terça-feira, 18 de setembro de 2018

A vaca está indo para o brejo


POR JORDI CASTAN
Quanto mais nos aproximamos do dia 7 de outubro, mais os ânimos vão se radicalizando. O extremismo toma conta de todo o espaço do debate político. Os longos anos de governos de esquerda deixaram o país em frangalhos. Faz décadas que o Brasil não cresce, que a insegurança aumenta e que a uma crise que se alastra de ponta a ponta do Brasil e da sua sociedade.

Há uma radicalização maior na eleição presidencial, que transformou a arena política partidária num gigantesco Fla–Flu. Ou num Grenal. Ou naquilo que na La Liga, que organiza o futebol espanhol, se denomina “el clássico”: jogos de mais rivalidade que futebol, para voltar ao eterno paralelismo entre futebol e política.

É evidente que qualquer um dos extremos será uma péssima alternativa, que o resultado das urnas será um país dividido, rachado, dividido ainda mais entre “nós e eles”. Não há alternativas de centro, nem de centro direita, nem de centro esquerda, há só um aglomerado de políticos que utilizam os partidos e a política para alcançar os seus objetivos pessoais. O resultado não tem como ser bom. Fora os fanáticos de sempre, há uma grande maioria do eleitorado que não votará nem a favor de este ou daquele candidato, mas contra este ou aquele.

O resultado de uma eleição que se resolva com os votos contra isso ou aquilo não tem como ser bom. A última eleição em Joinville é um bom exemplo. Aqueles que não queriam eleger Darci de Matos elegeram Udo Dohler. Não precisamos dizer nada, o resultado está ai para quem o quiser avaliar. A cidade está sem rumo, nas mãos de uma gestão inepta e arrogante. Darci de Matos teria sido melhor? Difícil ser pior, mas a Lei de Murphy assegura que não há nada tão ruim que não possa piorar.

A maioria dos eleitores com quem tenho conversado não sabe em quem votar. Nenhum dos candidatos ao governo do Estado convence e todos são oriundos da velha política. Pessoalmente acho que o termo velhaca seria mais apropriado. Os nomes apresentados para o Senado ou para o Congresso não são melhores. Há poucos nomes realmente novos que tenham possibilidades reais de se eleger. Para complicar ainda mais a renovação, o sistema há desenvolvido um emaranhado legal direcionado a perpetuar no poder os mesmos de sempre. O resultado é um eleitor desiludido, desencantado e descrente. Descrente dos candidatos, do resultado das urnas eletrônicas, receoso da lisura do processo, desconfiado das pesquisas e, principalmente, revoltado com o Brasil atual.

Qualquer resultado é possível e nenhum deles parece convincente para que o país saia do lodaçal em que anos de péssimos governos o tem jogado. Que a maioria dos candidatos a reeleição responda a processos por corrupção, lavagem de dinheiro, caixa 2, prevaricação e ainda haja eleitores defendendo e votando nesse tipo de gentalha mostra que há algo de muito podre em Pindorama. Até porque os políticos que elegemos não foram trazidos por nenhuma nave alienígena, são os representantes da sociedade que os vota e os elege.

Para não esquecer: não reeleja nenhum dos que aí estão. É hora de mudar, de mudanças profundas. Até porque se não mudarmos o próximo congresso será ainda pior que o atual, mesmo que isso possa parecer impossível. 

14 comentários:

  1. "Faz décadas que o Brasil não cresce"; além de apoiador de corrupto, é mentiroso.

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    1. https://www.ecodebate.com.br/2018/05/16/brasil-quatro-decadas-de-baixo-crescimento-economico-sendo-duas-decadas-perdidas-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

      Sei que voce questionará os dados no FMI. que mostram que desde faz mais de 4 décadas o Brasil cresce menos que a media mundial Mas quando alguém não está informado e não procura se informar acredita em qualquer bobagem.
      Fique a vontade com suas agressões.

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    2. Crescer pouco ou baixo crescimento não é igual a não crescer...

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    3. Terei que explicar aqui que quando o crescimento economico é menor que o vegetativo e não atende as necessidades minimas de investimento em infraestrutura acreditar que há crescimento é ficção?
      Ou terei que explicar que o país esta sucateado e que a unica coisa que cresceu foi o gasto público? Mas que em economia basica isso não se considera crescimento econômico.
      Ou terei que explicar que o crescimento da dívida pública, que alguns ilusos acreditam que foi paga tampouco se considera crescimento econômico?
      Mas para os estultos vou adequar o texto:
      “Nas últimas décadas no Brasil cresceu o gasto público, a dívida pública e o PIB se manteve abaixo da media mundial e foi um dos piores da América latina.”

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  2. Não esperava mais dos brasileiros.

    De um lado um candidato a governo fantoche a ser liderado da prisão por um criminoso corrupto que poderá ser indultado (e que liberará as hordas das casernas, com o apoio dos brasileiros!), de outro um ex-militar odiaaaaado pelas feminazis-massa-de-manobra e sem muita simpatia com a banda podre da política.

    A propósito, se realmente Jair Bolsonaro e Fernando Haddad concorrerem no segundo turno, prestemos atenção na divisão dos partidos políticos (se é que haverá alguma divisão)… Olhem que vai ter “partido golpista” fazendo parte (mais uma vez) de um possível governo petista, hein! Mas um pingo de coerência seria pedir demais aos esquerdistas...

    Enfim, é hora de quebrar paradigmas. É hora de fazer com que o executivo e o congresso se entendam na base das propostas em comum ou da porrada, ao invés do toma lá, dá cá entre PT, PSDB, MDB, PP, PR e a PQP, e quem paga a conta dessa bandalheira toda são sempre os brasileiros.

    Meu voto iria para centro, mas vai mesmo para o ex-militar, vítima de um ATENTADO POLÍTICO que a imprensa podre deste país insiste em chamar de “ataque” ou “agressão”, como fez na última entrevista o ministro da justiça.

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    1. Falou "feminazi", eu já sei que é doente...

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    2. Zorak, membro da esquerda paz e amor, defensor das mulheres e da liberdade sexual, exemplo claro de que o discurso e a prática são irreconciliáveis, assim como a grande maioria de sua espécie.

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  3. Bravo o maior legado da esquerda vai ser o Bolsonaro.

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  4. O anônimo 11:40 citou o atentado sofrido pelo líder das pesquisas. Com certeza se o encantador de jumentos estivesse solto, concorresse, estivesse liderando as pesquisas e fosse esfaqueado na rua por um sujeito de direita, o pleito estaria pausado e se discutiria as alternativas.
    É óbvio que o candidato líder das pesquisas está sendo prejudicado por um atentado e que, se ele vier a perder a eleição, todo pleito pode, sim, ser questionado.

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    1. Por que não era questionado quando ele foi eleito nos últimos 30 anos?

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    2. Por que desta vez ele foi vítima de alguém imbuído daquilo que ele justamente tenta combater: o ódio ideológico, ou o “ódio do bem”, o ódio com “propósito”, o ódio tolerado que é transmitido através de redes sociais e dentro dos campi universitários por professores esquerdistas.
      Entende?

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    3. Não tem ódio o COISO? Não foi ele que falou em "matar uns 30.000 se morrerem uns inocentes não há problema algum"? Haja amor!

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    4. Uma coisa é o “coiso” usar um discurso politicamente incorreto intendido por alguns como “de ódio”, outra são pessoinhas do bem, cheias de amor, naturebas, que sobem montanhas, que amam animaizinhos, que enchem o saco espalhando mensagens de amor e fraternidade nas redes sociais, que dizem “não-ao-discurso-do-óóóóóódio!” e que dizem “mais amor, né gentem!” desejarem a morte de alguém porque simplesmente este pensa diferente delas.

      Na rede social vi um desses naturebas que sobem montanhas escrever no feice “maldita faca cega!”, uma professora de filosofia de uma numa universidade pública (se fosse privada ela não estaria mais lá…) também expôs seu pensamento hipócrita na rede social ao escrever “sou contra a violência, mas bem que ele podia ter terminado o serviço” - PROFESSORA!!! DE UNIVERSIDADE PÚBLICA!!! PRA QUEM QUISER LER!!!
      Enfim, nenhuma surpresa sobre a incoerência dessa gente. Aliás, como dizem os portugueses: fodam-se todos!

      O que me deixa emputecido é uma imprensa podre a publicar em letras garrafais meias-verdades sobre o candidato e deixar beeeeem pequenininhas, quase escondidas, as notícias podres do partidão na qual ela simpatiza, como é o caso de FOICE DE SP, por exemplo. Aliás, a Foice de SP está fazendo bem o papel da falecida “Farsa Capital”.

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