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quarta-feira, 30 de março de 2016

Gramado, Blumenau e Joinville




POR VANDERSON SOARES

Dias atrás fui a Gramado a lazer e me encantei com esta cidade. Não tem semáforos, tem muitas rotatórias, o trânsito para alguns segundos, mas logo flui novamente.

É uma cidade altamente turística. Quase tudo ali gira em torno de turismo. As construções são muito bem planejadas, a maioria em estilo alpino, lembram muito a Suíça. O clima frio, os jardins floridos, as ruas bem cuidadas, os atrativos turísticos, a proximidade com Canela, tudo ajuda na atração de turistas para aquela região. Durante o ano todo há turistas, mas a grande ênfase é na Páscoa e no Natal. 

O mais interessante em Gramado é que, com exceção do clima, nada do que existe ali é privilégio natural da cidade. Tudo foi construído, pensado e planejado para ser um polo turístico. O MiniMundo, a Aldeia do Papai Noel, as fábricas de chocolate, o SnowLand, nada precisaria existir exatamente ali. E é nesse ponto que quero chegar. 

Joinville tem privilégios que Gramado não tem. Temos uma área rural, estamos próximos da Serra, estamos próximos do mar, temos história bem mais rica, temos gastronomia e cultura alimentar próprios, temos o maior Festival de Dança do mundo e mesmo assim o nosso turismo não deslancha, é pífio. 

Quando falo de turismo em Joinville, gosto sempre de citar Blumenau que, resguardadas as devidas peculiaridades, é semelhante à Joinville. Blumenau, se não me engano em 2003, começou a planejar o seu turismo. Não tenho conhecimento de meta ou objetivo que traçaram, mas é fato que o turismo na cidade tem se desenvolvido de vento em popa. A Vila Germânica é um grande Centro Turístico, o pessoal vai lá para comer, beber, comprar souvernirs, para visitar os festivais, é um local de encontro da cidade. Todo mês promovem um evento ou festival típico, OktoberFest, SommerFest, Festival de Botecos, FestItália, FoodTruck Festival, e sempre enche. Ao lado da Vila, estrategicamente, existe o Parque Ramiro Ruedger que lota quase todos os dias com pessoas correndo, caminhando, pedalando ou apenas passeando. 

Joinville, por sua vez, tem a Expoville e o Centro Comercial que formam a nossa “Vila Germânica”. A Expoville recebe formaturas e congressos, estes últimos contribuem para o turismo de negócios, mas ainda é pouco. Nossa cidade “explora” 3 frentes de turismo: Rural, Cultural e de Negócios. Creio que estamos falhando miseravelmente nos dois primeiros. Todos os anos, as reclamações aumentam sobre o Festival de Dança, o incentivo ao Turismo Rural é baixíssimo, o turista vem pra cá por algum motivo, mas não é incentivado a desfrutar as belezas de Joinville. 

Joinville precisa planejar o seu turismo, investir em rotas, divulgação e trazer mais gente que queira vir pra cá apenas por turismo, para aproveitar e conhecer a cidade durante alguns dias. Joinville tem potencial para ser a capital nacional do turismo, mas precisa deixar de focar apenas na indústria e investir em formas de atrair o turista, desenvolver a economia criativa na região e, principalmente, fazer a própria população joinvilense ir e restaurantes, querer conhecer a sua cidade, seus pontos turísticos e históricos.

Você, que mora em Joinville, já visitou o Museu Nacional de Imigração que fica aqui, na frente da Rua das Palmeiras? Nossos cidadãos não tem o hábito de viver a cidade. É preciso que nós mesmos valorizemos nossa riqueza. 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Turismo em Joinville: a arte de arar o mar...

POR JORDI CASTAN

O José António Baço tem iniciado uma cruzada aqui neste blog para falar de turismo, de como desenvolver ou construir uma visão estratégica para o setor. Tem palpitado sobre a marca Joinville, ou a marca região ou país.

Falar sobre turismo aqui é o equivalente a arar no mar. É por isso que comparo esta tarefa que o Zé tem se imposto, a uma mistura entre os trabalhos de Hércules e o de Sísifo. Acho inclusive que ele sabe que é inútil, mas mesmo assim não se furta a fazê-lo. O inútil do seu esforço e da sua pregação está diretamente ligado ao fato que aqui todo o mundo entende de turismo. E a melhor prova disso são os nomes que tem sido escolhidos para desenvolver o turismo aqui em Joinville. Quando todos entendem, ninguém escuta e o que presenciamos é um autentico diálogo de surdos.

Turismo é um negócio sério, que movimenta milhões. Aliás, o mais correto é falar de bilhões de turistas e, portanto, de muitíssimo dinheiro. Há todo tipo de turismo, do religioso muito bem explorado em Roma, Fátima, Lourdes, Jerusalém e os lugares santos. Ou em Meca, quando o público é muçulmano. Ou em Kandi, quando se trata de budistas. E  assim por diante.


Temos também o turismo desportivo, que se alicerça em grandes eventos como os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo, os jogos regionais, como os Pan-Americanos, Pan-Africanos ou Pan-Asiáticos. Ou, inclusive, os jogos semanais das grandes equipes do mundo, seja de futebol, do basquete, do beisebol ou do apaixonante cricket, dependendo do país e da cultura.

Aqui a ausência de uma política séria, estruturada e sistêmica de desenvolvimento de promoção do turismo como uma atividade capaz de gerar renda e emprego, além de promover a imagem da Joinville, provavelmente está muito ligada à nossa crise de identidade. Nem somos a cidade das flores, nem a das bicicletas, nem uma cidade germânica. Não só não sabemos o que queremos ser, nem conseguimos ter uma ideia precisa do que somos. Ely Diniz propõe que Joinville seja a cidade da dança. Eu gostaria que fosse a das flores. E tem quem, ignorando que a revolução industrial cobrou um pesado preço da Manchester original, insiste em defender que somos a Manchester catarinense.

Enquanto há países que chegam a receber por ano mais de um turista por cada habitante, há cidades que multiplicam por seis ou mais vezes sua população com os turistas que a visitam. Gramado na serra gaúcha é um bom exemplo. Barcelona na Espanha é outro. Mas há dezenas de cidades que estão fazendo as coisas bem feitas.

Minha preocupação de leigo é que continuemos promovendo Joinville a partir de uma abordagem folclórica e tratemos o turismo como uma atividade econômica menor. Só quando recebemos visitas sentimos na pele a carência de infra-estrutura turística em que vivemos. No meu caso, um desafio adicional é achar uma lembrança de Joinville que possa levar, para fazer um pequeno agrado, a quem me recebe quando viajo ao exterior. Essa última tem se convertido numa tarefa praticamente impossível de cumprir.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Redescubra Joinville


POR GUILHERME GASSENFERTH

Você é daqueles que quando recebe visitas de fora da cidade já sai soltando um “olha, aqui não tem nada pra fazer”? Ou ainda sugere que o visitante aproveite que está próximo e vá a Blumenau, Balneário ou Floripa?

Estes dias resolvi registrar, uma por uma, as atrações de nossa bela cidade – potenciais ou já consolidadas. E cheguei a 70 registros. Sim, 70 razões pelas quais pessoas deveriam conhecer Joinville.

Quem já teve a oportunidade de visitar a Cascata Caracol, em Canela, deve ter percebido o Parque do Pinheiro Grosso no caminho. O sujeito que quiser entrar no parque paga cinco reais para passear no mato e ver um pinheiro cujo tronco tem um diâmetro considerável (aposto um ingresso daquele parque que por aqui há várias árvores mais grossas que aquele pinheiro gaúcho!).

Nós temos um complexo de vira-lata joinvilense. Achamos que aqui não há nada de bom, que não tem o que fazer nem o que mostrar aos turistas. E mais uma vez, sabem o porquê, leitores? Porque nós, joinvilenses, não conhecemos Joinville.

Você sabe que existe uma linda igrejinha de madeira sobre um pequeno monte rodeado de hortênsias, onde você sobe ao bucólico templo num caminho entre as flores? E que nesta estradinha rural existe uma das maiores floradas de hortênsias de todo o Brasil?

O que dizer da formação natural de pedras denominada Castelo dos Bugres, acessível por uma gostosa e tranquila trilha de duas horas de caminhada a partir da Estrada da Serra Dona Francisca? Em qualquer lugar turístico isto seria uma atração. Aqui não. Aliás, qualquer outra cidade que tivesse 56% do seu território coberto por mata atlântica preservada, num total de 600 milhões de metros quadrados, ostentaria tal fato com orgulho!

Quantos de vocês leitores já foram fazer turismo rural aqui em Joinville, no Piraí, na Dona Francisca ou na Estrada Bonita? Em meio ao cotidiano urbano, muitas vezes nem lembramos que o leite que compramos veio da vaca e que o alface não nasce na prateleira do supermercado. Passe um dia no campo. É um passeio e tanto e você ainda pode comprar produtos coloniais direto do produtor. Isto é qualidade de vida!

E por que não falar do roll mops no Zeppa? E das empadas do Jerke ou do Hasselmann? E do bolinho de arraia da Mercearia Sofia? E do marreco do Serra Verde? E do pastel com caldo de cana no Max Moppi ou Rio da Prata? E do hackepeter no Sopp? E do caranguejo no Janga? E do chopp fabricado em Joinville no Opa Bier? E do strudel de maçã da XV? E a lista vai... Em Salvador, acarajé é atração turística. E dizem que quem vai pra Minas e não come um queijinho ou bebe uma cachaça não sabe o que é Minas.

Quantos outros lugares do Brasil tem uma baía maravilhosa como a nossa, onde se pode passear de barco ou jet-ski e dar uma paradinha pra comer à beira da água? Tem Vigorelli, Morro do Amaral, Vila da Glória, Espinheiros. Experimente!

Há pelo menos mais 55 atrações que você joinvilense, deve explorar. Permita-se lançar um novo olhar à nossa cidade para admirá-la ainda mais. Redescubra-a!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Joinville pode ser a cidade turística do Brasil!

POR GUILHERME GASSENFERTH

Calma, não aconteceu nada de diferente. Nenhuma notícia nova. É apenas uma constatação... O potencial turístico é enorme, e vou enumerar reivindicações na área aos candidatos a prefeito de Joinville. São apenas coisas que eu, um leigo, percebo. Há muito mais coisas.

Provavelmente eu escutarei: “não é viável”, “não dá voto”, “não tem dinheiro”. De desculpismo eu já estou farto. Quero ver nossos gestores pensando com criatividade, inovação, fora da caixa e pensando em como fazer, não em porque não vai dar certo.

Segue a lista de ideias e sugestões:

1. Mais atenção pro litoral joinvilense. A Vigorelli é alvo de chacota, mas mesmo sem infraestrutura alguma apresenta opções muito bacanas de comer frutos do mar – e com deslumbrante visual. É igual no Morro do Amaral. Comer um camarão ou filezinhos de peixe-espada, bebendo uma cerveja gelada, olhando a baía da Babitonga ladeada pela Mata Atlântica é um prazer que não tem fim.

1.1 Vocês sabiam que tem um bar flutuante em Joinville, onde você pode deliciar-se bem no meio da baía (em verdade, no meio do Rio Palmital, que confunde-se com a Baía)? Veja que beleza:

1.2 Não dá pra pavimentar o acesso? Asfalto, paver, lajota, sei lá. Fazer uma calçadinha? Colocar decks que respeitem a Natureza? Iluminação pública decente? Mais linhas de ônibus? Levar água encanada, esgoto e energia elétrica pros moradores e estabelecimentos? Melhorar o atendimento nos restaurantes?


2. Mais atenção pra Baía da Babitonga e Lagoa do Saguaçu. Vamos aproveitar melhor nossas águas? Uma vez eu vi o campeão mundial de jet ski, Alexander Lenzi, fazendo manobras e piruetas ao lado do Iate Clube de Piçarras, num espaço de água minúsculo. Isto despertou em mim a possibilidade de investirmos em esportes náuticos na Babitonga. Competições esportivas como remo, canoagem, jet ski, esqui aquático, entre outros, poderiam acontecer na nossa bela Babitonga. Dá pra construir uma arquibancada? Passeio de pedalinho?

2.1 E que tal incentivar as marinas do rio Cubatão e da Lagoa do Saguaçu? Fazendo com que gente de todo o país guarde suas embarcações por aqui?


3. Aproveitar a maior biodiversidade do Brasil. Será que não tem como aproveitarmos para explorar turisticamente (e ajudar a conservar e preservar) a maior biodiversidade do Brasil, representada pela combinação da mata atlântica, manguezais e baía da Babitonga?

3.1 Um parque do mangue, intermunicipal, com trilhas suspensas sobre o mangue, educação ambiental, quem sabe aquários naturais submersos, oceanário, demonstração do trabalho com as espécies marinhas – como no projeto Tamar, mergulho, incluindo manejo sustentável da pesca e do extrativismo marítimo, entre tantas outras possibilidades.


4. Mais atenção pro interior joinvilense. Os turistas e os joinvilenses adoram fazer coisas diferentes, e ressentem-se que tem poucas opções na cidade. Pouca opção uma ova! Nossas estradas rurais são um convite ao encantamento, principalmente para quem é de grandes centros e não conhece.

4.1 A Estrada Bonita é um exemplo, onde é possível conhecer as propriedades, verificar o processo produtivo e comprar produtos coloniais (turistas adoram estas coisas), andar de trator, ver como é um peru, uma vaca, uma galinha, um pato (sim, tem gente que não conhece estes animais)... Tudo emoldurado pela bela Serra do Mar, exuberante e verdejante.

4.2 Vamos incluir passeios de carroça!

4.3 Vamos incentivar a agricultura orgânica e abrir as fazendas pra visitação!

4.4 Vamos incluir a colheita turística, onde o turista ou visitante pode ele próprio colher das culturas produtivas dos sítios!

4.5 Vamos mostrar as lindíssimas pontes cobertas, especialidade da minha querida amiga Brigitte Brandenburg.

4.6 Vamos levar o turista pra gastronomia rural. Tante Berta, Serra Verde, Rio da Prata, Max Moppi, Hübener, entre outros.

4.7 Vamos dar estrutura para nossas belas estradas: Blumenau, Anaburgo, Piraí, Quiriri, da Ilha, Mildau, do Pico, entre outras.

4.8 Como aproveitar os saltos do Cubatão e do Piraí? Tem muita cidade ganhando em cima de cachoeiras bem menores.

4.9 Nosso interior é lindo, bucólico, cheio de rios, cachoeiras, bonitas paisagens, mas é abandonado.


5. Mais atenção pra serra joinvilense. Que cidade abençoada! Tem litoral, serra, interior e cidade. A subida pro Castelo dos Bugres, agradabilíssima, serve para todas as idades, são duas horas de caminhada tranqüila e a vista é deslumbrante. Vamos explorar isto (com respeito ao meio-ambiente, é claro!).

5.1 Vamos mostrar pro turista de aventura o nosso Monte Crista (reitero, com controle e usando isto como mais um recurso de preservação e proteção ambiental).

5.2 E o supra-sumo da Serra joinvilense, a estrada do Rio do Júlio. Consta-me que é a segunda maior florada de hortênsias do Brasil. A estrada tem hortênsias de um lado e do outro, é maravilhoso! Tem um hotel fazenda no fim da estrada, o Vale das Hortênsias, bastante agradável. Tem uma represa de uma pequena hidrelétrica desativada, é um belo lago. As casinhas são lindas, chalezinhos bucólicos. Quem tem máquina fotográfica não resiste à estrada. E parece que há uma trilha para descer a serra de bicicleta, a partir do hotel, até Schroeder. Há uma pequena igreja luterana, que tem 5 ou 6 cultos por ano (!), à exceção dos vários casamentos celebrados lá, pois é um primor. Toda de madeira, sendo o interior revestido por algo como mogno, com pinheiros, no alto de um morro ladeado por hortênsias. Veja que espetáculo!


6. Equipar os equipamentos. Os camarins e os banheiros do Centreventos não têm chave. Imaginem receber palestrantes internacionais e ter que ficar cuidando na porta do banheiro para ninguém entrar. Desagradabilíssimo. Nossos grandes equipamentos foram feitos às pressas, sem muito cuidado com acabamento e qualidade de obra. É por isso que a acústica do Centreventos é horrível, é por isso que tem goteira nas feiras realizadas no Expocentro Edmundo Doubrawa, é por isso que espaços para feiras e eventos como o Megacentro Wittich Freitag e o Expocentro não tenham climatização.

6.1 A proposta é investir uma parte do faturamento obtido pelo aluguel na própria estrutura, mantendo-a e, principalmente, melhorando-a.

6.2 Será que ainda precisa pegar alvará pra fazer evento no Centreventos? Isto é ridículo.

6.3 E eu estou falando apenas de coisas simples, quem organiza eventos tem uma série de reivindicações mais técnicas que eu desconheço. Se queremos ser uma cidade de eventos, vamos fazer por merecer.


7. Cuidar de nossos museus. O Museu do Sambaqui é referência internacional em arqueologia. Tá fechado! Poderia oferecer além da visitação no Museu, um passeio por algum sambaqui, para que as pessoas conheçam ao vivo. É muito mais divertido. Já pensaram que legal? Pode ser no Parque Caieira, o do Parque da Cidade ou até no Parque do Mangue que eu proponho no item 3.1. Ou em qualquer um, desde que tenha estrutura.

7.1 O Museu de Arte tem uma das construções mais antigas da cidade... vamos reativar o antigo bar do Museu, transformá-lo num café? E que tal realizar mais exposições?

7.2 No Museu da Imigração, é possível criar um espetáculo de som e luz, que em algumas noites conte a história da imigração por meio de projeção de imagens, ou sombras, combinadas com som, e quem sabe até atores de verdade, num bonito espetáculo ao ar livre, onde se poderia usar a própria Rua das Palmeiras e todo o espaço do Museu. Algo no estilo que há no Museu Imperial, um museu-primo do nosso, uma vez que o nosso além de também ser nacional, divide com o de Petrópolis parte da mobília da família real brasileira. Hoje em dia, museu bom é o museu interativo. E passeios de charrete nas quadras em volta da do Museu? Não seria bacana? Pelo menos aos fins de semana. Sabiam que o Conde D’Eu, marido da Princesa Izabel, da sacada do Museu discursou aos joinvilenses? Não, né? O Museu poderia abordar isso, mas se omite.
(A maior parte destas ideias é de autoria do amigo Paulo Roberto da Silva).

7.3 E o Museu de Bicicleta poderia atrair bastante gente, se fosse interativo. E, claro, se tivesse uma sede. E ainda tem o dos Bombeiros... na cidade com a corporação mais antiga de bombeiros voluntários do Brasil, com 120 anos a se completarem em 2012. Isto também atrai.

7.4 Eu até pensei em sugerir a criação do Museu da Cerveja na Antarctica, mas propor novos museus nessa cidade pode parecer piada. O Baço tem ainda a ideia do Museu da Chuva. É inusitado, mas não tem lugar melhor neste país pra este Museu. Parece não ser muito palpável, mas se o melhor museu do Brasil é o da Língua Portuguesa, em SP (recomendo!), por que não da chuva? E eu tenho uma ideia de um grande museu por aqui, mas que vou manter em segredo. Mas é bem legal!


8. Investir mais no embelezamento da cidade. Enterrar a fiação das vias de acesso e do Centro.

8.1 Plantar flores por todas as vias de acesso e as principais do centro.

8.2 Incentivar melhor o “Adote o Verde” ou como se chame o programa atualmente.

8.3 Investir na Rua do Príncipe, promovendo em conjunto com os lojistas a despoluição visual da via, a exemplo de Casa Sofia e Lojas Salfer.

8.4 Cuidar da Rua das Palmeiras (não ia ser um boulevard?).

8.5 Mais arborização.

8.6 Mais flores.


9. Consolidar a polarização regional. Temos diversas opções turísticas em cidades como São Francisco do Sul, Garuva (turismo de pesca muito promissor), Campo Alegre e São Bento do Sul. Joinville poderia aproveitar a condição de cidade com mais estrutura de turismo receptivo e promover passeios para estas cidades, durante o dia, mas com o turista baseado por aqui. É uma estratégia inteligente, que ajuda as cidades vizinhas e aumenta o tempo de permanência do turista por aqui.


10. Transformar os pontos em atrações turísticas. Turista adora qualquer coisa que você disser que é bacana, importante, histórico. Mas qual é o aproveitamento que nós fazemos disto?

10.1 Cadê o café colonial no nosso Moinho? O que dá para incrementar na Expoville?

10.2 Vamos potencializar a visitação no Bolshoi!

10.3 Vamos informar para os visitantes que no nosso Mercado Municipal, ali naquela praça, houveram combates da Revolta Federalista, com vários mortos! E me parece que dali saíram nossos combatentes para a Guerra do Paraguai. É isto, Paulo Roberto da Silva? E ninguém informa isso no Mercado Municipal, que, aliás, tem um bolinho de arraia que é uma atração por si só.

10.4 Por que na Estação Ferroviária não tem uma menção ao presidente Afonso Pena, o primeiro a visitar Joinville, que declarou então que “Joinville é o jardim do Brasil”, em 1906? Não tem nada, absolutamente nada. E turista gosta disto.

10.5 Vamos aproveitar melhor nosso lindo Morro do Boa Vista. Nosso Zoobotânico poderia ser muito melhor explorado. Vejam o parque Unipraias, em Balneário. Não tem como construir uma daqueles brinquedos que parece uma montanha russa pelo meio da mata? É demais! E o mirante, não pode ter um teleférico? Se o teleférico fosse pros dois lados, ligando o terminal do Boa Vista ao Centro, poderia ser até um meio de transporte. E um restaurante panorâmico lá em cima?


11. Investir em cabeças pensantes. Esta cidade provinciana carece de gente que saiba pensar fora da caixa. Que tenha sacadas brilhantes. Que resolva as coisas com criatividade. Contratem um profissional qualificado para transformar Joinville num pólo turístico de primeira qualidade. Que construa o que me refiro no item 13.


12. Treinamento, pelo amor de Deus! Nossos atendentes são muito mal treinados. Garçons, recepcionistas, taxistas, PMs, atendentes em geral. Cada joinvilense deve saber ser um guia turístico, mas estes em especial. É preciso investir maciçamente em treinamento, não só pelos turistas, mas também – talvez principalmente – por nós joinvilenses.


13. Investir na marca Joinville. O que é a marca Joinville? Eu não sei, mas tem quem possa ajudar melhor nisso. O Baço tem umas ideias muito bacanas a esse respeito. E outros também.

13.1 Temos que associar o nome Joinville ao que queremos. Eventos? Joinville. Turismo? Joinville. Serra e mar na mesma cidade? Joinville. Dança? Joinville. Bons museus? Joinville (doeu escrever isso). Cidade bonita, limpa e organizada? Joinville. Uma bela baía? Joinville. Biodiversidade? Joinville. Comida típica? Joinville. Arquitetura enxaimel? Joinville. Produtos coloniais e turismo rural? Joinville. Cachoeiras? Joinville. Turismo de bicicleta? Joinville. Trilhas na mata? Joinville. Mangue? Joinville. Arqueologia? Joinville.

13.2 É isto, precisamos associar nosso nome a coisas que queremos. Só que previamente é preciso investir tempo, recursos e – principalmente – criatividade nos itens 1 a 12 acima. Marca é tudo. Pensem em Gramado e Canela. Potencial nós temos muito mais. Mas eles investiram, dedicaram tempo, recursos e criatividade e hoje são um dos maiores destinos do Brasil. Lá, você paga 5 reais para entrar no Parque do Pinheiro Grosso e ver... um pinheiro grosso. Ou 10 reais para andar num trenzinho que faz um trajeto de 300 metros dentro do Parque da Cascata Caracol. E estes são preços de 1997, a última vez que fui pra lá. É a força da marca, meus caros. E pra não dizer que eu exagerei no negócio do Pinheiro Grosso, sim, isto existe, taí a foto.


Nosso potencial é gigante. Precisamos de uma Joinville mais turística para os visitantes da cidade e os de fora. Turismo é a indústria limpa. Gera empregos, aumenta a arrecadação, melhora a cidade. Precisamos pensar e trabalhar muito, mas é possível chegar lá.