POR JORDI CASTAN
Quem acha que o prefeito Udo Dohler não domina a articulação política, a arte da dissimulação e da enganação errou feio. A eleição do presidente da Câmara de Vereadores de Joinville
foi uma tacada de mestre. Um jogo de xadrez político em que houve vencedores e
vencidos, mas que merece ser analisada como o que foi: uma jogada de pôquer político
em que o prefeito Udo Dohler mostrou a sua capacidade de articulação política e
o seu protagonismo como liderança.
O primeiro ponto importante foi aglutinar a maioria de
vereadores em torno de um mesmo nome. Para o executivo manter a maioria no
legislativo é determinante para poder aprovar todos os projetos de interesse do
governo sem muito debate, sem questionamentos e sem excessivas negociações. O
objetivo pretendido foi alcançado com louvor. Praticamente todos os vereadores
apoiaram o mesmo candidato.
Segundo objetivo. Neutralizar a candidatura independente do vereador Adilson Mariano, pois um risco evidente era o crescimento da candidatura
do vereador do PT. Para isso, era importante que a candidatura não recebesse sequer os votos dos vereadores do seu partido. Sem os votos do PT, esta candidatura só
recebeu um único voto, o do próprio candidato. O perigo que representava foi
neutralizado, graças à forte intervenção dos negociadores envolvidos no
processo.
Terceiro objetivo. Criar uma manobra de diversão,
uma cortina de fumaça. Enquanto o prefeito pretendia apoiar a candidatura do vereador Maurício Peixer, na realidade estava apoiando a candidatura do seu partido, o PMDB, deste modo deixando confusos gregos e troianos. Quanto maior e mais entusiástico
o apoio do prefeito à candidatura do PSDB, mais votos ganhava o candidato
vencedor.
Uma verdadeira tacada de mestre. Sinalizar um objetivo, quando o objetivo é outro. Brilhante ação de dissimulo e estratégia. Deixando acreditar que o seu candidato era um, conseguiu canalizar a maioria dos votos para o candidato Rodrigo Fachini. Todos aqueles vereadores que acreditavam estar votando “contra” o candidato do prefeito, foram iludidos e acabaram votando no objetivo oculto e no objeto do desejo do prefeito.
Uma verdadeira tacada de mestre. Sinalizar um objetivo, quando o objetivo é outro. Brilhante ação de dissimulo e estratégia. Deixando acreditar que o seu candidato era um, conseguiu canalizar a maioria dos votos para o candidato Rodrigo Fachini. Todos aqueles vereadores que acreditavam estar votando “contra” o candidato do prefeito, foram iludidos e acabaram votando no objetivo oculto e no objeto do desejo do prefeito.
O melhor de tudo é que não foi necessário oferecer cargos nem benesses adicionais, para além das que já recebem os vereadores e seus apaniguados para que votem no candidato vencedor. Foi uma eleição que não teve muita
emoção. Talvez só foi emocionante para o candidato que acreditou que o apoio
do executivo seria determinante para a sua vitória. Estranho que um mestre do
dissimulo, com cinco mandatos nas costas, tenha caído tão facilmente numa
jogada de manual.
Um pequeno detalhe ficou no ar. Se o atual presidente da Câmara
recebeu a maioria dos votos dos vereadores que acreditavam estar votando “contra”
o candidato do prefeito, qual será o comportamento e a disciplina na hora de
votar? Quem viver verá.
Pensei que só eu havia observado tamanha dissimulação. Mas Jórdi conhece bem o Udo e a "turma" do PMDB pois já fez parte do governo do mestre das dissimulações, não é Jórdi?!
ResponderExcluirAté parece...
ResponderExcluirPerdeu e agora quer dizer que estava tudo planejado? kkkkkkkkkkk