POR JORDI CASTAN
Você acreditou que a saúde estava bem e que tinha melhorado nesta gestão? Meu conselho é que não acredite em mitômanos e não fique doente até finais de 2018. E torça para não precisar da UTI porque pode descobrir, da pior maneira, que foi iludido pela propaganda eleitoral. Eis o fato: Joinville tem hoje o mesmo número de leitos que 25 anos atrás.
No primeiro mandato, Udo Dohler foi eleito com o discurso de seu perfil e experiência como gestor e seu conhecimento da área da saúde. O eleitor acreditou e votou nele. Nem a saúde está melhor, nem a sua gestão pode ser considerada modelo ou referência. No tema da saúde, um bom exemplo das mentiras contumazes é o numero de leitos de UTI. Alguém sabe ao certo quantos novos leitos foram criados entre 2012 e 2016? Foram 14, 16 ou 18? Na gestão Udo Dohler, o Ministério Público cobrou o aumento de leitos de UTI e a romaria de secretários de saúde teve muito a ver com a pressão do MP por melhoras numa área crítica da gestão municipal.
Com sorte só em 2018 aumentará o numero de leitos de UTI. A realidade hoje é que tanto no São José, HMSJ como no Regional HRHDS há o mesmo número de leitos de UTI que na década de 90. Isso mesmo. Uma situação vergonhosa e que escancara a série de péssimas administrações municipais que temos sofrido. Está prevista, para a próxima semana, o lançamento da licitação para aumentar de 10 para 20 o número de leitos de UTI no regional, uma obra que está prometida desde 2012.
No Hospital São José, o prazo para passar dos 14 leitos de UTI atuais para os 29 previstos venceu no ano passado. A administração municipal tem dificuldade em cumprir prazos. Entregar obras na data prevista é algo que não se vê por aqui. Apesar da pressão do MP, o edital só será lançado na próxima semana e a obra deve se estender por todo o ano de 2017, com entrega prevista só para 2018. Ainda bem que o prefeito entende de saúde e de gestão. Já imaginou se não fosse esse seu forte? Administração do tempo deve ter sido outra das aulas que o prefeito gazeteou.
Os mentirosos contam com uma ferramenta formidável para espalhar as suas mentiras: a credulidade dos inocentes. Tivemos um show de mentiras na campanha eleitoral e o resultado foi que o mais mentirosos venceram. A culpa não é só dos mentirosos profissionais, porque o eleitor gosta de ser enganado. Prefere acreditar no que quer acreditar, do que na verdade. Aqui nenhum político se elegeria falando a verdade. A verdade é desconfortável e preferimos mentiras piedosas, desde que bem contadas.
Se analisarmos a campanha vencedora em Joinville teríamos uma longa lista de mentiras repetidas até ser convertidas em verdades. No melhor estilo Goebels, o gênio da propaganda nazista que levou Hitler ao poder e o povo alemão a acreditar piamente na sua máquina de propaganda.
Se usar a mesma estratégia usada nos CEI's, ele vai serrar cada leito pela metade e dizer que dobrou a quantidade de leitos.
ResponderExcluirJoinville é um caso a ser estudado. Cidade operária votando no patrão. Nessas horas lembro do saudoso Tim Maia, que dizia " só no Brasil que pobre é de direita". Mas creio que o eleitor joinvilense tem uma visão messianica a respeito do Udo, e claro, obtusamente errada. Afinal, em suas mentes infantilizadas, Udo é alemão, tem mãos limpas, é empresário e acorda cedo.
ResponderExcluirÉ que quem votou no “operário” nos últimos 13 anos sabe a merda que pode acontecer, então é preferível votar no patrão mesmo.
ExcluirNão querendo ser chato, Jordi. Nem mesmo dizer que UDo fez boa gestão na área da saúde, ou que temos leito de Uti suficiente.Pois penso , justamente o contrario, que UDo fez uma péssima gestão nessa área,e que temos pouco leito de UTI. Mas de onde vem esse número? Pois tivemos nesse período a construção do hospital infantil, que abocanhou o atendimento do HMSJ e do regional no atendimentos de crianças que era feito nesses locais.
ResponderExcluirPois é, desde a década de 90 passaram pela PMJ L. H. da Silveira, o Teobaldo, o amigão do Lula e alemão empreendedor e, segundo o autor, o número de leitos de UTI continua o mesmo. Levando em consideração a matiz de siglas e ideologias políticas que passaram pela cidade desde aquela época até hoje, percebe-se que esse problema não tem muito a ver com a vontade política em si, mas com a falta de recursos destinados à saúde, sobretudo numa crise sem precedentes.
ResponderExcluirBom mesmo é o amigo do Aldo Hey Neto. Não lembra?? dá um google.
ResponderExcluirApenas para registrar, o Regional tem hoje 20 leitos de UTI (eram 10 na década de 90 e foram criados mais 10 em 2009). A nova UTI terá mais 20 leitos (está que foi citada a licitação). Mas ainda assim continuará sendo pouco, assim como os demais leitos...
ResponderExcluirSe o problema da saúde de Joinville fosse apenas o número reduzido de UTIs talvez não fosse tão ruim. Ocorre que a penúria existe em todos os segmentos: atenção primária, consultas, exames, etc.
ResponderExcluir