sexta-feira, 22 de março de 2013

Dias muito loucos – Udo corta lanche, James quer proibir cerveja na rua e Acij vende camiseta pra juntar um dinheirinho pro São José

POR FELIPE SILVEIRA

Vivemos tempos muito loucos mesmo. É o tal de dois mil e crazy. Pra você ver como a situação não tá fácil pra ninguém, olha como tá difícil para os empresários da Acij (Associação Empresarial de Joinville).

Reconhecidos por eles mesmos e por alguns historiadores safados como os bastiões da pujante e ordeira Joinville, nossos adorados empresários (afinal, eles dão um monte de emprego pro povo por bondade!) ficaram, de repente, mais ou menos depois de Udo Döhler se tornar prefeito, preocupados com a saúde do povo. De repente perceberam que o nosso hospital municipal, o São José, vive superlotado e tem problemas de infra-estrutura, o que gera desconforto e atendimento precário para a população. Devem ter achado um absurdo.

Mas, como a situação não tá fácil pra ninguém e não dá pra botar a mão no bolso assim pra investir em melhorias no hospital, nossos valorosos empresários tiveram uma brilhante ideia: vender camisetas.

Fico pensando em como não pensaram nisso antes. Esta brilhante ideia que sustenta diretórios acadêmicos, escoteiros e associações atléticas e de moradores há anos pode, claro, salvar a saúde pública municipal. Você que está aí sentado, por favor, levante e aplauda esta louvável ação de pé.

Mas, por favor, não desconfie de politicagem. Não ache que a ação tenha a ver com o fato de um colega empresário ser prefeito e precisar dar uma ajeitada no Zequinha. Não me venha com insinuações de que isso jamais seria feito no ano passado, quando o Carlito (PT) era prefeito. É óbvio que aconteceria, mas faltou a ideia.

Mais aplausos.

A última – Disse que a venda de camisetas era a penúltima porque depois disso rolou mais uma evidência desses tempos doidos. Udo, The German, anunciou ontem que os servidores que trabalham seis horas não têm direito a intervalo. Dizem que tá na lei. Eu digo que o bom senso pegou a BR e se mandou.

A antepenúltima – Essa vem da Câmara. O vereador James Schroeder (PDT) entrou na vibe do conservadorismo, que eu chamo carinhosamente de Onda Udo, e teve a brilhante ideia de proibir o consumo de bebida alcoólica nas ruas da cidade. E se você não vê um atentado à liberdade aí, meu amigo, você tem um problema.

Levante e aplauda.

103 comentários:

  1. Eu tenho a minha camiseta do Zequinha, comprada há 2 anos. Abraço mesmo seria dar uma de família americana e "adotar" uma ala do hospital, sem preocupações com o IRPJ. Olha que lindo "Centro Ortopédico Breitkopf" (vende moto, tudo a ver né?), "Unidade de Oncologia Silva" (laboratório Catarinense) e assim por diante

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    1. Nossa vc ficaria perplexo com os nomes que deveriam patrocinar alguns setores, o oncologico, ortopedico, neurologico e o anestésico, deixa que eu ajudo a divulgar com blusinha e td....hehehehe

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  2. Vou ficar sem camisa em frente ao São José,como aquelas peitudas que fazem protestos na Europa,tomando uma gelada da calçada,durante 06 horas,mas claro,com descanso de 15 minutos,porque ninguém é de ferro...

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    1. KKKKKKKKKKK esta foi de "doer os carrinho" KKKKKKKKKKKKKKK....

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  3. A massa sustenta a marca; a marca sustenta a mídia; e a mídia controla a massa." George Orwell By Ácido

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  4. Pra campanha do Udo alguns nobres e solidários empresários joinvilenses tiraram o escorpião do bolso e doaram bem mais de 50 pilas (é só pesquisar no site do TSE). Agora querem arrecadar 1 milhão vendendo camisetas! Só pode ser piada né? Aliás, o Udo arrecadou mais de R$ 5,7 milhões nas eleições passadas. Sem vender camisetas!

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  5. Alguém ai quer me adotar?

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  6. Uma pergunta, porque por estes dias ando meio sem vontade e sem tempo de fuçar na internet notícias de Joinville: como os jornalistas locais, os mesmos que usavam qualquer peido do Carlito como prova cabal de sua incompetência, estão a tratar esta sucessão de, diríamos parafraseando o Felipe, eventos muito loucos?

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    1. Clóvis Gruner, a imprensa com "cinquenta tons de marron" de Joinville é coisa do passado... De repente, não mais que de repente, caiu num tanque de alvejante e em seguida para outro com cal... PS.: utilizei cal porque ele não demora muito a sair, "tendeu?"

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    2. Já consigo imaginar alguns "formadores de opinião" locais a louvarem a iniciativa austera do prefeito. E mandando a fatura depois.

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  7. Aprenderam a ganhar dinheiro vendendo camisetas com o MPL, só pode

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  8. Faz me rir, até parece que eles tiram essas ideias da VEJA!!!

    Porém, a da bebida espelharam-se em Jaraguá do Sul, pois, lá é proibido o consumo de bebidas alcoolicas na rua (já fui autuado, termo circunstâncial e tudo) por apenas estar tomando uma latinha de cervaja enquanto ia para o terminal com meu irmão que mora lá, que tbm não sabia da "LEI"!

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  9. A 50 reais, zequinha me desculpe, sem conições....

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  10. Vou começa a usa "o bom senso pegou a BR e se mandou." ... texto leve, divertido é critico!! Parabéns!!

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  11. Amo vcs todos que comentaram, galera... aleluia...comentários lúcidos no meio disso tudo

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  12. Esse é o meu Garoto. E sem cornetear!!!

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  13. Na Austrália não é permitido beber nas ruas.
    Lá também não se pode atravessar uma rua fora da faixa: se pegarem, é multa.
    Não dá para comparar o Brasil com a Austrália, mas também não acho leis desse tipo um absurdo.
    Na verdade, aqui no Brasil ao menos, a falta de educação acaba sendo compensada por leis. Se não existe educação e bom senso, que seja ilegal e proibido.

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    1. Deigo, sei que há outros lugares além da Austrália em que é proibido beber na rua. Não conheço a íntegra do projeto do vereador, mas acho a ideia boba, seja aqui ou na Austrália. Tenho certeza que a cidade tem problemas muito mais sérios a merecer a atenção dos vereadores que alguns bebuns a perturbar a ordem pública.

      Por outro lado, aprovaria, por exemplo, alguma ação mais efetiva no sentido de coibir o péssimo hábito que tem os motoristas de ignorar solenemente a faixa de pedestres - o que não é uma característica apenas de Joinville. Por mais que me incomode pedestre que não cumpre a lei, me incomoda muito mais motoristas que não o fazem - e eu sou motorista a maior parte do tempo, então não estou nem a legislar em causa própria.

      Principalmente porque, em se tratando das cidades brasileiras, o número de faixas para pedestres já é insuficiente. Se elas não são respeitadas, a coisa fica pior.

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  14. Realmente beira o rídiculo.
    Ainda bem que não votei UDO.
    Se bem que meus candidatos nunca ganham, pelo menos posso criticar sem peso na consciência e levantar a famosa placa: "Galvão, filma eu porque eu já sabia!" rsrsrs
    Pelo visto teremos um governo de muitas greves (se a mídia abraçar...) e asfalto (que é fácil de fazer com o apoio da "comunidade").
    Os problemas de Jlle não serão resolvidos e nem serão amenizados. Não me chamem de pessimista por favor, muito menos de partidário deste ou daquele, estou apenas sendo realista! Não seria mais fácil o D. Helena absorver os pacientes do São José? Pois administrar o São José é o mesmo que administrar o D Helena... rsrs
    Andy

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  15. Soa patético que alguém ainda acredite que obrigar funcionários a seis horas ininterruptas de trabalho vai realmente melhorar a qualidade do serviço público. Estudos de diferentes áreas - da administração à medicina - já mostraram à exaustão as inúmeras desvantagens (para a saúde física e mental dos trabalhadores, para o ambiente de trabalho, para a produtividade, etc...) deste tipo de gestão. Mas não adianta. É o Udo: o corpinho está no século XXI, mas a mentalidade é do século XIX.

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    1. Os servidores não estão impedidos de fazerem suas pausas para lanche. Estão impedidos de ficar uma hora na copa tomando café com a desculpa dos 15 minutos. Orientações vindas da coordenação, da gerência, da secretaria e do núcleo de gestão de pessoas. Para o sentido inverso que o lunático autor do texto escreveu: "O bom senso pegou a BR e se mandou".

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  16. Muito bom o seu texto Felipe. Parabéns cara!

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  17. Hahahaha, muito bom Felipe.
    Meu marido e eu ainda estamos rindo muito do Udo, The german...rs

    Concordo com vc em tudo.

    Aqui na Suecia eh proibido beber na rua e eu acho isso uma afronta.
    Sou maior de idade e acho que tenho o direito de decidir se quero sentar na calçada (oi?) e me embriagar. Se ele fosse mesmo german nem pensava nisso porque na Alemanha o povo bebe ate no intervalo do almoço no trabalho.

    Na Suécia ainda existe o agravante de bebida alcoólica ser vendida exclusivamente nas lojas do governo. Isso mesmo, monopólio do estado. E o povo bebe muito, entra algum dinheiro para os cofres,públicos. O povo não eh contra na maioria. Eles acham que sendo assim o estado vira um comprador em potencial e negocia melhores preços no mercado mundial de vinhos, cervejas e tals. Além disso existe a garantia do dinheiro bem aplicado, entao... Eh de se pensar...

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    1. Ah que interessante... até que enfim algo de ruim na Suécia. Quem sabe poderíamos mandar o Udo para lá, kkkkk. Agora entendo o ideal da moça que defende o aborto, se a mãe Uda tivesse a decisão de abortar o Udo que é um aborto da natureza não estaria aqui...

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    2. Tem muita coisa ruim na Suécia.
      Como em todos os países do mundo.

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    3. Se eu quiser sentar na calçada e vender jogo do bicho e maconha eu também posso, então? Afinal, a quantidade de pessoas prejudicadas vai ser igualmente ínfima. Sou "dimaior", posso tudo.

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    4. Ela não falou que iria vender, ela irá consumir. A parte de vender é outra discussão.

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    5. Os jogos de azar sao legalizados na Suecia, pode vender, sim. Alias gera muito imposto que paga minha rua iluminada e bem asfaltada. Apoio.
      Ja drogas sao proibidas, o que acho uma idiotice. O ser humano se droga ha milhares de anos e isso nunca vai mudar. A criminalidade que envolve as drogas gera muito mais mortes e violencia que o proprio uso em si. Que se legalize, cobre impostos, controle a qualidade e deixe quem quiser usar. Nao eh?

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  18. muito bom o texto, combinou inclusive com a fotografia militar, talvez devesse ainda estar em "close" com o Mussolini ou algum outro fascista, novos tempos joinville...

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  19. Quando tiver stammtisch em Joinville vai todo mundo em cana!!!! Ou em festa "german" pode?

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  20. O nobre vereador James Schroeder deve estar satisfeito com a pedra e baseado nas ruas.

    Sobre lanche prefiro que seja intervalo de almoço em turno de 8 horas.

    Até topo comprar camiseta, rifa, bingo mas desde que seja para construção de mais um hospital em local diferente.

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  21. melhor que a campanha "abandone o são josé" como o carlito fez né?

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    1. Cara, você não sabe o que fala e nem tão pouco leu a respeito. Consulte e verifique o quanto na Administração Carlito foi aumentado o percentual de investimentos no São José em relação aos governos passados. Confirme e depois veja a besteira que você escreveu.
      Por fim, SAÚDE é esporte (o Udo cancelou os JASC e está falindo a FELEJ), é saneamento básico (que não se vê mais pela cidade com a administração UDO), são praças e parques (cadê as do UDO ?). HOSPITAL é doença !
      Não acredito em prefeito que não valoriza as pessoas. Não nomeia gerentes e coordenadores e se diz preocupado com a cidade. Balela ! Ele tem que aprender que a prefeitura é composta por pessoas (servidores) e não máquinas (como na Dhöler). E pessoas que devem estar trabalhando com vontade, para servir aos munícipes, e não sob ameaças de atitutes facistas. Joinville ainda vai se arrepender muito de ter votado neste "The German". Quem viver, verá !
      Bom, como você é anônimo, respondo na mesma condição. OK ?
      Por tudo isso, vá se informar e depois escrever.

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    2. estás torcendo muito por isto né? que a cidade se arrependa muito... ao invés de ajudar, fica aí torcendo contra

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    3. Aumentou os investimentos a ponto de o hospital ser investigado pelo Ministério Público e Polícia Federal?

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    4. Aumentar investimentos está bem longe de ser a solução pros problemas de alguma coisa. Em 2000, investíamos menos de 20% na saúde do município. Em 2012, fechamos com quase 34%. O detalhe é que o 20% lá de trás era sobre um orçamento muito menor do que hoje. Ou seja, despejamos containers de dinheiro na saúde e os problemas continuaram os mesmos ou até piores.

      E, a propósito, os investimentos em saneamento básico continuam iguais no governo Udo. Vá à Rua XV perto da Expoville ou no Saguaçu e verás várias frentes de obras ocorrendo. Acho que você que deveria investir num oftalmologista, anônimo das 11:31.

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    5. E você um binóculos! Noventa dias de governo e nem se comenta solução para terminar a obra do esgoto sanitário no Jardim Paraíso. A ETE está se desmanchando (sic).

      Nelsonjoi@bol.com.br

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    6. E o Udo lá tá preocupado com o Jardim Paraíso? Possivelmente até o ano passado ele nem sabia que o lugar existia.

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    7. realmente já tô com saudade do Carlito, dos buracos, dos 500 comissionados incompetentes, dos parques que nunca sairam, dos museus e biblioteca fechados, da divida de mais de 100 milhões que deixou, hoin hoin hoin.....

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    8. Anônimo das 11:31, alguns pontos que discordo de você já foram explicados aqui. Passe pela Beira Rio e Dona Francisca e veja se não há obras de esgoto. Há não muito tempo poderiam ser vistas pelas laterais também. Aliás, foi conseguida uma verba do mesmo montante desta que foi investida pelo Carlito (e conseguida pelo Tebaldi, diga-se de passagem) para novos investimentos em saneamento. Acho que você poderia aproveitar a nova sede do Hospital de Olhos e fazer uma visita por lá, ou sair da bolha da amargura e viver o mundo lá fora.

      Acredito que a proposta do Prefeito Udo seja justamente de colocar ordem na casa antes de sair construindo parques, praças, ruas, JASC e outros. Não esqueçam que o mandato é de quatro anos, não de três meses. Não esqueçam da herança maldita deixada pela administração anterior. Sim, ela existe! Falo com conhecimento de causa, como servidor concursado há alguns anos. Nunca vi tanto problema acontecer por falta de pagamento de fornecedor, que agora está se normalizando. Mas antes de falar isso, tenho que tomar cuidado pro Felipe Silveira não ler, senão ele vai pensar que é um complô dos fornecedores contra o Carlito.

      O HMSJ está ruim somente agora nos últimos três meses? Essa é novidade pra mim. Esse hospital está ruim não é de hoje, não é do ano passado e nem do ano retrasado. Da mesma forma que os museus interditados na gestão do Carlito não foram culpa exclusivamente dele. Nada disso se deteriora em tão pouco tempo.

      A orientação dada às chefias, coordenações, gerências, etc. (que, com razão, não estão felizes com a falta de nomeação) é que o intervalo para lanche não seja proibido. Ninguém será privado de um intervalo, apenas será privado do comodismo de passar 15, 20, 25% da sua jornada diária de trabalho no cafézinho. Como contribuinte eu detestaria saber que a pessoa está recebendo 10, 15, 20 reais para ficar tomando café - este é o valor diário proporcional ao tempo de cafézinho de muitos servidores. Permitir isso é preocupar-se com as pessoas? Sustentar os maus constumes de um universo de 11 mil servidores em detrimento de uma população de 520 mil habitantes é preocupar-se com as pessoas? As pessoas precisam de agilidade e eficiência nos serviços públicos prestados. As pessoas precisam que estes terminem com sua mamata e ponham a mão na massa. Precisam de menos gastos com folha salarial e mais gastos com infraestrutura, educação e saúde. Preocupar-se com a moralidade, eficiência e economia do serviço público agora é desrespeitoso com a população e ser despreocupado com a mesma? A medida foi corretíssima, mas infelizmente feita do modo errado, pois assim os baderneiros de plantão, ao invés de preocuparem-se em fazer o seu serviço, preocupam-se em agitar.

      Agora, eu não entendo. Se o cara não faz nada, ele é vagabundo, é incompetente. Mas se ele utiliza sua influência, sua rede de contatos, pra tentar ajudar no que puder, ele também é crucificado. Assim não dá pra ser feliz! Parece que tem gente que gosta de atirar pedras na vidraça somente pelo prazer de atirar pedras, seja a vitrine mostrando A ou B, coisa boa ou coisa ruim. Vamos atirar pedras, porque filho pra criar e roupa pra lavar não temos. Não foi feito antes? Tudo bem, mas talvez a realidade não fosse tão conhecida antes. Antes alguém pediu para fazerem? Será que se o Carlito ou o Tebaldi tivessem sentado com a diretoria da ACIJ, Ajorpeme ou CDL e tivessem explicado a situação e proposto a medida, eles se recusariam em adotar a ideia? Isso é exemplificado por mim mesmo. Se ninguém me pedir, eu não dou dinheiro algum. Se me apresentarem uma ideia e eu resolver comprá-la, vou dar R$2, R$5, R$10 para algum desconhecido.

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  22. "essa medida não visa cortar (nem poderia) totalmente o horário de lanches dos servidores; objetiva, outrossim, evitar excessos e que a coisa seja feita com racionalidade." Roberta Bonessi

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    “Não estamos fazendo nada que não esteja no estatuto. Não queremos impedir que o funcionário tome seu café. Ninguém é autoritário a esse ponto, mas cobramos o bom senso dos servidores”, disse Bonessi.

    "Para ilustrar os motivos da medida, Roberta cita que existem funcionários que demoram mais de uma hora para almoçar ou de outros lotados nas antigas secretarias regionais, que cozinham suas refeições dentro dos prédios oficiais. “Não vamos impedir o almoço rápido. Mas não dá para deixar funcionário começar a cozinhar às 11 horas, comer do meio-dia até as 13 horas e ir embora às 14 horas”, reclamou."

    E os agitadores do SINSEJ já convocam greve... VAGABUNDOS!

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    1. Ao Anônimo que generalizando considerou 11.000 servidores como VAGABUNDOS, e, sem me conhecer, nem tão pouco conhecer meu trabalho, me incluiu.
      Uma rápida pergunta, onde estavam os chefes que permitiram tal abuso durante todo esse tempo? Precisou um prefeito com uma linha "moralista" para acabar com isso?

      A outra pergunta eu já me fiz, é para obedecermos o que está no ofício ou o que está no jornal?

      Trecho do Ofício circular 013/2013 – SGP – 14/03/2013

      4. Aos servidores que cumprem turno único de 6 horas diárias, conforme estabelecido no decreto 13.011 de 29/06/2006, informamos que não é permitido intervalo para descanso e alimentação.

      5. Fica proibido a manipulação e cozimento de gêneros alimentícios nos locais de trabalho.

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    2. Henriqueta o acho que o Anônimo 23 de março - 13:10 estava se referindo ao SINSEJ hehe

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  23. Já foram algumas camisetas vendidas em prol do HMSJ nos ultimos 10 anos Mc Dia Feliz (pela oncologia pediátrica), Dia de fazer o Bem (festa organizada pelo Dr. Renato Castro) e anos atrás também venderam camisetas para comprar bebedouros. E ai?
    Por conta de uns "ASPONES" e seu "chefinhos" que não fiscalizam seu comandados, deixando-os matar até uma hora de trabalho almoçando ficamos "proibidos" de fazer um lanche?
    Quem trabalha das 7 as 13 horas ou das 13 as 19 horas deve estar muito contente.

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  24. Em relação aos 15 min. falta disciplina aos funcionários, não adianta dialogar com funcionário brasileiro ou latino americano, eles sempre se folgam, deveriam cobrar mais rigidez nos horários, pronto, não precisava causar toda esta "celeuma" em torno de algo que NÃO PODE ser proibido! Mas uma coisa é certa tem que ser rígido mesmo, senão este povo ignorante não entende!

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    1. Ignorante é quem faz esse tipo de comentário.

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    2. Ou quem o argumento de contraposição é apenas menosprezar o comentário dos outros, de forma genérica, sem abordar os fatos citados. Por que te dói tanto essa medida dos 15 minutos? Não vejo quem de fato trabalha em prol do serviço público preocupado com isso. Sabem que sua vida não vai mudar.

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    3. Caetano explica porque menosprezo teus argumentos https://www.youtube.com/watch?v=VRB20bmZ2ew

      Outros argumentos contrários eu aceito e procuro aprender com eles.

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    4. Acho que o burro é quem pensa que um anônimo é o mesmo que o outro, hehehe

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    5. Outro tanso aí às 13:57. Tanto faz quem são vocês. São anônimos e burros. Pq eu me importaria?

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    6. Inteligente é o Felipe Silveira. Aplausos para você!
      Já pode amadurecer agora. Pois não vi o anônimo das 13:56 direcionar alguma palavra ofensiva à sua pessoa para sair chamando os outros de burros, tansos e ignorantes.
      Isso se chama birra, porque simplesmente discordaram da sua opinião.
      Já ouviu falar em democracia? Não quer que critiquem o que escreve, não permita que leiam e opinem.
      E se se sentem tão incomodados com opiniões anônimas, dêem um jeito de tirar essa opção, porra.
      Sofia.

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    7. O negócio do Felipe é aparecer!

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  25. Grande texto, Felipe. Ri demais com o epíteto "The German". Muito bem sacado.

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  26. Vamos ao que interessa,temos 4 anos para aprender, temos o Felipe que é o maximo e ainda não foi boicotado para nos fazer rir da merda feita.....segue o bonde....se quer comprar para ajudar o zequinha? vai na camiseta das voluntárias que há anos são anjos lá dentro, campanhas solitárias e de grande ajuda.

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  27. Sobre os 15 minutos, os anônimos das 13:10 e 13:56 já responderam bem.

    Sobre a venda de camisetas, me parece ir contra o que o próprio autor escreveu em outro post, "Fazer pouco e fazer muito": http://www.chuvaacida.info/2013/03/fazer-pouco-e-fazer-muito.html

    Que tal fazermos algo melhor?

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    1. O Felipe pelo jeito anda fazendo pouco, só gritando por trás da tela do computador... E aí Felipe? Vamos arregaçar as mangas? Faça uma campanha melhor então, ou achas que é fácil mobilizar uma sociedade assim do dia para noite?
      Brincadeira criticar uma campanha para o bem de um hospital, bem a cara da esquerda brasileira, onde são capazes de tentar melar campanhas beneficentes para justificar suas ideologias baratas!

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    2. Eu vou fazer de conta que todos somos movidos por boas intenções, nunca por segundas. Seres humanos em geral "nunca" são interesseiros.

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    3. Anônimo das 12:53, muito sensato. Parabéns! Vi pouca sensatez e muito fanatismo nessa publicação.

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  28. Parabens ai galera muito bom vçs ficarem de alerta e por na midia o que tá atraz dos bastidores até porque o povao nem toma parte de nada, só sente quando nao tem atendimento no hospital, falta escola, remedio nos postinhos nao dao direitos de Leis que favorecem o cidadao em descontos na conta de agua e ficam se fazendo de desentendidos para nao dar o direito que já ta consedido por Lei, temos uma Lei de 2007 que onde tem enchente o cidadao tem descontos na conta de agua por conta da limpeza e gastos extras que tem para isto, só agora nao estao concedendo, tentam convencer que a Lei nao existe, fazem cidadao correr p todoas secretarias em reunioes interminaveis que ninguem descide nada, estao fzendo um descenviso publico, perdidos...inlegais...e para ser bem sincera, nao vao fazer nada neste mandato...só um trampolim p proxima eleiçao do Luiz Henrique acreditem!

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  29. O funcionário publico de carreira Joinvillense é mal acostumado. Uma pessoa trabahar 6 horas por dia é uma falta de vergonha na cara. Quase toda a Europa está na merda que está por que começou assim. A Alemanhã não está na merda por que não fez assim. Se eu fosse funcionário público eu faria greve para exigir que eu trabalhace 8 horas por dia. Se eu fosse funcionário público de carreira eu sentiria vergonha de não lutar por um funcionamento melhor de toda a máquina municipal. Para conseguir mehores salários (pago do meu bolso, inclusive) fazem greve sem ter medo de expor a cara. E por qual motivo não fazem greve por melhores condiçoões de trabalho? Ser funcionário público não é o exercício doe um direito de quem passa em um concurso, é sim um dever que o cidadão se impõe ao assumir seu cargo. Não votei no UDO, mas se ele continuar esse processo de moralização do serviço público municipal, vai ganhar no mínimo um fã!

    Nelsonjoi@bol.com.br

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    1. Se me permitem, vou fazer uma constatação. Quando o Nelson diz que a Europa começou assim não deixa de ter razão. Hoje os governos europeus (como Portugal, Espanha ou Grécia, por exemplo) não estão preocupados em cortar direitos do funcionalismo público, mas sim privilégios. É duro dizer isso e sei que muita gente da esquerda não vai gostar. Mas nesses países os servidores públicos ganham, em média, mais que os do setor privado. E é o setor privado que tem feito mexer a economia. O grande problema da crise na Europa é que os estados não conseguem cortar nas despesas. E parte muito expressiva desse problema é não poderem demitir funcionários públicos (ou reduzir salários e privilégios), porque estes têm estabilidade garantida por lei. Eis o drama que parece inconciliável: o estado pesado é a causa do problema, mas com a economia a desacelerar só perdem emprego os que estão na iniciativa privada. Fiquem atentos, porque é uma questão de racionalidade econômica.

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    2. Emprego público deveria ser como na iniciativa privada. Não trabalhou, não rendeu? rua! E sem conversa.

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    3. Nelson,
      Primeiro: não esqueça que o nosso salário é proporcional às 6 horas que trabalhamos, não tenho a menor restrição em trabalhar 8, 10 ou 12 horas, desde que paguem por isto;
      Segundo: Também acho que o inchaço da maquina pública pode gerar problemas como os vividos na Europa, mas isto não é culpa dos funcionários públicos;
      Terceiro: uma grande parte dos funcionários da PMJ, como é o meu caso, saímos às 14 e assumimos uma segunda jornada de trabalho em outro local e atividade para podermos viver com o mínimo de dignidade.
      Finalmente, tenha respeito por nós e tente achar outros culpados pelas suas frustrações.

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    4. Anônimo das 12:31, tenho a lhe dizer que conheço uma pá de gente que quer fazer o concurso para trabalhar na prefeitura. Eles sabem do salário, mas daí tem as licenças sem renumeração(que podem ser solicitadas depois de certo período - sei disso porque um amigo se beneficiou disto e foi trabalhar nos EUA) as folguinhas (que o Udo andou cortando).
      Dai todo esse inchaço, concursados que se licenciam, temporários terão que os substituir.
      Ah, também tem alguns professores que dão uma de louquinhos para ficar em repouso.
      Se todos fossem pelo menos 99% corretos, a máquina andava.
      Claro, tem os que realmente vestem a camisa, eu conheço alguns... Mas a maioria não tá nem aí.

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    5. Cara, para toda conduta existe um desvio, e existem formas de prevenir ele. Não é só na PMJ que existem licenças não remuneradas, atestados e funcionários folgados. Mas existem mecanismos de coibição disto assim como na iniciativa privada, e para isto é só ter vontade de resolver o problema, não precisa ameaçar e nivelar por baixo todo mundo.

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    6. blablabla, todo mundo sabe que quando no grupo um comete um erro, todos pagam. Tai uma boa dica para o funcionalismo, que cobrem mais dos seus compaheiros de trabalho.

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    7. toma um figatil meu nêgo, nossa!

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  30. Felipe, embora tenha gostado da forma do seu texto, não gostei do conteúdo.

    1) A campanha da ACIJ foi idealizada por um diretor novo, que nunca esteve participando da ACIJ. Talvez antes a ACIJ não tivesse essa sensibilidade. Há também, por parte deles, a confiança de que nesta gestão vale mais a pena emparceirar o público e o privado porque o público terá mais eficiência. É claro que o fato de o prefeito ser o Udo ajudou e muito na hora de tomar a decisão da campanha. De toda forma, acho a campanha bacana e espero que ajude a resolver o problema do HMSJ.

    2) A questão dos 15 minutos é, ao meu ver, acertada. Enquanto trabalhei sem cargo de confiança no Banco do Brasil, minha carga horária era de seis horas diárias mais quinze minutos de lanche. Ou seja, ficávamos das 08h às 14h15, por exemplo. Não é ideia da cabeça do novo prefeito. Há ainda que se considerar que o decreto onde ele embasou o seu comunicado é de 2006, gestão Tebaldi, ele está apenas fazendo cumprir. E por fim, como a própria secretária de gestão de pessoas disse, só se quer coibir abusos, como trabalhar seis horas por dia e fazer uma hora de almoço. Os servidores não serão tratados como máquinas que trabalham seis horas a fio sem nenhum minuto de intervalo.

    3) Sobre a proposta do vereador James Schroeder, gosto da ideia. Álcool é droga, e assim como proibimos o cigarro em locais públicos, não vejo porque não proibir o consumo de álcool na rua. Álcool é um problema sim. Então, não tenho 100% de certeza se sou favorável à proposta, mas sem dúvida sou simpático.

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    1. Me decepcionei com as três visões/opiniões suas Gui. E olha que eu te admiro MUITO.

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    2. Por que se decepcionou? Pra mim foram o pouco de luz, de vida inteligente nessa publicação. Concordo com tudo, ipsis litteris. Se você dissesse os motivos de não ter gostado, poderíamos fazer um bom debate e construir ideias.

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    3. Ô vida inteligente, desce mais um pouco e verás alguns dos argumentos para suas indagações

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  31. Vamos por partes, Guilherme:

    1-) Campanha da ACIJ para ajudar o São José é demonstração de sensibilidade? Cacete, os caras não fizeram venda de camisetas quando meteram a mão no bolso para doar alguns milhares a campanha do Udo, mas querem que os joinvilenses comprem camisetas - eu preciso repetir, porque até parece piada - comprem camisetas para ajudar um hospital público que há anos está à beira da falésia? E acham que isso é demonstração de sensiblidade?

    2-) Mudou o quadro de servidores da PMJ ou os agora vagabundos que ameaçam paralisar as atividades são os mesmos que, na gestão do Carlito, tiveram sua greve transformada em espetáculo mídiático para que se pudesse provar, com ela, a incompetência da gestão petista?

    3-) Sim, álcool é um problema. E dependendo da perspectiva em que se o olhe, um problema de saúde pública. Mas proibir é consumo de álcool na rua é, além de um moralismo babaca (embora bastante coerente com a vibe conservadora que anda a rolar país afora), uma generalização burra: infantilizar cidadãos, todos os cidadãos, não resolve nada, porque não vai ao cerne do problema. Na melhor das hipóteses, toca-o superficialmente.

    Mas afinal, ultimamente parece ser para isso que, no Brasil, elegemos nossos governantes: para que nos tratem como imbecis.

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    1. 1 - E ficarem parados, seria positivo? Para todos é muito mais cômodo ficarem parados, sem fazer nada, do que tentar vender camisetas. Mas o povão reclamador adora uma baderna e acha problema em tudo...

      2 - A paralisação ameaçada na véspera de um feriado com a desculpa de que não poderão mais ficar 1 hora no café não me parece prova de incompetência da atual gestão.

      3 - Vender maconha na rua também deveria ser liberado. Seria uma tentativa de infantilizar quem já tem a mente formada e poderia comprar sem maiores problemas.

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  32. Vou ter de sair do bar para fumar meu cigarrinho na calçada e depois voltar para dentro para tomar minha cervejinha.
    Muito bom... Pena que a cerva esquenta.

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  33. Tirar os 15 minutos de todos porque alguem faz uma hora de parada pra almoço é uma generalização. A mesma ideia que funcionário público é vagabundo, que corintiano é bandido, que que alemão é nazista, que que jamaicano é maconheiro, etc. Não seria mais lógico descobrir quem faz isso e punir severamente quem toma as atitudes erradas, tirar as laranjas podres e deixar quem quer trabalhar? Será que não existe um sadismo nessa atitude, em querer punir a todos pelos erros de alguns?

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    1. É isso aí, André. Se é sadismo, eu não sei. Mas me parece a pegada do arrocha chegou em Joinville. Ao invés de combater o problema, pune todo mundo, gera insatisfação.

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  34. RESPOSTA AO DR. Clóvis Gruner (Doutor em História pela UFPR)

    Sr. Clovis Gruner, vamos elevar o debate referente a proibição de bebidas em logradouros públicos no município de Joinville, principalmente pela sua formação, pela profissão que exerce e por você mesmo ter alertado que não conhecia o projeto (seu teor, suas limitações e suas intenções).

    Utilizar termos agressivos durante seu discurso e sua tentativa de desmoralizar uma ação do Poder Legislativo de Joinville, considero ambas não condizer com sua formação acadêmica.

    Suas Palavras:

    (...)Não conheço a íntegra do projeto do vereador, mas acho a ideia boba, seja aqui ou na Austrália.

    (...) Sim, álcool é um problema. E dependendo da perspectiva em que se o olhe, um problema de saúde pública. Mas proibir é consumo de álcool na rua é, além de um moralismo babaca (embora bastante coerente com a vibe conservadora que anda a rolar país afora), uma generalização burra: infantilizar cidadãos, todos os cidadãos, não resolve nada.

    (...) Mas afinal, ultimamente parece ser para isso que, no Brasil, elegemos nossos governantes: para que nos tratem como imbecis.

    Utilizando de sua TESE digo:

    Quando falar em conservadorismo não a compreenda como algo ruim a sociedade, por exemplo, venho de uma formação familiar conservadora onde o respeito ao próximo é basilador em minhas ações na sociedade. O projeto de Lei que você chamou de “boba”, “moralismo babaca” tem sido debatido pelo Mundo e diversas teorias apontam como sendo uma ação de combate a diversos males sociais na “CAUSA” e não no “EFEITO”. Está certo que a Lei leva a margem parcela da sociedade. Mas isso será discutido em “Audiência Pública”.

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  35. CONTINUAÇÃO RESPOSTA AO DR. Clóvis Gruner (Doutor em História pela UFPR)



    O passado nunca more. Ele nem sequer é passado.
    William Faulkner

    “Uma reflexão proposta por Michel Foucault nos anos de 1970, para quem as margens “não são marcadas pela fronteira da exclusão: elas são os espaços discretos e ensurdecidos que permitem ao perfil mais honroso se estender, e à lei mais austera se aplicar”. Para o filósofo francês, as “margens” e os “marginais” que as habitam são parte necessária e essencial do que ele chama “teatro da delinquência”:
    “Para que a lei possa valer comodamente em sua violência secreta, para que a ordem possa impor coações, é preciso que haja, não nas fronteiras exteriores, mas no próprio centro do sistema, e como uma espécie de jogo para todas as suas engrenagens, essas zonas de “perigo” que são silenciosamente toleradas, e depois magnificadas pela imprensa, pela literatura policial, pelo cinema”. FOUCAULT, Michel. Prefácio (in Jackson). In.: Estratégia, poder-saber. (Ditos & escritos IV). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003, p. 148.”


    EM SUA TESE você alerta que:


    Nas sociedades contemporâneas o significado do desvio em geral e do crime em particular, está ligado ainda ao “modo pelo qual determinada sociedade percebe, representa e valoriza a singularidade individual, produzindo e reproduzindo sua estrutura através da incorporação de processos ou mecanismos de singularização”, segundo Sérgio Carrara. Para o antropólogo carioca, sem ser necessariamente politizado, o ato transgressor “parece implicar sempre um processo de diferenciação, de particularização, daquele que transgride”.

    Colocado, voluntária ou involuntariamente, fora dos padrões morais e regras de conduta que organizam e regem a vida social, o desviante “ultrapassa uma fronteira que deveria ser instransponível e assim se destaca – ou é destacado – dos demais, distanciando-se e separando-se deles”. A profusão de leis, códigos e regimentos a tentar ordenar e disciplinar a vida urbana; o aumento e modernização do aparato policial; e as instituições penais, com sua tendência à massificação e padronização, representam parte de um esforço cujo objetivo mais óbvio e imediato é neutralizar e eliminar o risco da instabilidade e da desordem representado pelo comportamento transgressor.

    Vejo o projeto de Lei como “parte de um esforço” que sozinho não trará soluções imediatas, este projeto de Lei não foi apresentado exclusivamente para resolver os problemas de consumo de bebida alcoólica entre os adolescentes, resolver os problemas de acidentes de trânsito e nem para resolver todas as questões de criminalidade em Joinville. Sabemos que não adianta só proibir, devem ser implementadas estratégias adicionais a curto e a longo prazo, a medida de proibição deve vir acompanhada de políticas públicas e adesão da comunidade, por isso a necessidade de uma audiência pública.

    Estou a disposição para conversarmos sobre o assunto e deixo aqui meu e.mail pessoal:
    Jonathas_souza@terra.com.br

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    1. hummmmm....comissários and assessores detected.....

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    2. Este tiro o Udo mais uma vez deu no próprio pé. O comunicado da PMJ e as matérias que se sucederam disto na imprensa já dão o tom de desorganização entre Gabinete, Comunicação e Gestão de Pessoas.
      Primeiro comunicam que os 15 minutos foram cortados e não haverá mais espaço para preparo de alimentos. Depois vem com uma conversa de que o intervalo deve ser racionalizado por muitos, otimizando o pouco tempo que disponibiliza. Depois falam que os espaços para preparo de alimento também devem ser utilizados de forma mais organizada e sem exageros. E por ultimo remetem aos Secretários e às gerencias a palavra final sobre isto.
      Em suma, poderiam ter trabalhado esta questão de forma mais direta, democrática e discreta com os servidores, sem ter que queimar mais uma vez o filme.

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    3. Peraê. Usando Foucault para legitimar um cerceamento de liberdade? Hummm... tenho dúvidas.

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    4. Olá, Jonathas.
      Vamos por partes, como diria Jack.

      1-) E eu começo pela mais simples. Não vejo muita relação entre titulação acadêmica e o uso de expressões, para usar seus termos, “mais agressivas”. Aliás, eu falo muito mais palavrões do que deveria ou gostaria, normalmente. Acho sim que há contextos em que tais expressões são cabíveis e outros em que não. Em um texto acadêmico ou na sala de aula, não fica bem usá-las; na caixa de comentários de um blog, não vejo problema algum. Principalmente, não vejo problema em dizer que nossos governantes e governos, via de regra, nos tratam como imbecis – o que não é a mesma coisa de dizer que somos, todos, imbecis.

      2-) Eu também fui criado em um ambiente conservador e o sou em alguns aspectos. Sei lá, meu filho não assiste determinados programas na televisão, gosto que ele diga sempre “obrigado” e “por favor” e o educo para fazer o que é certo – não mentir, por exemplo – e respeitar a todos, sem distinção de idade, gênero, orientação sexual, etnia ou credo religioso. Mas não era a este conservadorismo que me referia, mas a esta verdadeira erva daninha que está a tomar conta da nossa vida pública e, em nome de deus, da tradição, da família ou de sabe-se lá o que mais, espalha ódio, o medo e a intolerância. Pelo teor de sua escrita, creio que não é este o seu caso. Nem tampouco o meu.

      3-) Sobre o projeto do vereador James Schroeder. Você está certo em me cutucar por emitir uma opinião, mesmo que superficial, sobre um projeto cujo teor desconhecia. Aí fui atrás para saber algo mais sobre o assunto. Li duas ou três coisas publicadas na imprensa, visitei a página do vereador no Facebook e acessei o projeto, disponível na íntegra, como você já deve saber, na página da Câmara de Vereadores.

      4-) Sobre os comentários na imprensa e na página do vereador no Facebook, alguns detalhes mais ou menos sutis me perturbaram particularmente: a ênfase dada a Zona Sul da cidade em duas das matérias que li – não sei sua idade, nem onde você mora aí em Joinville, mas na minha infância e adolescência o sul da cidade foi sempre objeto de estigmas os mais diversos –, mas permitir o consumo livre em eventos destinados principalmente aos que vivem na “bolha”, tais como o Stammtisch; a generalização grosseira, que tende a tratar todo jovem, e todo jovem que bebe, principalmente, como um desordeiro em potencial (“A iniciativa é para coibir que “esquentas” e bebedeiras virem perturbação do sossego, incentivo ao vício aos jovens”, li em uma das matérias de “A Notícia”); e, enfim, a justificativa dada pelo próprio vereador a um de seus eleitores (suponho) no Facebook: “A lei não tem por objetivo tirar o direito de ninguém, muito pelo contrário, a ideia é garantir o direito das pessoas de bem, de ir e vir com segurança.”

      (...)

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    5. (...)

      Veja, eu não quero transformar esta resposta em um ‘post’ do “Chuva Ácida”, mas o comentário do vereador reforça a sensação que tive mesmo antes de conhecer a lei: ela é simplista, além de moralista, demagógica e de inspiração autoritária. Se é para “garantir o direito das pessoas de bem” (olha a generalização de novo aí: implícito à frase está a ideia, mesmo que não tenha sido a intenção do vereador, de que quem bebe na rua, jovem ou não, em aglomeros ou sozinho, não é uma “pessoa de bem”), então proibir que se beba na rua não chega nem mesmo a roçar o problema, como eu havia dito antes. Há outras medidas, mais urgentes e necessárias, para se resguardas o “direito das pessoas de bem”: assegurar o acesso ao lazer; democratizar a produção e circulação dos bens culturais; desenvolver campanhas de conscientização sobre os riscos e males do consumo de drogas, inclusive e principalmente o álcool, droga das mais consumidas, com a conivência dos poderes públicos; chamar a população, principalmente dos bairros, a participar de decisões que dizem respeito à sua vida cotidiana; criar polícias desmilitarizadas que vivam o dia-a-dia das comunidades pelas quais são responsáveis, ao invés de simplesmente atuarem com vistas a assegurar, retroativa e quase sempre repressivamente, a “ordem pública”, etc...

      Em uma das edições de “A Notícia” sobre o assunto, Belini Meurer sintetiza em uma frase (ele deve ter falado bem mais que uma frase, mas o editor preferiu citá-la e dar quase meia página a um oficial da PM; neutralidade jornalística é isso) parte do que eu penso sobre o assunto: “A lei também não vai impedir que o cidadão beba no bar e volte bêbado para casa”. Segundo Belini, há uma tendência a se achar que apenas leis resolvem o problema. Mas elas não apenas caem no esquecimento, como em alguns casos tem uma eficácia quase nula, além de um viés autoritário: o problema existe, as medidas que poderiam minimizá-lo são difíceis e levam tempo, então opta-se pela via da lei, pela proibição pura e simples.

      Ela não educa, não muda comportamentos, não diminuirá a violência e a desordem (as pessoas não poderão mais beber na rua, o que não quer dizer que não sairão mais à rua bêbadas). Mas ela desloca o problema para os bairros, principalmente os da periferia, onde a ação policial tratará de assegurar seja lá o que se entenda por “ordem pública”. E como o que os olhos não vêem o coração não sente, é bastante provável que o vereador consiga assegurar a reeleição com os votos dos “homens de bem” na próxima eleição.

      E enfim, achei muito bacana você ter tido acesso a minha tese e tê-la usado, ou partes dela, na discussão. Mas muitíssimo em linhas gerais, no trecho que você menciona tento, justamente, mostrar o quanto a produção da delinquência e do desvio são parte daquilo que um sociólogo americano chamou de “empreendimento moral”, nada tendo de natural. Não sei o quanto você já leu dela, mas eu me diverti bastante escrevendo-a e espero que você também goste de lê-la, se decidir encarar o resto do trabalho.

      PS.: Bom, eu acabei por transformar esta resposta em um 'post'.

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    6. Oi José Baço. O que se precisa analisar é se no momento atual da sociedade a Lei vai cercear a liberdade ou garantir a liberdade.

      Ai é o ponto em que só uma audiência pública poderá dizer.

      1 - Não quero ser totalmente afirmativo, mas talvez a liberdade das pessoas de ir e vir por praças, ruas e outros ambientes públicos estejam limitadas quando um grupo se reúne para ouvir som em seus carros e beber sem controle.

      2 – Talvez essa liberdade de alguns esteja constrangendo a liberdade de muitos.

      Caso real: Uma senhora de idade mora em frente um ponto de ônibus onde aos finais de semana um grupo se reúne por diversas horas, madrugada adentro, tomando cerveja e conversando alto. Eu acredito que esse casal de idosos perderam totalmente sua liberdade.


      Volto a ressaltar. A sociedade precisa dialogar e decidir se a lei irá realmente provocar um cerceamento de liberdade ou garantir direitos. Sempre um grupo ficará a margem.

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    7. Olá Clovis!

      Muito boa as considerações que você fez sobre o projeto. Show!

      Sua Tese é um excelente trabalho acadêmico e ainda estou apreciando. Difícil é compreender o sujeito descrito na obra de Foucault e sua relação com a Liberdade. rs

      A fragmentação do sujeito dentro de aspectos relacionados a sociedade são conflitantes. A liberdade só pode existir em oposição a um poder, a poderes, pois o poder não impede a liberdade, limita-a.

      Concordo com todas as ações descritas de:

      “assegurar o acesso ao lazer; democratizar a produção e circulação dos bens culturais; desenvolver campanhas de conscientização sobre os riscos e males do consumo de drogas, inclusive e principalmente o álcool, droga das mais consumidas, com a conivência dos poderes públicos; chamar a população, principalmente dos bairros, a participar de decisões que dizem respeito à sua vida cotidiana; criar polícias desmilitarizadas que vivam o dia-a-dia das comunidades pelas quais são responsáveis, ao invés de simplesmente atuarem com vistas a assegurar, retroativa e quase sempre repressivamente, a “ordem pública”, etc...”

      O Poder Legislativo tem o dever de cobrar, fiscalizar, indicar alternativas, destinar recursos na Lei orçamentária de grande parte dessas ações, mas os vereadores não podem executar.

      Sou um pesquisador e apaixonado pelo ambiente legislativo, por isso da minha angústia em proteger essa Instituição Democrática. Sonho com dias melhores em nosso modelo educacional e dias melhores para nossa sociedade que vem se tornando a cada dia refém dentro de suas casas devido a falta de políticas públicas e ações tão bem descritas por você.

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    8. Olha, Professor, eu não quero discutir se a lei é boa ou má. Tenho a minha opinião e ela não é sujeita a sufrágio. Só entrei na discussão por achar indevido o uso de Foucault para validar uma tese, quando na verdade o trabalho dele aponta para outro lado. Mas o professor és tu e eu estou aqui para aprender.

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  36. por isso que o brasil nunca vai pra frente, tem um mané como você postando merda.
    tudo bem os servidores não terem intervalo eu discordo,ok.
    mas agora bebida nas ruas ser proibido tu ta discordando porque?
    meu caro, to morando na europa e aqui não pode merda nenhuma de bebida na rua, outra não pode ser vendido bebida alcolica depoois das 10 também. aqui não se ve um bebado na rua, não vi nenhuma vez um assalto aqui ainda e poucas vezes ouvi falar de casos passsados. E outra brasileiro é tudo porco, quantos lugares que a noite são alvo de uns merdas que bebem (nada contra quem bebe, pois eu bebo também) continuando, que bebem e deixam a porra da latinha, garrafa e toda a sujeira no chão pro trouxa do proprietario limpar?????
    Tem que proibir mesmo, tinha que proibir muita coisa ainda, por isso que o brasil nunca sai do lugar, de repente com atitudes como essa outras cidades tomam como exemplo, e talvez melhores atitudes de brasileiros porcos.

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    1. Você é o tipo de perturbado ao qual eu me refiro quando falo de gente com problemas.

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    2. Felipe, o anônimo das 16h28 está certo: na Europa não tem bêbado na rua. Tudo bem, tem aqueles meninos, os tais dos hooligans. Ah! E tem um supremacistas brancos de cabelo raspado, os tais skinheads. Mas bêbados, isso não, de jeito nenhum.

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    3. É isto aí anônimo perturbado, tem mais é que proibir também bancos em praças, e por que não as próprias praças também?!!

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    4. Só não sei em que Europa o cara tá morando. Porque em todos os países onde já estive neguinho carca da caña. Aliás, uma das coisas mais bonitas na Holanda, por exemplo, é os caras saírem do trabalho e irem para os parques tomar um copo de vinho com os amigos, sentados na relva. Ah... e trazem o vinho nas suas bicicletas.

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    5. Já não discuto mais com maluco desse naipe. Maluco, mentiroso e cretino.

      Só discuto com outros tipos de malucos.

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    6. Só discute com maluco, fanático e sem noção. Se identifica melhor.

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  37. Felps esse teu texto me fez recordar alguns fatos, mas, sair por aí dizendo "eu já sabia" não adianta nada. Kkk
    Agora os comentários do texto são um caso a parte. Podem render boas crônicas.
    Sucesso meu velho.

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  38. Este texto é a famosa "oposição a qualquer custo" para se aparecer... Mais podre que a imprensa marrom, "Caros Amigos", "IstoÉ", "Veja", "Carta Capital" e todo tipo de imprensa hipócrita e tendenciosa!

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  39. E aí? Udo calou a boca de todo mundo, pronto!

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