POR JORDI CASTAN
Joinville é uma cidade singular. Poucos lugares conseguiriam sobreviver a décadas de maus governos, sem planejamento e dirigidas por legiões de ineptos. Qualquer cidade que não fosse Joinville já teria sucumbido faz tempo. Mas Joinville não. Joinville insiste teimosamente em sobreviver, em crescer e em prosperar, mesmo neste ambiente hostil em que a mediocridade viceja. Aqui o compadrio toma conta de tudo e o poder público está contaminado pela inoperância, a preguiça e ausência de uma visão estratégica para a cidade.
É importante estabelecer uma linha clara entre a cidade e seus habitantes, que são as pessoas, empresas e organizações que aqui lutam para prosperar e fazer prosperar, e a cidade e sua administração, os seus administradores e toda esta corja de gente e organizações penduradas nos seus úberes, outrora fartos e inesgotáveis. São os mesmos que veem e tratam Joinville como sua propriedade privada e a utilizam exclusivamente para seu beneficio próprio e o dos seus apaniguados.
Só uma cidade como Joinville para sobreviver. É a resiliência o que faz desta cidade um modelo a ser estudado, vivissecado e analisado. Esta capacidade de, por um lado, aceitar a inépcia e, pelo outro, superá-la. Este jeito tão joinvilense de calar e acatar. Este povo ordeiro trabalhador que suporta por anos a fio gestões incompetentes. Obras que nunca terminam. Obras que nunca começam. Obras que custam muito mais que o orçado e seguem com péssima qualidade. Prédios públicos abandonados durante lustros e décadas no mesmo centro da cidade. Avanços sobre a Cota 40. Redução das áreas verdes. Instalação de estações elevatórias de esgoto em praças públicas sem que ninguém se manifeste.
É ainda mais interessante ver como o joinvilense não gosta e até resmunga quando alguém se atreve a pôr em duvida a capacidade do gestor de plantão ou a acuidade mental de quem planeja e executa as obras públicas. Esse resmungar, tão característico dos sambaquianos, não conhece paralelo em outras sociedades que optam por se manifestar abertamente e publicamente. Aqui, desde a época da colônia, assumo que essa época colonial pertence a um passado distante e não segue sendo atual, criticar é muito mal visto. A ordem é baixar a cabeça e trabalhar, não questionar, não pensar diferente do pensamento oficial. Se não estivéssemos no século XXI, poderíamos imaginar que estamos vivendo na Alemanha nazi da década de trinta, em que qualquer um que dissentisse do fuhrer corria o risco de ser apaleado.
Vamos a seguir baixando a cabeça e trabalhar duro, porque temos que pagar os impostos, taxas e contribuições para manter azeitada essa máquina pública que nos explora e nos oprime. Viva essa resiliência que nos permite ser fortes e resistir a esta pressão infernal e superá-la. Viva Joinville, viva seu povo ordeiro e sofredor que aguenta tudo em silêncio ou, no máximo, emitindo pequenos resmungos baixinhos para não correr o risco de interromper o plácido sono do gestor. Vai que ele acorda e fica brabo.
É importante estabelecer uma linha clara entre a cidade e seus habitantes, que são as pessoas, empresas e organizações que aqui lutam para prosperar e fazer prosperar, e a cidade e sua administração, os seus administradores e toda esta corja de gente e organizações penduradas nos seus úberes, outrora fartos e inesgotáveis. São os mesmos que veem e tratam Joinville como sua propriedade privada e a utilizam exclusivamente para seu beneficio próprio e o dos seus apaniguados.
Só uma cidade como Joinville para sobreviver. É a resiliência o que faz desta cidade um modelo a ser estudado, vivissecado e analisado. Esta capacidade de, por um lado, aceitar a inépcia e, pelo outro, superá-la. Este jeito tão joinvilense de calar e acatar. Este povo ordeiro trabalhador que suporta por anos a fio gestões incompetentes. Obras que nunca terminam. Obras que nunca começam. Obras que custam muito mais que o orçado e seguem com péssima qualidade. Prédios públicos abandonados durante lustros e décadas no mesmo centro da cidade. Avanços sobre a Cota 40. Redução das áreas verdes. Instalação de estações elevatórias de esgoto em praças públicas sem que ninguém se manifeste.
É ainda mais interessante ver como o joinvilense não gosta e até resmunga quando alguém se atreve a pôr em duvida a capacidade do gestor de plantão ou a acuidade mental de quem planeja e executa as obras públicas. Esse resmungar, tão característico dos sambaquianos, não conhece paralelo em outras sociedades que optam por se manifestar abertamente e publicamente. Aqui, desde a época da colônia, assumo que essa época colonial pertence a um passado distante e não segue sendo atual, criticar é muito mal visto. A ordem é baixar a cabeça e trabalhar, não questionar, não pensar diferente do pensamento oficial. Se não estivéssemos no século XXI, poderíamos imaginar que estamos vivendo na Alemanha nazi da década de trinta, em que qualquer um que dissentisse do fuhrer corria o risco de ser apaleado.
Vamos a seguir baixando a cabeça e trabalhar duro, porque temos que pagar os impostos, taxas e contribuições para manter azeitada essa máquina pública que nos explora e nos oprime. Viva essa resiliência que nos permite ser fortes e resistir a esta pressão infernal e superá-la. Viva Joinville, viva seu povo ordeiro e sofredor que aguenta tudo em silêncio ou, no máximo, emitindo pequenos resmungos baixinhos para não correr o risco de interromper o plácido sono do gestor. Vai que ele acorda e fica brabo.
Você fez parte dessa década de maus governos, sem planejamento e dirigidas por legiões de ineptos, ou já se esqueceu?
ResponderExcluirNão esqueci. Seria você ver os balanços da Conurb na epoca. Poderia comparar e ver como quando se quer e com a equipe certa é possivel fazer uma boa gestão.
Excluirjordi e o vale verde ...o q achou?
ResponderExcluirContinuo achando a mesma coisa desde o primeiro dia. Uma vergonha.
ExcluirMas o que esperar de um projeto que tem na frente gente com tao pouca estatura etica e moral. Nao esperaria nada de bom de gente com esse perfil.
ExcluirPor favor Jordi, poderia me listar um município dos 5.570 existentes no território nacional onde o seu povo fez um levante popular, efetivamente mudando alguma coisa, não digo pontual e sim na vida social da cidade!
ResponderExcluirVocê acha que os habitantes do Morro do Horácio em Florianópolis estão felizes com obras na Beira-Mar norte, elevados, teatros, shoppings, tapete preto no centro da cidade???
Joinville é forte porque o cara sai da cama e vai à luta, é forte porque movimentos sociais inexistem, ou quando ladram é apenas para pedir passe livre (jovem universitário estaciona a BMW e vai de mochila nas costas pra frente do terminal com a turma da facu).
Joinville é forte por sua colonização, gritar menos e trabalhar mais, se é um defeito lamento.
Hoje no JA da NSC TV foi veiculada a reportagem sobre a Rodoviária de Joinville. Um fato me chamou a atenção: O reporter informou que nenhum comerciante quis dar entrevista " por medo de represálias"!
ResponderExcluirLembrei do seu artigo acima, e te pergunto: A Guarda municipal virou milícia? Ou a Prefeitura intimida os comerciantes para não reclamarem ou criticarem? Talvez esteja aí um dos motivos para a população não reclamar, apenas resmungar. Ps. Tenho a impressão, também, que nossa administração é feita apenas por reportagens da TV!, pois somente depois de uma reportagem na NSC que a Prefeitura promete providências.
Infelizmente, Jordi, temos uma situação inusitada. Em Joinville torna-se evidente. Camadas sociais desfavorecidas defendendo interesses e discursos dos privilegiados, na esperança de serem recompensados. E são. Com farelos e restos. Mas esses farelos e restos são muito mais do que os vizinhos e parentes desses sujeitos leais e devotados jamais tiveram ou terão. Esses “fiéis” tornam-se os olhos e as bocas da elite dona francisquense, cagüetando e informando quem são, e o que fazem os dissidentes da política neoliberalista joinvilense. Se não perdem o emprego, são atormentados e humilhados. Como que uma lição a olhos públicos. Na dúvida, o silêncio (ou no máximo resmungar) é o melhor.
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