POR ALESSANDRO AGUSTIN COHEN
Faltando pouco mais de três meses para o
pleito de 2012, vemos amigos, conhecidos e outros menos conhecidos
frente a um grande problema no que se trata aos nossos legisladores:
trocar ou deixar assim mesmo. Tal decisão é tão fácil quando levamos em conta
escolhas que pouco interferem em nosso futuro, mas na hora de decidir pelo
rumo que nossa cidade tomará pelos próximos quatro anos, torna-se um
litígio.
Mesmo em separações litigiosas, o cônjuge
decidido pelo fim ignora todas as vantagens oferecidas, mesmo as que
outrora não existiam mas, diante da urna, facilmente muda de ideia e
desiste deixar seu querido por alguns litros de gasolina, caçamba de barro ou
outros “favorzinhos” tão comuns nessa época.
Constantemente ouvimos mulheres dizendo que
precisam renovar seu guarda-roupa ou sapateira, homens esbravejando
palavras dirigidas a técnicos de futebol, clamando por renovação em seus
times; com certeza muitos de nós já tiveram um aparelho de telefonia celular jogado
fora, para adquirir um novo após o antigo apresentar mau funcionamento.
Casais hoje se separam ao primeiro
desentendimento, automóveis são levados à oficina nos primeiros barulhos
estranhos, bares e prestadores de serviços são descartados de listas de
preferências por um fatídico atendimento fora das expectativas.
Independentemente dos motivos, na maioria das
vezes a renovação se mostra uma grande arma, seja para aniquilar um
estado de baixa estima, seja pra buscar maior produtividade, o que se mostra
uma medida muito assertiva na grande maioria das vezes.
Como pode então, um cidadão que anda em
transportes coletivos ineficientes, trafega por ruas dignas de outro
planeta (ou no mínimo satélite que orbita a Terra); passa meses aguardando as
consultas mais rápidas com um médico especialista; ainda se iludir com
obras “vitrineiras” e propagandas dignas do filme "A Lagoa Azul" (Randal Kleiser,
1980), no qual os defeitos eram a ingenuidade dos habitantes do lugar?
Como explicar o contra fluxo do brasileiro
nessa tendência mundial de renovação?
Como ignorar a tendência mundial e persistir
nos erros, ao realizar escolhas e digitar alguns números nos
aparelhos chamados urnas eletrônicas?
Pois bem, é hora de tomarmos uma decisão:
encoragemo-nos, joguemos fora o que realmente não tem mais
jeito e renovemos o que realmente faça diferença em nossas vidas...
nos vemos em 7 de outubro!
Alessandro Agustin
Cohen é Professor de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Joinville