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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Buracos em Joinville: culpa da chuva e dos suíços. Nunca do prefeito...


POR JORDI CASTAN
A Prefeitura Municipal parece seguir à risca a lógica de que quantos mais buracos, mais queijo. Traduzido para nossa realidade local, quantos mais buracos, mais ruas. Mas a lógica não é o forte desta gestão. O que era um problema de gestão acabou se tornando um problema de gestão e de caixa. O que era para ser uma duplicação acabou se convertendo numa enjambração, no caso da avenida Santos Dumont. E por aí vamos (aos solavancos). O que era para ser um modelo de gestão acabou virando um meme cunhado pelo neologismo “geston”. Aliás, palavra que nestes manguezais virou sinônimo de um mau administrador, de um gestor inepto e mesmo de nenhuma gestão ou de inação.

Voltando à teoria dos buracos e do queijo, diz-se na Suíça que quantos mais buracos tenha um queijo, mais queijo será. Ou melhor, mais suíço será o queijo. Os buracos conferem-lhe autenticidade, identidade e originalidade. Um bom queijo suíço tem como característica reconhecida os seus buracos. Para os amantes dos queijos, é bom lembrar que há mais de 450 tipos de queijo suíço e que os dois mais conhecidos são o Emmental e o Gruyére. E, sim, os buracos no queijo suíço são uma característica própria, resultado do processo de produção, no qual as bactérias acidificam o leite criando peculiaridades únicas e irrepetíveis.

É bom lembrar que uma parte significativa dos colonizadores de Joinville, que muitos denominam ainda hoje como alemães, vinham de outras nações. E um grupo importante veio da Suíça. Vai que é por isso que nossas ruas parecem queijos suíços. Mas nada mais longe da verdade. As nossas ruas estão cheias de buracos por outros motivos. Motivos que têm mais a ver com a desídia, a falta de manutenção regular e sistemática, a falta de fiscalização e a péssima qualidade da pavimentação,feita sem controle, sem rigor e sem seguir as normas técnicas adequadas.

O poder público insiste em culpar a chuva, como se Joinville fosse a cidade mais chuvosa do mundo. É bom que se diga que não é. A cidade mais chuvosa da terra encontra-se na Colômbia, Lloró. Sua precipitação anual média de 13.300 mm, cinco vezes mais que Joinville. Entre os lugares mais chuvosos do mundo encontramos Kukui, Maui, Havaí (média de precipitação anual: 9.293 mm) e Emei Shan, província de Sichuan, China (média de precipitação anual: 8.169 mm).

Nem somos a cidade mais chuvosa do Brasil. É outra mentira que nos contaram e que insistem em repetir. A chuva não é a vilã. A vilania deve ser buscada em outros endereços. Os dados de Joinville mostram uma realidade bem diferente. A média anual histórica de Joinville é de 2.130,1 mm. Menos da metade dos 4.165 mm do município de Calçoene, no Amapá. Há registros dos índices de chuvas de Joinville desde 1895. Naquele ano, choveu cerca de 2.200 milímetros. Desde 1950, os anos em que mais choveu na cidade foram: 1957 (2.649,7 mm), 1983 (2.782,1 mm), 1998 (2.611,2 mm) e 2008 (2.570,9 mm) — anos conhecidos por enchentes históricas em Joinville.

Assim que já aprendeu mais uma. Culpar a chuva é mais uma lorota. Se temos as ruas mais esburacadas da história, tem menos a ver com chuva e mais com gestão ou como se diz por aqui com “geston”. Começamos falando de queijos e buracos e acabamos mostrando que não é chuva a principal culpada pelo estado vergonhoso em que se encontra nossa cidade.
Mas uma coisa é certa, a cada dia Joinville é mais conhecida pelo estado lastimável da cidade que pelos canteiros de flor, os jardins bem cuidados e o capricho com que as coisas eram tratadas. Se houver um levantamento das cidades com mais buracos nas ruas, apareceremos bem na foto e estar nos primeiros lugares é uma péssima notícia.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Economizar? Ah ah ah. O pessoal da "gestón" está de brincadeira...



POR JORDI CASTAN
Dizem que uma imagem vale por mil palavras. Então, hoje temos aqui um texto quase do tamanho de "Os Lusíadas". Sei que a leitura pode ficar enfadonha para alguns, mas escutar as queixas constantes sobre a falta de dinheiro e a falta de gestão já ficou chato. Assim, nada melhor para mostrar que não há mesmo é gestão, porque há dinheiro para jogar fora. Podem até achar que não há vergonha. Eu acho que há. Mas esses que ai estão nunca a usaram. 



Ah! Não esqueça de pagar todos seus impostos e taxas direitinho, porque o "bicho" está sempre esfomeado e quer mais dinheiro para seguir gastando. Da maneira que você viu nestas imagens...


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

É preciso admitir: Udo tinha razão

POR JORDI CASTAN
O candidato Udo Dohler estava certo quando insistia no mantra que o problema de Joinville não era a falta de dinheiro, mas sim a falta de gestão. Não faltava dinheiro no governo anterior e não falta dinheiro neste governo. O que faltava antes e continua faltando agora é gestão. Seguimos sem um gestor.

O discurso que acusava o ex-prefeito Carlito Merss de não ser um bom gestor trazia a mensagem implícita de que o candidato Udo Dohler seria o gestor que Joinville tanto precisava. Uma mensagem que a maioria do eleitorado acreditou. Tanto acreditou que votou no pretenso gestor para por ordem na gestão da cidade.

O resultado desastrado da primeira gestão Udo Dohler não foi suficiente para que o eleitor abrisse os olhos, que votou novamente no mantra do gestor. O resultado é que Joinville elegeu de novo um administrador medíocre e a cidade continua parada e abandonada. Para ter uma ideia do nível de ineficiência, só foi gasto 1,1% do orçamento previsto para a mobilidade.

Joinville merece um administrador melhor. E no quadro atual qualquer outro candidato parece melhor que o atual. O eleitor não acreditou na capacidade dos demais candidatos e os partidos não apresentaram candidatos capazes de convencê-los de que seriam capazes de administrar uma quitanda com um mínimo de sucesso. O resultado desta falta de bons candidatos foi a recondução do mesmo gestor que já mostrou que não foi capaz de gerir Joinville com um mínimo de competência, no primeiro mandato e continua sem fazê-lo no segundo.

A cidade enfrenta décadas seguidas de desgoverno, sem conhecer uma gestão municipal digna deste nome. Joinville está abandonada e o dinheiro público ou escorre pelo ralo ou dorme no caixa sem que sejam construídas as obras públicas que engessam o desenvolvimento da cidade. A situação só não é pior porque este é um povo pacato, que aceita mansamente todas as escusas e justificativas apresentadas pelo poder público. Ou seja, para não fazer que Joinville progrida e conitnue abandonada e sem rumo.

Só nos resta esperar que um dia o joinvilense acorde desta letargia e descubra, de uma vez por todas, que Joinville está como está porque somos um exército de leões comandado por um cordeiro. Se acordássemos deste pesadelo sem fim, poderíamos escolher um bom gestor de verdade, não este engabelador que aí está. E então e por Joinville de volta no eixo do desenvolvimento. Mas até lá teremos só essa gestão medíocre e covarde incapaz de tirar Joinville do marasmo em que esta submersa pela inépcia do seu gestor.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

O gestor partido ao meio

POR JORDI CASTAN
Italo Calvino é o autor da trilogia “O Barão nas Árvores”, “O Cavaleiro Inexistente” e “O Visconde Partido ao Meio”. São três historias divertidas e enriquecedoras que recomendo ler mais de uma vez. Difícil escolher uma das três, porque cada uma traz uma provocação. Gostei e recomendo “O Visconde Partido ao Meio”. É a história de um nobre que, no fragor de uma batalha contra os turcos, é partido ao meio por uma bala de canhão. E cada uma das duas metades segue tendo vida própria.


O livro é a historia de cada uma destas metades e do seu encontro. Na história, cada uma das metades carrega uma parte do visconde Medardo de Terralba. Numa, a sua bondade, raiando a estultícia; na outra, a maldade mais perversa. O livro relata a luta eterna entre o bem e o mal. Não é o meu objetivo fazer uma resenha do livro. Proponho fazer outra leitura, mas trocando o bem e o mal pela disputa imemorial entre a inteligência e a inépcia.

Desnecessário dizer que esta é uma luta desigual. Que já conhecemos o resultado e que lamentavelmente não há final feliz. Que o mocinho não vence e que a inépcia reina opípara nestas terras. Imaginemos, por um momento, que resultado de um acidente qualquer um suposto gestor - um piano a cair-lhe na cabeça, por exemplo - o dividisse ao meio, em duas metades idênticas. Numa, toda a inteligência. Noutra, toda a inépcia.


Imaginemos ainda que cada uma das metades tivesse vida e vontade própria. E que a metade tomada pela inépcia decidisse se candidatar a qualquer coisa. Suponhamos, para efeito de ficção, que optasse por ser candidato a prefeito da sua vila e que fosse eleito. A situação que os seus concidadãos enfrentariam a partir do dia seguinte à posse seria ter o suprassumo da inépcia à frente dos destinos da cidade. Ou seja, sem o mínimo de inteligência para se contrapor.

Ou seja, a cidade estaria sujeita a um prefeito inepto, que multiplicaria sua inépcia e a da sua gestão, se rodeando de outras pessoas tão ineptas quanto ele. Gente sem um pingo de bom senso e no estado mais embrionário da inteligência e do conhecimento. A vila iria cada dia mergulhando numa situação mais caótica e insustentável.

Esta situação extrema conduziria fatalmente ao crescimento do índice de necedade em todas as repartições e órgãos públicos. O inepto buscaria a companhia e o referendo dos seus iguais. A inteligência seria uma ameaça nessa terra de néscios. E seria banida, vista com um perigo. Imaginariam os seus concidadãos que exista outra metade vagando a esmo pelas ruelas da vila. Ficaria como última esperança, aos seus decepcionados eleitores, a ilusão que outro acidente fortuito juntasse um dia a duas metades. 

Não há um final feliz nesta história. Primeiro porque não está claro que exista de fato outra metade e que esta metade reúna toda a inteligência, conhecimento e sabedoria que falta à metade que foi eleita e governa a vila. Há, inclusive, quem acredite que não estaríamos frente a uma metade, senão que isso seria o todo e que a alegada inteligência nunca tenha existido. Que tenha simplesmente sido o resultado de uma campanha publicitária bem orquestrada, ou que seja um caso de hipnotismo ou até de alienação coletiva.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O presente de Natal dos comissionados


POR JORDI CASTAN

GESTÃO - O Prefeito é um incompreendido. Apesar do tanto que faz por Joinville, ainda há tanta gente criticando sua gestão. Ainda bem que, agora reeleito, poderá cumprir todas as promessas de campanha que não cumpriu no seu primeiro mandato. É verdade que ele deveria ter precisado melhor que a maioria das promessas da campanha de 2012 só seria cumprida depois de 2017. Mas tem joinvilense que acredita: agora vai. 

O prefeito mostrou que esta com um gás novo. Para começar a nova gestão com energias renovadas vai começar demitindo todos os 479 comissionados. E aproveitará para pagar os elevados custos das verbas indenizatórias. Assim os comissionados, que tanto se esforçaram durante a campanha, receberão um polpudo presente antes do Natal e poderão gozar de umas férias fartas. Ninguém poderá se queixar. Nada mais certo que tratar bem a quem não tem medido esforços pela sua reeleição. O melhor de tudo é que ainda terá quem acreditara que isto é feito para economizar. Aliás, por estes lados ninguém questiona nem se impressiona com o número de cargos comissionados. Para quem acha que por aqui tudo está certo, aqui há alguns dados para comparar:

- Nos EUA, que tem uma população de 300 milhões de habitantes, há 7.000 cargos em comissão ocupados por particulares sem concurso público;
- No Chile, que tem 17 milhões de habitantes, há 800 cargos em comissão ocupados por particulares sem concurso público;
- Na Holanda, que tem 16 milhões de habitantes, há 700 cargos em comissão ocupados por particulares sem concurso público;
- Na Inglaterra, que tem uma população de 50 milhões de habitantes, há 500 cargos em comissão ocupados por particulares sem concurso público;
- Na França e Alemanha, que têm 65 milhões e 81 milhões de habitantes respectivamente, há apenas 300 cargos em comissão ocupados por particulares sem concurso público.

Na Joinville das Maravilhas temos 505 cargos comissionados. No melhor dos cálculos precisaria de 20. Mas o prefeito é o primeiro que tem utilizado esses cargos como moeda de troca para conseguir apoios políticos. Economia, eficiência e eficácia são princípios básicos de um bom gestor e de uma boa gestão. Na realidade a demissão dos comissionados é uma bela coreografia feita para que pareça o que não é. Apresentada como economia, é uma empulhação. Se o objetivo é o de iniciar uma reforma administrativa, então é uma patranha. 

O prefeito tem uma relação agreste com a administração e acha que as coisas são verdade só porque ele as diz. Não está acostumado a que alguém possa questioná-lo e os poucos que ousam fazê-lo não duram muito. Gosta de iludir. Pior ainda, desfruta do prazer mórbido da auto-empulhação, porque não há nada mais perigoso que os indivíduos que acreditam nas suas próprias mentiras.

MANGUEZAIS - Pior que a imagem da devastação dos manguezais da Baía da Babitonga  é a indiferença e omissão das autoridades responsáveis. Todos fazem de conta que não têm a ver com o problema. Nem SEMA, nem FATMA, nem IBAMA têm se manifestado sobre o tema. A esta aparente omissão haveria que somar o Ministério Público. O mangue preto do gênero Avicenia morreu em mais de 80%, depois de um ataque de lagartas em abril deste ano. Até lá nada aconteceu.

Passado tempo prudencial, os manguezais não rebrotaram e agora começaram a cair e a perder galhos. Os manguezais são um ecossistema muito frágil e ao mesmo tempo é o berçário da vida na baía, sem manguezais não haverá nem caranguejos, nem peixes, nem as aves que de eles se alimentam. Se tiver interesse em conhecer mais sobre a situação do manguezal veja o vídeo (aqui).

BLACKMAIL - Como já tínhamos anunciado, aqui é grande a possibilidade de que escutando uma coisa tenha se acabando ouvindo outra. O período das investigações da “Operação Blackmail” pode ter sido providencial para acabar gravando conversas sobre outros temas. Além das emendas a LOT apresentadas pelo vereador indiciado, há uma boa quantidade de emendas assinadas em bloco por todos os vereadores membros das comissões.

Este modelo de assinatura solidária é utilizado quando não se que personalizar ou identificar o autor de emenda. Pelo nervosismo de alguns vereadores das comissões de Urbanismo e Legislação, seria bom colocar as barbas de molho. Esse tema da LOT ainda vai muito longe. Não só não deverá ser votada em 2016, como é possível que tenha ainda outros desdobramentos. 

sábado, 8 de outubro de 2016

Udo conta com a falta de memória do eleitor:10 motivos para lembrar

POR JORDI CASTAN


Há quem insista em tentar convencer o eleitor de que merece o voto porque acorda cedo e doa o salário. Que estes motivos, somados à limpeza das suas mãos, seriam suficientes para votar nele de novo. Muitos esquecem o fato de que votar em Udo Dohler não foi uma boa ideia. Há vários motivos para lembrar, aos que foram acometidos de súbita amnesia, que é bom pensar duas vezes antes de seguir o mesmo roteiro uma segunda vez. A falta de memória é o melhor cabo eleitoral de Udo Dohler. Eis...

1.- Não foi capaz de tirar do papel o ícone que colocaria seu nome na historia de Joinville, a propalada ponte do Ademar Garcia, aquela que seria sua obra emblemática. Na verdade, nem foi capaz de colocá-la no papel, porque ninguém até agora viu um projeto executivo da dita ponte.

2.- Deixou as ruas da cidade convertidas num queijo suíço. Não asfaltou os 300 quilômetros que prometeu no Plano 15 e deixou sem manutenção estradas que, de tão esburacadas, se converteram em pistas só para veículos com tração 4X4. Houve buracos de todos os tamanhos e formatos. Agora, perto da eleição, lançou um mutirão tapa-buracos em que há ruas com mais remendo que asfalto original. Aposta no esquecimento do eleitor.

3.- Falando de buracos, não só ocasionaram enormes prejuízos econômicos aos joinvilenses, que sofreram acidentes e estragaram seus veículos. Os buracos ocasionaram prejuízos muito mais graves. Gente morreu nos buracos da Santos Dumont. E também causaram mortes os buracos mal sinalizados pelas obras da CAJ (Companhia Aguas de Joinville) na Vila Nova. O que o prefeito fez? Olhou para o outro lado, como se o problema não fosse dele. Acreditou que o eleitor esqueceria.

4.- Na saúde seguem faltando remédios. O próprio pessoal do São José tem divulgado que até os mais simples, como gaze e esparadrapo, têm estado em falta e que cirurgias foram remarcadas por motivos como esses. E olha que se promoveu na campanha a imagem do gestor que entendia da saúde. Nesta campanha há um pouco mais de comedimento e só é dito que o prefeito acorda cedo e que trabalha como voluntário porque doa o salário. Esquece que Joinville precisa de um bom prefeito capaz de resolver os seus problemas, não de um voluntário com insônia.

5.- As contas estão em dia é o mantra que se repete pelos corredores da Prefeitura. A verdade é que atrasou as contas com o Ipreville. Pedalou mais que o Nairo Quintana. E olhem que ficou rouco de dizer que o problema da gestão anterior não era falta de dinheiro, era falta de gestão. O joinvilense que não sofre de amnésia e procura se informar descobriu que além de dinheiro, agora também falta gestão.

6.- Das praças e do verde melhor nem falar. Estão abandonadas. Só o mato viceja e das poucas árvores replantadas menos da metade sobreviveu. O verde nunca foi uma prioridade do prefeito e da sua gestão. Ao contrário, até pretende que a cidade avance ainda mais sobre as margens dos rios, propondo a redução da distância entre as construções e os cursos de água. Nada foi feito pelas ARIEs (Áreas de Relevante Interesse Ecológico) do Boa Vista e do Iririu. Joinville sairá da sua gestão como uma cidade menos verde, mais cinzenta e triste.

7.- Na cultura, outro desastre. É bom lembrar os problemas com o Simdec.  Continuamos com museus fechados ou em estado precário. Mesmo que a triunfalista propaganda oficial fale de todos os museus abertos e só dar uma passada para ver que o Fritz Alt esta fechado, o Museu Nacional de Colonização esta com graves problemas de manutenção, da Cidadela Cultural melhor nem falar. Aliás, é só dar uma passada é ver como se cuida do patrimônio público. A melhor definição da sua gestão na cultura é muito barulho e poucas nozes.

8.- Sobrou alguma coisa? Ah... lembrei. Dos tablets fica a dúvida se foram entregues a todos os alunos da rede ou a uma parte. A propaganda eleitoral não é clara. Há ainda as escolas municipais que receberam tablets e não têm internet. E as que tem aparelhos de ar condicionado novos que nunca foram ligado porque não tem a instalação elétrica com a capacidade adequada que permita ligá-los? Esse é um exemplo de como se administra Joinville.

9.- O planejamento urbano é outro bom motivo para pensar bem se é bom negocio voltar a votar no Udo. Ou Alguém esqueceu da engrolação feita no Iririu? Ou a da frente do Mercado Municipal? Ou a duplicação da Santos Dumont? São tantas que fica difícil escolher. No caso da Santos Dumont, o que deveria ser uma duplicação virou uma comedia de erros, dessas a que Joinville já deveria estar acostumada, mal planejada, sem um projeto executivo, sem quantitativos verazes. O que em qualquer cidade mais seria se denominaria uma enjambrada. Uma parte binário, uma parte duplicada, com um projeto que sofreu uma dúzia de ajustes e alterações. De verdade que alguém acredita que é assim que Joinville vai avançar?

10.- O gestor que foi eleito em 2012 virou uma caricatura dele mesmo, pela sua própria "gestón". A gestão de Joinville, nos quesitos saúde, educação e saneamento foi reprovada quando comparada a de todos os municípios brasileiros. Joinville faz pouco, faz mal e paga caro. Ganhou nota 0,427, foi definida como pouco eficiente e ocupa a posição 3334 entre todos. A maior cidade de Santa Catarina e uma das 3 ou 4 maiores economias da região sul do Brasil tem uma péssima gestão.

Se não se reeleger, o prefeito sairá do seu governo muito menor do que entrou. Disse que cuidaria de cada centavo do dinheiro público. Pode ter cuidado dos centavos, mas os milhares, as dezenas de milhar e os milhões parece que não foram tão bem cuidados assim. Os recursos destinados à propaganda e publicidade, as obras feitas e refeitas, o retrabalho, os remendos, a maquiagem nos meses que antecedem ao período eleitoral não enganam mais. 

Ainda que tenha uma parcela de amnésicos que insistam em votar nele, por sorte para a cidade há ainda uma parcela significativa de eleitores que consideramos seu governo ruim é este dado se faz evidente nos elevados índices de rejeição que aparecem em todas as pesquisas. Há mais gente que não votaria nele que eleitores dispostos a votá-lo. Muitos eleitores querem que Joinville se livre desse peso morto, desse lastro que a impede de avançar e decolar de vez rumo ao futuro.



segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Udo Dohler: quem não sabe fazer... ensina


POR JORDI CASTAN

Há coisas na vida que não se recuperam: a palavra, depois de proferida; a ocasião, depois de perdida. É um antigo ditado que cai como uma luva sobre a atuação do prefeito Udo Dohler. As palavras que proferiu, a oportunidade que perdeu. A ocasião, como diz o adagio, foi perdida. Mas as palavras ele deixou em documentos encontrados na internet. 

Quem quiser conhecer mais sobre o pensamento do prefeito Udo Dohler pode visitar o link “ideias e pensamentos de Udo Dohler”. Lá ele expõe suas ideias sobre o trabalho, sua visão da gestão, além de reunir uma série de conselhos que se dispõe a compartilhar de forma generosa na internet. Para quem tiver interesse, recomendo uma visita.

No entanto, para poupar o seu tempo, selecionei alguns slides do site que poderiam ser úteis ao próximo prefeito de Joinville. É bom lembrar a diferença que existe entre “dizer” e “fazer”. Há dezenas de empresários mais ou menos bem sucedidos que oferecem receitas de bolo para quem quiser emular o seu modelo de gestão. Udo, num ato de suprema generosidade e desprendimento, compartilha a sua sabedoria. Porque é importante deixar o seu modelo de gestão ao alcance de todos. Obrigado, prefeito.


Não tenho palavras para agradecer um presente como este. Em tempo, por um instante fiquei com a impressão de que é um caso daqueles em que o autor diria: “façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço”. E deixo uma sugestão: seria boa ideia manter atualizado o site. Afinal, sabemos que uma coisa é o discurso de campanha, para iludir incautos (ops!, digo, eleitores) e outra é gerenciar uma cidade como Joinville.


Em tempo. Há diferenças abissais entre o administrador e o gestor. Enquanto o primeiro sabe o que deve ser feito, o segundo sabe como fazer. Saber o que deve ser feito implica conhecimento, planejamento e capacidade. Saber como fazer requer treinamento e trabalho. Deve ser por isso que Udo Dohler destaca tanto o valor do trabalho, o mérito que tem que acorda cedo, trabalha duro e suja as mãos trabalhando. Pena que não se vejam resultados.


Mas vejamos, então...





terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O problema de Udo Dohler é a rejeição

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Quem está melhor posicionado, neste momento, para ser o próximo prefeito de Joinville? Os trackings (monitoramento das tendências de voto) não param e os políticos sabem, mês a mês, a posição que ocupam na corrida à Prefeitura. Os números não podem ser publicados, mas há coisas tão evidentes que dispensam as sondagens. Então, vamos lá...

Não há segredo quanto aos putativos candidatos à Prefeitura de Joinville. Há quatro nomes no bloco da frente: o atual prefeito Udo Dohler, o deputado estadual Darci de Matos, o ex-prefeito Carlito Merss e um inesperado José Aluísio Vieira, o Dr. Xuxo, que vem correndo por fora. Há também o tucano Ivandro Souza, cuja candidatura insiste em não decolar e, por enquanto, o deixa a jogar num outro campeonato.

Apesar de já haver gente em campanha, o quadro da disputa sucessória não está definido. E é natural, portanto, que neste momento a preferência dos eleitores esteja pulverizada. No entanto, o grande abacaxi parece estar nas mãos de Udo Dohler, que tem índices de rejeição muito elevados. E não é preciso olhar para as sondagens para fazer essa constatação. Um olhar para as críticas nas redes sociais, por exemplo, permite ver que o prefeito tem um problemão em mãos.

A rejeição é um fator tão poderoso quanto a intenção de voto. Ou seja, enquanto os outros candidatos vão lutar por votos, Udo terá que vencer a frustração dos cidadãos com a sua administração. Eis o nó górdio. O atual prefeito chegou ao poder com um discurso “anti-política” e “pró-gestão”, mas acabou com uma imagem mais parecida com um político (da velha política) do que com um gestor.

É possível diminuir a rejeição? Claro que sim. Mas Udo Dohler não tem muito tempo. Num plano macro, vai precisar de pesquisas que ouçam segmentos qualificados da sociedade, para identificar o caminho para mudar a percepção dos eleitores. Num plano mais térreo vai precisar de ação, imaginação e obras. É difícil. E não pode esquecer que o diabo está nos detalhes. Exemplo? Ora, cada buraco nas ruas é uma armadilha contra a sua candidatura.


Udo Dohler conseguirá reverter esse quadro? Talvez. Se recorrer à lógica da velha política (aquela de investir vultosos recursos financeiro) poderá aumentar as suas chances, porque, afinal, isso ainda tem muito peso. Mas os tempos são outros e mesmo assim não há garantias. O mundo evoluiu. É preciso também saber usar técnicas de comunicação, conhecimento de marketing político e, claro, imaginação. É aqui que a porca torce o rabo.

É a dança da chuva.