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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

O Fritz Otário e a Chácara do Darci.





POR JORDI CASTAN

O Deputado Federal e candidato à Prefeitura de Joinville, Darci de Matos, quis tirar o Fritz Otário do ar e que todas as postagens fossem retiradas. Por que tem tanto medo de um jacaré de brincadeira? E se tem medo de um jacaré brincalhão e piadista, será que tem coragem para
enfrentar os verdadeiros problemas da cidade? Problemas estes, que são bem maiores e mais difíceis de resolver que os que possa criar um jacarezinho de brincadeira.

O Fritz Otário é uma página de entretenimento, assim identificada nas redes sociais, a perseguição que sofreu pelas suas críticas irônicas aos políticos locais, teve o efeito oposto ao pretendido pelo Deputado, fez do Fritz Otário uma celebridade nas redes sociais e aumentou o número de acessos e de compartilhamentos dos seus posts em mais de 500%.

O erro cometido pelo autor da página Fritz Otário foi o de não ter se identificado, como acontece alias com muitas páginas de humor que preferem o anonimato e o uso de pseudônimos para evitar a perseguição, especialmente dos políticos caricaturizados nas postagens. Como evidenciado pela ação impetrada pelo candidato Darci de Matos.

No seu despacho o Juiz esclarece que “o conteúdo impugnado não se constitui em propaganda eleitoral (nem mesmo negativa’), senão manifestações críticas, envolvidas em humor”. A decisão também é que as publicações não contêm ofensas ao candidato nem dado objetivo que deva ser visto como inverídico. 

A pergunta que o eleitor joinvilense deve se fazer é se quer como prefeito um candidato que tem medo das verdades publicadas por um jacaré de brincadeira. Se quer outro prefeito sem sentido do humor ou pior se está mais preocupado em caçar jacarés jocosos que em enfrentar e resolver os problemas de Joinville? Em definitiva de que tem tanto medo o candidato?

Aproveitando e respondendo aos questionamentos dos seguidores do Chuva Ácida, tivemos acesso privilegiado a informação sobre a denominada popularmente “Chácara do Darci” em Campo Alegre e podemos afirmar que a Chácara do Darci, não é do Darci. É realmente do Darci. Assim que não ficam dúvidas sobre quem é o proprietário da Chácara do Darci.

Desde o Chuva Ácida aplaudimos a volta do Fritz Otário, agora convenientemente identificado. Lembrando que aqui assinamos nossos textos e comentários e sabemos o preço de mostrar a cara.

terça-feira, 12 de junho de 2012

O falido planejamento regional e a repetição de um filme


POR CHARLES HENRIQUE VOOS


Nos últimos anos estamos acompanhando o crescimento acelerado das cidades vizinhas a Joinville, como Araquari e Itapoá. Além do aumento populacional, estas cidades estão absorvendo atividades econômicas de grande impacto, usando-se do poderio que a cidade de Joinville tem como pólo regional. Infelizmente, nas últimas décadas, não estamos falando a mesma língua, e a questão regional corre um sério risco de se tornar um caos regional.

Por mais que exista a AMUNESC (Associação dos Municípios do Nordeste de Santa Catarina), cada Prefeitura tem a sua própria linha de atuação. Umas atraem empresas abertamente, crendo cegamente que a instalação de indústrias é sinônimo de qualidade de vida. Outras atraem atividades sem nenhuma análise de impacto nas cidades vizinhas. O que importa é trazer. Entretanto, por qual preço? Todos sabem que instalar uma empresa nas cidades vizinhas a Joinville é muito mais fácil e lucrativo (devido ao valor da terra extremamente baixo) e cada vez mais Joinville está se espraiando para essas regiões. Joinville e Araquari não eram ligadas há 15 anos da mesma maneira que são hoje, por exemplo.

Devido a este processo de conurbação, a Prefeitura de Joinville precisa levar toda a infraestrutura até as áreas limítrofes com seus vizinhos. O custo que é caro para “mim”, é consequência da ação desenfreada “deles”, a qual, por sua vez, é fruto  da falta “nossa” falta de diálogo. Cabe a Joinville liderar esse processo. Mas, em uma cidade que mal consegue dar jeito em seu planejamento “intraurbano”, como conseguirá ditar alguma diretriz de ocupação para a região? E mais: as cidades vizinhas parecem não querer crescer de forma conjunta, pois o clima é de competição para a atração do maior número possível de empresas, principalmente entre as menores.

O cenário infelizmente é desanimador. Por mais que cresçamos economicamente, todos os absurdos vividos na cidade de Joinville nas décadas de 1950 a 1990, enfrentaremos no contexto regional. Sinceramente, não quero que Araquari seja para Joinville o que Colombo é para Curitiba, ou que Garuva e Itapoá não sejam para Joinville o mesmo das cidades satélites do Distrito Federal para Brasília: cidades dormitórios, com moradias de baixa qualidade, sem infraestrutura e detentoras de altos índices de violência.

É uma nova pauta, e muito pouco discutida (por mais que haja uma Câmara Setorial para tratar deste assunto no Conselho da Cidade de Joinville). Precisamos tomar um novo rumo nestas discussões, visando a qualidade de vida e não apenas o crescimento econômico, pois estaríamos cometendo o mesmo erro do século XX. Há muitos anos, perguntávamos sobre qual cidade queríamos no futuro. Agora a pergunta deve ser “em qual região viveremos?”