Por JORDI CASTAN
Há um forte descontentamento em determinados setores com a interdição de escolas e outros prédios públicos em Joinville. O descontentamento se foca em três pontos:
O primeiro é o suposto excesso de zelo da Vigilância Sanitária, entendem os descontentes que as crianças e as famílias sofrem por conta da interdição e que seria possível não aplicar medidas tão extremas como a interdição de todo o edifício.
O segundo ponto, quando se refere as escolas, é o que responsabiliza ao governo estadual, já que as escolas interditadas são de responsabilidade da GERED (Gerencia Regional de Educação) e por tanto do governo de Santa Catarina, de omissão, descaso e falta de previdências adequadas. Não deixa de fazer sentido a queixa, porque as escolas além de supostamente precisar estar em boas condições de uso durante todo o ano escolar tiveram quase três meses de período de férias para poder realizar os trabalhos mais intensivos ou de maior porte, sem precisar para isso atrapalhar o dia a dia das escolas. A verdade é que nada foi feito neste período e o tempo não tem sido aproveitado convenientemente para que os alunos possam voltar as aulas na data prevista. É bom lembrar que vários edifícios municipais também tem sido objeto de interdições e muitos deles continuam ainda interditados.
O terceiro ponto se centra em perceber que em quanto escolas e outros edifícios e locais públicos são interditados outros não são vistoriados e mesmo apresentando problemas, que até tem sido noticiados pela imprensa local nada é feito.
Neste vai e volta de acusações e interdições quem sofre são de fato os alunos e suas famílias que tem dificuldades em achar soluções adequadas e ainda correm o risco de perder aulas que depois precisarão ser recuperadas.
Porém surpreendem algumas atitudes no mínimo esdrúxulas. Os pais e professores deveriam apoiar e até elogiar que a vigilância sanitária cumpra o seu trabalho e fiscalize com rigor e utilize o seu poder de policia para fazer cumprir o que a lei exige. A luz das recentes interdições de mais de uma dezena de casas noturnas em Joinville é evidente que fiscalizar é algo que não parece formar parte do dia a dia dos órgãos públicos que tem a responsabilidade e obrigação de faze-lo . É estranho que as criticas são dirigidas a quem fiscaliza e não a quem se omite e não mantém de forma adequada, executa de forma precária e não cumpre os prazos estabelecidos no calendário escolar, continuaremos atirando no alvo errado e estimulando o tradicional jeitinho. Alegando que as irregularidades encontradas não são tão graves e que bem poderiam ser obviadas.
Sobre a insinuação que possa haver procrastinação na vigilância e fiscalização de outros locais públicos, o caminho é o de denunciar. Locais que possam oferecer risco devem ser denunciados e interditados se for o caso. Porque a lei deve ser igual para todos e por todos cumprida.
Que o "excesso de zelo" continue. E que sirva de exemplo a todos os orgãos públicos, autarquias...Chega de aplicar o "jeitinho Brasileiro". By Ácido.
ResponderExcluirTentei imaginar em que estado estariam nossas escolas e demais prédios públicos se não houvesse um minimo de zelo. E a minha imaginação não conseguiu ir tão longe.
ExcluirEu queria saber como a prefeitura conseguiu neste pouco tempo desinterditar as escolas que estavam interditadas? Eu tenho uma pista, trabalho e dedicação!
ResponderExcluirO estado de SC está lento e vergonhoso, o Sr. Raimundo Colombo esta estendendo um tapete vermelho ao PT para o governo do estado nas próximas eleições!
Vc esquece que Colombo, LHS e o PT de Ideli estarão juntinhos no mesmo palanque, de acordo com as costuras que a Senadora vêm mantendo. A não ser que a ala histórica e ainda ética do PT se rebele e bote prá correr esta corja que domina o partido a nível nacional.
ExcluirDesde o governo passado dona Lia, da Vigilância Sanitária vem sendo "acusada" de exagêro em suas atribuições, pelo singelo fato de estar cumprindo zelosamente a sua função, nada mais que isso.
ResponderExcluirLouvo a coragem e persistência dessa senhora, que faz seu trabalho sem se importar com chuvas e trovoadas, não importa de que lado venham.
Agora, está prestes a interditar o próprio local de trabalho, uma situação que nem Kafka imaginaria. Há até os que acham o fato engraçado. Porém, a verdade que se percebe, é que o órgão comandado por dona Lia vem sendo mantido à pão e água pelo governo que tem a obrigação de o manter.
Será algum tipo de represália?
Para mim, o estado de conservação do patrimônio público é sem meias palavras o certificado de competência dos governos. Não existe melhor forma de avaliar o desempenho dos ditos homens públicos. E aqui algo que me arrepia, nunca ninguém é responsável e responde pelas faltas ou omissões que levaram às interdições. Cadê o responsável pela manutenção, cadê o gerente, cadê o chefe, cadê o supervisor, cadê a diretora ou diretor da escola, cadê os pais dos alunos que também participam do processo. Este é o problema, a responsabilidade no serviço público nunca recai em alguém que possa responder administrativamente, penalmente ou civilmente. Estamos reféns dum sistema imutável e previsível. Assim, por um bom tempo ainda deveremos conviver com tais aberrações. Quem viver verá!
ResponderExcluirÉ verdade, nunca ninguem é responsabilizado. O que continua estimulando a gestão irresponsável do patrimonio público
ExcluirEu costuma chamar isso pelo termo que considero mais preciso : NEGLIGÊNCIA
ExcluirSabe o que me deixa mais indignado quando os responsáveis do governo estadual dão entrevistas sobre o assunto?
ResponderExcluirAo invés de responder: estamos arrumando as escolas e as aulas voltarão assim que terminar a obra.
Mas ao invés disso eles respondem: estamos NEGOCIANDO o fim da interdição. Como se fosse greve ou algo do tipo. Onde chegaremos?