se arrastando. Havia expectativa
de ser aprovada este ano, o que não ocorreu. A cidade perde muito. A
expectativa é que os novos vereadores assimilem isso com rapidez, senão pode
demorar mais tempo. E quem perde não é o vereador ou o prefeito, mas a cidade.
Na semana retrasada estive em São Paulo. Tem um investidor importante
disposto a construir uma fábrica em Joinville. Ele disse que logo no início do
meu governo tinha interesse de vir para a cidade. Eu disse que Joinville está
de portas abertas. Hoje, o certo era eu ligar para ele e dizer para não vir
mais em janeiro e aguardar a aprovação da LOT. Não acontece nada com a cidade
nesses próximos dois anos se a lei não for aprovada. Todos os novos
empreendimentos ficam em incerteza jurídica. Mas agora vou dizer a um
empresário que ele é bem-vindo a Joinville, mas que vai depender que seja
aprovada uma lei especial para ele poder se instalar? Na hora, ele vai
para outro município. Nós vamos acordar para a necessidade da nova LOT quando
começar a faltar emprego na cidade. Oxalá que até lá haja uma solução.
O prefeito eleito afirma que há em Joinville um
vazio legal a impedir o desenvolvimento da cidade, o que tampouco é certo. Não
há sequer incerteza jurídica. Joinville tem uma lei clara, que foi inclusive
recentemente consolidada pela nossa Câmara de Vereadores. Uma lei que garante a
legalidade e nem por isso novas empresas tem deixado de se instalar em Joinville.
A prova é que a economia joinvilense está muito bem, obrigado. E tem crescido nos últimos dois anos, contradizendo o quadro
de paralisia apresentado no seu discurso desenvolvimentista. O Prefeito
eleito declara que para esta suposta nova empresa com a que fez contato em São
Paulo, a lei atual não é adequada, sendo preciso criar uma lei urbanística
especial para atender as necessidades deste investidor.
Bom, é justamente
contra este clientelismo que a sociedade está se insurgindo. Mudar a lei
constantemente para atender a este ou aquele empreendimento é uma violência
contra os empresários aqui instalados e cumpridores da legislação atual. É
justamente a forma como estas situações são postas e defendidas o que
causa estranheza. Será que não percebe? A situação que ele apresenta com
tanta naturalidade poderá macular o princípio da impessoalidade da lei? Não se
trata aqui de atender ou deixar de atender os desejos e vontades do prefeito
eleito e de seus apoiadores. O que está em discussão é o modelo de cidade e
principalmente o modelo de gestão democrático do espaço urbano.
FUNDEMA
Na Fundema, é preciso de uma
liderança forte, que possa agilizar as demandas. O licenciamento ambiental é muito moroso.
Pensamos em estabelecer uma cooperação entre Fundema e Fatma para melhorar os
processos. Também temos técnicos excepcionais na Fundema que, se mais bem
equipados, podem trabalhar nessa agilidade. Em Minas Gerais, se o poder público
atrasa um licenciamento, libera um provisório. É uma ideia que pode ser
adotada.
O prefeito eleito incorre no mesmo equívoco,
o que pode se caracterizar como uma constante na sua forma de pensar. O
presidente da Fundema, seja ele quem for, deverá ser um profissional competente
que cumpra e faça cumprir a lei. Respeitando os prazos legais e concedendo ou
não as licenças correspondentes. Se “agilizar” está sendo colocado como
sinônimo de redução das exigências legais, amparado na sua liderança forte, é
uma afirmação perigosa. A gravidade aumenta se o que se pretende agilizar são
as “demandas”. Quais demandas? As de todos os munícipes que precisam dos
serviços da Fundema ou só dos que tem demandas específicas que exigem até mudanças
na legislação? Liberar licenciamento provisório é uma solução que agrada a quem
tem pressa e quer criar fatos consumados. O esforço e o ímpeto deveriam se
direcionar a reduzir prazos e exigências e para isso não é preciso uma
liderança forte é preciso competência, conhecimento e bom senso.
Curiosa à mudança de discurso do pré-candidato,
agora prefeito eleito. Se continuar mudando o discurso, vou começar a ficar com
medo do que poderá ser o discurso do prefeito depois de empossado.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
A doce arte de assassinar reputações
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Não é preciso estar muito atento para ver as
tentativas de assassinato de reputação que alguns meios da imprensa brasileira
produzem contra os seus desafetos. Falsos testemunhos, denúncias orquestradas
ou depoimentos suspeitos fazem parte da estratégia. Mas o que antes parecia ser
território exclusivo da imprensa, agora também se espalhou pelas redes sociais.
Digam lá, leitor e leitora, quantas vezes por
dia vocês recebem denúncias mandrake nas redes sociais? O bolsa-bandido. A casa
milionária do Lulinha. Os gringos que querem tomar a Amazônia. A fortuna
pessoal de Lula, que apareceu na capa da Forbes como milionário (uma grana
calculada em cerca de R$ 2 milhões). Ou que Dilma liberou Belo Monte e o chefe
Raoni chorou. E por aí vai. Houve um tempo em que me dava ao trabalho de
desmentir. Mas é um trabalho de Sísifo e deixei para lá.
O fato é que as coisas também podem acontecer numa
escala menor, no nosso dia a dia. Hoje pela manhã, ao dar uma olhada no
Facebook, dei de cara com um post a dizer: “outra denúncia recebida pelo PSB
Mulher que precisa ser verificada a veracidade dos fatos”. Era uma espécie de
denúncia sobre uma festa de formatura da Fundamas, de alunos ainda não formados
e que teria mesmo contado com a presença do presidente da entidade e do prefeito
Carlito Merss.
Não interessa discutir aqui se houve algum
regabofe na praia. Não tenho os fatos e nem vontade de correr atrás. Que
investigue quem tem a obrigação de investigar. Se houver alguma ilegalidade,
que seja usada a lei. Se houver alguma imoralidade, que seja o cidadão a fazer
o julgamento. O que interessa discutir é a forma displicente como as pessoas
andam a disparar denúncias pelas redes sociais sem se preocuparem em checar os
fatos.
Porque o próprio texto do post (numa frase mal
formada) afirma que “precisa ser verificada a veracidade dos fatos”. E, no
entanto, a autora publica a tal denúncia sem qualquer verificação. Ora, isso
tem um nome: leviandade. Qualquer pessoa de bom senso sabe que os fatos tem, no
mínimo, duas versões. Sem a versão dos acusados – sejam culpados ou não – o que
a pessoa está a fazer é prestar um desserviço à democracia.
O resultado prático dessa leviandade é que o
texto se espalhou e deu origem a três partilhas e quatro dezenas de
comentários (a expressiva maioria negativos). Mas uma coisa ficou evidente: muitas
pessoas envolvidas nessa difusão da denúncia não parecem estar interessadas na
verdade, mas apenas em detonar a reputação das pessoas. Não é preciso ser
jurista para saber que as pessoas são inocentes até que se prove a culpa.
Vou repetir. Não estou a defender as pessoas
envolvidas na tal denúncia, até porque não as conheço. Se erraram, que paguem.
Mas essa lógica deve valer também para a pessoa que espalhou uma notícia. Publicar uma denúncia que admite precisar de
confirmação é uma forma de iniciar uma tentativa de assassinato de reputação. E se o que o post insinua não for confirmado? Aliás, se não houver qualquer ilegalidade, acho
que a autora também deveria enfrentar o rigor da lei.
Ética...
domingo, 9 de dezembro de 2012
Publicidade e a questão de gênero
POR FERNANDA POMPERMAIER
A Suécia há muitos anos discute essa questão e nota-se no dia a dia a diferença. Os homens não tem o hábito de olhar para as mulheres de forma maliciosa, sabe aquela secada? Não existe. Mesmo que a mulher esteja de míni-saia. E isso acontece porque para ele, ela é uma igual e não um objeto de desejo que precisa ser apreciado. É muito comum ver homens empurrando carrinhos de bebês, fazendo sua parte nos afazeres domésticos, conversando ou negociando com a mulheres com respeito e igualdade. Esses são apenas alguns exemplos, eu poderia continuar On and On. Há 3 semanas, por exemplo, meu marido teve na empresa, uma palestra com todos os funcionários sobre a igualdade de gêneros. As iniciativas estão em todos os espaços, toda a cultura da sociedade tem essa questão em pensamento. E é claro que isso reflete na publicidade.
Aqui vou abrir um parêntese, em algum momento da minha vida eu achei que a televisão aberta brasileira era essa porcaria porque era isso que a maioria das pessoas queriam ver e claro, dá audiência. Hoje penso que a televisão é responsável pela construção intelectual do seu público. Por exemplo, algumas pessoas, como eu, acham absurda a quantidade excessiva de mulheres semi-nuas na nossa tv. Você quase não consegue assistir um programa sem que apareça alguém sem roupa, um estímulo sexual que eu preferiria guardar para um momento a dois e não assistir com a família inteira no sofá da sala. Mas quem nasceu após os anos 80 ou 90 está tão habituado a essas imagens que nem as percebe mais. Que tipo de exigência tem esse telespectador? Se boa parte da sua formação cultural esta relacionada a nossa tv, estamos ferrados.
Voltando à publicidade.
Podemos achar que o anúncio que ponho a seguir é um resultado da cultura sueca ou ele foi elaborado com o objetivo de colaborar com a igualdade entre os gêneros dentro da cultura sueca?
Para quem acha estranho ver menino brincar de boneca, como pedagoga te digo que a criança brinca para compreender o mundo adulto. Se ela vê o pai cuidando de um bebê, ela vai querer repetir o gesto e experimentar essa sensação. Se você como pai quer participar de verdade da vida do filho tem que estar presente em todos os momentos, não só quando está limpo e alimentado. Então compreenda que essa é uma brincadeira importante e inofensiva.
O anúncio é atual e certeza, tem o objetivo de vender para pais conscientes de que seus filhos tem o direito de brincar sem repressão.
http://laughingsquid.com/swedish-toy-company-publishes-a-gender-neutral-holiday-toy-catalog/
Fernanda é joinvilense, professora de educação infantil e mora na Suécia há quase 2 anos. Escreve o http://vivernasuecia.blogspot.com.br/
Quer companhia para caminhar?
ET BARTHES
Você quer dar uma caminhadinha básica e não tem companhia? Veja o filme e descubra que ela pode estar onde menos espera.sábado, 8 de dezembro de 2012
Agora que pobre anda de avião...
POR ET BARTHES
O humorista Marcelo Adnet dá a maior zoada com as elites brasileiras. E fica uma pergunta: será que tem gente que pensa assim?Amargo? Doce, doce feito caramelo!
Dia 03 de dezembro, 20 horas e 15 minutos, na cidade de Joinville, mais precisamente na quadra de esportes da Univille, começa a decisão da final do Estadual de Futsal.
Em quadra os eternos rivais Krona x Jaraguá começam o último duelo do ano de 2012, com toques de bola precisos, marcação efetiva, transições em quadra, defesa contra ataque, ataque contra defesa, tudo se envolve, se mistura, os ânimos vão se ascendendo orquestradamente a elevação da qualidade do jogo em quadra e, como num golpe de inopino, a meta do arqueiro Tiago é alvejada no seu alvo e Jaraguá faz o primeiro gol.
No entanto o bravo time da Krona, se esmerando em técnica e aplicando a tática exaustivamente praticada com o mestre Ferretti, assume o controle da partida, vira o jogo ao seu favor e toma conta do placar.
Eis que, num piscar de olhos, as luzes se apagaram, em outra dimensão, não estava mais numa partida de futsal, entrei na máquina do tempo e me vi nas arenas de Roma. em que a bárbarie se alastrava, homemns lutando em meio a leões, se degladiando até a morte do seu oponente mas, que nesta inefasta viagem, todos se fizeram perdedores.
Fui me encontrando na luminosidade meio turva e retornei a quadra de jogo e novamente podia acompanhar aquele jogo que tanto expressava o que há de melhor neste esporte, findando, de maneira incrível, com gol "debochado" de Leco, deixando claro quem reinava nesse picadeiro; Krona 6 x 4 Jaraguá.
Três dias após, continua a segunda etapa da decisão. Krona tem a DESvantagem do empate (é assim que vejo essa questão para o tricolor joinvilense, o empate nem sempre vem para beneficiar), recomeça a batalha e, desta vez é lá, Arena Jaraguá, local assombroso que despera os mais pérfidos sentimentos e desperta medos.
O jogo corre e la está a inexorável premissa de que Joinville é vice, vai peder de novo e nem é mais aquele super time dos idos passado recente, o fantasma toma conta dos jogadores, comissão já se faz desolada, agora era só esperar o pior, até porque Joinville já está acostumada a esse gostinho amargo, logo iria passar...
Opa, pera aí meu amigo, aqui não, acostumar com gostinho amargo só se for na casa do capeta (sendo que aquela Arena é parecidinha), Pixote chegou esse ano e sequer conhece esse tal gostinho, então tratou de mostrar que a história é outra cara pálida.
Termina o tempo normal Jaraguá 3 x 2 Krona. O empate, pois é aquele mesmo que é uma tal de vantagem, reverteu para a equipe da casa e? isso mesmo, deu treta, azedou o angu, desandou a maionese, a equipe joinvilense foi arrasadora e deixou que aqueles ávidos espectadores prontos que estavam para achincalhar, mais uma vez com a Krona, com o rabinho entre as pernas e enfiaram goela abaixo aquele famoso "vocês vão ter que me engolir"!
Apito final, Jaraguá 2 x 4 Krona na prorrogação e Joinville se consagra Tricampeão e vencedor dessa batalha que teve apenas só mais um capítulo escrito, mas dessa vez foi doce, doce como caramelo.
A Krona é V.I.C.E. - Vencedora Indiscutível do Campeonato Estadual!
Amargo é querer fazer valer atitudes que fogem do que se aplica dentro das 4 linhas. O futsal competente, técnico, jogado com a faca nos dentes, coração vibrante é feito aqui em Joinville e a Krona ergueu mais uma vez uma taça de campeão no ano de 2012.
Pra cima deles Krona!
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Isso é marketing... um strip tease
POR ET BARTHES
Não dá para saber o que a moça está vendendo, mas deve ter gente cheia de vontade de comprar. Luna Bella entrou no metrô em Montery, no México, e disse para as pessoas não se assustarem que ela faria um strip tease promocional. E fez...A veia estalinista da Veja
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Se tivesse descoberto as delícias do Photoshop
naqueles tempos, o ditador soviético Joseph Stalin certamente iria criar uma
revista semanal à qual daria o nome de “Veja”. Porque os métodos de ambos – o
carniceiro e a revista – na adulteração de fotos parecem ser muito semelhantes, apesar
de separados pelas diferenças técnicas.
Joseph Stalin, que por décadas governou a
União Soviética com mão de ferro, não dispunha de recursos como o Photoshop e o
máximo que conseguia fazer era expurgar os seus desafetos das fotografias. E muitas
vezes também os expurgou da vida real. Hoje em dia não tem estudante de
jornalismo que nunca tenha ouvido falar nos famosos os casos de adulterações de
fotos para falsear a história.
Uma das vítimas mais famosas desse apagamento foi
Leon Trotsky, que se tornou dissidente e foi extirpado em muitas fotos, em
especial quando aparecia ao lado de Lenin. Aliás, este foi um dos casos em que
o ditador não se contentou em simplesmente tirar o seu desafeto da fotografia.
O caso só acabou em 1940, com uma picareta na cabeça de Trotsky, quando ele
vivia exilado no México.
Mas o certo é que o ditador soviético fez
escola. E a brasileira “Veja”, que não curte nadinha qualquer coisa que cheira a
comunista, parece abrigar discípulos dessa técnica de aldrabar fotos.
É o caso da montagem publicada por Ricardo Setti, onde as imagens foram
alteradas para fazer o ex-presidente Lula aparecer abraçado a
Rosemary Noronha, a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo. E com a presença incômoda da própria mulher.
Todos sabemos que alguns órgãos da grande imprensa
brasileira ainda hoje andam obcecados com essa caça ao homem. Mas esse clima de
vale tudo para ferrar o ex-presidente já está a encher o saco. Pelo que tenho
lido, o jornalista pediu desculpas publicamente. Mas parece uma reação curta e tímida quando todos sabemos estar à frente de um ato que pode ser visto como crime.
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