terça-feira, 4 de junho de 2013
Imagens chocantes de ritual hindu
POR ET BARTHES
Atenção. Estas imagens de um ritual hindu são chocantes, mas precisam ser divulgadas para mostrar o nível de barbárie que ainda existe no planeta. Se for suscetível, recomendamos que não veja.O vento está mudando
POR JORDI CASTAN
Os ventos estão mudando. O bom marinheiro é capaz de antecipar as mudanças e ajustar as
velas. Não saber ler as nuvens, perceber as mudanças na cor no céu e saber a calmaria que
antecede a mudança pode ser um erro caro. Mais que caro, desastroso.
Em poucos dias temos
acompanhado o corte de mais de uma centena de árvores em Porto Alegre, em nome da Copa da Sustentabilidade. E temos o corte
de outras árvores em Biguaçu, para um novo loteamento, em Sorocaba, em São Paulo e em dezenas de outras cidades
pelo Brasil afora. É como se o pais tivesse sido acometido de uma furia devastadora e prefeitos e governadores sofressem ataques compulsivos de dendrocídio.
Se cortam hoje mais árvores que antes? Provavelmente não. A facilidade com que o poder público justifica o corte de árvores em nome do progresso, do desenvolvimento e do crescimento econômico é diretamente proporcional ao seu nível de ignorância ambiental e de falta de sensibilidade.
Se cortam hoje mais árvores que antes? Provavelmente não. A facilidade com que o poder público justifica o corte de árvores em nome do progresso, do desenvolvimento e do crescimento econômico é diretamente proporcional ao seu nível de ignorância ambiental e de falta de sensibilidade.
Em Joinville tivemos
alguns episódios lamentáveis, o desastrado projeto do Boulevard Cachoeira, que
pretendia converter a margem do rio num muro de concreto, sem sombra e sem vegetação. Nem é preciso comentar. O pedaço que foi executado frente à
prefeitura é um monumento a incompetência e permanece exposto para não nos
deixar esquecer. O corte das arvores da rua XV foi outra ação intempestiva e
mal planejada que deixou o centro da cidade também sem sombra e sem arvores e que
ainda hoje é uma sucessão de trapalhadas. Daquelas que só alcançam a absoluta
perfeição quando conduzidas, planejadas e executadas pelo poder público. Acha
que estou exagerando? Veja as imagens e
depois me diga se há exagero da minha parte ou estamos frente ao suprassumo da incompetência
sambaquiana?
Neste final de semana
mais de 100.000 turcos saíram as ruas para protestar contra um projeto imobiliário
que quer acabar com a praça Taksim, um dos poucos espaços verdes que ainda
sobrevivem em Istambul, formando parte da antiga caserna que hoje forma o Gezi
Park. Os protestos acabaram se espalhando pelo país e o que iniciou como um
movimento em defesa de um espaço verde ameaçado pela especulação, se converteu
num evento de proporções maiores.
Em Joinville é pouco provável que surja
um movimento para abraçar o 62 BI e pedir que seja convertido num parque
urbano. O Joinvilense não tem voz, não se mobiliza para defender os seus
interesses e depois acaba só resmungando pelos cantos e a boca pequena quando a
cidade perde um pouco mais do seu verde, quando o sol desaparece mais cedo
porque surgiu um espigão aonde antes tinha um quintal com poucas árvores.
Mas o
vento esta começando a mudar e como na musica de Bob Dylan, A hard rain is a-gonna fall
“Oh, where have you been, my blue-eyed son?
And where have you been my darling young one?
I've stumbled on the side of twelve misty mountains
I've walked and I've crawled on six crooked highways
I've stepped in the middle of seven sad forests
I've been out in front of a dozen dead oceans
I've been ten thousand miles in the mouth of a graveyard
And it's a hard, it's a hard, it's a hard, and it's a hard
It's a hard rain's a-gonna fall. “
And where have you been my darling young one?
I've stumbled on the side of twelve misty mountains
I've walked and I've crawled on six crooked highways
I've stepped in the middle of seven sad forests
I've been out in front of a dozen dead oceans
I've been ten thousand miles in the mouth of a graveyard
And it's a hard, it's a hard, it's a hard, and it's a hard
It's a hard rain's a-gonna fall. “
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Anormais, imbecis, idiotas, panacas, cretinos, energúmenos...
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Eu juro que não queria voltar ao tema. Mas às
vezes surgem coisas tão imbecis que não dá para passar batido. Quem viu a
imagem aí ao lado percebeu do que estou a falar. Tem gente querendo suspender o
direito de voto dos beneficiários do Bolsa Família. Putz. Estarei a ser duro
demais ou essa é uma das coisas mais estúpidas que apareceram nos últimos
tempos?
Fico aqui a pensar. Quem foi o gênio a parir
esse disparate? Quem teria a cara de pau de levar essa proposta a público? E,
por fim, quem daria apoio a uma babaquice desse calibre? O pior, leitor e
leitora, é que a coisa já tem mais de 4 mil partilhas na rede do Mark
Zuckerberg. Pode parecer apenas uma piada de mau gosto, mas a coisa é seria.
Porque os caras estão com saudade de uma ditadura à moda antiga.
Tem gente acreditando que a supressão do voto
dos mais pobres torna as eleições mais justas. Faz sentido. Sem essa sujidade que
são os votos dos desvalidos, a sociedade pode eleger governos como todos os
governos deveriam ser: a pensar nos mais abastados e feito por políticos que
estão cagando e andando para os pobres. Afinal, o país sempre foi melhor quando
as coisas estavam no lugar certo: os pobres eram pobres para toda a vida e essa
era a ordem natural das coisas. Fala sério.
Aliás, não resisto e dou uma ideias para
melhorar o processo. Por que não impedir o voto dos negros? Por que não impedir
o voto dos homossexuais? Porque não impedir o voto das mulheres? Por que não
impedir o voto dos torcedores do Corinthians? De impedimento em impedimento,
vai sobrar pouca gente para votar. Ou seja, só votam o idiota que teve a ideia
e a multidão de idiotas que acreditaram nela e espalharam.
Sério, gente? No Brasil há pessoas que acham a
suspensão da democracia uma boa ideia? Ah... e com o requinte de suspender a
democracia apenas durante as eleições. É uma ideia tão estapafúrdia que não
sinto a menor vontade de discutir com argumentos do mais elementar bom senso. A
racionalidade é impossível e não vou desperdiçar o meu latim.
Esta parece ser uma daquelas situações em que
só um montão de xingamentos serve de argumentos ajuda a extravasar a indignação:
seu anormais, imbecis, idiotas, panacas, cretinos, energúmenos, patetas, parvos,
estúpidos, pacóvios, lorpas, atrasados, apoucados...
domingo, 2 de junho de 2013
Cremar e rezar, Joinville precisa avançar
POR FABIANA A. VIEIRA
A controvérsia da instalação do crematório em Joinville
mistura alguns preconceitos e a falta de um debate desarmado sobre o
planejamento da nossa cidade.
De uma parte, temos aqueles que não querem a cremação. Por fundamento religioso ou pura ignorância descartam a incineração como alternativa para o destino final de um corpo inerte. Preferem a ritualística secular de enterrar o corpo, mesmo que depois do lacre da urna não mantenham mais nenhum contato com o dito cujo. Mas é obrigatório e sensível reconhecer, que o velório e o sepultamento são práticas das mais reveladoras do sentimento verdadeiramente humano. Dignificar a morte é homenagear a vida, diriam os filósofos. O pacto entre gerações se completa com uma morte acolhida com dignidade.
De uma parte, temos aqueles que não querem a cremação. Por fundamento religioso ou pura ignorância descartam a incineração como alternativa para o destino final de um corpo inerte. Preferem a ritualística secular de enterrar o corpo, mesmo que depois do lacre da urna não mantenham mais nenhum contato com o dito cujo. Mas é obrigatório e sensível reconhecer, que o velório e o sepultamento são práticas das mais reveladoras do sentimento verdadeiramente humano. Dignificar a morte é homenagear a vida, diriam os filósofos. O pacto entre gerações se completa com uma morte acolhida com dignidade.
Temos também aqueles que desconfiam da fuligem e dos gases
tóxicos da queima e se opõem, com convicção, a permitir que sua família e a
vizinhança sejam disseminadas por uma fumaça de teor imprevisível e não sabida.
E temos aquela situação em que o crematório não é possível
no meio da classe média, mas se enquadra confortavelmente na periferia como um
bom investimento. É o planejamento urbano
induzido pelo poder econômico da propriedade.
Ou melhor, o poder da elite expulsa do seu círculo doméstico qualquer
empreendimento que seja potencialmente perturbador.
Os nossos cemitérios, entretanto, não tem mais capacidade de
expansão. Um corpo em decomposição tem consequências ambientais nefastas para o
nosso subsolo, especialmente para o lençol freático que, requer cuidados redobrados
hoje em dia. Os gases tóxicos da decomposição também são bastante prejudiciais.
Na Europa fazem centrais de queima de resíduos sólidos, lixo
mesmo, em pleno centro das cidades. São
verdadeiros shoppings totalmente limpos, automatizados, que geram
energia, descartam o volumoso detrito doméstico e não prejudicam o ambiente. Aqui,
pela insegurança na fiscalização, pela inexperiência desta prática e pela
mobilização apontada, qualquer equipamento social é banido imediatamente do
círculo excludente do centro, área reservada por excelência a moradia
nobre e negócios.
Mas modernas tecnologias de filtros já garantem a sanidade
da queima e, com crematórios devidamente instalados em áreas estratégicas,
podemos garantir todos os recursos logísticos necessários para a realização de
uma cerimônia que preserve completamente a dignidade, a segurança e a paz ao ato
de despedida das famílias.
Muitas cidades já dispõem do recurso da cremação. Transformar
o corpo em cinzas já é uma prática recorrente em todo o mundo. Cidades grandes,
médias e até pequenas, como nossas vizinhas , Jaraguá do Sul e Balneário
Camboriú, já dispõem desse serviço. Nos Estados Unidos a cremação começou em 1876.
O primeiro crematório do Brasil, na Vila Alpina em São Paulo, inaugurado em 1973,
hoje realiza 750 eventos por mês. A cremação já era considerada, um século
antes da era cristã, como uma prática corriqueira, higiênica e julgada prática
por muitas comunidades. Em vários países do hemisfério norte a cremação já é
majoritária.
Entendo que Joinville deveria enfrentar essa agenda da
modernidade sem medos e se mobilizar para viabilizar um crematório. Bom seria mesmo
se tivéssemos crematórios públicos, gratuitos, acessíveis irrestritamente a
todos. A falência dos cofres públicos abriu mais esta opção para o investimento
privado ganhar mais dinheiro.
É claro que devemos nos assegurar de todas as garantias
técnicas dessa ferramenta, mas também é uma obrigação que essa questão combine
com o planejamento para o futuro da nossa cidade. Em pouco tempo, talvez menos
do que trinta anos, iremos atingir cerca de um milhão de habitantes. Morrer não
pode se transformar em um problema.
É preciso pensar com cautela e decidir com segurança sobre
uma questão tão importante.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Muricy Ramalho já era!
Algo que já vinha sendo ventilado há algum tempo, enfim aconteceu. Muricy Ramalho foi dispensado hoje do comando técnico do Santos, por decisão do Comitê Gestor do Santos.
Hoje, a partir das 16 horas, o vice-presidente do clube dará uma coletiva e tornará oficial a notícia veiculada no final desta manhã de sexta-feira.
A verdade é que vejo como uma decisão positiva para ambas as partes, pois o elenco do Santos já andava desgastado e com a saída do Neymar a situação só piorou.
O Santos não vem jogando bem não é de hoje e está precisando se reformular sim. Se isso de fato irá ocorrer, agora é esperar para ver
E como os resultados já não eram os melhores há algum tempo, tanto o Muricy,como o Santos estavam cada dia ficando com a imagem mais arranhada.
Acho o Muricy um bom técnico, mas também acho que ele está precisando dar uma reformulada, assim como o Santos.
Bola pra frente!
Rua Santa Apolônia, Itaum
É o Facebook oferecendo pautas para os meios de comunicação social. E ajudando o poder público a localizar problemas.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Jogador fica de cuecas para comemorar gol
POR ET BARTHES
Uma comemoração de gol como você nunca viu. O jogador sérvio Mario Djurovski, que joga pelo Muang Thong United, na Tailândia, comemorou pondo o calção na cabeça. Um público de adiantados mentais
![]() |
Quem fala assim acaba em boa companhia |
POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Um dia fui estudante de engenharia. Era
interessante ver o “respeito” das pessoas, porque naqueles tempos um canudo de
engenharia trazia uma garantia: se o cara não ficasse rico, pelo menos ia ganhar
uma grana legal. A educação ainda era fator de mobilidade social e promessa de
um futuro brilhante. E no país do “você sabe com quem está falando?” isso faz
muita diferença.
O problema é que eu não tinha o menor tesão
por aquilo. Um dia recebi um convite para trabalhar no jornal A Notícia e
larguei a faculdade na hora. Aí o papo começou a ficar diferente. Tinha gente
achando que eu era maluco por deixar a engenharia, uma profissão com futuro, e
ir para o jornalismo, onde a grana era escassa. E o pior: como não queria
deixar de estudar, fui fazer um curso de história. Teve gente achando que eu
era doido de pedra.
Ok, leitor e leitora, não estou aqui para
fazer psicanálise. Só falo nisso para introduzir o tema de hoje: um comentário
de Luiz Carlos Prates sobre a inutilidade dos cursos de ciências humanas, que ele
considera áreas “menos nobres” da universidade. O homem vai mais longe e descreve
as humanas como um lugar de fracassados, de “gente que não deu para nada, não
consegue passar em vestibular nenhum” (filme no fim do texto).
Feita a introdução, vou me antecipar e dar o
veredito, mesmo antes de apresentar os argumentos: o que o homem diz é um chorrilho de besteiras, fruto de muito preconceito social e ignorância em
relação ao mundo acadêmico. Aliás, faz lembrar um ditado muito usado aqui em
Portugal: “não vá o sapateiro além dos sapatos”. Porque a academia seguramente
não parece ser a praia do tal Luiz Carlos Prates.
NA POLÍTICA - Antes de prosseguir devo dizer
que nunca prestei muita atenção ao sujeito (mesmo quando ainda vivia no Brasil).
É natural. Ele fala para um público do qual eu não faço parte: os conservadores
de sangue nos olhos. E todos sabemos que para agradar essa gente é preciso
repisar os mesmos temas. O ódio aos pobres. O ataque fácil aos políticos. O
moralismo histriônico. O elogio da ditadura. E exercer a arrogância típica dos
letrados iliteratos.
Quando enfatiza as “greves” e as “bandeiras
vermelhas na praça”, o homem deixa claríssimas as suas posições políticas e as intenções da intervenção. Alguma dúvida? Afinal, nas palavras do próprio, quem
tem competência e vergonha na cara não sacode bandeira vermelha em praça
pública. Ou seja, a sociedade ideal de Luiz Carlos Prates é aquela de gente
submissa e acabrunhada que aceita a ordem “natural” das coisas: nada muda e não se luta por
uma vida melhor.
NA ACADEMIA – Quando fala no plano
acadêmico, é derrapada atrás de derrapada. Numa distração, o homem diz que o
país precisa de língua portuguesa. Uai! É uma ciência exata? Não parece. Se bem
que os conservadores gostariam de engessar a língua. Porque linguagem é
pensamento. E linguagem de qualidade (a compreensão dos conceitos) é pensamento
de qualidade. E se houver pensamento de qualidade não há quem ature tipos como
ele na televisão.
O terceiro-mundismo mental de Luiz Carlos
Prates fica patente na afirmação de que “pós-graduação e doutorado no Brasil
valem menos que o segundo grau na Alemanha”. A lógica do colonizado é simples:
“se é alemão é bão”. Mas é o tipo de conversa de quem entende nadinha do
assunto. O homem não deve conhecer o Processo de Bolonha e nem saber das suas
consequências.
Não vou tentar explicar Bolonha, porque venho de uma
área menos nobre da academia e a minha opinião não ia contar. Mas mantenho a
ideia de que é preciso estudar porcarias como história, geografia, pedagogia ou
sociologia para ler o mundo. Porque a ciência e tecnologia só fazem sentido se
forem feitas para as pessoas. E as pessoas são humanas.
Pelo discurso, imagino que Luiz Carlos Prates
seja um estudioso de física quântica, neurocirurgia ou células estaminais e que
eventualmente tenha um doutorado feito na Europa. Deve ser por isso que só fala
para um público de adiantados mentais.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
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