POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Realidade e percepção. Primeiro há os fatos, depois a leitura desses fatos. A realidade: Sérgio Moro impôs uma dura pena ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fato que tem tudo para impedir o ex-presidente de concorrer nas próximas eleições. A percepção: as pessoas começam a ver Moro com desconfiança e Lula mantém praticamente inabalada a sua imagem junto aos seus eleitores.
Quando se fala em percepção, a rejeição tem um papel definidor. Segundo a mais recente pesquisa Ipsos, expressivo número de brasileiros desaprova as ações de Sérgio Moro, o que fica expresso num índice de rejeição de 51%. Lula tem um índice maior, apesar de ter descido ligeiramente para 56%, mas ainda assim o menor índice entre todos os políticos que postulam entrar na corrida para o Palácio do Planalto.
Faz sentido fazer a comparação, já que ambos estão em campos diferentes? Faz. O confronto entre Lula da Silva e Sérgio Moro tem sido apresentado pela mídia como uma espécie de “duelo. Enquanto o ex-presidente tenta chegar novamente ao cargo, o juiz tem feito tudo para impedir, inclusive com alguns atropelos. Há um clima de paixões exacerbadas. Os que odeiam Lula da Silva estão com o juiz. E vice-versa.
A proposta é pensar na frente. A futurologia tem os seus riscos, mas vamos imaginar como Sérgio Moro e Lula da Silva vão figurar nos manuais de história. Arrisco a opinar. Sérgio Moro será uma nota de rodapé. Se tiver algum protagonismo, será pelo fato de ter contribuído para desestabilizar a democracia. Mais do que isso, por ajudar a empurrar o Brasil para uma crise de valores, em que a imagem da própria Justiça saiu chamuscada.
Outra predição. Olhado com a frieza do tempo, o ex-presidente Lula vai ter a sua imagem resgatada. A persecução de que foi vítima ficará evidente (e evidenciada). Ódios aquietados, as pessoas vão reverenciar os avanços do governo Lula como uma oportunidade perdida. Uma oportunidade roubada aos brasileiros, por golpistas que não se importaram em pôr o Brasil outra vez na periferia da geopolítica.
É a dança da chuva.
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terça-feira, 6 de março de 2018
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
O problema de Udo Dohler é a rejeição
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Quem está
melhor posicionado, neste momento, para ser o próximo prefeito de Joinville? Os
trackings (monitoramento das tendências de voto) não param e os políticos
sabem, mês a mês, a posição que ocupam na corrida à Prefeitura. Os números não podem ser publicados, mas há coisas tão evidentes que
dispensam as sondagens. Então, vamos lá...
Não há
segredo quanto aos putativos candidatos à Prefeitura de Joinville. Há quatro
nomes no bloco da frente: o atual prefeito Udo Dohler, o deputado estadual
Darci de Matos, o ex-prefeito Carlito Merss e um inesperado José Aluísio
Vieira, o Dr. Xuxo, que vem correndo por fora. Há também o tucano Ivandro
Souza, cuja candidatura insiste em não decolar e, por enquanto, o deixa a jogar num
outro campeonato.
Apesar de já haver gente em campanha, o quadro da
disputa sucessória não está definido. E é natural, portanto, que neste momento a
preferência dos eleitores esteja pulverizada. No entanto, o grande abacaxi parece estar
nas mãos de Udo Dohler, que tem índices de rejeição muito elevados. E não é
preciso olhar para as sondagens para fazer essa constatação. Um olhar para as
críticas nas redes sociais, por exemplo, permite ver que o prefeito tem um
problemão em mãos.
A rejeição
é um fator tão poderoso quanto a intenção de voto. Ou seja, enquanto os outros
candidatos vão lutar por votos, Udo terá que vencer a frustração dos cidadãos com
a sua administração. Eis o nó górdio. O atual prefeito chegou ao poder com um
discurso “anti-política” e “pró-gestão”, mas acabou com uma imagem mais
parecida com um político (da velha política) do que com um gestor.
É possível diminuir a rejeição? Claro que sim. Mas Udo Dohler não tem muito tempo. Num plano macro, vai precisar de pesquisas que ouçam segmentos
qualificados da sociedade, para identificar o caminho para mudar a percepção
dos eleitores. Num plano mais térreo vai precisar de ação, imaginação e obras. É difícil. E
não pode esquecer que o diabo está nos detalhes. Exemplo? Ora, cada buraco nas ruas é uma
armadilha contra a sua candidatura.
Udo Dohler conseguirá reverter esse quadro? Talvez. Se recorrer à lógica
da velha política (aquela de investir vultosos recursos financeiro) poderá aumentar as
suas chances, porque, afinal, isso ainda tem muito peso. Mas os tempos são outros e mesmo assim não há garantias. O mundo evoluiu. É preciso também saber usar técnicas de
comunicação, conhecimento de marketing político e, claro, imaginação. É aqui que a porca torce o rabo.
É a dança da chuva.
É a dança da chuva.
sábado, 15 de setembro de 2012
Rejeição radicalizou
Os 325 leitores que votaram na enquete do blog concentram a sua rejeição em três candidatos.
Kennedy Nunes mantem uma rejeição baixa e Leonel Camasão praticamente não tem nenhuma rejeição, e verdade que tampouco alcança mais de 1% de intenções de voto nas diversas pesquisas divulgadas.
Os candidatos Marco Tebaldi, Udo Dohler e Carlito Merss se repartem a maior rejeição.
Tebaldi 34,46%
Carlito 25,85%
Udo 21,23%
Quem conseguir chegar ao final do primeiro turno com menor rejeição terá mais chances não só de vencer, mas principalmente de costurar alianças mais consistentes para o segundo turno.
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