sexta-feira, 13 de abril de 2018

MBL, MIT, USP. É mentira, mas eu quero acreditar...

POR LEO VORTIS
Há algum tempo circula, nas redes sociais, um post afirmando que o MBL – Movimento Brasil Livre é o maior produtor de fake news do Brasil. A afirmação teria como base o estudo de uma Associação dos Especialistas em Políticas Públicas de São Paulo (AEPPSP), realizado a partir de critérios de um grupo de estudo da USP - Universidade de São Paulo (USP). Como o movimento não tem muita intimidade com a verdade, ficou fácil acreditar.

A fama de mentir assenta bem no MBL. Eis um exemplo recente. Há poucos dias, Arthur do Val, militante do movimento e conhecido como “Mamãe, Falei”, acusou o pré-candidato à presidência Ciro Gomes de agressão. Mas quem se deu ao trabalho de olhar para as imagens percebeu a falcatrua. Tudo fake. O rapaz, que parece ter os neurônios operando com capacidade ociosa, tentou criar um fato onde não havia fato.

Não há limites para a tal “pós-verdade” (mentira). Um dia destes o MBL publicou uma nota a acusar a velha imprensa de perseguição. E aponta o dedo a “uma perseguição implacável por parte de veículos viciados da grande imprensa como o ‘Globo’, ‘Veja’ e ‘Exame’. O objetivo desses grupos é o mesmo: silenciar o movimento que traz a contraversão da narrativa mentirosa que suas redações de esquerda tentam enfiar goela abaixo no país”.

Todos sabemos que integrantes do movimento não lidam bem com a verdade. Mas daí a acusarem essas três publicações de serem de esquerda é esticar demais a corda. Porque até a mentira tem limite. Não... pensando melhor, não tem. Porque há quem acredite. É como aquelas pessoas que defendem, de forma convicta, que o PSDB é de esquerda. Enfim, é mentira, mas elas querem acreditar e isso é o que importa nestes tempos confusos.

Faz algumas semanas, a imprensa divulgou os resultados de um estudo do respeitado MIT - Massachusetts Institute of Technology, que revelou uma realidade sombria: a verdade não tem como competir com as notícias falsas e os boatos. As falsidades tendem a se espalhar mais rápido, mais fundo e de forma mais intensa nas redes sociais do que a verdade. Foi o maior estudo já realizado nessa área, com a análise de cerca de 126 mil histórias, que envolveram três milhões de pessoas, durante 10 anos (a base foi o Twitter).

A pesquisa evidenciou o fato de que um certo prazer pela mentira tem muito a ver com a natureza humana. E deita por terra a teoria de que são os “robôs” os responsáveis por as versões falsificadas. “Parece ser bastante claro que informações falsas superam as informações verdadeiras. E isso não é só por causa dos bots. Pode ter algo a ver com a natureza humana”, analisou Soroush Vosoughi, o cientista do MIT que liderou o estudo desde 2013.

É mais ou menos a lei da oferta e da procura em ação. As fake news são um produto destes tempos, mas só existem porque há quem as consuma. É que para muita gente, em especial os conservadores, vale o slogan: “as fakes news são a minha verdade”. Ou seja, é mentira mas eu quero acreditar. A overload information (sobrecarga de informação) é a doença dos nossos tempos. As pessoas recebem muita informação, mas não sabem o que fazer com ela.

Ah... e sobre o MBL. Parece que o tal estudo da USP não existe. Mas quem se importa. Afinal, como diz o ditado, o MBL fez a fama e deitou na cama.

21 comentários:

  1. O último parágrafo do textinho desmente o primeiro. Atencao: esse post é fake news.

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    1. Acho que você não está preparado para entender um texto. E isto é a mais pura verdade.

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    2. Tem que aturar, Leo. Quando a burrice é incondicional, a pessoa não sabe ler no condicional...

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    3. Um bom tema de pesquisa: existe atividade cerebral entre os anônimos?

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    4. Como assim atividade Cerebral? (Militontos)

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  2. O tal do Arthur do Val usa sempre duas câmeras, com outro a filmar a entrevista de longe. Na outra câmera, percebe-se que o “coroné” do nordeste, adorado pelos esquerdistas desinformados com biografia de Ciro, agride com um pesco-tapa o entrevistador. Mas, e sobre as perguntas feitas pelo tal Mamãe-Falei ao Ciro e negadas pelo entrevistado, referentes à “meter bala contra a PF e o juiz federal” ou “sequestrar um tal bandido e levá-lo a uma embaixada antes dele ser preso”, são fake-news também?

    Quem não lida bem com a verdade é a esquerda, não o MBL.
    Aliás, a esquerda não lida bem com a verdade, não lida bem com a história, não lida bem com a honestidade, não lida bem com os fatos, acha que a virtude é um capricho burguês, costuma acusar os outros do que ela é… Enfim. Essa esquerda mau-carater tem que ser eliminada, e a sociedade está fazendo a parte dela, graças a movimentos como o MBL.

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    1. Saber um pouquinho de edição de vídeo podia ser muito útil para você, meu caro.

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    2. Leo, você defende a tese de que o tal vídeo foi editado? KKKKK
      Cara,... vc não passa de um Zé Roela como os demais desse blog!

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    3. Se nós somos um bando de Zé Roelas porque escrevemos nesse blog, o que dizer de você que, dia sim outro também vem aqui, anonimamente, comentar os textos que nós, os Zé Roelas, escrevemos para esse blog? Uma barata deve ter a auto estima melhor que a sua, né?

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    4. Zé Roela o caralho. Professor Doutor Zé Roela. Respeitinho é bom...

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  3. O pessoal fala de fake news como se fosse uma coisa "2018"!!!!

    Lembro de um partido que fez uma campanha no horário eleitoral onde uma família reunida à mesa para alimentação, via seus pratos de comida desaparecerem caso votassem no outro partido.

    O bolsa família vai acabar,
    O 13º vai ser extinto,
    O FGTS não existirá mais,
    O pobre vai trabalhar até morrer...

    E por aí vai. Maldito MBL!!!

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    1. Não entendi. Não sei o que tem a ver com o meu texto. Mas respeito a sua liberdade de expressão.

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    2. A dissimulação da esquerda não funciona mais!

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  4. Ler de um esquedista a frase “É mentira, mas eu quero acreditar...” é quase um alento.

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    1. Onde, no meu texto, é possível deduzir que eu sou de esquerda?

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    2. “Onde, no meu texto, é possível deduzir que eu sou de esquerda?”

      Hahahahahahahahahhahaa
      Salvou o domingo da galera aqui. O churrasco estava mal passado e a cerveja choca.

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  5. Atenção: Baço é fake news.
    Já comprou passagem pra visitar o lavador de dinheiro?

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  6. Percebo que esquerdistas, desde a tenra idade, andam entregando as almas ao diabo: favoráveis a manutenção de bandidos (deles!) soltos até o trânsito em julgado, manutenção do fôro privilegiado, aproximação de páreas invasores de propriedade privada e de coronél misógino que já passou por todo alfabeto de siglas políticas.
    O mau-caratismo da esquerda vem sempre acompanhado da ignorância. Mas ainda há tempo de crescer e se informar antes de escrever bobagens sobre tecnologias e esquerdismo retrógrado que nada têm em comum.
    Fake news é mais um neologismo inventado por progressistas que perderam a eleição nos EEUU. O nome disso é “boato” mesmo, informação falsa, igual aqueles robôs faziam em prol do comitê de Dilma Rousseff em 2014. Rússia? Para quê?

    Então vamos pegar um livrinho bem escrito e ler um pouquinho mais antes de se expor, pois está a fazer o mesmo denúncia no texto. Deixe as bobagens ideológicas partidárias para o Baço e o Clóvis. Ok?

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  7. Tapa, mesmo moderado, é agressão.
    Sobre Fake News, o fato tem que ser falso, e sobre as aludidas "pesquisa" não eram apontados fatos falsos, mas eram considerados "fake news" aqueles que não tinham autores, ou seja, "fake" é o conceito utilizado.
    Sobre ser ou não o PSDB de esquerda, cada um pode tirar suas conclusões:
    http://www.psdb.org.br/acompanhe/notas-oficiais/congresso-da-internacional-socialista/

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