quarta-feira, 3 de abril de 2013

É possível viver sem empregadas domésticas!

POR FERNANDA M. POMPERMAIER

Uma das minhas preocupações antes de vir morar na Suécia era com o fato de ficar sem diarista.
Depois de 5 anos casada eu sabia que em alguns momentos a divisão de tarefas era motivo de discussões. Ele demorava muito para lavar a louça ou levar o lixo, eu detestava varrer/passar aspirador, enfim,... Chegamos a passar alguns períodos sem esse serviço, e noutros com uma pessoa que vinha 1 vez por semana fazer uma faxina. Mas essas questões desgastavam a nossa relação. (oi?) - Minha opinião de brasileira, classe média, mimada.

Mas uma das grandes vantagens de mudar de país é o choque cultural. E eu aprendi que a minha preocupação, além de ser estúpida e egoísta era responsável por uma situação de quase escravatura no Brasil.

O Brasil tem uma das maiores populações de empregadas domésticas do mundo, são aproximadamente 7 milhões de pessoas e 92% dessas, são mulheres. Ou seja, resquícios tanto de machismo quanto da escravatura. Do machismo porque as mulheres ainda são, na visão de muitos, os seres mais "apropriados" para lidar com as tarefas da casa e os filhos, o que não tem nenhuma lógica. E da escravatura porque muitas dessas empregadas não tem garantidos direitos mínimos trabalhistas. Existem as que "dormem no serviço", muitas vezes mal instaladas e com trabalho que vai noite adentro; As que só podem ir embora quando tudo estiver pronto, mesmo que isso ultrapasse as 8h diárias, As que não recolhem FGTS, não tem plano de saúde ou indenização em caso de demissão e outros casos. E se isso não é escravidão, eu não sei o que é.

É apenas isso que a PEC das empregadas domésticas quer aprovar: direitos básicos.

Fácil agora ouvir de todo lado o mimimi da classe média que vai ter que começar a limpar o próprio banheiro porque empregada doméstica irá virar artigo de luxo.
Acho ótimo. Elas são trabalhadoras como qualquer outra e merecem o mínimo de respeito.

Eu aprendi na Suécia que é possível e até saudável fazer a divisão do trabalho doméstico, já que a prática imprime um maior senso de responsabilidade. Se somos nós que limpamos, acabamos cuidando mais na hora da sujeira, não é?! E esse conceito se estende para toda a sociedade que sabe que o governo deverá pagar alguém para limpar a sujeira que eu deixar nas ruas, dinheiro que poderia ser mais bem aplicado. Existe uma relação direta entre limpar a própria sujeira e ter responsabilidade.
Além disso, quando são os próprios donos que limpam, eles se preocupam mais com a qualidade do material usado e o tempo economizado o que faz com que invistam em facilitadores do trabalho. A maior parte das casas aqui tem máquina de lavar louça, secadora de roupas, lenços descartáveis para banheiro e janelas, entre outros recursos.

E não que contratar o serviço de uma diarista seja impossível. Se estiver disposto a pagar aproximadamente 120kr/hora, algo como 40 reais por uma hora de trabalho, tudo devidamente registrado, pagando imposto, vai poder.
A vantagem nisso tudo é saber que a pessoa que está limpando a sua casa tem as mesmas condiçöes de comprar roupas e ir ao cinema, que você tem. Considerando que educação é de graça e de qualidade, ela pode até ter mais formação acadêmica e falar mais línguas que você. Gera uma sociedade mais igualitária, com menos criminalidade e mais segurança, o que eu não troco por nada.

Se limpar nossos banheiros for uma das responsabilidades que devemos assumir para muitas pessoas viverem com mais dignidade, podemos fazer, não é?!

PS.: A foto que ilustra o post vem de um artigo do jornal local sobre a possibilidade de jovens estudarem e completarem sua renda com trabalhos de limpeza, que muitos idosos contratam.

http://www.aftonbladet.se/minekonomi/article11286306.ab

19 comentários:

  1. Boa!

    Só de pensar em limpar banheiro já fico mal... mas concordo totalmente com o teor do texto. Esta cultura em mim impregnada é uma merda.

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  2. Lá em casa as coisas já funcionam assim, as atividades domésticas tem que ser divididas. Temos que educar nossos filhos e filhas para valorizar estes tipos de atividades.

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  3. Fernanda Sueca, bom dia

    Somos, eu e minha mulher, classe média desde pequinininhos. Aqui em casa nunca tivemos empregada ou diarista. Sempre cuidamos das coisas domésticas por nós mesmos. Lembro que uma vez ou outra, em período muito conturbado, chamei um jardineiro, porque o jardim é grande. Mas já faz tempo.

    Também não tenho nada contra a PEC das domésticas. Se elas vão ou não perder mercado de trabalho, o tempo dirá. Como tudo, as abóboras se ajeitam conforme o andar da carroça.

    Mas a questão que fica, diante da forma como voce escreveu, é:

    - Essa alegria toda é porque as Domésticas finalmente conquistaram seus direitos, ou porque a classe média (mimada não?) "se ferrou"?

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    1. Nelson, pode ser as duas coisas. Leia-se classe média a que tratava empregada como uma sub-espécie, que por poder frequentar "casas de família de bom caráter e bem sucedidas", podiam se sujeitar a qualquer humilhação.

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  4. Oi, Nelson... hahaha, gostei do seu comentário. A alegria, é lógico, é pelas mulheres que finalmente vão ter os direitos garantidos. A certa indignacão é por alguns comentários que ouvi de que as empregadas são ingratas e deveriam valorizar os patrões.
    Não é ódio de classe não. É só uma constatacão. Eu fazia parte desse grupo, da classe media mimada. Lógico, que como vc e sua esposa, tem os que não são, e que dão bons exemplos, claro.

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    1. Obrigado Fernanda. Claro que eu já sabia disso. Mas o Manoel aí acima, cita um exemplo que merece considerações. Infelizmente esse tipo de familia existe em todos os lugares. A única coisa que me deixa desconfortável nessa discussão é a ênfase dada à classe média que via de regra é sempre citada como fútil, ignorante, cafona, perdulária, mimada como voce disse, e mais uma dezena de adjetivos negativos. A idéia que se tenta passar é que a culpa de todas as desgraças da nossa sociedade é dessa classe "que só pensa em si". (Remember Mister Lula e os tais "olhos azuis")
      Não tenho experiencia com empregadas domésticas, mas até onde tenho percebido, a classe alta (rica) é a que mais ultrapassa os limites. Ou talvez isso seja mais uma falácia das novelas da Globo. Mas a média é que paga o pato.
      Não quer dizer que os médios sejam todos bonzinhos. Seria tolice acreditar nisso. Eles existem sim, em grande número, até porque a classe é numerosa tambem.
      Mas acho que está mais do que na hora de parar de zombar de uma classe que tem sim valores sólidos e costuma ser o ponto de equilíbrio de uma sociedade. E afinal, a grande maioria dos que como nós, acessamos redes sociais, lemos jornais, viajamos pelo mundo e emitimos opinião sobre tudo, tivemos e temos origem nela. E estamos pagando uma conta bem alta.

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    2. Nelson, a mascara da hipocrisia só começa a ser perceptível quando exercitarmos o poder de zombar de nós mesmos. É um sinal que a recuperação e a cura é possível.
      Não existe classe mais hipócrita que a média. Quando está por baixo, é mais solidária e sonha subir os degraus do sucesso. Quando chega lá, arranca e bota fora o retrovisor e só quer saber de esmagar seus concorrentes.

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  5. Aprendi aqui mesmo em Joinville Trabalho e cuido de minha casa,vou copiar e guardar os textos dos comentários a este artigo. Talvez daqui a uns vinte anos seja possível mostrá-los e ver uma reação de perplexidade e indignação das pessoas. Mas, lamentavelmente, por enquanto esses comentários ainda refletem o pensamento de grande parte de nossa população. Ainda bem que dessa vez o Congresso Nacional agiu em sentido oposto a esta triste realidade. O brasileiro é um povo oprimido, sim, mas quando tem a oportunidade de oprimir, não demora em aproveitá-la, até a última gota.

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  6. A existência dessa infâmia que é o elevador de serviço, nos prédios do Brasil, é muito eloquente. Só isso explica tudo...

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    1. Ahh...por favor né... A existência do elevador de serviço se faz necessária nos prédios, tanto nos de bairro nobre quanto na periferia, para que se possa transportar compras, materiais de construção, itens volumosos, transporte de animais domésticos, retirada dos lixos...enfim, todo e qualquer SERVIÇO que possa danificar, sujar ou bloquear o uso dos elevadores sociais.

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    2. Olha, Roberta. Podias vender essa ideia nos países ricos. O elevador de serviço é uma coisa que eles ainda não descobriram. Ricos, mas subdesenvolvidos. José António Baço

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  7. Acho que a coisa ainda é mais profunda.... e infelizmente enraizada em nossa sociedade.
    Não respeitamos nenhum "empregado". O termo sempre tem significado pejorativo.
    O mesmo funcionário que é desconsiderado por um superior hierarquico, destrata naturalmente o inferior.
    o caixa do supermercado, o atendente da lanchonete, o garçon, o mecanico, o encanador, o pintor, o jardineiro, o motorista, .... putz!
    Quando nos prestam um serviço, quantos de nós agradecem olhando nos olhos de quem nos serviu, demonstrando verdadeiramente a satisfação pelo fato?
    Viramos a cara .... "brigad ...." Nem a palavra sai completa.

    Não damos valor ao trabalho alheio (só ao nosso)
    .
    Quando minha filha estava de partida para o intercambio, a agencia recomendouu muito que fosse aplicada nos estudos. Vendo-a assustada, recomendei que não se preocupasse pois alguém do oriente seria insuperavel kkkkkkkk.
    Sugeri que ela aprimorasse o violão, aprendesse a fazer brigadeiro, pintar unha, maquiagem, fotografia ... em suma, que se dedicassse a atividades ligadas ao trabalho humano e às necessidades do dia a dia. Pena que não deu tempo pra encarar um Mc Donald's.
    Então uma das coordenadoras me perguntou se eu só pensava em dinheiro. Ri de monte. - Não, minha cara. Não penso em dinheiro. Só quero que minha filha saiba como é um país que respeita todos que trabalham

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  8. Jà virou clichê afirmar que perpetuar o emprego de domésticas é perpetuar a escravatura. Mas parece um dessas teorias que terceiro-mundistas incorporam de forma de forma irrefletida e, assim, acabam por usá-la de forma pouco crítica e descontextualizada.

    Admito que o emprego de domésticas precise ser mais valorizado. Mas não posso concordar com a crença de que tudo o que se aplica à realidade de outros países, sobretudo europeus, se adequa necessariamente à realidade de todos os países.

    O Brasil é um país de grandes desigualdades. No entanto, essas desigualdades só tendem a aumentar com a extinção do emprego de domésticas.

    Existem muitas pessoas no Brasil desempregadas, muitas formadas, outras sem formação. As primeiras são em número infinitamente menor, as segundas representam uma fatia representativa da população.

    Se todas as pessoas sem formação para atuar como médicos, dentistas, jornalistas, etc, resolverem ficar desempregadas o país vai entrar em colapso, que já está em vias de acontecer. Não há como o Estado bancar a sobrevivência de uma população gigantesca de desempregados.

    Assim, é necessário trabalhar para ganhar a vida e para que o país funcione. Não há mal algum em trabalhar como domésticas, se for incutida uma cultura de respeito a essa atividade, tanto por parte de empregados como patrões.

    A situação atual, de comparação do trabalho doméstico à escravidão, o que é um competo disparate, é o pior cenário possível para um país como o Brasil. As domésticas deveriam entender essa atitividade como um trabalho honesto digno, tanto quanto os patrões, que assim teriam tempo para ser mais produtivos, cada qual em sua área profissional.

    O que está ocorrendo no país é um desastre. Tanto muitas mulheres estão regredindo em suas vidas profissionais para assumir tarefas domésticas, sem falar nos maridos que também ficam exaustos e improdutivos em sua rotina profissional por causa dos afazeres domésticos, quanto as pessoas sem formação para trabalhar em outras áreas, que ampliam as fileiras do gigatesco exército de desempregados, não deixando de lado o fato de que o Brasil é um dos países mais violentos do mundo, onde muitos praticam o crime de forma impune.

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  9. Alguém falou que a classe média é que paga o pato e essa é uma verdade. Empreguei uma pessoa que estava habituada a trabalhar para famílias muito ricas, pois eu me dispunha fazer inúmeros sacrifícios para pagar bem uma doméstica.

    Comprava peito de frango para ela comer, perguntava o que queria comer e sempre comprava para proporcionar o máximo bem-estar para alguém que estava em minha casa. Na conversa que tive por telefone com a ex-"patroa" dela, percebi se tratar de uma senhora esnobe que havia sido rica, embora depois eu tenha sido informada pela moça que empreguei que era uma senhora hoje decadente, empobrecida, morando numa casa gigantesca no hoje desvalorizado bairro do Morumbi.

    Pois bem. A tal ex-"patroa" chamou a moça de incompetente, falou que cozinhava mal, mas disse que não havia nada que desabonasse do ponto de vista pessoal.

    Assim, relevei todas as informações negativas sobre a moça e resolvi empregá-la levando em conta as supostas qualidades. Ao chegar aqui, ela parecia um bichinho do mato, mal falava.

    Perguntei porque havia saído do antigo trabalho, ela disse que se sentia muito mal com a patroa, que, suponho, a tratava mal. Como aqui o ambiente é completamente diferente e tratamos todas as pessoas muito bem, fui aos poucos percebendo que a moça ficava extremamente abusada.

    Primeiro me alfinetava o tempo todo desdenhando pessoas de minha área profissional e se referindo a essas no diminutivo. Para completar, dizia que, apesar de ser pobre, odiava pobres, maldizia qualquer tentativa minha de ajudar quem quer que fosse.

    Eu compro chicletes de um vendedor ambulante que é cadeirante e ela dizia que eu era muito corajosa para ter comer um pacote de chicletes (fechado) vendido por ele. Quando quis doar revistas para um carroceiro, ficou reclamando e atendeu o homem com má vontade, sob a alegação de que esse tipo de gente é "drogado".

    Até aí eu achava que convivia com uma rabugenta, porém pessoa séria e leal. Mais tarde, o comportamento foi piorando e as alfinetadas que me dava foram aumentando.

    A mulher, embora falasse num português incompreensível de completa analfabeta, queria esnobar todo o mundo. A não se que fosse para se aliar a alguém e fofocar contra mim, como fez com pedreiros, o que só depois eu vim a saber.

    Reclamava quando eu não comprava peito de frango e nos últimos tempos passou até a sugerir que eu comprasse frango de uma marca cara que consumo também para ela. Eu levava tudo na brincadeira, porque, afinal, a mulher era completamente analfabeta e mal conseguia se fazer entender, num português incompreensível, apesar da maldade que destilava diuturnamente, envenenando minha casa todos os dias com um grau de maldade que eu jamais havia visto tão claramente expresso nos modos de alguém.

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  10. Uma coisa que as pessoas com complexo terceiro-mundista insistem em fazer é comparar realidade distintas. É evidente que o emprego doméstico em condições escravas é algo a ser erradicado.

    No entanto, a atividade doméstica, como profissão, é compatível e até necessária à realidade de determinadas sociedades, como no caso da brasileira, onde há uma grande massa de pessoas sem formação educacional para atuar em outras profissões. Só existe duas alternativas para as pessoas na vida, trabalhar ou serem sustentadas por outros (isso sem falar na via do crime).

    Se uma pessoa não tem estrutura familiar para ser sustentada por um familiar e não tem formação para encontrar um emprego que exija nível superior, necessariamente há de atuar em profissões que são desvalorizadas, sobretudo por pessoas que estabelecem absurdas comparações entre domésticas e escravas (quando o discurso deveria ser outro, o de desejar dignidade para todas as atividades profissionais).

    Por motivações históricas, países como a Suécia aboliram essa atividade sem prejuízos para a sociedade. Porém, o nível educacional na Suécia é muito alto e, mesmo assim, o país começa a enfrentar problemas como desemprego, déficit na Previdência.

    No caso brasileiro, acho que abolir a empregos como o de empregadas domésticas resulta num desastre social, com um grande exército de desempregados. Por outro lado, essa cultura de desprezo por esse tipo de trabalho não estimula patroas desrespeitosas e que efetivamente estão habituadas a destratar funcionários a mudar de postura, passando simplesmente a pagar mal por uma atividade que acaba assim sendo por todos execrada.

    Acho que em países como o Brasil, devido à realidade de nossa sociedade, caberia, isto sim, uma política, uma cultura de respeito por todas as profissões. Essa tendência a referir-se a atividade de domésticas de forma tão negativa, evocando realidades que não têm nada a ver com a de nosso país, não contribuirá positivamente para nada.

    Contribuiria positivamente, isto sim, reitero valorizar a atividade de domésicas, como qualquer outra atividade profissional. Contribuir para o desemprego de domésticas, isso é muito pernicioso para um país com as características do nosso, onde muitas pessoas hoje optam pela via do crime, em vez de optar por buscar um emprego, independente de ter ou não formação em nível superior.

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  11. Acabamos de demitir nossa empregada doméstica após 8 anos de serviços prestados em nossa casa. Ela chorou muito. Nós também. Disse que queria ficar até se aposentar, mas tornou-se impossível. Nos últimos anos ficamos com ela no emprego, pois ela é simpática e agradável. Requisitos exigidos por qualquer "empresa". Cozinha bem e meu filho gosta muito dela, pois cresceu perto dela praticamente. A questão é como você mesma explica : EMPREGO DOMÉSTICO É COMO QUALQUER OUTRO EMPREGO , eles ou elas devem ter os mesmos direitos e as mesmas obrigações assim como qualquer outro trabalhador. Emprego doméstico é emprego especializado e com perfil feminino e não acho isso machismo.Onde está o problema nisso? Machismo é você diminuir o status dessa profissão só por que a maioria é composta por mulheres.Você sim é machista.Isso nem deveria ser aventado!São seres humanos e isso é que importa. É uma atividade que requer uma série de requisitos e são discursos como o seu que denigrem essa profissão que é o sustento de muitas famílias. Não sou escravagista como você afirma. Defendo que elas ou eles têm de ter os mesmos direitos, só que uma família não é uma empresa e não pode arcar com muitas das obrigações impostas pela nova regra - que eu apoio - o que fez com que desligássemos a nossa, que vai encontrar dificuldades imensas em achar novo emprego, pois é muito obesa, 58 anos, diabética, toma muitos medicamentos para tudo isso mais depressão por problemas familiares. Na minha casa ela fazia o horário que queria, entrava às 10h e saia às 16h. Nunca saia "só depois de acabar tudo" como você diz...Dormia um pouco após o almoço, pois têm diabetes. Não fazia limpeza pesada. Eu sempre ajudando em tudo. Levando ela em casa quando chovia. Ela usava a piscina livremente no calor e faltava na boa para ir aos médicos com a gente se encontrando pra comer fora. Ainda estamos impactados com a saída dela. Pensando mais em como ela vai se virar no que em nós. O consolo é que os filhos dela são adultos e trabalham.Achei teu texto ofensivo, desnecessário e fora da realidade.Só Deus sabe como foi difícil arcar com o salário dela nos últimos tempos.Antes daqui ela trabalhava na linha de montagem numa fábrica de panelas e dizia que aquilo lá sim era escravidão.Vá numa oficina mecânica ou numa mina de carvão reclamar que a maioria de lá é homem e se dê conta de o quanto és preconceituosa.

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