Por
JORDI CASTAN
Não é
novidade. Alguns dos inquilinos atuais da Prefeitura Municipal não conseguem
lidar bem com as críticas. Na verdade, algumas pessoas menos que as outras. É
uma dificuldade manifesta em alguns setores e que se agrava pela total falta de
maturidade e da prática de algo tão importante na sociedade democrática: o
respeito pela liberdade de expressão.
É preciso
maturidade para aceitar as opiniões contrárias, da mesma forma que se recebem
os elogios dos áulicos. A dificuldade é tão manifesta que, não conseguindo
refutar o argumento da crítica – nem sequer contra-argumentar ou mostrar o
contraditório –, a prática mais comum é tentar desacreditar o crítico, o argumentum ad
hominem. Tem até
quem parta diretamente para o xingamento.
Ocupar
cargos públicos exige outros predicados. Deveria prevalecer a competência antes
da fidelidade partidária e, principalmente, o respeito aos direitos do cidadão
que paga impostos. E, entre eles, o direito à liberdade da expressão. No atual
governo municipal, o que separa “os homens dos meninos”, sem nenhum sexismo
explícito na frase, é a capacidade para lidar com as críticas. Ter ataques
chiliquentos pelos corredores do paço municipal é impróprio de quem tem por obrigação
respeitar e servir o cidadão.
Toda
administração pública tem que saber lidar com a crítica. E há de se reconhecer
que nunca ficou tão fácil a crítica, tamanha a quantidade de trapalhadas,
atitudes insensatas e desatinos produzidos.
Os
críticos estão divididos em grupos: as viúvas das administrações anteriores,
que choram a perda do poder e das suas benesses e que só esperam a oportunidade
de voltar a ele. Do outro lado estão os que entendem que a cidade está
regredindo, que há uma perda de qualidade tanto no dia a dia das pessoas
como na forma como a coisa pública é tratada. Essas pessoas acreditam que as
coisas podem e devem ser melhores do que são e as suas criticas vem
acompanhadas de propostas e alternativas para melhorar.
Na
democracia deve existir espaço para estimular o contraditório, o debate, a
troca de idéias. Tanto uns como outros tem o direito e a obrigação de expressar
as suas idéias e convicções, pois a decisão final caberá ao eleitor. As
iniciativas do poder público de desacreditar os críticos acabam desacreditando
também os elogios dos áulicos. Porque nem uns nem os outros não sobrevivem sem
a liberdade de expressão.
Mau sinal, quando temos que reafirmar a importância da "democracia" e da "liberdade de expressão" a todo momento. Algo está muito errado; ou é sinal de que não confiamos mais na imparcialidade das instituições, ou, pior, que já naufragaram!
ResponderExcluirCaro Jordi, não concordo com muitas das tuas opiniões, mas cumpres a função de externá-las, o que, em si, já é algo corajoso e elogiável. Quanto ao caso do teu famoso post, entendo que no mérito da discussão não está em jogo a "liberdade de expressão" ou a "democracia". O que está em jogo, na minha opinião, é algo bem mais simples e (que deveria ser considerado...) normal: A reclamação, na justiça, se for o caso, de quem se considerou ofendido. Simples assim!
Eu acho que teus comentários, na maioria, são partidários. Sinto que tens uma mágoa muito grande com os atuais gestores, ou então é anti-PT mesmo. Raramente elogias, e olha que temos motivos. As suas criticas (constantes) devem ser baseada na sensatez. O que não acontece. muitas vezes. A melhor critica, é aquela isenta e a tua não é.
ResponderExcluirPrezado Marcos
ResponderExcluirAgradeço seu comentário, é bom lembrar que escrever não é algo novo, quando no governo passado (M Tebaldi) também o fazia, tinha muita gente que hoje é governo que gostava das criticas a aquela administração. Naquela época achavam que eu era PTista ou coisa parecida. Agora sou acusado de partidário, evidentemente de "outro" partido.
Para lembrar. não sou filiado a nenhum partido politico, e quando participei na administração LHS o fiz como técnico (Presidente da Conurb) que por primeira e unica vez deu um lucro digno deste nome, e com a garantia de que não precisaria me filiar a nenhum partido.
Dizer que as criticas são partidárias é a melhor forma de não precisar analisar a sua pertinência. É a atitude mais comoda.
O que as criticas tem em comum é mostrar que a incompetência não tem cor partidária em Joinville. Como eu tampouco tenho
Não gostei do texto do Jordi, mas seu comentário sobre o post do "Marcos" esta muito bom.Penso que se a linha do texto originário fosse esta seria um texto ótimo.
ResponderExcluirHá um grave problema de identidade nos partidos Joinville. Com a alternância de poder dos últimos 15 anos entre PMDB/PSDB e PT, o joinvilense (felizmente nem todos) criou um senso comum de que há uma polarização entre os dois partidos, uma dualidade, algo como o céu e o inferno.
ResponderExcluirQuando não se é PT, se é PSDB. Se você critica o Carlito, é pró-Tebaldi. Se elogia o Carlito, é anti-tucano.
Quando se faz uma crítica ao governo Carlito, o que vem em resposta é um ataque ao governo Tebaldi. Quando se critica o Tebaldi, ouve-se desprezo e um sentido de "olha o que está aí".
Joinville não merece essa dualidade, essa alternância de qualidade de gestão entre ruim e ruim, que vê se na cidade nas últimas décadas (vai bem além de 1996).
Deixem-nos criticar o que está errado, independentemente de quem assinou o feito. Não sou petista, não sou tucano, estou insatisfeito com as gestões Carlito Merss, Marco Tebaldi e LHS e vou continuar apontando o que, como cidadão, entendo estar em desacordo com o que Joinville precisa.
Muito pertinente o comentário do Guilherme Heinemann. Não consigo ver esse tal cerceamento da informação que tanto acusam o PT. Na campanha passada a Folha de São Paulo publicou na primeira página uma ficha da Dilma sabidamente falsa. Isso não é jornalismo, é crime cometido sob a desculpa da liberdade de expressão. Atitudes como essa é que realmente são contra a liberdade de expressão. Em Jlle parece até que não existe SECOM de tantas críticas não respondidas. Levar pro campo da justiça acusações não provadas, ajuda a manter a liberdade de expressão no que ela realmente é: EXPRESSAR OPINIÃO. Acusar pertençe a outro universo.
ResponderExcluirBoa Laerte, boa Guilherme.
ResponderExcluirE olha... pela quantidade de texto que o Jordi já produziu, somados ao teor crítico que tem estes textos... até que demorou bastante para ele cometer este evidente excesso.
Acho que se avaliarmos neste prisma, só vemos como o Jordi é fera.
Só neste blog teve um que acabou de começar a escrever e já fez "caca". E só as azinhas crescerem um pouco mais que vai pipocar processo também com os próximos textos.
Em breve falaremos sobre isto por aqui.
Quero esclarecer que no tocante a este texto "Prefeitura e Liberdade de Expressão", concordo com o Jordi.
ResponderExcluirGuilherme não desista.
ResponderExcluirMesmo que você concorde tem gente que entende o que lé de uma forma diferente do que esta escrito e que usa seu comentário para escrever exatamente o contrario.
Tem gente que acha que a "Mulher do Cesar" é alguém que tem nome e sobre nome, que é alguém que casou com um tal de Cesar, sem saber que "Mulher de Cesar" é uma figura literária consolidada na língua portuguesa.
Abraço
parabéns JORDI pelo texto... entenda-o e ñ busca sua culpa! estamos acostumados a: aqueles q usam/abusam acabam tornando-se pobres inocentes fragilizados, por críticas! o mundo está assim, existe o homem q faz, o q pratica, o q fala, o q lê, e existem as leis...
ResponderExcluirJordi, mudando um pouco de assunto... como te deixaram entrar em um Blog de esquerda?
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