terça-feira, 6 de junho de 2017

Veículos independentes precisam ocupar espaço



POR ALEXANDRE PERGER* - O Mirante
Joinville é uma cidade que, se já não chegou a isso, beira os 600 mil habitantes. Conta com intensa e pulverizada atividade econômica, esportiva, social, cultural e política. E não estou a falar de um ponto de vista megalomaníaco, daqueles que destaca a pujança dessa terra. Longe disso. O ponto aqui é que estamos falando de algo simples: muita coisa acontece por aqui. Todas essas áreas que citamos produzem, diariamente, fatos relevantes e histórias que merecem ser contadas.

Os 600 mil habitantes não formam uma massa homogênea e compacta, que muitas vezes querem fazer parecer. Há por essas bandas, sim, como em todas as outras, uma enorme pluralidade de vozes, pensamentos e visões de sociedade. E todas essas diferenças podem e devem dialogar (destaque para o diálogo) na construção de uma cidade melhor, mais justa, humana e igual.

Mas como poderemos jogar luz em todos esses fatos e ajudar a promover os debates necessários sem espaço para isso? O jornalismo joinvilense sofreu duros golpes recentemente: fechamento do ND, encolhimento do AN e redução de espaço na grade da RBS. Por um lado, isso é péssimo. Por outro, no entanto, surge aí a oportunidade para criar novas alternativas, sem vícios e dispostas a produzirem conteúdo de qualidade, ético e comprometido com a transformação social. 

Nesse sentido, veículos independentes se apresentam como possibilidades de ocupação desse espaço. Alguns já surgiram e tomara que outros apareçam. Precisamos de lugar para abrigar todas as Joinvilles.

*Alexandre Perger é jornalista e editor do jornal online O Mirante.

Um comentário:

  1. Que há pluralidade de vozes, pensamentos e visões da sociedade, isso não se discute. A pergunta é: qual o nível de parcialidade que os veículos de comunicação têm para expor toda a gama de pensamentos, sobretudo aqueles divergentes do jornalista, da equipe ou do jornal?

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