Documento fotográfico mostra que desde a colonização Joinville sofre com enchentes.
Nossa saga molhada começa em 1850, quando um grupo de pioneiros foi enviado para cá com o objetivo de preparar as terras para a futura chegada dos colonos. Seu líder era o representante da Sociedade Colonizadora de Hamburgo, Hermann Guenther, e coube a ele escolher o local da sede da colônia, optando pelas margens do rio Mathias, afluente do Cachoeira.
Nossa saga molhada começa em 1850, quando um grupo de pioneiros foi enviado para cá com o objetivo de preparar as terras para a futura chegada dos colonos. Seu líder era o representante da Sociedade Colonizadora de Hamburgo, Hermann Guenther, e coube a ele escolher o local da sede da colônia, optando pelas margens do rio Mathias, afluente do Cachoeira.
Quando os colonizadores de Joinville desembarcaram, em
9 de março de 1851, bem em frente onde hoje é a prefeitura (temos o monumento A
Barca para comprovação), eles seguiram pela trilha
aberta por caçadores às margens do Mathias, chegando até o abrigo cedido pela
Sociedade Colonizadora onde hoje é a Biblioteca Municipal.
Se antes da chegada dos pioneiros já viviam
portugueses na região dos futuros bairros Bucarein e Itaum, áreas mais drenadas
e menos propensas à inundações, por que a escolha de um terreno pantanoso como
centro da nossa futura cidade? A decisão de Hermann Guenther resultou em sua
demissão dois anos mais tarde, porém os colonos já haviam se estabelecido. Foram
tempos difíceis e muitos voltaram para sua terra natal. Os que ficaram construíram
nossa cidade em volta daquela área alagadiça, que cresceu e precisou ocupar
regiões mais distantes do centro, que mesmo assim sofrem com as constantes
inundações.
No plano diretor de 73 já se sabia que regiões no Vila
Nova, Morro do Meio, Jardim Sofia e outros bairros da cidade inundavam. Mas
ninguém morava por lá, então ninguém sofria. Isso não impediu a ganância de
empreendimentos imobiliários que construíram loteamentos, logo habitados por
migrantes atraídos pela riqueza industrial da chamada Manchester Catarinense.
Nesse caso, nem foi questão de incompetência como na nossa fundação, mas falta
de caráter e má gestão pública.
Com o aumento da população crescem os problemas. As
regiões alagam mais, pois há mais lixo jogado nos mananciais, o povo sofre mais
e uma solução definitiva provavelmente nunca será encontrada. O próprio rio
Mathias corre hoje sufocado por galerias abaixo de onde é a Wetzel, passando
por baixo do estacionamento do shopping Mueller, seguindo por todas as lojas da
rua 9 de Março, terminal central, Abel Schulz e finalmente deságua no rio
Cachoeira.
Abaixo algumas fotos de nossa história aquática:
Welligton Cristiano Gonçalves é designer.
Fotos: recolha do autor (parte das fotos publicadas pertence ao Arquivo Histórico).
Aquela enchente, lá na década de 10, não tem dúvida: é culpa do Carlito.
ResponderExcluirÔ seu Abobadinho do PT, tiraste a minha fala! Mas podem ter certeza que todas as próximas enchentes serão culpa do Carlito.
ExcluirStefana
Abobadinho e Stefana
ExcluirClaro que nem aquela enchente da década de 10 é culpa do Carlito, como tampouco poderia ser responsabilizado pelo plantio das palmeiras imperiais da Alameda Bruestlein.
No caso das enchentes há que diferenciar as suas causas e os seus efeitos. Há prefeitos que poderiam e deveriam ser responsabilizados por ter permitido e alguns casos até incentivado a ocupação de áreas que desde faz mais de 100 anos já se sabia que estavam sujeitas a inundação.
A liberação de loteamentos em áreas como o Jativoca, Morro do Meio ou no Vilanova tem nomes e sobrenomes que poderiam ser responsabilizados. Igual que as áreas em volta do Rio Cubatão, Jardim Paraíso e as próximas a Estrada da Ilha.
As áreas alagáveis são conhecidas desde faz décadas, no plano diretor de 1973 estavam identificadas e a sua ocupação não era permitida.
Tampouco o prefeito Carlito poderá ser responsabilizado pela ocupação dos fundos de vale, por não respeitar as margens dos rios e córregos e pela fechamento da maioria dos cursos de água da área central.
Mas será mérito da sua gestão a legalização da ocupação urbana de áreas rurais, o aumento do perímetro urbano, o aumento do nível das próximas enchentes pela redução das áreas alagáveis que servem de pulmão e reduzem, cada vez menos, a intensidade e o nível das enchentes.
Adensar o centro em nome de uma cidade mais compacta e ao mesmo tempo aumentar o perímetro urbano em quase 20% será a grande marca da sua gestão.
De que área especificamente vc fala, Jordi? Me parece que as marcas principais foram diminuir as enchentes na rua Timbó, fazer limpeza sistemática das bocas de lobo e impedir a elevação da rua Minas Gerais como queriam fazer, inundando mais ainda o Nova Brasília. Até pq, pra fazer expansão urbana é preciso o apoio da Câmara de Vereadores e vc sabe como foi isso no governo Carlito.
ExcluirÓtimas fotos, só comprovam que o histórico de enchentes em Joinville é antigo.
ResponderExcluirEstas fotos de antigas enchentes em Joinville invadiram ultimamente a rede, como numa tentativa de explicar que a culpa não é dos políticos e sim da Natureza.
ResponderExcluirTodos concordamos que a demissão do tal do Hermann Guenther foi pouco, deveria ser pendurado em praça pública. Provavelmente já era um aspone e foi pendurado em outro cabide.
O que não podemos aceitar é a falta de planejamento e competencia, que insiste em politicas que impermeabilizem ainda mais a cidade, que permitam ocupações em áreas à montante das já historicamente inundáveis ou das que não tenham aptidão para ser urbanas.
E isto a Lei de Ordenamento Territorial, sacramentada NESTE governo, está repleta.
Na foto da "década de 40" tem um "maluco" de calção com a mão na cintura. É uma espécie primitiva do "oilman" joinvilense...
ResponderExcluirE na foto da década de 40, onde aparecem pessoas na porta das Casas Pernambucanas, tem um cara de terno e gravata, mas sem as calças (deve ser chamado terno?). Os anos 40 devem ter sido pródigos em malucos beleza. Abobadinho do PT.
ExcluirÉ um manequim.... kkkkkkkkkk ta mesmo pelado.
ExcluirNa foto de 1920 to vendo a palmeira do Osman morta!!!
ResponderExcluirEspera aí! A culpa das enchentes (antigas e novas) não são da gestão anterior?
ResponderExcluirAntes da chegado do engenheiro Hermann Guenther, os agrimensores Leonce Aubé e Jerônimo Coelho estiveram no local, para demarcar o lote e escolher o lugar da povoação. Para local da cidade foi escolhida a área demarcada pela confluência dos rios Jaguarão e Cachoeira, mais ou menos onde seria hoje a rua Porto Belo, bairro Bucarein. Quando o engenheiro Guenther chegou, desprezou esta indicação e escolheu as imediações do rancho de M. Frontin, onde havia um pequeno porto para as canoas. Esta ´pe uma área sujeita a enchentes. Por esta má escolha, o engenheiro Guenther foi demitido pelo filho do senador alemão Schroeder, que viera inspecionar a colônia.
ResponderExcluirEsperem chover em, sei lá, Amsterdã, em uma hora o esperado para um mês, para ver o que acontece na cidade...
ResponderExcluirJerônimo Coelho esteve antes de Hermann Guenther, e indicou a área da junção do rio Bucarein com o Cachoeira, local que ainda hoje não enche.
ResponderExcluirA Associação de Moradores Anita Garibaldi fez um pedido em 11/06/2014 que os rios do nosso bairro (Jaguarão e Elling) fossem limpos. Nas administrações dos prefeitos anteriores (Tebaldi e Carlito) foram realizadas limpezas nos rios e os alagamentos foram menores. O atual prefeito não realizou nenhuma limpeza completa dos rios e o bairro Anita Garibaldi e moradores de toda a cidade que circulam pela região estão sofrendo com os alagamentos.
ResponderExcluirSó que faz diferença entre limpar as bocas de lobo e realizar a dragagem dos rios regularmente, como ocorria no governo do Carlito, e não fazer nada...
ResponderExcluirBelo trabalho.. O que estará acontecendo com o Chuva Acida????... O petralha mor deve estar na Venezuela passeando e o povo aqui tá virando esse site de pernas pro ar. Deixa o chefe voltar.
ResponderExcluirO Jordi já voltou...
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