terça-feira, 3 de julho de 2012

É o que faz a imprensa moderna











O editor da Gazeta de Joinville faz aqui uma declaração de  apoio à candidatura de Clarikennedy Nunes. Será que esse apoio é extensivo ao jornal? Se for, é um exemplo a seguir. A escolha de um candidato segue a tradição de alguns dos grandes jornais mundiais, que não se coíbem de tomar uma posição. 







Eleições 2012


Percepção



POR JORDI CASTAN

A forma como cada um de nós percebe as coisas depende de dezenas de elementos. No trabalho que já me levou a quatro continentes e mais de 20 países, um dos elementos que se repete em cada país e em cada grupo de trabalho e o que desenvolve a percepção. Cada participante recebe o mesmo texto, pouco mais de quatro ou cinco frases, que são lidas em voz alta, de forma pausada. Depois, todos os participantes devem responder a uma série de 10 questões. As opções são "certo", "falso" e "não sei". 


Um exercício simples. Tão simples que nas mais de cinquenta vezes em que o realizei, com perto de mil participantes, nenhuma única vez houve a unanimidade em nenhuma das respostas. O resultado permite que os participantes sejam confrontados com a forma como percebemos as mesmas coisas.

Agora imagine você um texto como este, com mais de dois mil e quatrocentos toques e dezenas de frases. É evidente que a percepção que cada um terá do texto será diferente e na maioria das vezes até antagônica. O que somos, a formação que temos ou não temos. As nossas experiências anteriores, o emprego que temos, o cargo que ocupamos. Até o que temos ou deixamos de ter, inclusive o que gostaríamos de ter e não temos. Tudo absolutamente tudo influencia de forma marcante e definitiva a nossa percepção.

Aqui no Chuva Ácida, cada um dos membros do coletivo incorpora nos seus posts, além da sua bagagem pessoal, a sua percepção dos fatos e situações que relata. A esta visão particular há que acrescentar a percepção que cada um dos leitores faz de cada texto. Eu mesmo já recebi críticas e elogios intensos pelo mesmo texto. Os bons textos despertam tanto opiniões a favor, como opiniões contrárias. Numa situação que se repete cada vez com maior frequência e que depende exclusivamente da percepção de cada um.

No período eleitoral - e especialmente com o início oficial da campanha - é importante que agucemos os nossos níveis de percepção, que tenhamos a capacidade de perceber além do visível, enxergar o visível e o invisível de cada mensagem. O que está em jogo e, hoje mais que nunca, não é tanto como são as coisas realmente e sim como são percebidas pelo eleitor. E neste campo há especialistas em vender gato por lebre, há profissionais que brincam e distorcem a percepção das coisas. Dizendo-nos o que queremos ouvir, nos mostrando uma realidade fantástica que gostaríamos de ver.


Olho vivo, porque entramos num período em que luzes e sombras serão usadas para criar imagens distintas das reais, imagens nas que passaremos a acreditar e que podem mudar radicalmente depois que a festa acabe e as luzes se acendam.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Rodrigo Coelho, o novo velho político

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
O meu texto hoje é sobre o político Rodrigo Coelho. Mas em vez de ser eu a falar, deixo que seja ele próprio a se apresentar ao leitor-eleitor, através de statements ao longo dos últimos meses. O meu trabalho será apenas de "costurar" as fases da sua trajetória política mais recente.

O COMEÇO - É o momento em que Rodrigo Coelho insiste no slogan “Renova Joinville”. Já escrevi aqui que, de fato, não estaríamos a tratar de uma renovação, mas de um remoçamento. Parece que a diferença era apenas na idade das pessoas, porque em termos de ideias houve pouco em termos de novidade. Mas ele insistia em vender a imagem do novo, do diferente, do determinado. Seria candidato a prefeito, contra tudo e contra todos.


A TRANSIÇÃO - Há uma coisa sintomática na velha política joinvilense. Qualquer observador mais atento percebe que quando um candidato começa a ir demasiadas vezes a certos programas de rádio, então o caldo está entornado. E Rodrigo Coelho foi tanto a um certo programa que mais parecia comentarista residente. Era apenas um sinal de que já se tinha rendido à velha forma (e põe velha nisso) de fazer política na cidade. Todos sabemos o que isso significa.


E chega o momento em que ele claudica. O chamado do poder parece falar mais alto. Há uma espécie de pré-aviso: vai haver uma mudança “estratégica”. Um sacrifício em nome de... sabe-se lá o quê. É o que poderíamos chamar de avanço para trás. Parece uma tentativa de convencer os seus apoiantes de que ele ia se render aos velhos poderes, mas tudo de uma forma calculada e em nome de valores mais elevados. Acredite...



NOVO VELHO - E finalmente um tiro a queima-roupa na coerência. Rodrigo Coelho anuncia que vai ser o vice de Udo Dohler. Ou seja, um feito grandioso que conduziu o seu partido a um novo patamar da política:  deixou de ser um puxadinho do PT para ser um puxadinho do PMDB. E de puxadinho em puxadinho, um dia a casa cai. Aliás, parece que tem gente do PDT preferindo ficar no puxadinho do PT.


PARA PENSAR - E, para terminar, alguns depoimentos do próprio Rodrigo Coelho sobre o que ele pensa da política. Para ler e refletir.





domingo, 1 de julho de 2012

Não voto em...

POR SÉRGIO DUPRAT

Não voto em CARLITO MERSS  - Traiu o povo. Perdeu a oportunidade de entrar para a história da cidade como bom prefeito. Até transparece alguma boa intenção, mas cercou-se mal e parece ter dado mais importância aos compromissos de apoio do que às promessas ao povo. Sufocou os quadros de funcionários concursados com chefias nomeadas despreparadas e descompromissadas com o funcionamento da estrutura administrativa.



Não voto em  VALMIRO FREITAG  - Ainda não me disse nada.

Não voto em UDO DÖHLER  - Articula demais da conta, vai ter muita dívida política.    Além disso, não gosto desse conceito de superempresário que geralmente visa a maximização de retorno sem dimensionar o impacto no “entorno”.

Não voto em SANDRO SILVA  - Não gostei de sua atuação na câmara.

Não voto em LEONEL CAMASÃO  - Não gosto da proposta passe livre, ele precisa de estrada.

Não voto em KENNEDY NUNES  - Palavras ao vento e maquiagem publicitária  barata.

Não voto em MARCO TEBALDI  - Não fez quando pode, não transmite confiança nem sinceridade.

DR. XUXO -  "Venderam" o pobre Dr. Xuxo.

ROGÉRIO NOVAES - Vou dar-lhe tempo.

RODRIGO COELHO  - Tinha chances mas passou para o lado Negro da Força.


Observação – essa aqui é discurso de todos: “maior cidade, maior PIB, maior colégio eleitoral, maior cacete, maior maior maior.  De que adianta toda essa bosta de maior se nossa qualidade de vida só piorou. Todos os amiguinhos estaduais e federais, apoiadores, indicadores, prestigiadores, papagaios de pirata, caciques, pajés, partidos aliados e “alibabás” . FALÁCIA!!!! – MENTIRA!!!! Nenhum deles fez porra nenhuma pela nossa cidade.

Infelizmente, não encontro opções que me façam abraçar uma causa. Nossas colheitas políticas estão cada vez mais minguadas. Me remete aos boletins médicos da equipe que cuidava do recém eleito presidente Tancredo Neves – “ele desceu mais um degrau e estabilizou”. Nunca entendi isso direito, mas deu no que deu.

Não sei por quanto tempo a sociedade suportará esses conluios de rateio de tempo em TV, financiamentos de campanha, caixas 2, 3 e 4. Sem a menor culpa humanista, desejo-lhes a guilhotina. Aaaah!  Que falta faz uma guilhotina.  Tenho esperança que a ganância desenfreada e a fome pelo poder faça-os se devorarem entre si, porém também acho que ainda vão usurpar muito da qualidade de vida da sociedade.

Desesperançado? Não totalmente. Ainda apostaria minhas fichas na Manuela d’Avila – candidata à prefeitura de Porto Alegre, mas ............. vai saber.


Sérgio Duprat é administrador de empresas

sábado, 30 de junho de 2012

Coming soon...


Parou de funcionar? Jogue fora!


POR ALESSANDRO AGUSTIN COHEN

Faltando pouco mais de três meses para o pleito de 2012, vemos amigos, conhecidos e outros menos conhecidos frente a um grande problema no que se trata aos nossos legisladores: trocar ou deixar assim mesmo. Tal decisão é tão fácil quando levamos em conta escolhas que pouco interferem em nosso futuro, mas na hora de decidir pelo rumo que nossa cidade tomará pelos próximos quatro anos, torna-se um litígio.

Mesmo em separações litigiosas, o cônjuge decidido pelo fim ignora todas as vantagens oferecidas, mesmo as que outrora não existiam mas, diante da urna, facilmente muda de ideia e desiste deixar seu querido por alguns litros de gasolina, caçamba de barro ou outros “favorzinhos” tão comuns nessa época.

Constantemente ouvimos mulheres dizendo que precisam renovar seu guarda-roupa ou sapateira, homens esbravejando palavras dirigidas a técnicos de futebol, clamando por renovação em seus times; com certeza muitos de nós já tiveram um aparelho de telefonia celular jogado fora, para adquirir um novo após o antigo apresentar mau funcionamento.

Casais hoje se separam ao primeiro desentendimento, automóveis são levados à oficina nos primeiros barulhos estranhos, bares e prestadores de serviços são descartados de listas de preferências por um fatídico atendimento fora das expectativas.

Independentemente dos motivos, na maioria das vezes a renovação se mostra uma grande arma, seja para aniquilar um estado de baixa estima, seja pra buscar maior produtividade, o que se mostra uma medida muito assertiva na grande maioria das vezes.

Como pode então, um cidadão que anda em transportes coletivos ineficientes, trafega por ruas dignas de outro planeta (ou no mínimo satélite que orbita a Terra); passa meses aguardando as consultas mais rápidas com um médico especialista; ainda se iludir com obras “vitrineiras” e propagandas dignas do filme "A Lagoa Azul" (Randal Kleiser, 1980), no qual os defeitos eram a ingenuidade dos habitantes do lugar?

Como explicar o contra fluxo do brasileiro nessa tendência mundial de renovação?

Como ignorar a tendência mundial e persistir nos erros, ao realizar escolhas e digitar alguns números nos aparelhos chamados urnas eletrônicas?

Pois bem, é hora de tomarmos uma decisão: encoragemo-nos, joguemos fora o que realmente não tem mais jeito e renovemos o que realmente faça diferença em nossas vidas... nos vemos em 7 de outubro!

Alessandro Agustin Cohen é Professor de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Joinville

MELHOR E PIOR - Semana 12


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Garotas em blow job

POR ET BARTHES
Você pode até ser bonitinha, mas não depois de passar por esta experiência com o fotógrafo Tadao Cern. É ver e crer...


Escolha o Carlito bom ou o Carlito ruim


POR GUILHERME GASSENFERTH

Nestas épocas em que se avizinham as eleições, nos vemos rodeados por informações sobre candidatos e feitos, umas falsas, outras não; umas que se travestem de suma importância quando são pequenas obrigações. É muito trabalhoso pesquisar a veracidade dos fatos e checar as fontes. Então vamos divulgando as informações que recebemos e assim se cria um conhecimento coletivo sobre as coisas, geralmente impreciso em vários pontos.

É sabido por todos e repetido à exaustão que somos alvos de tentativas (muitas delas bem sucedidas) de manipulação pela mídia. Os meios de comunicação nos fazem acreditar no que querem que acreditemos sem muito esforço. TV, rádio, jornal e internet são os principais alimentadores deste conhecimento coletivo que cito no parágrafo anterior.

Muitos destes meios de comunicação, como alguns radialistas famosos, estão claramente a serviço de alguns políticos e de interesses escusos. Isto é um perigo para a cidade. São “comunicadores” que deturpam o jornalismo e mostram só a versão dos fatos que lhe interessa.

Podemos mostrar a mesma coisa sob duas perspectivas totalmente opostas sem sermos mentirosos. Para demonstrar isto, escrevi abaixo dois textos. Um fala do Carlito bom prefeito, outro fala do Carlito mau prefeito. E ambos são baseados em fatos.

A escolha de Carlito para ilustrar o que proponho não foi aleatória. Ele está nas discussões de bar e nas piadinhas que circulam nas redes sociais. É vítima de críticas ardidas e beneficiário de defesas aguerridas. Dificilmente alguém observa os dois lados e isto influencia a parcialidade de nossas opiniões.

Você tem abaixo dois Carlitos. Escolha o seu! Mas não se esqueça: se você optar por um ou outro, provavelmente estará sendo conduzido por um grupo de interesses para manipulá-lo. Meu conselho, se é que tenho prerrogativa para isto, é que você abandone as paixões partidárias, abra os olhos e forme uma opinião ponderada e baseada em fatos, não no que ouviu falar ou no que repete sem pensar.


Carlito, um bom prefeito

Com a proposta de descontinuar uma tradição administrativa de doze anos, o candidato a prefeito de Joinville Carlito Merss recebeu 170.955 votos de joinvilenses que acreditaram na mudança.

Já nos primeiros meses os joinvilenses viram algumas de suas propostas e promessas de campanha virarem realidade. Joinville assistiu a um novo modelo de administração: o orçamento participativo. Para o primeiro ano, o prefeito Carlito destinou R$ 10 milhões do orçamento a serem divididos entre as 14 secretarias regionais da cidade, que executaram diversas obras.

Na educação, Carlito fez um excelente trabalho. As escolas de Joinville receberam prêmios nacionais, alguns na área de gestão escolar, outros na gestão da merenda. Dentre as 10 escolas melhor colocadas na última avaliação do IDEB em Santa Catarina, seis estão em Joinville. Tivemos a melhor nota do IDEB entre as cidades com população entre 400 e 600 mil habitantes. É voz corrente que temos uma das melhores educações municipais do Brasil!

Já no que diz respeito à cultura, a gestão Carlito mostrou a que veio e liberou o maior volume de recursos da história do SIMDEC, o edital municipal de apoio à cultura. Deste modo, foi possível popularizar o acesso à arte e cultura, com apresentações gratuitas por toda a cidade.

E você já percebeu como está a saúde? Tivemos a inauguração e operação do acelerador linear, um sonho de vários anos, a recente inauguração do 4º andar do Hospital São José, a inauguração do PA 24h Leste. Recentemente, a secretaria de saúde anunciou a construção de oito unidades de saúde nos bairros e uma policlínica em Pirabeiraba. A cidade repassa atualmente 33% dos seus recursos para a saúde, o que comprova a prioridade desta gestão para esta área fundamental para nossos cidadãos.

O que dizer da construção do Parque da Cidade? A cidade, que sonhava há muitos anos pela construção de um parque, agora já tem um espaço de lazer para aproveitar. Dividido em quatro setores, o parque teve o plantio de centenas de árvores, tem amplas áreas de lazer e respeita a integração do homem à natureza.

Seria possível falar muito mais, abordando tópicos como gestão, mobilidade e infraestrutura urbana, qualidade de obras, esporte, assistência social, meio ambiente e outros. Mas os que citei já são suficientes para demonstrar como Joinville avançou nos últimos quatro anos.

Joinville deve reconhecer a grande administração conduzida pelo prefeito Carlito Merss e sua equipe e elegê-lo para mais quatro anos de realizações e obras, para Joinville ser sempre melhor.


Carlito, um mau prefeito


Com a proposta de descontinuar uma tradição administrativa de doze anos, o candidato a prefeito de Joinville Carlito Merss recebeu 170.955 votos de joinvilenses que acreditaram na mudança e foram enganados.

Já nos primeiros meses os joinvilenses viram algumas de suas propostas e promessas de campanha virarem poeira. A redução da tarifa da água e do ônibus foi pura falácia eleitoreira, a construção do hospital na Zona Sul foi pelo ralo e o número de comissionados manteve-se alto. Por meio destas e outras notícias o joinvilense teve um pequeno prenúncio da desastrosa gestão por vir.

Na educação, Carlito fez um péssimo trabalho. Já estamos adentrando ao último semestre de mandato (felizmente!) e a promessa do fim do turno intermediário ainda não é uma realidade. Vimos a escola Arinor Vogelsanger ser inaugurada sem acesso decente para as crianças. A fila de crianças para as vagas do CEI é vergonhosa e não condiz com o tamanho e a pujança de Joinville. É preciso melhorar muito.

Já no que diz respeito à cultura, a gestão Carlito mostrou seu desprezo pelos equipamentos culturais. Durante seu mandato, tivemos interdição do Museu de Imigração, Museu de Sambaqui, Casa da Cultura, Museu da Bicicleta, Museu de Arte. E o teto da biblioteca desabou.

E você já percebeu como está a saúde? Dois postos de saúde interditados, um na Zona Sul e outro na Zona Leste. De que adianta construir novos postos se os atuais estão caindo aos pedaços? Vimos recentemente a superlotação do pronto-socorro do Hospital Municipal São José fazer o atendimento ser restrito seis vezes em 12 meses. A cidade repassa atualmente 33% dos seus recursos para a saúde, o que comprova a ineficiência desta gestão para esta área fundamental para nossos cidadãos.

O que dizer da construção do Parque da Cidade? A cidade, que sonhava há muitos anos pela construção de um parque, agora tem que se contentar com três praças simplórias, divididas por vias de alta velocidade, que colocam em risco a vida dos cidadãos. E o que dizer da falta de árvores? É um parque de concreto!

Seria possível falar muito mais, abordando tópicos como gestão, mobilidade e infraestrutura urbana, qualidade de obras, esporte, assistência social, meio ambiente e outros. Mas os que citei já são suficientes para demonstrar como Joinville regrediu nos últimos quatro anos.

Joinville deve reconhecer a horrível administração conduzida pelo prefeito Carlito Merss e sua equipe e nunca mais elegê-lo para nenhum cargo executivo, já que teve sua chance e não soube aproveitar.