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segunda-feira, 1 de maio de 2017

Vamos trabalhar?

POR JORDI CASTAN
Não passa dia sem que a assessoria da Prefeitura se gabe do horário em que o prefeito começa o seu expediente na Prefeitura. Não esta claro qual o motivo de dormir tão pouco, nem se esta falta de sono é resultado da idade ou se a insônia é por causa de ver a cidade parada e regredindo. A segunda alternativa implicaria um mínimo de responsabilidade e de preocupação e, principalmente, evidenciaria que o prefeito teria consciência do desastrado da sua gestão. Aqueles que o conhecem melhor insistem em que está convencido que a sua gestão é perfeita e não haveria quem a pudesse melhorar. Mas esta perda de contato com a realidade, em psicologia tem um nome bem definido.

Para facilitar a vida do prefeito e ajudar a melhorar a cidade, tomei a iniciativa de fotografar uma parte de Joinville, a obra que na gestão do prefeito Tebaldi se chamou pomposamente de Boulevard Cachoeira. Menos de 15 anos depois, o Boulevard está abandonado, sem manutenção e a péssima qualidade da obra feita está sendo corroída pela ferrugem e pela inépcia das gestões municipais que a sucederam.







Como o prefeito parece não enxergar nem o que tem na frente do seu escritório, estamos dando a nossa contribuição e mostrando o que precisa ser feito. Olhando para estas imagens é mais fácil entender por que a cidade está como está. Se nem o que esta na frente da própria Prefeitura é arrumado e mantido, aquilo que esteja mais longe não deve nem existir aos olhos desta "des-gestão".








De brinde acrescentamos as imagens na frente a Câmara de Vereadores, para mostrar que no quesito inépcia é uma constante na gestão de Joinville, nenhuma moção de nenhum vereador solicitando que seja recuperada a calçada frente a sede do legislativo. Tampouco nenhuma moção e muito menos denuncia para alertar para o risco que correm os pedestres que se atrevam a circular pelas margens do Cachoeira.




terça-feira, 4 de junho de 2013

O vento está mudando

POR JORDI CASTAN


Os ventos estão mudando. O bom marinheiro é capaz de antecipar as mudanças e ajustar as velas. Não saber ler as nuvens, perceber as mudanças na cor no céu e saber a calmaria que antecede a mudança pode ser um erro caro. Mais que caro, desastroso.

Em poucos dias temos acompanhado o corte de mais de uma centena de árvores em Porto Alegre, em nome da Copa da Sustentabilidade. E temos o corte de outras árvores em Biguaçu, para um novo loteamento, em Sorocaba, em São Paulo e em dezenas de outras cidades pelo Brasil afora. É como se o pais tivesse sido acometido de uma furia devastadora e prefeitos e governadores sofressem ataques compulsivos de dendrocídio.

Se cortam hoje mais árvores que antes? Provavelmente não. A facilidade com que o poder público justifica o corte de árvores em nome do progresso, do desenvolvimento e do crescimento econômico é diretamente proporcional ao seu nível de ignorância ambiental e de falta de sensibilidade.

Em Joinville tivemos alguns episódios lamentáveis, o desastrado projeto do Boulevard Cachoeira, que pretendia converter a margem do rio num muro de concreto, sem sombra e sem vegetação. Nem é preciso comentar. O pedaço que foi executado frente à prefeitura é um monumento a incompetência e permanece exposto para não nos deixar esquecer. O corte das arvores da rua XV foi outra ação intempestiva e mal planejada que deixou o centro da cidade também sem sombra e sem arvores e que ainda hoje é uma sucessão de trapalhadas. Daquelas que só alcançam a absoluta perfeição quando conduzidas, planejadas e executadas pelo poder público. Acha que estou exagerando?  Veja as imagens e depois me diga se há exagero da minha parte ou estamos frente ao suprassumo da incompetência sambaquiana?






Neste final de semana mais de 100.000 turcos saíram as ruas para protestar contra um projeto imobiliário que quer acabar com a praça Taksim, um dos poucos espaços verdes que ainda sobrevivem em Istambul, formando parte da antiga caserna que hoje forma o Gezi Park. Os protestos acabaram se espalhando pelo país e o que iniciou como um movimento em defesa de um espaço verde ameaçado pela especulação, se converteu num evento de proporções maiores.

Em Joinville é pouco provável que surja um movimento para abraçar o 62 BI e pedir que seja convertido num parque urbano. O Joinvilense não tem voz, não se mobiliza para defender os seus interesses e depois acaba só resmungando pelos cantos e a boca pequena quando a cidade perde um pouco mais do seu verde, quando o sol desaparece mais cedo porque surgiu um espigão aonde antes tinha um quintal com poucas árvores.

 Mas o vento esta começando a mudar e como na musica de Bob Dylan, A hard rain is a-gonna fall



“Oh, where have you been, my blue-eyed son?
And where have you been my darling young one?
I've stumbled on the side of twelve misty mountains
I've walked and I've crawled on six crooked highways
I've stepped in the middle of seven sad forests
I've been out in front of a dozen dead oceans
I've been ten thousand miles in the mouth of a graveyard
And it's a hard, it's a hard, it's a hard, and it's a hard
It's a hard rain's a-gonna fall. “