terça-feira, 9 de abril de 2013

Continuo a não gostar de Daniela Mercury


Na internet, imagem  compara Daniela e Joelma

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
É legal ver a Daniela Mercury assumir uma relação homoafetiva. Mas isso não vai fazer com que eu comece a gostar dela. Nem da pessoa e nem da música. E digo isso mesmo sabendo que, com o anúncio dessa relação, ela virou uma espécie de queridinha da esquerda e da semi-esquerda.

Que fique clara a minha posição. Homo ou hetero, acho ótimo que as pessoas assumam as suas paixões. E que não cedam aos preconceitos dos homofóbicos, porque em civilização as pessoas devem mandar no próprio corpo e exercer a própria sexualidade sem tabus. Mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Não gosto de Daniela Mercury. E a birra vem desde 2006, quando ela fez uma turnê por Portugal e começou a insistir na tecla política. O que incomodou? É que foi tudo muito gratuito e deliberado. Parecia mesmo que ela estava a tentar arranjar manchetes de jornal. Ninguém perguntava sobre política, mas ela respondia. Aliás, escrevi sobre isso no AN.

A ideia com que fiquei: ela estava a passar uma imagem muito feia do Brasil.  Ah... o alvo era o então presidente Lula da Silva, que disputava a reeleição. Numa entrevista ao jornal Correio da Manhã, ela disse que “é muito importante que os brasileiros não votem em Lula da Silva, como punição por tudo o que aconteceu nos últimos anos. Não me cansarei de o pedir aos meus conterrâneos, em todos os meus shows”.

E antes que a Reaçolância se assanhe, quero dizer duas coisas: 1. ela tem o direito de não gostar do ex-presidente; 2. ela também malhou em Fernando Henrique Cardoso. O problema, volto a repetir, é que o seu discurso depreciativo serviu para pintar um quadro muito feio do Brasil. Quem acompanhou as notícias ficou com a ideia de que o país é uma república das bananas, uma terra em lei.

Cheguei mesmo a suspeitar que fosse uma estratégia de marketing. Afinal, não vamos esquecer que ela já andava numa espécie de ocaso artístico. Aliás, agora que assumiu uma relação com outra mulher não duvido que a sua carreira vai ganhar um novo fôlego. Já vi uma pessoa a dizer que nunca ligou para a música dela, mas agora ia ficar mais atenta. Acontece.

MINHA ESPOSA - Tem outra coisa para a qual pouca gente ligou mas que me provoca comichão. É o uso da expressão “minha esposa”. Sem querer iniciar uma discussão linguística, o fato é que esposa é uma palavra cheia de significado ideológico, que vem da sociedade do macho e aponta para a mulher feita para crianças, cozinha e igreja (os três “k” de Karl Marx: kinder, küche, kirche).

A palavra esposa aponta para a mulher submissa. E é uma forma encontrada para tentar anular a mulher sexuada, capaz de reivindicar a autonomia, a autodeterminação e o direito ao orgasmo. Pode ter sido apenas um deslize linguístico de Daniela Mercury, mas também pode ser um sintoma de conservadorismo.

Por fim. Ela assumiu uma relação homoafetiva? Perfeito. Ela é agora um nome a ser usado pelos opositores de Marco Feliciano? Perfeito. Ela representa o oposto dessa idiota chamada Joelma? Perfeito. Mas não vou nesse oba-oba. Enquanto ela não mostrar que tem consistência política, com ações que inspirem confiança, continuarei com um pé atrás.

Como já disse um velho professor: abrir as pernas é facil, abrir a mente é outra coisa.

P.S. Por favor, você que é homofóbico, não entenda isto como uma adesão à sua posição. Porque estou muito longe disso.

43 comentários:

  1. Legal. Não sabia dessa passagem da Sra. Daniela ao passear por terras além mar. A título informativo foi legal.

    Também acho que é difícil qualquer pessoa denegrir a imagem deste nosso país mais do que ela já é denegrida por nossos políticos e meios de comunicação, nessa guerra sem fim pelo poder.

    Também, a título de curiosidade inútil, te digo que tudo aquilo que se passou naqueles idos anos, ao contrario da maioria, serviu para eu não crer mais piamente em informações jornalísticas.

    Observando aquela situação, comecei a entender melhor como o poder político-econômico manipula a informação para tentar manipular o povo a seu bel prazer.

    Para vocês terem uma ideia, passando a análise para os dias de hoje, a situação pseudo inflacionária que nos encontramos hoje, tem uma grande possibilidade de estar sendo gerada, não pelos juros baixos como se apregoa, nem pela demanda excessiva do consumo, como querem que você acredite. Existe uma corrente de economistas que aponta que o freio na produção está gerando uma inflação de oferta. Ou seja, o empresariado apostou que o consumo ia cair e não produziu o suficiente, o que agora gera uma falta de oferta, consequentemente aumentando o numero de importações, para suprir a demanda, e gerando uma preção inflacionária desnecessária.

    Ou seja, que errou não foi só o governo, que não investiu suficiente na infraestrutura. Os empresários erraram feio.

    Bom, mas o que esse economês todo quer dizer? Quer dizer que se você analisar o que você está lendo nas Noticias, Folhas e outros, te informam que a inflação está pressionada porque o governo baixou os juros demais, ou investiu de menos, etc, etc. Alguém comenta que os empresários erraram????

    Veja como cada um pinta o cenário a seu bel prazer. É um jogo de poder conflitante, que aqui na Joinvilândia mesmo, se apresente em escala menor, mas se apresenta. O prefeito e os meios de comunicação parecem pertencer a mesma empresa. Dois jornalistas que publicaram hoje "Os 100 dias de governo Udo', mais parecem assessores pardos do governo do que propriamente jornalistas.

    Pense, reflita, não se deixe iludir. Tire suas próprias conclusões.

    E voltando para o tema, gostaria de discordar do ilustre Joinvilerolusitano blogueiro, quanto ao termo esposa.

    Não chamo minha esposa de esposa porque sou o macho dominante. A chamo por que é minha companheira, meu amor, minha vida, e assim aprendi, com meu pai e minha mãe, a chama-la de esposa por respeito, amor e consideração.

    Também acho que discussões sobre relacionamentos homoafetivos não deveriam ser tratados em meio a discussões de pode ou não pode. Já é!!! Casa quem quer, com quem quiser. O amor é livre. A imposição do jeito de amar, tanto dos liberais, quanto dos conservadores, é ridícula!

    Abraço! (Seu Baço, se achar que o comentário não tem nada a ver, nem precisa publicar!)

    NelsonJoi@bol.com.br

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    1. Sobre o "esposa", Nelson. A distorção na língua pretende exatamente isso: a gente acha que é natural chamar de esposa, quando na verdade isso é histórico e cultural (de uma cultura machista).

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    2. Parabéns Nelson!

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    3. Obrigado Anônimo.

      NelsonJoi@bol.com.br

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  2. Perfeito Baço, eu só não gosto, como odeio a música da Daniela e sua posição política. Já não chega o FHC para ganhar 300, 400 paus por palestra para malhar o Brasil e seu povo lá fora. Mas deixa ela, com esta volta aos holofotes, deve ir no Mais Você e falar sobre seus "avanços", bem apropriados para aquele programinha de comadres.

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  3. Baço, todo dia escuto um novo nome que não posso falar, mas normalmente vem seguido da nomenclatura correta. Por ex.: homosexualismo x homosexualidade, produção cultural x produção de criações artísticas, entre outros.
    Se não posso mais usar esposa, o que devo usar?

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    1. Para começar, Ivan, acho que o primeiro passo é não confundir picuinhices linguísticas como essas que citas. E em segundo devias começar a prestar atenção à transformação ideológica das palavras. Como a palavra "trabalhador" se tornou "colaborador" ou como a expressão "mais-valia" se tornou algo bom nas empresas ou como a palavra "ambição" era condenada e virou virtude no mercado, por exemplo. Imagino que já devas ter lido este texto, mas lá vai. Se não leste é um bom começo. http://red.pucp.edu.pe/ridei/wp-content/uploads/biblioteca/24.pdf

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    2. Ivan, sobre essa questão do termo esposa, o que sei vem de manuais de etiqueta, num comentário que li ha muito tempo. Não lembro se de Glória Khalil ou outro, mas a recomendação é que se use simplesmente "mulher". O "esposa" é considerado assim meio...pernóstico.
      É o que tenho feito desde então.
      Mas pessoalmente nada tenho contra "esposa". Nem sabia que tinha todo esse peso cultural que o Baço explicitou.

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    3. Nelson, como disse Ernst Cassirer, "linguagem e pensamento são inseparáveis e... uma doença da linguagem é portanto o mesmo que uma doença do pensamento".

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    4. Interessante vc escrever isso....lembro de uma discussao nossa sobre o politicamente correto, na qual alguem falou sobre colocar camisa de forca na lingua....

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    5. Numa economia de mercado, nada mais natural que exista uma economia do mercado linguístico. Quem detém o poder econômico, comunicacional e político pode impor o seu logos. É um fenômeno que algumas pessoas (muito poucas) chamam "logocracia". O poder da palavra. O poder pela palavra.
      É célebre o diálogo entre Alice e Humpty Dumpty, em que o escritor Lewis Carrol sintetiza, de forma despretensiosa mas acutilante, a questão da relação entre linguagem e poder:
      - Quando eu emprego uma palavra, ela quer dizer exatamente o que me apetecer... nem mais nem menos - retorquiu Humpty Dumpty
      - A questão é se você pode fazer com que as palavras queiram dizer tantas coisas diferentes.
      - A questão é quem é que tem o poder... é tudo - replicou Humpty Dumpty.
      A conclusão é óbvia. Os donos do poder têm a capacidade de fundar o vocabulário do mundo. Se linguagem e pensamento são indissociáveis, então a manipulação da linguagem será a manipulação do pensamento.
      A palavra "esposa" é uma construção cultural. E posso lembrar aqui o conceito de palavras armadilhadas, de Andreas Freund: "as palavras armadilhadas são, nada mais nada menos, desinformação veiculada por vocábulos de conteúdo tendencioso. Uma vez transpostas, com a sua carga de sentido demagógico, para a linguagem corrente, servem de munições de pequeno calibre na permanente batalha pela conquista dos espíritos".

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    6. Concordo. A relação da linguagem com o poder é clara. Mas nossa questão era sobre as palavras politicamente incorretas como chamar de veado, bicha e etc. O pensamento já evoluiu ao ponto de aceitar a homossexualidade e não ridicularizá-la. Quem ainda as usa está um passo atrás na evolução, na minha opinião. Nos sentimos mal ao chamar um negro de criolo porque sabemos do peso da palavra. E o fato de nos sentirmos mal mostra que o pensamento mudou, não é?

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    7. Fernanda.
      É importante entender a questão da intencionalidade. É também separar esfera privada e esfera pública. Porque as frases têm intencionalidade própria, fundada nas relações entre produtores e consumidores num diálogo. É preciso ter em conta as intenções dos falantes, apesar de sabermos que no plano social não são elas a valer, já que a sociedade exerce funções de mediação (sociedades conservadoras fazem mediações conservadoras, por exemplo). Só que no plano individual (eu e amigos meus, num espaço privado) essa mediação da sociedade é dispensável, desde que um "contrato dialógico", acordado ou subentendido, assim o defina.

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    8. Entendido.
      Na esfera publica ou privada algumas palavras sao dispensaveis e maldosas. Sugiro o desuso.

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  4. Muito bom, Parabéns. tb nunca curti as músicas dela, e essa particularidade , não me interessa, acho que o mundo tem mais o que se preocupar do que com as opções sexuais da mesma, a mídia gosta de futilidades!

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  5. É sempre positivo quando alguém famoso decide sair do armário. Por outro lado, não vi ninguém tocar em um ponto a meu ver central: é deprimente que em pleno século XXI ainda seja necessário "coragem" para assumir, publicamente, um relacionamento amoroso.

    É esta atitude "corajosa", e que só o é em um contexto de intolerância como o que vivemos, que se está a tomar como parâmetro para avaliar a atitude de Daniela Mercury que, concordo com o Baço, não a torna uma artista melhor.

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    1. Finalmente um comentario sensato. A qualidade da musica nada tem a ver com a recente noticia. Que venham outros(as). Tem muita gente sofrendo no armario.

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    1. Deve ser quando o gajo é ambidestro politicamente.

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    2. Sacomé, Nelson. Tem uns caras que são, mas só até comprarem o primeiro fusquinha.

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  7. Espero que nenhum dos homens que transei, resolva sair do armário.

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    1. Pra você:

      http://www.youtube.com/watch?v=52GkwgIubo4&list=UUEWHPFNilsT0IfQfutVzsag&index=2

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    2. Porra, bem foda. E foda é que a maioria que sai do armário é gente casada. Principalmente os homens...rsrsrs

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  8. Em minha humilde opinião, a sexualidade de uma pessoa nunca deveria ser motivo para que sofra preconceito, mas também não é motivo para que a torne admirável. Ela simplesmente é.

    Uma curiosidade, 'esposa' em espanhol significa 'algemas'.

    Sofia.

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    1. Obrigado, Sofia.
      Eu sabia que algo me tinha escapado. Num outro texto sobre a palavra "esposa" eu tinha usado esse argumento, mas desta vez não me lembrei.

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  9. Eu respeito gente que se assume, desde o momento que se descobriu sexualmente. A maioria das pessoas que mantêm relações homoafetivas e que são do meu relacionamento, se assumiram desde cedo a preferência por pessoas do mesmo sexo.
    Agora, depois de velho virar viado ou sapatão? Para né? Para mim é sem-vergonhice. Precisa levar 50 anos pra descobrir que gosta de queimar a rosca ou colar o velcro? Ah tá! Conta outra.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. A maioria das pessoas do seu relacionamento tem sorte em conviverem em um ambiente sem preconceitos, de virem de famílias que não as discriminam, de frequentarem ambientes sociais onde impera o respeito, de trabalharem em empresas e com colegas que sabem conviver com a diferença, de frequentarem escolas onde não são ridicularizados.

      Enfim, de viverem em uma ilha onde não há o preconceito, onde não se dissemina o ódio nem se impõem relações e valores heteronormativos. Por outro lado, há um número significativo de homens e mulheres que ainda convivem, no seu dia-a-dia, com gente que se refere a sua sexualidade em termos pejorativos como "queimar a rosca" e "colar o velcro". Estes, e com razão, às vezes precisam de tempo para se descobrir e terem a coragem de assumir sua orientação.

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    3. Os MAIORES homofóbicos são os que não conseguem se assumir. O preconceito está em cada um deles.
      Della

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    4. Sim sim Clóvis, primeiro eles precisam passar por uma graaaande experiência. Casar, ter filhos, ter netos e depois sim, envergonhar suas famílias, porque não tiveram coragem de se assumir mais jovens e viverem plenamente sua vida. E o mais engraçado é que em muitos casos, as pessoas sabem, comentam e tiram onda delas. E nem precisamos ir muito longe de Joinville para falar de um famoso caso na cidade. A cidade toda ria (inclusive os que se dizem não homofóbicos e brandam a plenos pulmões o direito de igualdade) ria do casal. Me pouque, para mim tudo isso é hipocresia, balela. É fácil falar do sapato apertado do outro, mas quando o calo é no nosso pé...

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    5. ... e finalizando Clóvis: Continuo com a mesma opinião. Gente que não se assume do jeito que é, que se esconde por trás de máscaras para mim não merecem respeito. Pessoas corretas e honestas, são o que são e ponto final.

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    6. *poupe - juro que li o texto antes de enviar. É que o sangue me sobe aos olhos.

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    7. Eu não tinha nenhuma esperança em mudar sua opinião. Mas se consegui mostrar o quão contraditória ela é - ou seja, que apesar do seu alegado respeito, você é extremamente e desrespeitoso - já valeu.

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    8. Não tenho desrespeito pelo alheio. Aqui apenas reproduzi o que de fato é dito e zoado. Inclusive por tão letrados quanto você, ou até mais... E estou encerrando este assunto. E quem tiver a fim de sair do armário, que aproveite o momento da leva. Assim poderão viver felizes para sempre, eu espero.

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  10. Sou homosexual (me aceito e sou aceito) e no meu imenso rol de amizades, tenho amigos que são bissexuais, homens casados e mulheres casadas que jamais vão assumir tal condição para a sociedade e para sua família. E também mantêm casos extraconjugais com pares do mesmo sexo.
    Casam para serem aceitos numa sociedade hipócrita e homofóbica.
    José Carlos Caruncho.

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    1. E dále promiscuidade. Pulam a cerca e acham que estão seguros nas escapadas, voltam para dentro de casa e trazem doenças. Porque a maioria que trai, acha que o outro só sai com ele e acaba não usando preservativos. Não é de se espantar que o maior índice de AIDS esteja entre os mais velhos.

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  11. O que essa Mercury está querendo é que os holofotes sejam direcionados à sua pessoa.
    Alguns artistas precisam disso para suprir a falta de talento.

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  12. Uma dúvida: se eu escrever e depois quiser mudar o tom do comentário, é possível?
    Porque logo acima vejo que um comentário foi removido pelo autor e em seu lugar publicado outro, do mesmo autor.

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    1. Não sou um dos responsáveis pelo blog, Anônimo, mas o autor que postou, apagou e postou de novo. Como não é a primeira vez que faço isso - escrevo, leio, encontro problemas no que escrevi, retiro o comentário original e posto outro -, então arrisco dizer que sim, é possível.

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  13. Qualquer texto que denota a viadagem da "ibope" né? Mané!

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  14. Eu me divirto quando leio os textos provocativos do blog. Com relação a sair ou permanecer no armário, como dizem, aí a coisa complica. Trabalhei muitos anos na Rua Sete de Setembro próximo à esquina com a Rua Itajaí e pelo fato de não ter preconceitos, acabei fazendo amizade com algumas das moças que faziam programa ali. Ouvia cada história... E por várias vezes que fiquei trabalhando até mais tarde, quando estava na recepção aguardando virem me buscar, deixava a luz apagada. Me divertia muito, vendo alguns machos-respeitados-empresários-classe-média-alta, pararem seus carrões ali para pegar garotas ou garotos de programas ou travestis. E me segurar para não rir quando, no dia seguinte, encontrava a criatura destilando preconceito e comentários maldosos sobre os mesmos...

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  15. Realmente, isso acontece muito. A pessoa assume uma relação homoafetiva e vira um ídolo por isso. Não é por aí.

    Claro que devemos respeitar decisões de outrem, principalmente se isso não nos afeta em nada. Mas idolatrar um comportamento "comum" não é tratá-lo como natural. É justamente o oposto. Natural é aquilo para o quê não damos maior relevância do que o necessário.

    O mesmo vale para as cotas aos negros, para direitos feministas, etc. A mulher deve ter os mesmos direitos que os homens, por que trabalham, são cidadãs e pagam impostos. Devem portanto ter os mesmos deveres. Os negros também precisam ser tratados com igualdade, pois são iguais. Então, nada de cotas.

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