terça-feira, 13 de março de 2018

Rodrigo Constantino, o sem-noção, no país da piada pronta

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Quem não lembra de Rodrigo Constantino, ex-colunista da Veja (aquela revista que lida mal com os fatos)? Se não lembra, recomendo ver o filme em que Ciro Gomes dá uma surra intelectual no coitado. É um nocaute sem dó nem piedade. Mais do que isso, Rodrigo Constantino é humilhado porque os seus argumentos nunca vão além de clichês tontos e frases feitas. Aliás, mesmo falando sério, o cara soa como piada.

Mas por que falar em Rodrigo Constantino? Pela anedota (afinal, nem só de coisas sérias vive um blog). Na semana passada, ele protagonizou um caso para lá de caricato, por ter chamado a atriz Scarlett Johansson de “feia” e “baranga”. É uma opinião. Mas as feministas não curtiram e decidiram publicar uma foto dos dois – um ao lado do outro (abaixo). E aí a coisa ficou feia para Rodrigo Constantino. Literalmente.

A falta de noção é a seiva que alimenta essas pobres alminhas. E Rodrigo Constantino contra-atacou. Publicou um post onde dizia que se usassem uma boa foto dele e uma má foto da atriz então as coisas ficariam mais equilibradas. “Se essas fotos fossem as escolhidas, talvez o choque não ficasse tão grande assim”, escreveu. Não funcionou. E a coisa virou motivo de piada ainda maior nas redes sociais. Eis alguns comentários:

- “Comentarista de economia não está com nada. Que bom que você resolveu assumir a carreira de humorista. A ‘Veja’ não te merece”.
- “Ela continua linda. E você um babaca - o que te torna feinho, abaixo da média”.
- “Quero essa auto estima para mim”.
- “Migo, fica calmo. O que vale é a beleza interior. Ah não... pera, deu ruim nisso também”.
- “Me indica teu terapeuta porque ele fez milagre pra te deixar com essa auto-estima”.
- “Parabéns pela coragem. Porque noção não tem”.

E vai por aí. Mas uma coisa é certa. Pelo menos é um cara de convicções firmes, porque não apagou o post, mesmo sendo gozado pelo Brasil inteiro. Tem dias em que a internet é pura diversão.

É a dança da chuva.


As primeiras fotos publicadas na internet
O post de Rodrigo Constantino

segunda-feira, 12 de março de 2018

Extinguir a Fundema foi desastroso. E os resultados estão aí...



POR JORDI CASTAN
Engana-se quem culpa a Justiça pelos prejuízos e problemas que a devolução, ao município, do licenciamento ambiental. E que tinha sido transferido de forma intempestiva e desastrada para a FATMA. Quem deve ser culpado é o aloprado gestor municipal que achou poder cometer impunemente um desatino destes. Estava mais do que avisado que essa tolice de transferir o licenciamento ambiental para o Estado não daria certo.

Só um tolo, aconselhado por um bando de outros tolos, poderia acreditar que uma ideia como esta teria como prosperar. Finalmente o licenciamento ambiental voltou ao município, de onde nunca deveria ter saído. Os prejuízos ficam para os empreendedores e para a cidade. É o prefeito - e seus assessores mais próximos - quem deve ser responsabilizado, pela sua inépcia supina.

Há, nesta administração, uma sanha ensandecida em perseguir determinados setores. O meio ambiente e a área cultural são os que mais duramente tem pago o preço da visão míope e simplória de um gestor que não consegue entender a complexidade da gestão pública. O prefeito esta tão obcecado em atender os interesses e desejos dos seus pares que perdeu qualquer resto de bom senso ou de razão.

Ao longo de décadas, Joinville tem elaborado um conjunto de leis e códigos para evitar que o pouco que ainda resta do seu verde urbano e rural seja depredado pelos interesses especulativos. O município formou, ao longo destes anos, um quadro de zelosos funcionários que cumprem a lei e cuidam de licenciar os novos empreendimentos de acordo com a legislação em vigor. 

Mas tem quem não goste que os processos sejam analisados com critério e acurácia. Há até quem queira que seus projetos sejam apreciados e aprovados antes que outros. Mas extinguir a Fundema foi um erro grave. Desvalorizar e desmerecer o trabalho dos técnicos da área foi outro erro. Quando o gestor municipal encara o meio ambiente como um problema - e acredita que cumprir e fazer cumprir a legislação vigente é um inibidor do desenvolvimento - é porque a cidade tem um grave problema pela frente.

Defender o meio ambiente e fazer cumprir a lei não pode ser visto como um custo e sim como o único caminho para preservar a qualidade de vida tão ameaçada hoje em dia. Se for para reclamar dos prejuízos que esta desastrada transferência causou, as críticas devem ser dirigidas ao Gabinete do Prefeito, vai que ele acorda e se da conta dos erros que cometeu na gestão da área ambiental. Vai que, num ataque de lucidez, percebe que extinguir a Fundema foi uma decisão desastrosa.

sexta-feira, 9 de março de 2018

9 de março: dia de acordar o prefeito

POR ET BARTHES
Esta semana, a Prefeitura veiculou um filme onde recomenda o uso do apito como forma de defesa. A campanha serviu de inspiração para este filme, que recomenda usar o apito para acordar o prefeito e ver se as soluções para a cidade aparecem.


Joinville: sete anos depois

POR ET BARTHES
Lançado em 2011, ao longo do tempo o Chuva Ácida construiu a sua trajetória na blogosfera joinvilense (e não só). É o que permite, por exemplo, ir aos arquivos para entender o que mudou na vida da cidade ao longo do tempo. E hoje vamos recuar ao ano de 2013, para ver se as propostas dos integrantes da época (eram expectativas) acabaram se concretizando. Infelizmente parece que pouca coisa mudou. Confira.











quarta-feira, 7 de março de 2018

As Universidades e a "disciplina do golpe"


POR CLÓVIS GRUNER
Já são 23 as universidades brasileiras, a maioria delas públicas – federais ou estaduais – que oferecerão nos próximos meses uma disciplina ou curso de extensão para discutir o “golpe de 2016”. O número só impressiona menos que a reação, de resto esperada, de um monte de gente ressentida que aproveitou o evento para desfilar a velha cantilena contra a universidade pública e seu corpo docente, doutrinação, infiltração esquerdista, etc... Já vi esse filme antes e não vale a pena comentá-lo; seria dar demasiada atenção a quem não merece.

A UFPR é uma das instituições a ofertar uma atividade – no nosso caso, um curso de extensão – sobre o tema. Sou um dos proponentes e participo, junto com outras duas colegas, de um módulo em que discuto a intervenção federal no Rio e o que chamo de “produção da insegurança pública”. E faço parte do grupo mesmo já tendo me manifestado, inclusive nesse blog, contrário ao uso da expressão “golpe” para se referir ao impeachment de Dilma. Apesar disso, acho importante, fundamental até, que se discutam os acontecimentos recentes e seus desdobramentos, e por algumas razões.

A mais imediata é a própria ilegitimidade do impeachment, apesar de sua reivindicada legalidade. Além disso, se há gente contrária, inclusive nas universidades, há quem defenda, dentro e fora do ambiente acadêmico, que se tratou de um golpe parlamentar, e que sustenta sua argumentação em uma literatura política já consolidada. O primeiro grupo deveria ter a competência de fazer o mesmo que nós, críticos do impeachment, estamos a propor: criar seus próprios cursos e ofertá-los, com vagas públicas e gratuitas, para que os interessados conheçam seus motivos e discutam seus argumentos.

Mas o mais importante: a destituição de Dilma Rousseff, e pouco importa se você acha que foi um golpe ou um impeachment conduzido dentro da mais estrita normalidade, foi um ponto de inflexão na história política brasileira. Discuti-lo e seus desdobramentos é uma necessidade, assim como o que significou a ascensão ao poder do PMDB e de Michel Temer – além, obviamente, de livrá-los da cadeia. Que as universidades públicas tomem à frente desse debate não é casual.

Desde que assumiu, Temer fez da desqualificação e do desmonte do ensino público, e não apenas o superior, um projeto político. E nisso conta com o apoio de uma parcela da sociedade, por razões insondáveis disposta a afagar e legitimar um presidente e um governo corruptos e eleger como inimigos professoras e professores, escolas e universidades públicas. Não acredito que as disciplinas e cursos de extensão produzirão um diagnóstico definitivo sobre os últimos dois anos. Mas é um movimento de reação e reflexão, apesar de suas limitações e sua provisoriedade, urgente e necessário.

terça-feira, 6 de março de 2018

Como Lula e Moro serão vistos daqui 20 anos?

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Realidade e percepção. Primeiro há os fatos, depois a leitura desses fatos. A realidade: Sérgio Moro impôs uma dura pena ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fato que tem tudo para impedir o ex-presidente de concorrer nas próximas eleições. A percepção: as pessoas começam a ver Moro com desconfiança e Lula mantém praticamente inabalada a sua imagem junto aos seus eleitores.

Quando se fala em percepção, a rejeição tem um papel definidor. Segundo a mais recente pesquisa Ipsos, expressivo número de brasileiros desaprova as ações de Sérgio Moro, o que fica expresso num índice de rejeição de 51%. Lula tem um índice maior, apesar de ter descido ligeiramente para 56%, mas ainda assim o menor índice entre todos os políticos que postulam entrar na corrida para o Palácio do Planalto.

Faz sentido fazer a comparação, já que ambos estão em campos diferentes? Faz. O confronto entre Lula da Silva e Sérgio Moro tem sido apresentado pela mídia como uma espécie de “duelo. Enquanto o ex-presidente tenta chegar novamente ao cargo, o juiz tem feito tudo para impedir, inclusive com alguns atropelos. Há um clima de paixões exacerbadas. Os que odeiam Lula da Silva estão com o juiz. E vice-versa.

A proposta é pensar na frente. A futurologia tem os seus riscos, mas vamos imaginar como Sérgio Moro e Lula da Silva vão figurar nos manuais de história. Arrisco a opinar. Sérgio Moro será uma nota de rodapé. Se tiver algum protagonismo, será pelo fato de ter contribuído para desestabilizar a democracia. Mais do que isso, por ajudar a empurrar o Brasil para uma crise de valores, em que a imagem da própria Justiça saiu chamuscada.

Outra predição. Olhado com a frieza do tempo, o ex-presidente Lula vai ter a sua imagem resgatada. A persecução de que foi vítima ficará evidente (e evidenciada). Ódios aquietados, as pessoas vão reverenciar os avanços do governo Lula como uma oportunidade perdida. Uma oportunidade roubada aos brasileiros, por golpistas que não se importaram em pôr o Brasil outra vez na periferia da geopolítica.

É a dança da chuva.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Acabou o prazo de validade da atual gestão


POR JORDI CASTAN
Neste espaço já utilizei os adjetivos inepto, incompetente, medíocre, omisso e outros do mesmo teor para definir o prefeito municipal e sua gestão. Agora acrescento a esta litania de adjetivos o de ímprobo, que no caso de um administrador municipal é uma definição grave. Muito grave. Não vamos tão longe mas é interessante que o dicionário Aurélio considera "desonesto" sinônimo de ímprobo. Quem fez tanta propaganda da limpeza das suas mãos pode precisar mais que água e sabão para que fiquem limpas.

No dia 28 de fevereiro venceu o prazo de validade, ficou desatualizado o Plano Diretor. Ou seja, Joinville está agora com um Plano Diretor que vencido, perdeu a validade. A sequência mais elementar da gestão diz que devemos primeiro planejar. Depois fazer, verificar e agir. Não precisa ser muito esperto para entender que fazer qualquer coisa a partir de um planejamento vencido é perda de tempo, um esforço inútil.

Desatualizado? Sim. De acordo com a Constituiçao Federal, no seu artigo 5º inciso 23 ¨...Da função social da propriedade que norteia os instrumentos de política urbana. Nessa linha a lei 10.257 Estatuto da Cidade estabelece que os planos diretores precisam ser revisados a cada 10 anos. Se tem que ser revisado e se o gestor municipal teve tempo suficiente para fazê-lo e nada fez, deixou de fazer o que manda a lei . E isso é considerado um ato de improbidade administrativa: aquilo que o agente público tem que fazer e não faz.

É responsabilidade do administrador público zelar pela sua atualização e por seguir todos os procedimentos legais para que a cidade não fique sem Plano Diretor, como Joinville está agora. Sem Plano Diretor, a cidade vira um caos, não há instrumentos de planejamento urbano para projetar o crescimento da cidade, os munícipes não têm como saber o que fazer, como e onde investir. E o que é pior: a cidade fica sem rumo.

Justamente para evitar esse vazio legal o Estatuto da Cidade deu 10 anos de prazo para que os prefeitos pudessem manter os seus planos diretores e toda a legislação vinculada atualizados e vigentes. Mas há prefeitos, com o de Joinville, que nem concluíram tudo o que estava previsto no Plano Diretor atual, nem previram a sua atualização. Na sua sanha por economizar e com sua mentalidade de gestor medíocre, cortou onde não devia e o que fez... fez de forma errada. Extinguiu o IPPUJ e ficou sem a estrutura adequada e necessária para atualizar o Plano Diretor. A sua atuação como gestor medíocre vai custar ainda mais caro para Joinville. Custará caro não só o que fez mal, também o que deixou de fazer, o que omitiu e principalmente pela sua visão pequena e tendenciosa de cidade. Gestor que pensa pequeno apequena a sua cidade.

Agora o prefeito deverá ser acusado de improbidade administrativa por omissão, por deixar de fazer aquilo que é sua obrigação. No caso dele - e por ter sido membro do Conselho da Cidade - não pode nem alegar desconhecimento e tampouco sua formação lhe permite essa saída. É responsável não só do que fez, é principalmente responsável pelo que deixou de fazer. A acusação é grave e a pena por improbidade é severa. Como alguém assim pode pensar ser governador do Estado?

sexta-feira, 2 de março de 2018

Razões para votar em Bolsonaro? Tem 15... (vídeo exclusivo)

POR ET BARTHES
Uma proposta diferente. E muito ilustrativa. Se ainda não decidiu se vota ou não em Jair Bolsonaro, então este filme vai ajudar muito. Fala da relação com as mulheres, que não parece ser das mais pacíficas: devem ganhar menos, podem ser estupradas, são vagabundas, idiotas. E também fala da relação com os homossexuais, o racismo, a economia, a democracia, a tortura. E, imaginem, até sobre sexo com animais. Você não vai querer perder. São pouco mais de seis minutos, em edição exclusiva, mas muito esclarecedores.







quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Bill Gates quer que robôs trabalhadores paguem impostos...

POR LEO VORTIS
Bill Gates é aquilo que todo milionário quer ser: bilionário. Mas ninguém tem tanto dinheiro por acaso. É preciso ideias.  Mérito. E novamente ele sai na frente: propõe que as empresas paguem impostos sempre que um robô (máquinas que usem inteligência artificial) tire o emprego a um trabalhador. O co-fundador da Microsoft acredita que é uma forma de conter, ainda que por tempo limitado, o avanço dos processos de automação das empresas.

Em suma, a ideia passa pela intervenção dos governos, que deveriam taxas às empresas que substituíssem homens por máquinas. A teoria não é descabida. Tanto que a União Europeia vem trabalhando nesse sentido há algum tempo. Mas a questão é controversa. Afinal, a ideia de investir em inteligência artificial é exatamente para aumentar a produtividade. E, claro, aumentar os lucros. E o lucro é que a mola propulsora do capitalismo.

O avanço da inteligência artificial no mercado de trabalho não para de crescer. E logo o mundo vai ter que se deparar com milhões de pessoas fora do sistema de emprego. É preciso olhar a sério para essa questão. Bill Gates já está a se antecipar. Deve ser por isso que muito o consideram um visionário. Mas é estranho ouvir um empresário - neste caso um bilionário - a falar em pagar impostos. Nem tanto.

O co-fundador da Microsoft tem as suas peculiaridades. Ao contrário daqueles que são apenas ricos ou milionários, ele acha que paga poucos impostos. As pessoas mais ligadas vão lembrar que ele – entre outros ricaços – foi contra a reforma fiscal de Donald Trump, que deu uma tremenda afrouxada na carga tributária dos norte-americanos mais ricos.

Há pouco tempo, numa entrevista ao jornalista Fareed Zakaria, na CNN, ele disse que precisava pagar mais. “Eu paguei mais impostos, mais de US $ 10 bilhões, do que qualquer outra pessoa, mas o governo deve exigir que as pessoas na minha posição paguem impostos significativamente maiores", disse Bill Gates. Uma posição de não deve ter caído bem no Brasil, onde muitos ricos acham que sonegar impostos é legítima defesa.



Bill e Melinda Gates

Bill Gates e a Teoria do Big Bang

POR LEO VORTIS
Os fãs de The Big Bang Theory vão curtir. Bill Gates, que já foi chamado “supernerd”, vai aparecer num episódio da série que torna em março, nos Estados Unidos. O criador da Microsoft vai aparecer numa visita à empresa farmacêutica onde trabalha a loira Penny (Kaley Cuoco).


A visita cria a oportunidade de conhecer o multimilionário, que  os outros personagens não vão querer perder. Não é a primeira vez que o nome de Bill Gates surge na série, mas esta será uma estreia em carne e osso. O outro episódio foi quando o personagem Sheldon fez uma crítica ao Windows Vista e mereceu comentários de Gates.


É mais um personagem da vida real que aparece na série. Stephen Hawking, por exemplo, tem sido um habitué. Mas a ele somam-se nomes como LeVar Burton, Carrie Fisher, Neil deGrasse Tyson e até o co-fundador da Apple, Steve Wozniak. A participação de James Earl Jones também foi marcante.



O personagem Sheldon com James Earl Jones (a voz de Dart Vader) e Carrie Fischer, a princesa Lea