sábado, 12 de janeiro de 2013

Investir em ciclovias e no uso de bicicletas


POR CLÓVIS MONTENEGRO*
Quando eu era criança na pequena e pacata cidade de Florianópolis, aprendia-se na escola que Joinville era a “Manchester Catarinense”. Era uma alusão à cidade inglesa que foi o berço da Revolução Industrial, como está nos manuais de história. Dizia-se com orgulho que todos os carros brasileiros não saiam das fábricas sem pelo menos uma peça produzida na Fundição Tupy.
Cresci ouvindo que Joinville era também a “cidade das bicicletas”, pois sua geografia plana proporciona às suas dezenas de milhares de operários o uso deste agradável meio de transporte. O controle dos capitães da indústria sobre o governo local viabilizou investimentos para que formasse uma malha de ciclovias, para facilitar o deslocamento dos operários de suas casas aos locais de trabalho.
Quando fui morar em Joinville, em abril de 1990, encontrei lá as suas ciclovias intactas e os mesmos milhares de operários industriais usando suas bicicletas. A situação econômica estava mudando, e a abertura das importações de automóveis agravou as dificuldades da Fundição Tupi. Era uma face perversa do aumento do número de montadoras de automóveis de passeio no Brasil.
Aquele feudalismo industrial de outrora viveu um efetivo desmoronamento.  A Consul foi vendida para o grupo norte-americano Brasmotor, o grupo Hansen se esfacelou e o controle do mercado local de planos de saúde privado pela Unimed virou fumaça. Nesta época formou-se uma elite sindical autônoma, com interesses próprios, e emergiu uma mobilização popular nas associações de bairros.
Hoje a cidade de Joinville, como todos os demais municípios brasileiros, ganhou um prefeito “novinho em folha”. Tudo bem que o senhor Udo Doehler não é exatamente uma novidade na vida dos joinvilenses, mas sempre a entrada de uma pessoa no governo de uma cidade cria expectativas. Como perguntar não ofende, e dar conselhos também não, dou um conselho de graça: resgatem a capacidade de uso e de deslocamento com bicicletas pela cidade.
Estou em Amsterdam, nos Países Baixos, para uma breve temporada de estudos na Universidade Humanística de Utrecht. Os guias turísticos apresentam os costumes locais, e destacam o hábito de pedalar. Todo mundo pedala: crianças, jovens, homens, mulheres e idosos.  Vai-se de bicicleta para a escola, para o trabalho, para as compras, para os encontros, para as baladas.

Canal Utrecht to Amsterdam

Olhando a paisagem urbana de Amsterdam recordei da história de Joinville, que também era uma cidade de bicicletas. Faz quarenta anos que o mundo enfrentou o “choque do petróleo”, mas parece que nada aprendemos. O Brasil investiu no transporte individual automotivo, usuário de combustíveis fósseis. Os governos federais do PT têm caprichado na isenção de impostos para as montadoras.
Joinville e Amsterdam têm em comum o fato de serem cidades no nível do mar. Em Joinville os mangues foram ocupados pelas populações mais pobres, em busca de empregos na indústria e de equipamentos públicos.  Em Amsterdam os charcos foram controlados pela construção de canais. Ambas correm riscos com o aquecimento global, o degelo das calotas polares e a elevação das marés.
O senhor Udo Doehler pode colocar Joinville de outro modo no mapa mundi, se investir em ciclovias e no uso de bicicletas. Ouço dizer que a qualidade do transporte coletivo local (uma concessão pública!) não é boa, e os preços das suas tarifas são tema de conflitos. A ilusão dos tapetes pretos de asfalto também parece ter esgotado a sua capacidade de cooptar a simpatia dos cidadãos. Resta uma volta ao passado como futuro.
Quando assumi a secretaria de Saúde do município na última gestão do senhor Wittich Freitag (em janeiro de 1993), coloquei na minha sala de trabalho uma ampliação gigantesca da foto de uma menina loira atrás do aro de uma bicicleta vermelha, feita pelo grande amigo Paulo de Araújo (na época trabalhando no Diário Catarinense). A foto tinha um tom forte entre laranja e vermelho, e tinha muito a ver com a imagem que fazia de cidade.
Olhando para o passado e para o meu Brasil varonil, daqui de Amsterdam, fico pensando no quanto precisamos investir no controle do uso dos recursos naturais. A humanidade não pode mais seguir obstinada no desenvolvimento econômico como condição para a melhoria da qualidade de vida. Isso é falso. Chega de enganar os trabalhadores brasileiros de que eles precisam comprar carros de passeio cada vez mais novos para demonstrarem sucesso pessoal.
O Instituto de Planejamento Urbano de Joinville se orgulhava de copiar as boas soluções do seu semelhante de Curitiba. Só que aparentemente não conseguiram ir mais longe do que os corredores de ônibus com terminais de integração. Quem sabe não vale a pena fazer como Amsterdam e produzir suas próprias soluções, que servem de modelos par os outros. O Brasil precisa de bons modelos de organização da vida urbana.
Não funciona fazer ciclovias cosméticas, daquelas que vão do nada a lugar algum. Ciclovias precisam estar articuladas com estacionamentos para bicicletas e ter um pequeno marco regulatório de uso. Além disto, precisam estar integradas a outros meios de transporte como caminhadas, bondes, ônibus e barcas. Os carros de passeio precisam ir para o fim da fila entre as opções urbanas.
O morador de Amsterdam se orgulha do seu “cavalo holandês” de duas rodas. O cidadão de Joinville pode voltar a se orgulhar de viver na “cidade das bicicletas”. Seria bem mais do que uma fantástica solução local, com redução do consumo de recursos: pode ser a construção de um exemplo sólido para os demais brasileirinhos. Lula era torneiro mecânico e talvez sonhasse em ter o seu “carrinho”, mas 35 anos depois das greves dos metalúrgicos do ABC não podemos continuar pensando neste sonho como destino. É um abismo.

*Médico. Pesquisador em Ciência da Informação, pós-doutorado pelo Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia.  

32 comentários:

  1. Independente das condições climáticas da cidade (muito quente e chuvosa), acredito que valha a pena investir em ciclovias de verdade, em trecho que contemplem bem a mobilidade dos usuários deste modal. Ciclovias e educação no transito para todos é o que há.

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    1. prezado luiz fernando,
      em relação a clima, amsterdam tem uma variação bem maior do que joinville. entretanto, o uso das bicicletas é intenso.
      agora mesmo está nevando, e tem gente andando de bike. é uma questão de hábito.
      a propaganda das montadoras quer nos fazer acreditar que apenas com carros de passeio poderosos poderemos chegar ao paraíso. é mentira.
      abraços,
      clóvis

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  2. Em Joinville ciclovia serve justamente para quem tem carro. Por quê? Pessoal faz tudo de carro, mas para não se tornar sedentário, vai correr e caminhar: na ciclovia! Me incomodo um monte, na Beira Rio mesmo não tem jeito, às vezes a gente tem que ir pela rua para desviar dessa gente que não respeita, acha que ciclovia é uma pista exclusiva para eles...
    Dou uma sugestão: já que essa gente tem carro e não abre mão, pega o carro, vai no Parque da Cidade ou qualquer outro lugar do tipo, e vai fazer a corrida e a caminhada lá e deixem as ciclovias em paz.

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    1. Curti! Dizem que os motoras são mal educados no trânsito, mas ninguém fala dos pedestres, que não usam as faixas, atravessam a rua em diagonal, ziguezagueiam entre os carros e por aí vai... Ah, e quando atravessam na faixa, vão bem devagar e ficam encarando os motoristas, ahahah
      Colorado.

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    2. Sem dúvida o desrespeito vem de todas as partes, de ciclistas inclusive.

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    3. prezada alessandra,
      amsterdam é caótico, mas funciona.
      imagina que as ruas são bem estreitas, e as ciclovias são usadas por bicicletas, vespas e carros para deficientes físicos.
      além disto nos cruzamentos voce tem pedestres, bondes e ônibus.
      acho que as cidades precisam ter lugar para todos, deixando os carros de passeio no fim da fila.
      abraços,
      clóvis

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    4. Clovis
      Consigo imaginar em Amsterdam, mas não no Brasil.

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    5. alessandra,
      passei a trabalhar com pesquisa e ensino porque acredito que uma situação socio-histórica não é um destino e pode ser mudada.
      somos terríveis em certas coisas, mas temos apenas 512 anos. a cidade onde estou estudando foi fundada em 47DC pelos romanos. são tempos diferentes.
      a nossa vantagem é que temos quase tudo para ser feito, e podemos aprender com os erros dos outros.
      o que me incomoda é a pouca disposição para criticar abertamente nossas limitações.
      temos que mudar de sonhos, e de meios para obtê-los. ponto.
      abraço,
      clóvis

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  3. Andar de zica, para muitos joinvilenses (POR INCRÍVEL QUE POSSA PARECER) é sinônimo de pobreza! Esses "muitos" são os pobres de espírito.

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    1. prezado,
      é ignorar a realidade de outros países acreditar que andar de bicicleta é "coisa de pobre".
      aliás, é muita pobreza de espírito pensar em fazer ou não fazer algo em função de tal valor.
      aqui em amsterdam todo mundo usa bicicletas. é comum voce ver pessoas muito bem vestidas sobre duas rodas.
      abraços,
      clóvis

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  4. Na Suécia é a mesma coisa.
    Essa semana perguntei para um menino de 4 anos se ele sabia andar de bicicleta. Ele respondeu: "que pergunta mais estranha", eu disse: "por que?" e ele respondeu: "todo mundo sabe andar de bicicleta".
    É mesmo como você diz, Clóvis, existe a cultura de aprender e usar a bicicleta desde cedo. Todo sueco sabe pedalar e nadar, habilidades padrão. Obrigada pelo excelente texto!

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    1. prezada fernanda,
      as culturas podem ser transformadas, reconstruídas racionalmente. felizmente!
      hoje está nevando forte e as pessoas continuam usando as suas bicicletas.
      os ônibus estão atrasados. os trens estão atrasados.
      com as bicicletas voce faz o seu horário.
      abraço,
      clóvis

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  5. Esquece. Para o Sr. Udo Döhler, mobilidade urbana é asfaltar 300km de ruas (para os carros) em 4 anos de governo. Era o que ele dizia na campanha. Aliás, ele também dizia que daqui alguns anos todo joinvilense terá seu carro e a cidade precisa estar preparada pra isso.

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    1. Se ele fizer pelo menos 1km de ciclovia, vai fazer mais que o Carlito fez!

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    2. Não, Luiz. Sempre foi discutido na campanha sobre o transporte intermodal, isso que você falou é apenas uma fração, pesquise.

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    3. Opa, passa o número da megasena também!

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    4. Luiz Eduardo , acho que o UDO tem razão neste quesito , se a maioria que elegeu tem demanda por carro é obrigação do gestor público atender esta.

      du grego

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    5. prezados,
      a questão do uso dos carros não é individual, mas coletiva.
      carros usam combustiveis. se forem fósseis, são poluentes. se for etanol, aumento o risco de fome no mundo. além disto, causam problemas urbanos que afetam a todos. só as montadoras e os cegos do castelo continuam acreditando que podemos usar carros de passeio sem pagar preços altissimos por isso.
      abraço,
      clóvis

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  6. O grande problema é a dependência que o carro causa. É como uma droga, quando menos se espera, lá está você indo à padaria da esquina de carro. Felizmente, há cerca de um ano e meio eu mudei esse hábito e passei a pedalar e caminhar muito mais.
    Mas para que as pessoas queiram migrar para a bicicleta, digo que é preciso criar condições para isso. Do jeito que está, é uma "luta pela vida" andar nas ruas da cidade.

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    1. prezado alexandre,
      voce tem razão em uma questão fudnamental: a opção pelo uso de bicicletas não pode ser uma ousadia, ou uma temeridade. quando optar por um meio de transporte, tenho que estar tranquilo em relação a segurança também.
      abraço,
      clóvis

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  7. Pedala, Joinville!
    https://sites.google.com/site/movimentopedalajoinville/

    uma dica do amigo dirceu veiga.

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  8. Vale lemrar que bicicletario foi um termo criado em Joinville.

    Antônio Carlos Miranda, autor do primeiro manual cicloviário brasileiro, que em 1975 visitou a Fundição Tupy. Admirado com o bicicletário da empresa, que na epoca tinha 2,4 mil vagas numeradas e até mecânico de plantão, decidiu usar a palavra que viu escrita no lugar para identificar, em seu manual, esse tipo de instalação. Logo o termo foi difundido em todo o território nacional.

    Um pouco de imagens historicas -> http://www.youtube.com/watch?v=zPQrkg4nYVU


    PS. - A aquisiçao da Consul pela Brasmotor foi em 1976
    http://www.consul.com.br/SobreaConsul
    http://www.eletrodomesticos.com/empresas/68-whirlpool-eletrodomesticos.html

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    1. dirk,
      não sou especialista na história de joinville, mas algo mudou na relação da consul com a brasmotor no final dos anos 80. vivi isto quando cheguei aí.
      em relação ao termo bicicletário, ele existe em outros países há mais tempo.
      de qualquer modo, agradeço a generosidade da sua mensagem.
      cordialmente,
      clóvis

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  9. Sensato seria a CVJ sancionar Lei em que, mais nenhuma área de mangue em Joinville pudesse ser degradada, sob penas altíssimas.
    E lógico, fosse cumprida! Quero ver que esses caras tem os "bago roxo" para fazer isso. Sr. Clóvis, não se engane pensando que é a pobreza que invade os manguezais, não se engane... talvez, uma meia dúzia de gatos pingados. O grosso mesmo foi invadido, não por eles...
    Galo

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    1. prezado,
      é uma pena não ter se identificado.
      vivi na pele o que é assumir publicamente as próprias opiniões nesta cidade, e compreendo que voce possa ter razões para isso.
      nada espero da câmara de vereadores de joinville, que deve continuar sendo o que sempre foi.
      quando sugeri que o senhor prefeito "novinho em folha" fizesse algo, é porque a administração do transporte coletivo constitui uma típica atividade de governo municipal.
      em relação a invasão dos mangues, não tenho dúvidas em relação a quais interesses eles correspondem. só que fisicamente houveram sim muitas invasões por famílias pobres. é uma periferia como outra qualquer.
      trabalhei em um programa de saúde comunitária na vila paranaense, e ela é típica do que estou falando.
      conheci bem a realidade dos moradores destas áreas quando trabalhei na secretaria de saúde do município.
      abraços,
      clóvis

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  10. Sou a favor do transporte por bicicletas...

    mas totalmente contra o modelo que se está implantando em Joinville, estão querendo empurrar as ciclofaixas que ligam nada a lugar nenhum apenas para "dizer" que a cidade está mais humana ! como já citado ninguém usa estas ciclofaixas , a demanda joinvilense é por maior mobilidade na faixa de rolagem de carros... e pronto , é isso !

    O modelo Joinvilense de uso de bicicletas continua sendo no eixo do Boa Vista - Tupy , fora deste onde temos um fluxo interessante?
    pelo que me consta (talvez esteja errado!) não temos outro ponto na cidade interessante de fluxo.
    Este eixo teve esta fluência devido a política migratória e de assentamento dos trabalhadores da indústria TUPY e ponto final.

    Cabe aos planejadores urbanos , além de espalhar ciclo-faixas sem sentindo , nos mostrar aonde estão os pontos interessantes onde vale a implantação deste modelo - com critério , não fazer por fazer !!

    edu grego

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    1. Alguns dados de 2011 sobre trafego de bicicletas em Joinville

      https://www.google.com/url?q=http://www.udesc.br/arquivos/id_submenu/797/artigo_cct_49.pdf&sa=U&ei=hiX0ULjpKebP2QW4l4CQDw&ved=0CAcQFjAA&client=internal-uds-cse&usg=AFQjCNFb6fCa26guxDQjeuB0teu9F97YDg

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    2. Dirk , muito boa a pesquisa... excelente ...
      mas sinceramente fiquei na dúvida se pelos números apresentados vale a pena investir neste modal, achei os números de usuários tímidos.
      como diz a conclusão "talvez" se o poder público implantasse as ciclos sugeridas o número de usuário aumentasse.
      um abraço
      edu grego

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    3. Só para reflexão :

      todos dizem , se o trânsito melhorasse , não fosse uma loucura , talvez andasse de bike...

      todos falam : se o transporte coletivo fosse melhor , mais barato , ou mais confortável , talvez eu iria de zarcão (hehehe)...


      e no final o pensamento é esse : enquanto nada melhora "eu vou de carro mesmo!" , ah! mas eu gostaria que o povão andasse mais de bike mais de buzão , eu queria a cidade mais humana...

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    4. Finalmente uma opinião lúcida sobre essa questão das bicicletas.
      Desenhar um risco no chão e comemorar a "inauguração" de mais uma ciclovia, é coisa de político safado e enganador.
      Bater palmas para isso é coisa de povo ingênuo.
      Retirar espaço do automóvel, de forma punitiva (não sei qual foi o crime) é burrice, pois dificulta ainda mais a já pobre mobilidade.
      Baixar IPI de carro novo, financiar a perder de vista, é coisa de governo irresponsável que quer a todo o custo provar que a vida do brasileiro melhorou porque agora tem carro na garagem.
      E vou parar por aqui, antes que comecem a chover pedras no meu telhado.
      Em tempo: não sou contra bicicleta, não. Praticamente nasci em cima de uma, e usei por boa parte da minha vida.
      Só acho que essa "perseguição" chiita contra o automóvel não resolve essa questão, que é muito mais profunda do que a maioria pensa.

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    5. prezado nelson,
      a questão não é ser contra os automóveis de passeios, mas entender a sua limitação para uso urbano.
      morei em são paulo por dez anos, e dá arrepeio cada vez que ouço ou leio que houve lá um engarrafamento de 120 quilomentros. isso não é razoável.
      estou em amsterdam estudando, e vendo as pessoas andando de bicicleta me fez recordar de como joinville foi uma cidade de bicicletas e poderia voltar a ser.
      o privilégio do planejamento urbano e dos investimentos públicos para o uso de carros de passeio é criminoso, e lesivo para a maioria dos cidadãos.
      abraço,
      clóvis

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    6. Caro Clovis,
      Concordo com muitas idéias que apresentou. E também não gostaria de levantar grandes polêmicas.
      Apenas não vejo o retorno à bicicleta como solução milagrosa. Não no mundo de hoje, onde o cidadão precisa "bater o córner (essa é antiga..rss) e correr pra cabecear na pequena área".
      Como disse, a questão é muito mais profunda e complexa do que pensam muitos sonhadores. (o que absolutamente não é o seu caso).
      Bem, voltei ao tópico apenas para agradecer sua atenção ao meu comentário. Obrigado e forte abraço

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