sexta-feira, 13 de julho de 2012

A incógnita Carlito Merss

POR SÉRGIO DUPRAT
Vivo na cidade há seis anos. E nesse curto tempo Joinville já mudou. E piorou.

A cidadania desandou. O ritmo da cidade saiu do compasso. As características se tornaram turvas.
Não sou urbanista. Não tenho a pretensão de apresentar uma solução. Porém, isso não impede de me habilitar a constatar que algo não vai bem.

Eu não preciso ser amigo do dono do restaurante nem do chefe de cozinha para constatar que a comida não esta me agradando.

Vejo diariamente meus critérios de qualidade de vida serem ignorados, menosprezados e agredidos; e o que constato é a metástase de
desserviços e desqualificação da cidade. E não há como culpar outro senão o gestor – o Sr. Prefeito.
 A culpa é do gestor. Sun Tsu em “A Arte da Guerra” diz:
- Se o soldado erra, a culpa é do comandante;
- Se o soldado erra novamente, a culpa é do general (gestor) que não soube escolher bem o comandante.

Mas como pode? Economista, vereador, deputado estadual e três vezes deputado federal. Prefeito eleito com 65% dos votos, inclusive o meu (mea culpa, vergonhosamente pelo critério do menos pior), pelo mesmo partido, dito do povo, que ora ocupa a presidência da república.

Levado ou não, guiado ou não, difícil crer que não haja algum mérito nesse histórico. Então, por que o bolo solou? O que terá acontecido nos bastidores da política? O que foi que saiu dos trilhos? O homem, o candidato ou a própria política? Que metamorfose sofrem os que passam para a outra dimensão, na administração pública? Será que perdem a vontade própria? Será que transfiguram completamente seus princípios e conceitos? Haverá algum “bom senso lado B”, que nós aqui da dimensão população não conseguimos alcançar?

E mais. Impressiona a capacidade que o Sr. Prefeito tem de ser criticado de todos os lados, abandonado pelo governo do Estado e pelos “amigos” do Governo Federal, e não vir a público desabafar e dividir o fardo com os que o pressionam. Apanha, apanha, apanha (e nisso ele é muito bom)... mas não se explica, não rebate com bons argumentos.

Administrar a cidade é mole. Mais fácil do que condomínio. Joinville tem funcionários muito bem qualificados para tocar a cidade com os pés nas costas. É só prover-lhes as ferramentas necessárias às suas atividades e agilizar as decisões – COMANDO – DELEGAÇÃO – DECISÃO.  O que não da é passar o dia negociando cargo e influência. Botar companheiros em cargos que deveriam ser ocupados por técnicos, desmotivando toda uma equipe (concursada) e sacaneando toda uma cidade.

O bom administrador é igual a pneu – se está bem, ninguém lembra dele. E cabe ao gestor azeitar a engrenagem da estrutura (que já está aí) disponibilizando o que for necessário para que a equipe cumpra com presteza e eficácia aquilo para o qual foi selecionada.

Se um “jumento” largou o pavimento da rua torto, a culpa é do fiscal que olhou e aprovou.  Ou do supervisor deste, que não deu uma conferida no serviço e liberou o pagamento, ou do chefe, do secretário, e do... do... do...  do gestor, do Sr. Prefeito. A culpa vai ser sempre do Sr. Prefeito. E não pode dizer que não sabe (igual ao ex lá de cima). Se não sabe é porque não foi bem assessorado. Então detona esse cabra, meu!

Venha pro povo, cara! Joga a bosta no ventilador. Diga o nome dos que o pressionam. É o capital privado? São empresários ou grupos conhecidos? Será que nenhum assessor lhe diz que a cidade vai mal. Que o povo tá @#$$%$#@&*%$ da vida com a sua administração?

Com o seu (dele) histórico, será que acha mesmo que a cidade melhorou? Acha meeeeeesmo?!!!!  'tão tá. Estamos a iniciar uma campanha e o que se ouve nas ruas é a dificuldade de escolher o menos pior.  Putzgrila!!! Que vergonha disputar eleição de menos pior.

Eu realmente não entendo qual é a filosofia.
“Decifra-me ou te devoro” ?!


Sergio Duprat é administrador

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Homem luta com urso por causa de peixe

ET BARTHES
As pessoas têm a noção de que um filme viral e algo que se faz de propósito. Mas não. O viral é consequência de um bom filme que as pessoas querem ver. E este comercial, que provavelmente tem mais de 10 anos, é talvez o primeiro de todos os grandes virais. Vale a pena ver.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Não vai ter Cachoeiragate?


POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Quando li que o rio Cachoeira tinha ficado vermelho – e sabendo da origem  do vazamento da tinta – fiquei a pensar: isso vai ter repercussões na corrida para a prefeitura. Achei mesmo que o incidente ia complicar a vida de Udo Dohler, cuja candidatura insiste em não decolar. Imaginei protestos de ambientalistas, eleitores a exigirem ações do poder público e os opositores a apontarem o dedo ao candidato. Pensei mesmo num Cachoeiragate.

Ok... confesso que tinha uma curiosidade pessoal. Enquanto marketeer fiquei tentando imaginar as decisões do gabinete de crise de Udo Dohler. Um monte de gente reunida,  avaliando os danos para a candidatura, as medidas para evitar o desgaste da imagem, os timings das decisões (gestão de crise foi uma das cadeiras que mais gostei na universidade). Mas a montanha pariu um rato. Puf!!! Foi como se nunca tivesse acontecido.

É preciso deixar claro que Udo Dohler tem pouca coisa a ver com o acidente. Até porque acidentes, como o próprio nome diz, são imprevistos. Mas estamos a falar de política. Então, era natural que o caso tivesse causado alguma mossa na sua candidatura. E o silêncio em torno do assunto permite levantar algumas teorias:
1. A comunicação dos opositores é fraquinha.
2. É cedo para abrir as hostilidades. Como a candidatura Udo-Coelho ainda não assusta, o pessoal decidiu não levantar a lebre para não dar tempo de antena.
3. Os políticos são todos compadres e ninguém quer bater em ninguém.
4. E, por fim, a mais provável: ninguém se importa se o Cachoeira muda de cor. É que o rio já teve o seu atestado de óbito assinado há muito tempo e não há gente disposta a acender velas para esse defunto.

É triste, mas parece que ninguém liga para o rio. É só lembrar que o Cachoeira foi sendo poluído durante décadas, enquanto as pessoas tapavam o nariz e assobiavam para o lado. Aliás, li um relatório que analisava a incidência de coliformes fecais num trecho específico: a medida de referência era o máximo de 20 mil e o rio tinha um valor total de 3 milhões (NMP/100ml). Que merda! Aliás, não deixa de ser uma triste ironia: parece que os cidadãos só se preocupam com o Cachoeira quando ele provoca enchentes.

O fato é que os temas ecológicos não mobilizam as massas. Ou você lembra de algum político que tenha caído em desgraça por desrespeitar a natureza? O eleitor é chegado mesmo num escândalo sexual. Bill Clinton acende o charuto com a estagiária na Sala Oval. O povão se liga. Itamar Franco aparece ao lado da modelo sem calcinha. O povão se liga. Lugo espalha a semente por todo o Paraguai. O povão se liga. O rio ficou vermelho. Ninguém quer saber.

Não tem Cachoeiragate para esquentar a campanha. Então, vamos ter que esperar por algum acontecimento que os eleitores levem a sério. Afinal, nas últimas eleições aprendemos que o simples gesto de pedir material de escritório emprestado pode afundar uma candidatura.  

Eleições 2012-bonus


Auto-imolação: o protesto dos tibetanos


ET BARTHES
As imagens são de alguns meses atrás, mas servem como exemplo de um fenómeno que vem se repetindo ao longo dos tempos. Apenas no ano passado cerca de 30 tibetanos se auto-imolaram em protesto contra a presença chinesa no Tibet. As imagens do filme são de março deste ano e mostram um homem que se auto-imolou em Nova Deli, na Índia, em protesto contra a visita do presidente da China, Hu Jintao. 


Eleições 2012


Dia de beijar a taça em Curitiba


POR GABRIELA SCHIEWE
COPA DO BRASIL -  Enfim, a grande final dessa competição tão disputada – a mais democrática do nosso país. De um lado, o sempre ajustado Coritiba, que levou dois no jogo de ida e que agora tem uma árdua tarefa pela frente. Do outro, o até então desajustado Palmeiras. Com sua persistência, Felipão conseguiu colocar o alviverde nos eixos e levá-lo à sua primeira final desde o seu retorno ao clube. Hoje a promessa de um grande jogo, com espetáculo high tech da torcida coxa branca.
JEC - Não posso deixar de comentar o superjogo da sexta passada. Literalmente lavou a alma de todos nós, fiéis torcedores tricolores. Foi bom demais. Em segundos, como uma ávida raposa, o JEC já deixou claro como seria a partida em que goleou o Barueri por 4 x 0.
Apesar do jogo empolgante e envolvente (e da boa participação do "garçom" Lima), que resultou no placar mais elástico que há tempos, o JEC estava devendo. É inevitável lembrar que o adversário era o fraco Barueri, último colocado na tabela. O adversário não ofereceu qualquer resistência ao tricolor joinvilense. Mas deixa isso pra lá, o importante foi a vitória!
Assim, esperemos pelo próximo compromisso e que o JEC continue subindo na classificação. Temos que ficar sempre entre os cinco primeiros colocados para, no final, termos a possibilidade de brigar pela vaga de ascensão à série A.
NO CHUVEIRINHO - A Krona Futsal estreou no catarinense com um empate a quatro gols contra a modesta equipe da Chapecoense. O basquete, na final da Taça-SC, com a equipe do sub 22, foi derrotado pelo Brusque pelo placar de 63 x 59. E, p
or fim, meus parabéns ao Corinthians pela merecida conquista pela Libertadores da América.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Um cão de guarda com penas...

ET BARTHES
Já ouviu dizer que os gansos são excelentes cães de guarda? O filme comprova. Um autêntico duelo entre o homem e a ave.



PV e Tebaldi não combinam

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Está certo que a sopa de letrinhas das coligações já são famosas por aqui. Nos anos 1990 e 2000 era muito comum vermos 15...20 partidos nos santinhos dos candidatos. O cenário mudou um pouquinho, mas ainda encontramos situações embaraçosas. Uma delas (que me surpreendeu demais) consiste no apoio do Partido Verde (PV) para Marco Tebaldi, abrindo mão de candidatura própria.

O PV há algum tempo é um partido que se propõe a apresentar um discurso diferente, juntamente com o PSOL (não pretendemos entrar no mérito destes discursos). Para o eleitorado joinvilense a candidatura de Rogério Novaes em 2008 para a Prefeitura resultou em novos horizontes nas plataformas de campanha. Com uma votação satisfatória, não ficou esquecido em meio aos dígitos mínimos. Muitas ideias foram somadas às promessas de Carlito e Darci no segundo turno. Entretanto, muitas coisas ficaram no papel.

Com a candidatura de Marina Silva à Presidência, em 2010, o PV deu o grande salto qualitativo que necessitava por todo o país. Em Joinville não seria diferente. Juntamente com a candidatura de Rogério Novaes para Governador, o 43 ganhou muitos votos na cidade. Devido a problemas que poderiam levar a uma inelegibilidade de Novaes (por conta de irregularidades na época em que era Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Santa Catarina), sua candidatura não decolou, e o PV joinvilense se viu obrigado a coligar.

Considerando todo o histórico do partido em Joinville e no Brasil, muitos simpatizantes ficaram frustrados com o apoio ao retrocesso que representa Marco Tebaldi. Além de não ocupar sua cadeira na Câmara dos Deputados para ser Secretário de Colombo, após ser exonerado foi para Brasília votar a favor do novo código florestal brasileiro, uma lei combatida por vários ambientalistas mundo afora. Estão apoiando o mesmo ex-Prefeito do Flotflux e da retirada de parte da arborização urbana que existia na área central de Joinville. E o mesmo ex-Secretário da Habitação que liderou políticas habitacionais em áreas de mangue. Só pra citar alguns motivos que me fizeram ficar surpreso com esta aliança.

O PV se preocupa muito em fazer pelo menos um Vereador na cidade, por isso também não lançou ninguém para a  Prefeitura, para poder ter uma coligação boa na proporcional. Escolheu o pior caminho possível para conseguir tal feito, pois, além de apoiar Tebaldi, está em uma coligação proporcional com nomes fortes. Infelizmente neste 2012, o PV de Joinville ficará marcado por estar em uma coligação que não condiz em nada com o seu programa. 

PS: vale ressaltar que tenho respeito muito grande pelos integrantes do PV, mas considero necessária esta leitura.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O comando digital ataca na rede


POR JORDI CASTAN




Lembra daqueles adesivos mequetrefes do “Volta Tebaldi” que condenaram o Comam a pagar multa por campanha antecipada? Agora é a vez do PT de Carlito entrar de cabeça a fazer bobagem. Antes mesmo que a campanha começasse e ganhasse as ruas, já tinha as primeiras escaramuças nas redes sociais.

A Secretaria Regional do Fátima, um órgão publico do primeiro escalão da administração municipal, se dedicou a postar propaganda eleitoral antecipada. Além do fato incontestável que foi postada antes do início oficial da campanha, o mais grave é que foi postado na página oficial da Secretaria e que os posts aparecem como postados em pleno horário de trabalho - ou seria mais correto dizer, no horário de expediente. Não se pode aceitar que funcionários públicos, comissionados ou não, utilizem o horário de expediente para fazer propaganda política para o candidato Carlito Merss. Também é muito grave que se utilize o endereço oficial do twitter e os computadores da secretaria regional. A trapalhada expôs o uso da máquina pública durante a campanha.

A ação da Secretaria é um ato isolado ou forma parte de uma estratégia de comunicação? Como identificar os componentes deste comando digital que passou a usar o aplicativo
 Carlitonarede? Uma busca na internet relaciona os nomes e endereços de todos os que simultaneamente divulgaram as mesmas mensagens. Entre os nomes há secretários - dois estão claramente identificados -, comissionados e militantes, até perfis falsos replicam as mensagens #Carlitomais4, #FicaCarlito e outras semelhantes. O uso de perfis falsos ou apócrifos como @falajoinville,  @joinvilense160 devem ser investigados. 

As mensagens identificadas e anexadas a este post permitem provar a ilegalidade cometida, mesmo que o perfil oficial da secretaria foi retirado e os post apagados, mesmo depois que houve um intento tosco de apagar o rastro ficaram pegadas fáceis de seguir na rede.


O uso flagrante da máquina pública, representado pelo uso de computadores, endereços oficiais e outros bens públicos para fazer campanha política, é ilegal. Ainda há que considerar que todas as mensagens anexadas - e centenas de outras foram enviadas antes do início oficial da campanha eleitoral - terem sido enviadas durante o horário comercial, tempo em que supostamente os cabos eleitorais digitais deveriam estar dedicados a atender e servir a população que paga seus salários.













O bom senso sugere que esta situação fere princípios constitucionais, como o da impessoalidade. Há quem identifique também o da igualdade - todos os candidatos devem ter as mesmas condições, diferentemente do que ocorre nesse caso, em que um deles está utilizando a máquina pública para promoção pessoal.  Para os mais interessados esses dois princípios estão no art. 37.  Tampouco é demais lembrar que a publicidade do agente público não pode servir para promoção pessoal, o que está no art. 37, §1º. Ainda seria oportuno citar a Resolução nº. 23.370/2011 do TSE que define as condutas proibidas aos agentes públicos.

Permitir o uso da máquina publica é conceder uma vantagem desproporcional a um dos candidatos e é o papel da sociedade denunciar estes abusos. O papel da justiça é fazer que seja cumprida a lei e que se garanta a igualdade de oportunidades a todos os candidatos.