POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Quem está
melhor posicionado, neste momento, para ser o próximo prefeito de Joinville? Os
trackings (monitoramento das tendências de voto) não param e os políticos
sabem, mês a mês, a posição que ocupam na corrida à Prefeitura. Os números não podem ser publicados, mas há coisas tão evidentes que
dispensam as sondagens. Então, vamos lá...
Não há
segredo quanto aos putativos candidatos à Prefeitura de Joinville. Há quatro
nomes no bloco da frente: o atual prefeito Udo Dohler, o deputado estadual
Darci de Matos, o ex-prefeito Carlito Merss e um inesperado José Aluísio
Vieira, o Dr. Xuxo, que vem correndo por fora. Há também o tucano Ivandro
Souza, cuja candidatura insiste em não decolar e, por enquanto, o deixa a jogar num
outro campeonato.
Apesar de já haver gente em campanha, o quadro da
disputa sucessória não está definido. E é natural, portanto, que neste momento a
preferência dos eleitores esteja pulverizada. No entanto, o grande abacaxi parece estar
nas mãos de Udo Dohler, que tem índices de rejeição muito elevados. E não é
preciso olhar para as sondagens para fazer essa constatação. Um olhar para as
críticas nas redes sociais, por exemplo, permite ver que o prefeito tem um
problemão em mãos.
A rejeição
é um fator tão poderoso quanto a intenção de voto. Ou seja, enquanto os outros
candidatos vão lutar por votos, Udo terá que vencer a frustração dos cidadãos com
a sua administração. Eis o nó górdio. O atual prefeito chegou ao poder com um
discurso “anti-política” e “pró-gestão”, mas acabou com uma imagem mais
parecida com um político (da velha política) do que com um gestor.
É possível diminuir a rejeição? Claro que sim. Mas Udo Dohler não tem muito tempo. Num plano macro, vai precisar de pesquisas que ouçam segmentos
qualificados da sociedade, para identificar o caminho para mudar a percepção
dos eleitores. Num plano mais térreo vai precisar de ação, imaginação e obras. É difícil. E
não pode esquecer que o diabo está nos detalhes. Exemplo? Ora, cada buraco nas ruas é uma
armadilha contra a sua candidatura.
Udo Dohler conseguirá reverter esse quadro? Talvez. Se recorrer à lógica
da velha política (aquela de investir vultosos recursos financeiro) poderá aumentar as
suas chances, porque, afinal, isso ainda tem muito peso. Mas os tempos são outros e mesmo assim não há garantias. O mundo evoluiu. É preciso também saber usar técnicas de
comunicação, conhecimento de marketing político e, claro, imaginação. É aqui que a porca torce o rabo.
É a dança da chuva.
É a dança da chuva.