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segunda-feira, 12 de março de 2018

Extinguir a Fundema foi desastroso. E os resultados estão aí...



POR JORDI CASTAN
Engana-se quem culpa a Justiça pelos prejuízos e problemas que a devolução, ao município, do licenciamento ambiental. E que tinha sido transferido de forma intempestiva e desastrada para a FATMA. Quem deve ser culpado é o aloprado gestor municipal que achou poder cometer impunemente um desatino destes. Estava mais do que avisado que essa tolice de transferir o licenciamento ambiental para o Estado não daria certo.

Só um tolo, aconselhado por um bando de outros tolos, poderia acreditar que uma ideia como esta teria como prosperar. Finalmente o licenciamento ambiental voltou ao município, de onde nunca deveria ter saído. Os prejuízos ficam para os empreendedores e para a cidade. É o prefeito - e seus assessores mais próximos - quem deve ser responsabilizado, pela sua inépcia supina.

Há, nesta administração, uma sanha ensandecida em perseguir determinados setores. O meio ambiente e a área cultural são os que mais duramente tem pago o preço da visão míope e simplória de um gestor que não consegue entender a complexidade da gestão pública. O prefeito esta tão obcecado em atender os interesses e desejos dos seus pares que perdeu qualquer resto de bom senso ou de razão.

Ao longo de décadas, Joinville tem elaborado um conjunto de leis e códigos para evitar que o pouco que ainda resta do seu verde urbano e rural seja depredado pelos interesses especulativos. O município formou, ao longo destes anos, um quadro de zelosos funcionários que cumprem a lei e cuidam de licenciar os novos empreendimentos de acordo com a legislação em vigor. 

Mas tem quem não goste que os processos sejam analisados com critério e acurácia. Há até quem queira que seus projetos sejam apreciados e aprovados antes que outros. Mas extinguir a Fundema foi um erro grave. Desvalorizar e desmerecer o trabalho dos técnicos da área foi outro erro. Quando o gestor municipal encara o meio ambiente como um problema - e acredita que cumprir e fazer cumprir a legislação vigente é um inibidor do desenvolvimento - é porque a cidade tem um grave problema pela frente.

Defender o meio ambiente e fazer cumprir a lei não pode ser visto como um custo e sim como o único caminho para preservar a qualidade de vida tão ameaçada hoje em dia. Se for para reclamar dos prejuízos que esta desastrada transferência causou, as críticas devem ser dirigidas ao Gabinete do Prefeito, vai que ele acorda e se da conta dos erros que cometeu na gestão da área ambiental. Vai que, num ataque de lucidez, percebe que extinguir a Fundema foi uma decisão desastrosa.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Udo leva Joinville à época mais retrógrada da sua história recente

POR JORDI CASTAN
Transferir o licenciamento ambiental do Município para o Estado é uma covardia. Mais que covardia, uma vergonha. Joinville perde de novo. Em mãos de um gestor medíocre e acovardado, a cidade fica cada dia menor, do tamanho da visão do seu gestor. A SEMA tem uma estrutura maior e melhor que a da FATMA em Joinville e é um desatino tomar uma medida destas. A menos que haja outros motivos que os inicialmente apontados.

Não há falta de recursos nem humanos nem econômicos para fazer uma boa gestão ambiental em Joinville. A cidade já teve a Fundema, tem o Código Municipal do Meio Ambiente e podia decidir e licenciar sobre os temas referentes ao meio ambiente. Quando escuto os nossos gestores se queixando da falta de dinheiro, lembro que os problemas econômicos não são escusa quando as ideias são de graça. Saber aproveita-las é a saída e o que diferencia o administrador medíocre do competente.

O que o prefeito Udo Dohler está fazendo com o meio ambiente é um crime ambiental. Uma decisão tão desatinada que leva a pensar que esteja a atender outros interesses que não os da sociedade joinvilense.

É bom lembrar que a FATMA aplica critérios menos rígidos com relação a recuos de rios e cursos de água. Pergunto: a quem interessa essa interpretação menos rígida? Aliás como ficou o crime ambiental cometido por uma certa empresa têxtil da zona norte de Joinville que tingiu o rio Cachoeira de vermelho? A multa foi paga? Ou haveria neste desmonte da área ambiental municipal com a independência com que a Fundema agiu na época?

Que o meio ambiente não é prioritário para esta gestão tampouco é segredo. A visão do gestor municipal sobre o meio ambiente é conhecida. O problema é que o ideário do desenvolvimentista a qualquer preço do prefeito e seus secretários é uma visão superada. É tão antiga que não pertence ao século XX e sim a segunda metade do século XIX.

Vai que agora com a FATMA os processos parados começam a andar mais rapidamente e as liberações saem com mais facilidade. Vai que os amigos do rei andam preocupados com o zelo com que os seus processos são analisados.

Com esta administração municipal, Joinville regride cada a dia. O município se afunda na sua época mas tenebrosa e retrógrada. Serão precisas décadas para que a cidade possa se recuperar de uma gestão tão nefasta e destrutiva, que anda na contramão da descentralização da gestão ambiental.