quarta-feira, 10 de julho de 2013

Aos trancos e barrancos passou 1 ano!

Hoje estou completando 1 ano de blog e, neste espaço, que divido com todos os molhados, leitores e alguns fãs (será???) quero agradecer principalemnte aos que acompanham todas as quartas-feiras os meus textos sobre esporte que, em alguns momentos se misturaram com política e entenderam que estou aqui apenas para compartilhar a minha opinião esportiva.

Nesse um ano, tive a oportunidade de estar mais próxima de algumas referências no esporte de joinvile, como:



Valdin, o bravo homem, que no auge da sua carreira, se viu obrigado a superar um grande obstáculo e, não se mostrou inerte, enfrentando as dificuldades de ficar parado por uma séria contusão pelo período de 6 meses e hoje estar de volta as quadras fazendo aquilo que sabe, jogar futsal.




Leonardo Roesler, o jovem empreendedor esportista que luta em prol da manutenção do esporte de alto rendimento em Joinville. O basquete de Joinville se tornou vencedor graças ao seu empenho e de seus parceiros.




Lima, o artilheiro solitário, que no auge do silêncio os gritos ecoaram da torcida, uns lhe culpando, outros lhe apoiando. Mas manteve-se sereno e hoje já se tornou o maior artilheiro do JEC, superando o idólo Nardela.








João Carlos Romano, o obstinado, vinte e quatro horas em busca da perfeição, tanto sua como preparador físico, como de seus atletas. E, não à toa, é considerado uma unanimidade no seu ramo entre os seus.









Vander Carioca, o artilehiro das massas, sempre em busca da vitória, custe o que custar, até a última gota de suor.


 
Muito obrigada a todos do Chuva Ácida, os que estão no blog hoje como colaboradores e aqueles que já passaram por aqui, a todos que gentilmente cederam do seu tempo para conceder uma entrevista a mim como "metida" da área e principalmente aos leitores.


As imagens mais lindas que seus olhos já viram


POR FERNANDA M. POMPERMAIER

Há algumas semanas levei minha mãe para conhecer os famosos campos de canola aqui na região sul da Suécia. Eles florescem final de maio ou início de junho e ficam amarelinhos por pouco tempo, é preciso ser rápido. 
Ao chegarmos, disse à ela que essa era umas das visões mais lindas que eu já tive na vida. Verdade, a paisagem fica impressionante, acho lindo demais, breathtaking. Quando disse isso, meu marido respondeu que achava bonito mas que talvez não chegasse ao seu top 5. A conversa nos fez pensar nas 5 visões mais lindas que nossos olhos teriam visto e a brincadeira rendeu. 

Convido os leitores a fazerem o mesmo exercício e compartilharem conosco as maiores belezas que seus olhos já viram.
É claro que é tudo muito subjetivo, envolve opinião pessoal, sentimento, prioridades, enfim.
É divertido saber o que outras pessoas consideram breathtaking e quem sabe colocar na bucket list.

E aí vai meu top 5:

1. O rosto da minha filha no momento do seu nascimento:

No Da. Helena em março de 2010

2. As cataratas do Iguaçu:

No verão de 2006. Orgulho nacional.

3. Os campos de canola na Suécia:

Maio de 2013 em Helsingborg.

4. Os parques de Paris:
Setembro de 2010. Não tinha muitas fotos dos parques, mas está tudo na memória...
5. O Coliseu:
E todas as ruínas da Roma Imperial. Impressionante.
E agora? Você conseguiria listar rapidamente seu top 5?
Estou curiosa!

Vander Carioca, o artilheiro das massas!

Um ano se passou, parece que foi ontem que recebi o convite para escrever sobre esporte no arraigado Chuva Ácida.

Confesso que não tinha ideia que a coisa era tão acida, mas a verdade é que adoro dar os meus pitacos esportivos e, por raras vezes invadi a área dos meus amigos molhados.

E, para comemorar esta data especial, trago uma entrevista exclusiva com o atleta Vander Carioca e, a sua escolha não foi por acaso. Ela se deu pelo maior número de acessos de um post que escrevi, em 18.08.2012 http://www.chuvaacida.info/2012/08/vander-carioca-e-volta-da-nacao.html .

Passemos, então, agora, a entrevista do artilheiro das massas, o campeão Vander Carioca.



Vander Santos Ferreira, mais conhecido como Vander Carioca, 37 anos, nascido no Rio de Janeiro capital, atleta de futsal desde os 7 anos de idade, quando foi convidado a jogar no Social Ramos Clube e, desde então não parou mais.

Construiu e, ainda constroi, uma trajetória vencedora, que começou no épico time do Atletico-MG, aonde conquistou o seu título da Liga Nacional, passando, ainda no Brasil, por Flamengo, Vasco, GM, Iate, Espanha, Italia, Russia, voltando para o Brasil em 2010 atuando pelo Petrópolis e, para alegria dos joinvilenses, desde 2012, atuando pela Krona Futsal.

Além do título da Liga Nacional, em 1987, Vander Carioca, conquistou diveros títulos no Brasil e em todos os clubes que passou pelo exterior e, pela Seleção Brasileira, os Mundiais de 2000 e 2004.



Gabriela Schiewe - Aos 37 anos, o que lhe motiva a continuar jogando com a mesma intensidade de anos atrás?

Vander Carioca - Competição! Sou muito emoção, pouco razão. Tenho prazer pela competição e acredito que ainda vai demorar um pouco a perder essa vontade de competir. Enquanto esta vontade, o prazer por competir, existir em mim, jogarei nesta intensidade.

GS - Você acreditava que poderia aos 37 anos estar em alto nível e até rendendo mais que uns anos atrás?

VC - Não pensava (risos). Com 25 anos já pensava em parar de jogar, mas com a maturidade que se adquire com o passar dos anos, não ter sofrido nenhuma lesão grave, o meu comportamento extra campo que, hoje em dia é muito melhor do que quando tinha 25 tem colaborado para o meu bom rendimento nas quadras hoje.

GS - No ano passado, a Krona chegou muito perto do título da Liga, o que aconteceu naquele jogo contra a Intelli?

VC - O que mais pesou para não ganharmos o título, não foi o jogo fora de casa em que estávamos ganhando de 4 x 0, mas sim não ter vencido em casa. A vitória dentro de casa é fundamental para a conquista de um título, principalmente com a importância e disputa da Liga Nacional.

GS - Hoje você é o artilheiro da Liga, agora o objetivo é o título?

VC - Quando vim para Joinville, no ano passado, foi com esse objetivo, buscar o título da Liga. Ser artilheiro é consequência, o que realmente importa é ganhar a Liga. "Espero que esse ano não escape, até porque mes restam poucos anos."

GS - O que você passa para o grupo para, enfim, ganhar a Liga esse ano?

VC - Normalmente passo mais conselhor aos mais novos do grupo, para não perder o foco, jamais achar que já está ganho por ter ficado em primeiro na classificação, pois ainda temos muito que realizar. Tento auxiliar naquilo que posso.

GS - Uma hora terá que parar. inevitável. Quando e aonde?

VC - Fico triste quando penso nisso, ter que parar, pois amo o que faço, gosto de treinar, de competir, dessa rotina do meu trabalho mas, acho que daqui um ou dois anos, quem sabe até os 40. Em primeiro plano, penso em finalizar a carreira no Petrópolis, mas não descarto que possa ser aqui na Krona.

Vander Carioca deixou bem claro, durante toda a entrevista, aquilo o que eu já havia escrito no post de agosto do ano passado, sem conhece-lo, uma pessoa de um carater inquestionável, de uma humildade adstrita a poucos e de um extremo respeito a todos os seus colegas de profissão.

Não é à toa que é querido por todos, apesar do seu jeito aguerrido em quadra e isso pela sua característica de competidor nato, não aceita perder nem no "peladão", é um cara de respeito e muito querido por todos que trabalham consigo.

Eu me sinto honrada em estar comemorando o "meu aniversário" com esta entrevista e, quem merece os parabéns não sou eu, mas o entrevistado, grande profissional, valoriza muito a sua família e amigos e sempre com respeito ao próximo.

Vander Carioca, artilheiro das massas, por onde passa, "a galera se agita". A maior arquibancada do Futsal é aonde ele está!



"O que me motiva é a competição! Tenho muito prazer em competir, e vai demorar um pouco ainda pra eu perder isso."

terça-feira, 9 de julho de 2013

São os políticos seres alienígenas?

POR JORDI CASTAN


A revista Veja, da qual não sou nem leitor nem assinante, estampa na sua capa desta semana uma pergunta inquietante: “Você concorda que Brasília deveria abandonar a galáxia distante onde está e voltar ao Brasil?”. Imediatamente me veio à mente o filme MIB (Men in Black)  de 1997, protagonizado por Tommy Lee Jones, Will Smith e a encantadora Linda Fiorentino. Depois foram feitas outras versões e já está hoje na terceira.

O filme apresenta a possibilidade, até hoje fantasiosa, de que seres extraterrestres vivessem normalmente aqui na Terra. Depois de ver a capa da "Veja", não me resta nenhuma dúvida de que o filme é premonitório. Os nossos políticos não podem ser seres normais, não podem ser terrenos... ou seria mais correto dizer terráqueos? Não é Brasília que deve voltar à Terra, desde a galáxia distante em que a "Veja" assegura que se encontra. Brasília existe, é real e está no Planalto Central. Eu mesmo já estive lá mais de uma dezena de vezes. Os políticos de Brasília, como em todas as capitais e todos os municípios brasileiros, foram abduzidos por seres de outra galáxia, alienígenas que estão entre nós para destruir a nossa civilização ou o que resta dela.

É impossível imaginar que, enquanto milhões de brasileiros saem às ruas a pedir uma mudança, estes senhores possam estar passeando em jatinhos da FAB, pagos com o nosso dinheiro para assistir jogos de futebol, casamentos, visitar amigos e levando juntos parentes e namoradas. Nos últimos 5 meses foram 65 vezes. Tudo enquanto às portas dos estádios as pessoas enfrentavam a polícia pedindo reformas, protestando contra a corrupção e contra o mau uso do dinheiro público. Dentro dos estádios, alheios a tudo, tinha políticos posando de torcedores.

 A invasão está espalhada por todos lados. Nas assembleias legislativas, importantes projetos de lei outorgam o título de capital da carne, ou da banha, ou do jiló a esta ou aquela cidade. Enquanto isso, a saúde, a educação e a segurança desmoronam, como resultado da má gestão, do gasto exagerado e da própria roubalheira.

Nos municípios do interior, pequenos sátrapas dispõem dos recursos públicos como se fossem próprios, e contratam jardins de inverno, aquários, carros com motorista e quilometragem ilimitada ou qualquer outra bobagem que lhes dê na telha. Tudo ao mesmo tempo que recebem em audiência os representantes da sociedade que defendem a redução do custo do transporte público ou o passe livre. Para ter uma noção de como a situação escapou do controle, entre 2005 e 2012 os municípios brasileiros contrataram mais de 1.500.000 de funcionários e a proporção de funcionários públicos em relação à população cresceu 32% sem que os serviços públicos tenham melhorado. No caso de Joinville, a maior empregadora do município é a Prefeitura, com mais de 11.000 funcionários. Cada dia são necessários mais impostos para pagar os custos de uma máquina que não para de crescer. 

Não me resta qualquer dúvida: os políticos que elegemos não são deste planeta, eles são de outro mundo. Ocupam corpos com aparência de humanos, falam como humanos, se comportam em público como se fossem seres humanos. Mas não o podem ser. É impossível que esta gente seja tão insensível ao sofrimento deste país, que não vejam as filas na madrugada, as escolas interditadas, o patrimônio público deteriorando-se, os professores mal pagos e o aumento descontrolado da criminalidade.

Estes alienígenas devem possuir algum tipo de poder hipnótico que, retransmitido pelas ondas do rádio ou da televisão, fazem que os eleitores deste país sejam acometidos de ataques sorumbáticos e votem nas maléficas urnas eletrônicas, justamente nos candidatos alienígenas. Porque é difícil aceitar que representem um corte da nossa sociedade. Não pode ser que sejamos tão ruins. São uma abdução em massa ou uma invasão extraterrestre. Só isso poderia explicar uma situação como a que vivemos. E é evidente que a nave mãe que os trouxe não quer levá-los de volta.

domingo, 7 de julho de 2013

Qual a grande obra?


POR FABIANA A. VIEIRA

As mobilizações de rua durante a Copa das Confederações, em grande parte, foram pautadas pelos gastos com a construção dos estádios. Tudo bem, o governo federal, principal alvo da turba, não construiu nenhum estádio. Esta tarefa coube a governos estaduais, clubes de futebol ou até prefeituras. No máximo o BNDES emprestou o dinheiro e vai receber de volta, com juros. Os manifestantes diziam 'não' aos estádios e 'sim' para a saúde e educação. Particularmente acho um maniqueísmo meio sofrível esse. Um governo tem que fazer tudo ao mesmo tempo. É pão, é circo, é educação, é saúde, é esgoto, é estrada, enfim... 
Acho até louvável essa nova concepção de Arena que oportuniza uma diversidade de eventos de massa. Em Brasília já teve tanta atividade no Mané Garrincha que já valeu a pena. Até Renato Russo já apareceu em holograma. A Copa acaba e os estádios continuam e devem ser bem utilizados.

Mas a situação me lembrou Joinville de 2004. Enquanto a pirotecnia oficial fazia a festa,  o candidato continuísta jorrava lágrimas porque não poderia participar da inauguração da nova Arena Joinville. Essa cidade sempre cultuou obras faraônicas, começando pela Ponte do Trabalhador e indo até a Expoville, Centreventos e Arena. O candidato da oposição tentou dizer, na época, que com o dinheiro da Arena daria para fazer tantos leitos hospitalares...foi dizimado. Mesmo elogiando o equipamento, demarcar uma possível reflexão foi dar um murro na ponta da faca.

No último governo municipal também os porta-vozes do mega, hiper, super vinham com aquela pergunta: "qual a grande obra?". Não importa se o saneamento básico é uma vergonha e está sendo, enfim, retomado, ou que os investimentos maciços em educação e saúde não apareçam, os arautos do grandíssimo querem algo sempre maior e mais bonito.

Hoje parece que as coisas mudaram. Agora é moda ir para a rua reivindicar saúde e educação, mesmo tendo plano de saúde ou estudar em colégio particular. Agora é moderno reivindicar redução da tarifa de ônibus, mesmo sem nunca botar o pé no 'buzão'. Aliás, o moderno é reivindicar por reivindicar. Tem até médico indo para a rua defender o seu curral profissional. Afinal é aviltante ir para o interior por R$ 10 mil.

Maravilhosos esses tempos em que as pessoas deixam de replicar mensagens dos seus notebooks, das quais elas não têm nenhuma ideia e vão para a rua replicar cartazes que procuram lavar a sua alma. Uma autonomia criativa que beira o anarquismo, levando em conta o lado genial dessa teoria libertária.  

Mas voltando ao nosso tema, será que Joinville agora vai desistir de grandes obras e se mobilizar coletivamente para garantir os alicerces de uma sociedade melhor de se viver? Será que agora, definitivamente, vamos enfrentar a saúde, não com hospitais, heliponto e medicina de última geração tecnológica, mas com ações preventivas, não curativas, com alimentação, com lazer e esportes? Será que vamos pensar a mobilidade urbana com responsabilidade estratégica, com planejamento de longo prazo, corredores e transporte coletivo ou vamos fazer pontes  e viadutos para agradar oportunistas? Vamos manter a prioridade no saneamento, nas moradias populares, na educação de qualidade ou vamos de novo partir para projetos empolgantes, geniais, caros, que jogam uma fatura comprometedora do futuro, como está agora acontecendo com a Prefeitura?

 As mobilizações sociais sempre foram criminalizadas em nosso país e repudiadas com veemência. Hoje, com o panfleto digital on-line das redes sociais, as pessoas podem se mobilizar mais rapidamente e por diversos interesses. A televisão passa ao vivo e fica insistindo 'ad nauseum'  que a manifestação é até pacífica, e que a violência é de uma minoria de vândalos. Como se algum dia a conquista de algum direito social tenha sido fácil. 
Mas os tempos são outros e torço para que coxinhas, MPL, vermelhos, verdes ou amarelos, socialistas, democratas, anarquistas ou liberais mostrem a sua cara e a política seja exatamente aquilo que o povo quer e não uma usura criminosa de uma classe que privatiza o interesse público.