terça-feira, 28 de agosto de 2012

Cão Tarado



Acabaram as virgens?

POR JORDI CASTAN

O José António Baço escreveu ontem sobre a casa grande e a senzala e, tendo tido acesso ao texto antes da publicação, afirmo que a sua referência a virgens, vestais e pureza era certa. Ele tem razão  em relação à virgindade, que é, em alguns setores, um valor em alta, talvez por ser escasso. Em política definitivamente a virgindade, a pureza ou a honestidade são pouco comuns. Há quem seja mais critico e considere estas virtudes como pertencentes à mitologia.

A notícia da cassação da candidatura do prefeito Carlito Merss pegou muita gente de surpresa. Independentemente de ser uma sentença em primeira instância - e que toda a equipe jurídica da coligação liderada pelo PT esteja empenhada em recorrer e provavelmente até vai conseguir reverter em instâncias superiores - ficou claro que já não há ninguém que possa presumir de possuir uma pureza e honestidade superior. Aliás, este complexo de superioridade moral do PT é um dos maiores mistérios da política brasileira, que se repete com a mesma intensidade aqui em Joinville.

No caso do PT tem havido uma forte movimentação nas redes sociais em que a honestidade do candidato Carlito Merss era colocada como um diferencial sobre os demais candidatos. A mensagem insinua que um dos candidatos é mais honesto e faz desta honestidade um dos motivos para votar nele. A sentença da juíza Hildemar Meneguzzi de Carvalho da 19ª Zona Eleitoral de Joinville colocou os candidatos no mesmo patamar e serve para lembrar que honestidade, tanto em política, como na vida diária não é um diferencial, como alguns insistem em propagandear e sim um pré-requisito.

Independentemente dos desdobramentos que esta sentença condenatória tenha durante os próximos dias, e com certeza terá, é um fato que não há mais virgens nesta eleição. O discurso de votar nas vestais caiu por terra e o PT hoje faz política da mesma forma que tanto criticou nos seus oponentes, no passado. Conforme a decisão de primeiro grau, o PT usa os recursos públicos para se manter no poder, concentra obras nos últimos meses do governo e governa priorizando o compadrio e a fidelidade canina e partidária, antes da competência e da inteligência.

O prefeito Carlito é o maior perdedor, porque com esta condenação, mesmo cabível de recurso, perdeu a imagem que ainda mantinha de ser um político honesto. A cassação mostra que não é verdadeira a imagem da senzala pobre mais honesta. Não há diferenças entre a casa grande e a senzala, uns e outros se misturam em promíscua cumplicidade. A cassação colocou Carlito no mesmo nível dos demais candidatos. O faz dele um mortal igual a todos. E a eleição ficou não só ainda mais difícil para a sua coligação, como também pior para todos. Igualando a todos na sujeira e na baixaria.


O tema da honestidade Não é novo neste espaço já foi objeto de outros posts como “Corrupção e honestidade”





segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Temporada de caça!


A cassação e a festa na casa grande

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Como não podia deixar de ser, vou falar do tema do dia: a cassação da candidatura de Carlito Merss. Mas não vou comentar os fatos jurídicos, porque isso é tarefa dos especialistas. A Justiça decidiu, está decidido. Agora é esperar para ver se o recurso dos advogados de Carlito Merss consegue ou não reverter a situação.

O meu tema é outro. É que houve uma festa de arromba na casa grande. Os caras que não curtem a senzala foram efusivos na demonstração de alegria pela cassação. O meu lado acadêmico fica tentado a analisar a coisa do ponto de vista sociológico, antropológico ou o escambau. Mas não vale a pena e vou no popular.

Por que o pessoal da casa grande ficou feliz? É simples. A cassação equivale a uma condenação. E isso atira a todos para o pântano. Eis uma evidência. A casa grande não se importa propriamente com a limpeza. Pelo contrário. A alegria vem do fato de que, se todos parecem sujos, nenhum partido pode se pronunciar como “dono da ética”. É como se estivessem a dizer:
-       Ei, vocês que ficam aí posando de virgens imaculadas, agora mostram que são tão putas como nós.

E fazem uma tremenda festa quando a putaria parece ser geral. É o que temos...


P.S. Antes que me acusem de estar a defender Carlito Merss ou o PT, eu explico: tenho uma enorme simpatia pela senzala.

Não há eleitores negros em Joinville?

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Vou esclarecer logo de início, apenas para evitar confusões: este texto é baseado no primeiro dia de horário eleitoral gratuito na televisão. Repito: o primeiro dia. Estive a ver os filmes de todos prefeituráveis e a minha conclusão – que vale o que vale, mas parece óbvia – é que para alguns deles Joinville não é uma cidade de negros.

Os dados estatísticos mais recentes mostram que 17,4% da população de Joinville é formada por negros (estimativa do IBGE para 2011). E, no entanto, esse número não está refletido nas peças publicitárias exibidas por alguns candidatos. Mas onde fui buscar a ideia de verificar a presença de negros na publicidade?

O que despertou a minha curiosidade para esse ponto específico foi  a candidatura de Udo Dohler. Todos sabemos que corre o boato, aí pela cidade, de que ele não emprega negros na sua empresa. O que não é verdade. Eu próprio constatei, nos meus tempos de repórter, que não passava de boato. Aliás, vale dizer: o empresário tem sido acusado de coisas que não fez.

Fiquei a imaginar como os publicitários de Udo Dohler iriam tratar a questão. Pensei que haveria um bom número de negros no filme. Mas não. Quem se der ao trabalho de ver vai perceber que os tais 17,4% não estão representados entre os figurantes. Culpa do candidato? Não. O problema é  que os publicitários pensam apenas como publicitários... e têm vistas curtas para a política.

Mas, para minha surpresa, o grande apagamento de negros foi no filme de Marco Tebaldi. Entre as mais de uma centena de figurantes, aparecem apenas cinco ou seis negros (e a maioria, pelo que imagino, em fotos compradas em bancos de imagens - já prontas). Aliás, alemães com roupas típicas parecem ser imagens recorrentes. A Joinville de Tebaldi é branquinha, branquinha, branquinha.

O filme de Kennedy Nunes tem mais negros, mas parece ter sido obra do acaso. Aliás, li em algum lugar que foi o filme mais comovente nesse primeiro dia. Comovente? Ora, é um filme igrejeiro que tenta, em vão, uma lagriminha no canto do olho. Só é capaz de funcionar se o cara tiver mais glândulas lacrimais do que neurônios.

Mas o filme prova que Kennedy Nunes não faz distinção entre brancos, negros, amarelos ou verdes. Para ele são todos iguais: ou seja, um rebanho de eleitores que precisam ser salvos pelo seu enorme talento de administrador. Porque ele promete ser nada mais, nada menos, do que o melhor prefeito de todos os tempos. De presunção e água benta...

No horário de Carlito Merss, os negros estão presentes numa proporção claramente superior aos tais 17,4%. Mas correndo o risco de recorrer a estereótipos, nada mais natural, já que o jingle do atual prefeito é um samba. Por brincadeira, poderia parafrasear a campanha e dizer: “Negros em Joinville, agora tem”. Mas vai que algum juiz encrespa e cassa o meu espaço no blog.

P.S.: Não dá para fazer a avaliação do filme de Leonel Camasão porque, ao que parece, não há muito a ver em termos de captação de imagens de vídeo.

sábado, 25 de agosto de 2012

Resultado do teste sobre Joinville

POR GUILHERME GASSENFERTH

Galera, vamos lá!

Em primeiro lugar, quero parabenizar a todos os 12 corajosos que se expuseram (alguns nem tão corajosos, né Colorado, Figurão e AS?) e tentaram acertar as perguntas que fiz no quiz de sexta-feira.

O quiz estava bastante difícil mesmo! A maioria não acertou sequer metade das respostas, mas todos acertaram algumas.

As respostas corretas:

1. Qual o primeiro nome de nossa cidade?
Resposta C. Ainda antes de chamar-se Colônia Dona Francisca, nossa cidadezinha chamou-se Schroedersort, algo como "lugarejo do Schroeder". O senador alemão Mathias Schroeder era o proprietário da Sociedade Colonizadora de Hamburgo, que adquiriu da Coroa brasileira o direito de colonizar nossas terras. :-) Acertaram Eduardo Gassenferth e "Figurão Indolente".

2. Em que dia desembarcaram na cidade os primeiros colonizadores às ordens da Sociedade Colonizadora de Hamburgo?
Resposta A. Esta talvez seja a mais difícil de todas, justamente porque as três datas fazem sentido. Embora 9 de março de 1851 seja a data oficial de fundação da cidade, é na opinião de muitos historiadores e estudiosos uma data incorreta. Segundo me lembro, dia 9 de março os colonizadores fundearam a barca na Lagoa do Saguaçu, mas só vieram a alcançar terra firme e efetivamente pisar Joinville no dia 10 de março de 1851, data que também faria sentido na resposta. No entanto, foi em 22 de maio de 1850 que 10 pessoas chegaram à cidade (incluindo Leonce Aubé), a serviço da Sociedade Colonizadora de Hamburgo, para preparar o local para receber os colonizadores que chegariam 9 meses e meio depois. Acertaram Alfredo Cardozo, Figurão e o Eduardo Gassenferth. O Colorado, coitado, tinha acertado e depois pediu pra mudar a resposta! Hehehehe

Curiosidade: A data oficial de fundação de Blumenau é 2 de setembro de 1850, mas esta foi a data em que os primeiros pioneiros chegaram para preparar a cidade, tais quais os nossos 10 que vieram em 22 de maio  de 1850 - razão pela qual eu afirmo sempre que, na verdade, Joinville é 3 meses e meio mais velha que Blumenau.

3. Você saberia informar qual dos bairros abaixo pertencia a São Francisco do Sul até a década de 1990?
Resposta B. A lei 8.563 anexou o Jardim Paraíso a Joinville em 6 de abril de 1992. Até então, o local pertencia ao município de São Francisco do Sul. Acertaram:  Figurão e Eduardo.

4. Qual destes sobrenomes é o mais antigo em terras joinvilenses?
Resposta B. Além da família Cercal, que até hoje tem terras no Cubatão, havia ainda famílias como Cidral, Budal, Arins, Vieira e outros sobrenomes que ainda são bastante comuns na cidade e já estavam aqui desde antes da colonização germânica. Acertou somente o Figurão.

5. Em que ano foi fundada a Empadas Jerke?
Resposta A. Este é o ano em que foi criada a mais típica e famosa marca gastronômica da cidade. Os apreciadores de empadinhas (e prováveis bebuns!) que acertaram foram: Figurão, Dione Carina, PatimPudim, Dalane Quaiato e Giorgia Paese.

6. Qual destas localidades joinvilenses NÃO está localizada sobre uma ilha?
Resposta C. É a Estrada da Ilha... foi fácil, né? Quase todos acertaram!

7. Quem desta lista já foi prefeito de Joinville?
Resposta A. Embora não tenha nome germânico, Victorino Bacellar foi prefeito ainda no século XIX, entre 1881 e 1883. Até 1889, o presidente da Câmara Municipal assumia as funções do executivo. Além dele, há outros vários ex-prefeitos desconhecidos do grande público, como Paulino João de Bem, Nabor Monteiro e Joaquim Wolf, e alguns até mesmo razoavelmente recentes (1982-1983), como Violantino Rodrigues.

8. Qual das sociedades abaixo é a mais antiga?
Resposta B. A Sociedade dos Ginásticos foi fundada apenas 7 anos após a data oficial de fundação de Joinville, ou seja, em 1858.

9. Em qual dos rankings abaixo Joinville aparece melhor posicionada nacionalmente?
Resposta B. Somos o 13º município em IDH no Brasil! 

10. Quantos iates clubes e marinas Joinville possui?
Resposta C. Para surpresa de todos, nossa cidade é bem servida neste tipo de empreendimentos. 

11. Qual a área de mata atlântica preservada de Joinville?
Resposta A. Nossa cidade é a orgulhosa proprietária de 600 quilômetros quadrados (ou 600.000.000 de metros quadrados) de mata atlântica preservada, o que significa mais de 50% de todo o território municipal. Proporcionalmente, somos a cidade com a maior área de mata atlântica preservada de SC e provavelmente uma das melhores colocadas no país. Grande riqueza pra Joinville!

12. Em que ano foi inaugurada a Estação Ferroviária de Joinville?
Resposta B. 1906 foi um ano importante na história da cidade. Foi na inauguração da Estação Ferroviária que recebemos a primeira visita presidencial de nossa história, com a chegada do presidente Afonso Pena. Encantado com os jardins bem cuidados de Joinville, ele declarou, há mais de cem anos, uma frase que foi estampada em alguns jornais brasileiros: "Joinville é o jardim do Brasil!"

13. Qual conjunto de cidades faz fronteira com Joinville?
Resposta A. Fácil, né?

14. Qual é o ponto mais alto da cidade?
Resposta A. Confesso que taí a única resposta que eu não sabia de cabeça. Sempre achei que fosse o Pico do Jurapé.

15. Onde estava instalado o primeiro templo maçônico de Joinville?
Resposta A. A Loja Maçônica Freundschaft zum Südlichen Kreuz (Amizade ao Cruzeiro do Sul) ficava onde hoje deve ser o altar da Catedral. Diz-se que havia uma imagem de São João (o padroeiro da Maçonaria) sobre a entrada do templo. E o bispo Dom Gregório Warmling é citado num livro italiano (A Igreja Católica e a Maçonaria) como um provável caso de sacerdote católico de alto escalão pertencente à ordem dos pedreiros-livres. Interessantes estas "coincidências" e encontros entre a história da ordem e da Igreja Católica na cidade.

OS VENCEDORES

1º - Eduardo Gassenferth (meu irmão) - 12 acertos
1º - Figurão Indolente - 12 acertos
3º - Dione Carina - 8 acertos
3º - Giorgia Paese - 8 acertos

PARABÉNS A TODOS!

TSE - Pesquise o passado do candidato


ET BARTHES
Em período de eleições, o Chuva Ácida está a veicular os filmes da campanha Vote Limpo, criada pelo Tribunal Superior Eleitoral.


Baixinho detona Seleção, JEC no auge

POR GABRIELA SCHIEWE
BIZARRO - Esta semana tivemos mais uma convocação para amistosos da Seleção Brasileira e, infelizmente, a única coisa que chamou a atenção dos torcedores foi a atitude pífia do baixinho Romário. Apesar de ter razão em muita coisa que pronunciou e estarmos num país democrático, o respeito ao próximo e a maneira como, principalmente, um deputado federal coloca as suas palavras, é de extrema importância e relevância. Esse é o Brasil. E, quanto à Nossa Seleção continuo preferindo não tecer demais comentários, pois a decepção e tristeza não me permitem. É esperar pra ver.

JEC - Pra que falar de Seleção Brasileira se nós temos o JEC. É isso aí, galera, o Tricolor está no G-4 e na disputa real a ascensão à tão sonhada e, até pouco tempo, distante Série A. Neste sábado o jogo é "osso duro de roer". Mas o Joinville tem enfrentado bravamente os seus obstáculos e avançado de maneira brilhante. Hoje o jogo é em casa, contra o forte Goiás, que tem apenas três derrotas no campeonato e é o quinto colocado, logo atrás do JEC e com a mesma pontuação, 33. Será um jogo fundamental para que o Tricolor termine o turno no G-4. Não percam. Hoje, às 16 horas (e não 16:20) todos os caminhos e raios de sol levam à Arena.

GRENAL - É chegada a hora do clássico mais acirrado do país. Amanhã é dia de Grenal, às 16 horas, no remendado Beira-Rio. Espetáculo que só será acompanhado, in loco, por 17 mil pessoas devido às obras para a Copa. Ocorrerão estréias importantes neste clássico caliente. Elano, pelo Grêmio, e Forlán, pelo Inter, disputarão pela primeira vez este temido jogo. Grêmio com ligeira vantagem pelo que vem apresentando nos últimos jogos, com um time coeso. Coisa que o Colorado não conseguiu emplacar ainda. Será o Fernandão o técnico que vai fazer o Inter jogar? Bom, esperemos e, se olharmos para os últimos clássicos, aí o Colorado leva vantagem.

ATÉ ONDE VALE? - Na quinta-feira (23) o campeoníssimo (será?) Lance Armstrong informou que não se defenderia das acusações de doping da USADA e, com esta desistência, foi decidido pelo seu banimento dos esportes e, como consequência, a perda de todos os títulos, incluindo os sete da Volta da França.

“É um dia triste para todos os que amam o esporte e para os nossos heróis esportivos. Este é um exemplo doloroso de como a cultura de vencer a todo custo no esporte, se não for reprimida, superará a competição leal, segura e honesta. Para os atletas limpos, esta será uma lembrança reconfortante de que há esperança para as gerações futuras de competição em igualdade de condições sem o uso de substâncias proibidas”, anunciou Travis Tygart, diretor-executivo da USADA.

Até onde vale a competitividade de um atleta, a sua gana por vencer, a qualquer custo? De grande valia para o esporte esta decisão para mostrar que, a princípio, aquele que tentar ganhar por meios escusos, não será poupado.

Temos visto com frequência atletas serem punidos pela ocorrência de doping e, devido a vontade de vencer por qualquer preço, eles continuam tentando burlar os regulamentos e ir além do que o corpo humano lhes oferece.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

TSE - Vote limpo

ET BARTHES
Em período de eleições, o Chuva Ácida está a veicular os filmes da campanha Vote Limpo, criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (o filme mostrado hoje tem outro título porque o original do TSE não tem som).