terça-feira, 7 de agosto de 2012

Corrupção e honestidade [2]

POR JORDI CASTAN



Nem bem o post do Chuva Ácida tinha entrado no ar e o jornal A Notícia publica a informação de que o PSDC diz ter havido um acordo envolvendo o pagamento de R$ 9.500 parcelados para que o partido apoiasse o PT em Joinville. Depois de feito um primeiro pagamento, pelo PT,  de R$ 2.000, e não tendo sido confirmadas as demais partes do acordo, o PSDC devolveu o dinheiro ao PT. E passou a tomar parte da coligação liderada pelo PMDB, partido que, a acreditar no candidato Osvaldo Darú (PSDC), teria cumprido o acordo, fazendo os pagamentos previstos. Não parece, portanto, que este apoio seja resultado de uma ação altruísta, o que leva a supor que possa também neste caso havido um estímulo pecuniário.

À luz destas informações, que tem como fonte o próprio presidente do PSDC e candidato a vereador Osvaldo Darú - ele confirma que fez o acordo, recebeu o dinheiro e depois devolveu o dinheiro recebido para se aliar a outra coligação - o nível de honestidade da campanha eleitoral em Joinville e dos seus principais candidatos desceu um degrau mais.

Duas informações merecem destaque e comentário. Os valores envolvidos para convencer a determinados partidos a se aliarem a outros: negociar o apoio de uma sigla partidária por R$ 9.500 em quatro parcelas. E ainda fazê-lo com o PSDC, um dos partidos que oficialmente compôs a coligação liderada pelo PSDB que tem a Marco Tebaldi como candidato. Em resumo: o mesmo partido fez e desfez alianças e jurou fidelidade e amor eterno no mínimo a três dos candidatos em disputa. Um forte indicador de a quanto anda a credibilidade e o valor de determinados partidos e políticos e mostra claramente que a possibilidade de que o próximo prefeito de Joinville seja honesto é menor ainda que o previsto no post anterior.

Protesto contra casamento gay é fogo

ET BARTHES
Numa atitude arriscada - afinal, os prejuízos podem ser muitos - a General Mills, fabricante de produtos como Cheerios e Yoplait, decidiu dar apoio explícito ao casamento gay. E logo teve gente a reclamar. Como o sujeito desse filme, que foi fazer um protesto. Só que a coisa não correu muito bem. Sobrou vontade de protestar, faltou inteligência.




Corrupção e honestidade


POR JORDI CASTAN

Há os que insistem em tergiversar a verdade tentando nos fazer acreditar que entre os cinco candidatos a prefeito de Joinville só há um que é honesto. Insinuam, na sua lógica retorcida, que os outros não o são. E, a partir desta inverdade, elaboram o fantástico raciocínio que há só uma opção para escolher: o honesto.

Primeiro que, entre os candidatos, há mais de um que é aparentemente é honesto - o que quer dizer que se a minha opção for por votar por alguém honesto, parece que teria mais de uma opção. É verdade que há candidatos que, de acordo com todos os indícios, não o são. É uma pena que o Brasil como país e a sua sociedade como um todo insistam em conviver de forma tão promíscua com a corrupção. O país teve a oportunidade de afastar de uma vez todos os políticos que tinham pendências com a justiça. Uma oportunidade única de fazer uma faxina e permitir que uma nova geração pudesse chegar à política e iniciar um processo de mudança.

Particularmente não ponho a mão no fogo por ninguém. Só minha família mais próxima entra neste grupo restrito. Com relação aos outros, todas as vezes que o fiz acabei com queimaduras de maior ou menor gravidade. Em se tratando de políticos o risco é elevado demais. Ainda que seja obrigado a acreditar que em tese a maioria dos candidatos nestas eleições é absoluta e totalmente honesta, no fundo tenho a certeza que a maioria não o seja tanto. E entre os que eventualmente venham a se eleger, o número daqueles que continuarão honestos até o fim do seu mandato podem ser contados com os dedos de uma orelha.

Entramos aí no perigoso terreno de tentar medir a honestidade. Os paladinos do candidato honesto logo vão começar a dizer que o seu candidato pode ser considerado totalmente honesto. Caso insistam em defender a honestidade absoluta e a pureza virginal do seu candidato, eu acharia que ou bem enlouqueceram ou estão brincando. Como a ironia não é algo que este grupo domine, a possibilidade maior será a primeira. 


A segunda linha de raciocínio é absolutamente perversa e tem sido usada muito neste país e em Joinville na última década. Como ninguém é honesto, a desonestidade é um estado natural e se alguém hoje se corrompe o faz porque também os outros o fizeram anteriormente. Uma forma de tentar fazer desta sem-vergonhice uma prática socialmente aceita e por tanto perdoável.

Quando o Brasil inicia a trancos e barrancos o julgamento do mensalão, os cidadãos acompanham atônitos as manobras para inocentar, fazer prescrever ou negar o que foi a institucionalização da corrupção no governo. Seria importante que a sociedade não votasse em candidatos corruptos, condenados ou não. O ideal seria ainda que o eleitor escolhesse não só aqueles que fossem honestos, também preferissem aqueles que parecessem honestos. E no caso dos nossos cinco candidatos o quadro se reduz muito.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Romney, você é um racista!

ET BARTHES
A democracia tem dessas coisas. Mitt Romney foi a Nova Iorque - reduto tradicionalmente democrata - e teve que aguentar esta manifestante, que sozinha fez o maior barulho, aos gritos de "Mitt Romney você é um racista".  E a mulher não cansava...


O juiz e o deputado Tebaldi



POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
É um evidência: as plataformas digitais democratizam a opinião e ampliam a voz de pessoas que antes não tinham lugares de expressão. Há um novo mundo, senhores. Mas tem gente que parece não ter percebido o fenômeno na totalidade. E cometem-se erros perfeitamente evitáveis: o deputado Marco Tebaldi  foi à Justiça pedir que uma montagem fotográfica, onde ele é mostrado como ficha suja, fosse retirada do Facebook.

Li um texto sobre o episódio no jornal A Notícia e duas coisas chamaram a atenção: o pedido de Tebaldi e o estilo da resposta do juiz. No caso do candidato a fica uma evidência: ele provavelmente não se importa de despender tempo em processos que à partida não surtirão efeito. E imagino que talvez os seus conselheiros não estejam muito atentos à lógica das redes sociais. Meus senhores, vou dizer: caiu na rede é peixe. Na prática, é difícil fazer a coisa desaparecer. Vocês tiram aqui, reaparece ali. Vocês tiram ali, reaparece acolá.

Já a sentença do juiz Yhon Tostes surpreende pelo tom usado. Em vez da linguagem cifrada e intrincada que só os juristas conseguem produzir, vi uma sentença judicial com o estilo de um artigo de jornal. Coisa que nós, simples mortais, conseguimos entender. E, tal como se faz nos artigos de jornal, houve mesmo espaço para uma alfinetada no candidato. Escreveu o juiz, segundo o texto que li em A Notícia:

- Assim, muito embora efetivamente o representante e agora candidato a prefeito não tenha sido enquadrado em nenhuma das restrições da Lei Complementar nº 135/2010, a verdade é que, numa visão popular, não pode ser considerado como um 'ficha limpa', pelo contrário.

Atentem para o detalhe, leitores e leitoras: o juiz usou a expressão “pelo contrário”. É um statement interessante. Porque qualquer pessoa com dois dedos de testa consegue imaginar o contrário de “ficha limpa”. Certo? Ooops! Não sou eu a dizer, mas o juiz. Parece que foi um tiro no pé. Tebaldi não iria ganhar muita coisa ao tentar tirar o post do ar - pelo contrário, até porque esses posts desaparecem com o tempo - e ainda teve um juiz a dizer justamente o que ele tentava evitar.

Marco Tebaldi foi mais longe e, no seu  pedido de direito de resposta, pretendia veicular uma mensagem a dizer: “afirmo que sou candidato ficha limpa". O deputado e os seus advogados parecem não ter compreendido que essas coisas não funcionam assim nas redes sociais. Se o candidato quer dizer que é ficha limpa, ele não precisa ir à Justiça. Só tem que fazer um post com a frase. Simples.

Mas se querem um conselho, caro deputado e advogados, melhor deixarem para lá, porque há o risco de ser outro tiro no pé. Há uma coisa que a gente aprende em comunicação: a lógica do “ferro enferruja”. Ou seja, se o tema é potencialmente mau, melhor deixar quietinho. Além do mais, quem está limpo não precisa sair por aí a repetir. As pessoas acabam por perceber.

Talvez o conceito de democracia nas plataformas digitais ainda seja difícil de entranhar. As redes sociais dão voz às pessoas comuns, democratizam a opinião e põem os políticos num outro patamar. E não sou eu a dizer, mas sim o juiz na sua sentença, no seu estilo muito próprio:

- Se os comentários depreciativos são justos, se agradam ou não, é outra história! O que não se pode agora é querer censurar o direito fundamental de livre expressão.

É isso, juiz Yhon Tostes. Viva a liberdade de expressão!

P.S.: Tem um leitor a reclamar que falamos muito no candidato Marco Tebaldi. Mas é ele a gerar notícias perfeitamente evitáveis, como esta.

domingo, 5 de agosto de 2012

O trânsito é igual em todo o mundo

POR ET BARTHES
Acontece cada coisa no trânsito. Vejam só o que estes dois russos fizeram. O cara não deu mole para o outro motorista... mas a vingança é um prato que se come frio. Neste caso, molhado.



Eleições 2012


sábado, 4 de agosto de 2012

Uma emissora onde você não vê nadinha...

POR ET BARTHES
Já imaginaram uma televisão onde todas as apresentadoras usam niqab, o véu islâmico? É o caso da estação egípcia Maria TV, que só contrata mulheres que usem esse tipo de vestimenta. Digam o que disserem os defensores do uso do niqab, mas fica muito esquisito de ver na televisão apresentadoras que não mostram as expressões do rosto.



JEC, a torcida estende a bandeira para você entrar

POR GABRIELA SCHIEWE
JEC E A BANDEIRA FLAMANTE - É chegado o grande dia! Vários são os fatores para que se realize uma partida memorável. O Tricolor está apenas dois pontos do G-4, após vencer os dois Américas, o de Natal dentro de casa, com um magrinho, mas suficiente 1 x 0. O Mineiro foi "entocado" dentro da própria casa, de maneira contundente, com o JEC marcando duas vezes. Agora a briga é caseira, com o líder da Série B, o conhecido Criciúma de guerra. A torcida já fez, mais uma vez, a sua parte e levará para este superjogo o "Bandeirão", que será estendido nas arquibancadas e estará flamante neste sábado. E, esperemos, num dia de sol radiante que o nosso Tricolor brilhe mais do que nunca. JEC erga a sua bandeira e respingue suas cores, nesta tríade vermelha, preta e branca e presenteie esta sua torcida com uma vitória acachapante, agraciando quem lhe prestigie e enaltece em todos os momentos, o torcedor!

DESFALQUES - Os desfalques atacam dos dois lados. O Joinville não poderá contar com seu arqueiro titular, o Ivan, assim como Leandro Carvalho, ambos cumprindo suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. Pelo lado do Criciúma, estarão fora o artilheiro Zé Carlos, Lucca, Ozéia e até o técnico entrou nessa. Ou melhor, saiu. Os três últimos não participarão, caso não haja nenhuma reviravolta jurídica (imagina, advogado nem gosta de atrapalhar o andamento natural das coisas!).

REAÇÃO DA KRONA - Não tenho muitas palavras a tecer sobre a nossa equipe principal de futsal, após presenciar o jogo de quinta-feira e acabar vendo o que não queria. A única coisa que posso expressar é  que espero no jogo contra a Assoeva, partida de uma vida, o time mostre a sua qualidade.

FOI DE ARREPIAR - A partida entre o multicampeão Roger Federer e não menos competente Juan Martin del Potro foi espetacular. Que vontade de vencer, jamais desistindo, não se permitindo o cansaço, defendendo até o último instante a bandeira a qual estavam defendendo. Se fosse possível, não haveria perdedor, até porque, nesta partida, isto não ocorreu. Mas a regra exige e o vencedor foi o suíço Federer, no terceiro e último set, por 19 x 17. Parabéns aos competidores pela demonstração real do espírito olímpico, lutar até o fim, mesmo que perca o jogo!

NO CHUVEIRINHO - Entrou água, literalmente pra Cielo. Na disputa dos 50m livre, ganhou o bronze, mas nem por isso, deixou de ser o grande vencedor das piscinas.

MELHOR E PIOR - Semana 17