sábado, 29 de setembro de 2012

Pancadaria rola solta

POR GABRIELA SCHIEWE

REGRAS E MAIS REGRAS - Na semana passada, escrevi brevemente aqui no blog sobre UFC, aqui para nós conhecido como Vale Tudo.

Hoje fui questionada na mesa de almoço acerca das regras deste "esporte". Na verdade, resumidamente, não pode dedo no olho e golpes nas partes íntimas. O vencedor será declarado aquele que conseguir "destruir" o seu oponente no decorrer dos 3 ou 5 rounds (dependendo da disputa), em que 03 juízes darão seus vereditos ou, ainda, quando um dos lutadores bater 3 vezes no chão (famoso jogar a toalha).

Como declarei anteriormente, gosto muito de assistir Vale Tudo, isso já alguns anos, adorava ver o "Tank" lutar. No entanto não posso concordar que se trate de um esporte educativo; que quem pratica essa modalidade aprende que só se "briga" no octógono, na rua se age com passividade.

EDUCAÇÃO TRANSFIGURADA - Gente, como uma criança que está recebendo os ensimanentos da vida para construir o seu caráter, assistindo essa pancadaria, como foi a última luta em que o Vitor Belfort (mais uma vez) ficou desfigurado, escorrendo sangue, poderá absorver isso como sadio. E essa criança conseguirá distinguir que isso só faz ali dentro, nas ruas não é bacana. Se o cara sai com aquela cara toda destruída dizendo que foi ótimo.

E, não de vez em quando, vemos nos noticiários, lutadores de MMA que "aprontaram" alguma. Violência gera violência. A pessoa tem que ter uma cuca muito, mas muito boa mesmo, para passar o dia inteiro, todos os dias, praticando atos violentos, de estar batendo em outrem e todo esse processo não afetar o seu cotidiano.

Precisamos rever nossos conceitos do que realmente é esporte. Estamos voltando aos tempos bárbaros, aos gladiadores que lutavam até a morte, aos homens das cavernas (mas esses, ao menos, tinham um objetivo válido: comida).

Coloco o meu gosto de lado, em prol de todos, pois a cada dia vejo crianças mais violentas, se transformando em jovens dessocializados e adultos exasperados.

FINAL FUTSAL - Krona saiu derrotada do primeiro jogo da final da Liga Nacional de Futsal. Segunda-feira jogará fora de casa, tendo que vencer no tempo normal e na prorrogação para se sagrar campeão.

Time para isso possui, no entanto se as peças trabalharem por si só, sem referenciar o coletivo, serão apenas e tão somente ótimos atletas isoladamente sem a existência de uma equipe.

Quem ganha jogo é o time que se forma com as peças certas se encaixando entre si e, quando isso ocorrer, estas se destacarão isoladamente, o contrário já não se materializa.

Desde o último jogo em que as peças abandonaram o seu tabuleiro, o jogo se perdeu e o time? Onde? Cadê? Foco, determinação, vontade, técnica e tática, todos estes fatores são determinantes, sem qualquer excessão ou, senão...Campeão...hummmm, sei não

Alguém já ouviu falar que "uma andorinha não faz verão"?

Fica a dica.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Chuva na cara





Cavaletes tem se convertido nos grandes vilões desta campanha, o eleitor / cidadão externa pouca paciência com os candidatos que utilizam cavaletes em calçadas, cruzamentos, próximos a pontos de ônibus ou de placas de transito



E o porco pensa que é um salva-vidas

POR ET BARTHES
O filhote de cabrito estava se afogando. E o porquinho entrou na água para tirar o coitado. O ato de "heroísmo" é um dos filmes mais vistos no Youtube.


Em Joinville, não há doentes!


POR GUILHERME GASSENFERTH

Comemore, joinvilense! Aqui a saúde não tem problemas! Viva!

Já em Florianópolis as coisas não vão bem. É um problema. Aqui em Joinville, o governo estadual mantém um hospital para cada 171 mil habitantes (que coincidência este 171!). Em Floripa, tem um hospital do governo estadual para cada 61 mil habitantes. Só pode significar uma coisa: os florianopolitanos adoecem três vezes mais!

Veja só, cidadão joinvilense. Afeitos que somos a uma estatisticazinha, fomos ao site do IBGE Cidades@ e pesquisamos dados relativos à saúde em 2009 (último dado disponível). Sabem qual o resultado? Floripa é uma cidade cheia de doentes. Sim, senhores. Vamos às provas?

Em Joinville, o governo do estado mantinha, segundo dados do IBGE de 2009, dois estabelecimentos de saúde. Em Florianópolis, segundo o IBGE, eram 14. “Ah, mas número de estabelecimentos não quer dizer nada”. É verdade, o número de hospitais sozinho não diz nada. Vamos verificar o número de leitos, então?

Leitos mantidos pelo governo estadual, em 2009, na capital: 945.
Leitos mantidos pelo governo estadual, em 2009, em Joinville: 414. Êta população resistente a doença!

“Mas Guilherme”, você pode estar pensando, “em Floripa tem São José ali grudadinho”. Verdade, que injustiça a minha. Vamos refazer os cálculos considerando São José.

Leitos mantidos pelo governo estadual, em 2009, na capital: 945.
Leitos mantidos pelo governo estadual, em 2009, em Joinville: 414.
Leitos mantidos pelo governo estadual, em 2009, só em São José: 663. Meu Deus, quanto doente!

Se nós formos contabilizar as 22 cidades que compõem a região metropolitana de Florianópolis e as 20 cidades da região metropolitana de Joinville, o número de leitos na região de Floripa permanece em 1.608, e em Joinville sobe para 454 leitos, graças à adição de 40 leitos mantidos pelo governo catarinense em Mafra. Considerando que a região metropolitana de Joinville tem 1.094.570 habitantes e a de Florianópolis 1.012.831 habitantes, é possível chegar ao seguinte índice:

Na região de Florianópolis: um leito mantido pelo governo estadual a cada 630 cidadãos.
Na região de Joinville: um leito mantido pelo governo estadual a cada 2.411 cidadãos!

Resultado óbvio: em Joinville, tem quatro vezes menos pessoas doentes! Iupiii! Eu sempre soube que essa chuvarada tinha que servir pra algo de bom!

JÁ BASTA!

Agora, falando sério. Pensei que iam mudar as coisas. Na semana passada foi lançado um Pacto por SC na área da saúde. Achei louvável. O governo de SC anunciou a construção de 150 leitos no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt e investimento em equipamentos. Na verdade, isto foi o que me motivou a escrever o texto, inicialmente elogiando a iniciativa do governo de Raimundo Colombo. Meus pensamentos elogiosos duraram pouco. Quando fui pesquisar mais a fundo, caíram por terra.

Quando li os slides da apresentação do Pacto por SC, fiquei boquiaberto com a enorme diferença de investimentos em Floripa e Joinville. Desconsiderando investimentos em maternidades (que não foram especificados na apresentação), Florianópolis e São José somaram investimentos da ordem de R$ 178 milhões, enquanto Joinville amargou R$ 33,2 milhões. Sim, cinco vezes e meia de recursos a menos.

Enquanto serão construídos 379 leitos em Floripa e São José, em Joinville serão 150. Floripa e São José ganharão 83 novas UTIs. E Joinville, ZERO. Floripa e São José terão novas 14 salas cirúrgicas. E Joinville, ZERO!

No início da semana, o Brasil viu as imagens do atropelamento da mãe com dois filhos, gravada por câmeras de segurança. E após a exibição do vídeo em vários telejornais de rede nacional, a mensagem: "a mãe foi enviada a um hospital de Jaraguá do Sul POR FALTA DE UTIs em Joinville". Desumano com a mãe, vergonhoso pra Joinville.

Até quando mereceremos viver este descaso? Quando é que a população joinvilense vai levantar-se e pedir por seus interesses? Quando teremos um eleitorado unido que irá desembainhar a espada da mudança, atacando a inércia de sucessivos governos estaduais?

Joinvilense, você deve fazer algo. Chega de ficar parado! Compartilhe estas informações. Faça chegar ao ouvido do maior número de pessoas para que todos saibam como nossa querida cidade é destratada pelo governo do estado que ela própria ajuda, em muito, a sustentar. E cobre dos governantes. Já chega de Joinville ZERO.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Um tornado de fogo?

POR ET BARTHES
Você já deve ter vito um tornado. Mas provavelmente não como este filmado na Austrália. Porque foi um tornado de fogo. É uma visão impressionante. Perigosa, mas ainda assim muito bonita.


Pesquisa Estimulada


O superclari

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Se tem um fato que chama a atenção nestas eleições, tirando a falta de propostas, é a manutenção de Clarikennedy Nunes no topo das pesquisas, desde quando seu nome aparecia como uma candidatura consolidada. A esta manutenção podemos atribuir valores "especiais" (ou seriam divinos?) a ponto de termos o surgimento de um Superclari, comparado aos mais diversos superherois dos quadrinhos.

Além de não ter um partido encorpado (o PSD é uma aberração filosófica que abrigou vários políticos descontentes em seus partidos de origem, os quais acharam uma brecha legal para trocarem de partido sem perderem os seus mandatos), o deputado-candidato encontra poucos apoiadores, principalmente se levarmos em conta os principais nomes do partido.

Ou alguém acha que Odir Nunes pede voto para o Clari? Darci de Matos? E o governador Raimundo Colombo? Este último está torcendo para dar Udo... alguém duvida? É também um dos candidatos que menos tem tempo de TV (ganha apenas para Leonel Camasão).

Estes números sólidos de Clarikennedy não se devem a suas propostas (péssimas, por sinal), mas sim ao seu trabalho de "formiguinha" em seu principal reduto eleitoral: a igreja Assembléia de Deus. Com o mandato de deputado na mão, ele tem como organizar e participar de "seminários de liderança", os quais espalham suas ideias em típicas ações de pré-campanha. Portanto, cria uma sólida base de eleitores fiéis (em todos os sentidos), formatando os seus votos intransferíveis, seja qual proposta for. O que importa é o Superclari.

Entretanto, o que assusta o pessoal do 55 é a estagnação. Por mais que esteja sempre no topo das intenções de voto, com um nível de rejeição baixo, os seus índices são praticamente os mesmos há muito tempo, com a campanha na rua e tudo. É só lembrarmos que, nas últimas eleições, candidatos estagnados não alcançam sucesso nas urnas e sempre perdem espaço para as candidaturas crescentes. Será que a Kryptonita do Superclari é a estagnação? Dia 7 de outubro teremos a resposta...

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Cão Tarado


Abel, Ivan, Cau...vários homens e nenhum ginásio.

CAMPO DE VÁRZEA - Joinville, já faz alguns anos, está presente no cenário nacional no esporte de alto rendimento. No entanto, mesmo figurando entre os melhores no vôlei, basquete e futsal não possui estrutura ao padrão de alto nível que estas equipes detem.

O vôlei, que possuia no seu plantel jogadores de ponta e Giovane Gavio como técnico, jogava na quadra de esportes da sua patrocinadora master. Ginásio pequeno, sem infraestrutura apropriada ao time que possuia.

Pela falta de apoio mais maciço, o projeto ruiu e deixamos de apontar dentre os melhores na modalidade no país.

HOJE - No atual momento, a Manchester Catarinense conta com um time de basquete e o de futsal despontando no cenário nacional e, no caso da Krona Futsal está disputando o título da Liga Nacional, título mais importante da modalidade.

Mas e a estrutura para essas equipes, onde elas treinam, se qualificam e desenvolvem o grande espetáculo?

Ginásio Ivan Rodrigues e Abel Schulz se encontram interditados por problemas técnicos, além de não possuirem as medidas oficiais de quadra.

PARCERIA SEM PARCEIRO - Diante da ausência de um ginásio com padrão mais qualificado e apropriado para a realização das competições, houve uma parceria público-privada para permitir que o Centreventos Cau Hansen estivesse adequado ao desenvolvimento do esporte de quadra, como o basquete e o futsal especificamente.

Entretanto, mesmo o poder privado investindo no espaço público para ter local apropriado tanto para as equipes como para o público, muitas vezes tem que realizar seus jogos oficiais em outras quadras pois o local está alocado para assembleia de empresas, feiras e, o que causa mais espanto, formaturas de curso superior.

Uma cidade como Joinville, a maior cidade do Estado, quando numa final do principal campeonato da modalidade tem o seu espaço que, em tese foi oficialmente destinado para que essas equipes o chamassem de "casa", em que a população se exalta e, em peso, comparece para apoiar a equipe local, se depara com uma estrura pífia, que simultaneamente acontece outro evento, prejudicando o espetáculo.

AUTORIDADES PARA QUE - Quando as autoridades locais irão dar o real valor para estas equipes que elevam o nome da cidade no cenário nacional, sendo constantemente visualizado nos principais meios de comunicação do país e, por vezes, a nível extra Brasil.

É absurdo e ultrajante ver uma cidade com o poderio econômico que Joinville possui, não deter de um espaço próprio para que suas equipes de alto rendimento desenvolvam suas atividades de maneira honrosa e apropriada, assim como o público ser tratado como deve e recepcionado a altura.

Os gestores tem tentado fazer o melhor por todos, mas, infelizmente, as autoridades continuam "virando as costas" para um produto interno, de alta qualidade, rendimento e proporções econômicas incalculáveis.

Na minha opinião essa política chega a ser primária e ridícula.

Queria ver, o Ilustre Prefeito, como mero cidadão, chegar ao local da partida, amanhã, achar uma vaga para estacionar o seu veículo sem qualquer transtorno e depois ir para a fila, com seu ingresso, aguardar para sentar em algum lugar qualquer, sabe-se lá onde, já que não existe numeração nas cadeiras.

Faça o teste!

Vai ver, as autoridades não fazem questão de ter enraizados em Joinville equipes de alto rendimento.

Tanto faz, como tanto fez.