POR OTANIR MATTIOLA
No
processo eleitoral de 2012 em Joinville, tínhamos cinco opções para escolher. Vou
aqui manter o foco em quem obteve êxito e chegou à direção de nossa cidade a
partir de 2013. Perfil de administrador, pulso firme, trabalhador, experiente
por sua idade e trajetória como diretor de uma grande empresa em Joinville, presidente
do conselho de um hospital particular, presidente da maior associação
empresarial da cidade. Com este perfil, a equipe de marketing transformou-o em
alguém perfeito para resolver os problemas de Joinville.
Pois
bem. Alcançado o sucesso eleitoral chegou a hora de trabalhar por Joinville.
Mas na hora de trabalhar que o marketing não funciona mais. Ou as coisas acontecem
ou a população começa a ficar insatisfeita, as reclamações começam a aparecer e
o que era perfeito na fantasia vai se transformando em realidade e decepção. Não
vou dizer aqui que nada foi feito, pois estaria sendo injusto. Porém, se
compararmos o que foi prometido para até este momento com o que esta realmente acontecendo,
talvez com muito esforço chegaríamos a 30%.
Quero,
portanto, chamar a atenção para o que foi a sua principal marca de campanha: a
gestão. Talvez esta tenha sido a grande ilusão do eleitor de Joinville, que acreditou
que um homem com perfil de gestor privado pudesse realizar gestão pública.
Partindo do princípio que em “gestão privada você faz tudo o que a lei não
proíbe; gestão pública você faz tudo o que esta autorizado em lei”, concluímos
que Joinville elegeu um prefeito inexperiente em gestão pública.
Talvez
seja por isso que os seguintes fatos que vou citar a seguir estão acontecendo
em nossa cidade:
1.
O simples ato de desativar iluminação antiga de uma praça e demorar mais de uma
gestação para implantar a nova;
2.
Não ter calendário escolar definido no início do ano, causando dificuldades
para pais e professores se programarem;
3.
Fechar o restaurante popular para reforma sem que a reforma esteja autorizada, prejudicando
milhares de pessoas que necessitam;
4.
Cancelar licitação de produtos da agricultura familiar às 21h05 do dia anterior
à abertura dos envelopes, fazendo muitos agricultores de idiotas;
5.
Licitar 130 maços de espinafre para entregar em 179 escolas, ou seja nem um
para cada escola;
6.
Executar 6,5 km de asfalto no primeiro ano de mandato, quando prometeu 75 km é
uma quebra de palavra;
7.
Deixar Unidades de Pronto Atendimento à Saúde - UPAS sem médicos de plantão é falta
de respeito aos pacientes;
8.
Permitir que o estacionamento rotativo fique desativado há mais de um ano (e o
comercio que se vire). Bem, neste ponto o CDL não está reclamando;
9.
Desativar os radares para controlar o trânsito, aumentando o número de
acidentes;
10.
Permitir que número de lâmpadas queimadas passe de duas mil na cidade;
11.
Pacientes somem da lista de espera para exames e consultas na saúde;
12.
Crianças que ficam sem vacinação no dia D, por falta de comida para quem estava
trabalhando.
Frente a todos estes acontecimentos, ainda lançam
uma campanha de que estão trabalhando para Joinville ter mais? Só se for mais
buracos, acidentes, insegurança, pessoas sem atendimento na saúde etc. Enfim, pergunto: o que esta faltando na prefeitura é
gestão ou competência? Se não for isso, deve estar faltando é respeito pela
própria palavra.