POR JORDI CASTAN
Quando o homem primitivo começou a falar, se supõe que uma das primeiras coisas que fez foi dar nome às coisas. Assim chamou as árvores de árvores, os rios de rios, o mar de mar e, aos poucos, tudo aquilo que o envolvia e formava seu universo passou a ter nome. Dar nome a cada coisa era a sua forma de apropriação, de tomar posse.
O costume segue até hoje e continuamos dando nome a tudo que nos circunda. E chamamos de viadutos os viadutos, de sinaleiros os sinaleiros e de ciclovias a essas engronhas que pululam sem nexo pelas ruas de Joinville. Mas não é sempre que utilizamos os nomes certos porque, por vezes, os adultos repetem os erros das crianças, que chamam de forma errada coisas que são na realidade outra coisa.
Um bom exemplo é essa inhaca que fizeram na avenida Santos Dumont e que estultamente uns insistem em chamar de duplicação. E, claro, um bando da papagaios repete sonoramente. À falta de outro, o nome empulhação seria mais apropriado. Mas os sambaquianos gostam de ser iludidos e o seu cacique-mor é um mestre da empulhação. Vendedor de ar quente, engabelador de eleitores, embaucador dos que acreditaram no seu discurso do gestor experiente.
A última invenção dos sambaquianos é deixar-se levar pelo encantador de caranguejos e dar nome aos elevados. Em lugar de deixar que seja o povo com a sua sabedoria quem chame as coisas pelo seu nome, como Curva do Nereu, ou Praia do Ervino, ou Curva do Fritz, eles inventaram de fazer um evento, com discursos, placas e fogos de artifício para batizar um reles elevado com o nome de um político já falecido.
Esforço inútil, o povo vai denominá-lo de forma mais prosaica, como, por exemplo, o elevado da Tuiuti. Ou qualquer outro que melhor identifique o monstrengo cinzento e capenga que ficou feioso, torto e mal-acabado. Aliás, características comuns a tudo que por aqui se faz com o dinheiro público. Alias é bom não esquecer de acrescentar caro. Porque além de ficar ruim, esta obra ficou cara e demorou muito mais do que estava previsto.
Mas se os sambaquianos se empolgam e começam a dar nome a tudo o que os rodeia, logo, logo vai faltar nome para tanto buraco. E já se sabe: onde faltam obras sobram buracos.s
Quando o homem primitivo começou a falar, se supõe que uma das primeiras coisas que fez foi dar nome às coisas. Assim chamou as árvores de árvores, os rios de rios, o mar de mar e, aos poucos, tudo aquilo que o envolvia e formava seu universo passou a ter nome. Dar nome a cada coisa era a sua forma de apropriação, de tomar posse.
O costume segue até hoje e continuamos dando nome a tudo que nos circunda. E chamamos de viadutos os viadutos, de sinaleiros os sinaleiros e de ciclovias a essas engronhas que pululam sem nexo pelas ruas de Joinville. Mas não é sempre que utilizamos os nomes certos porque, por vezes, os adultos repetem os erros das crianças, que chamam de forma errada coisas que são na realidade outra coisa.
Um bom exemplo é essa inhaca que fizeram na avenida Santos Dumont e que estultamente uns insistem em chamar de duplicação. E, claro, um bando da papagaios repete sonoramente. À falta de outro, o nome empulhação seria mais apropriado. Mas os sambaquianos gostam de ser iludidos e o seu cacique-mor é um mestre da empulhação. Vendedor de ar quente, engabelador de eleitores, embaucador dos que acreditaram no seu discurso do gestor experiente.
A última invenção dos sambaquianos é deixar-se levar pelo encantador de caranguejos e dar nome aos elevados. Em lugar de deixar que seja o povo com a sua sabedoria quem chame as coisas pelo seu nome, como Curva do Nereu, ou Praia do Ervino, ou Curva do Fritz, eles inventaram de fazer um evento, com discursos, placas e fogos de artifício para batizar um reles elevado com o nome de um político já falecido.
Esforço inútil, o povo vai denominá-lo de forma mais prosaica, como, por exemplo, o elevado da Tuiuti. Ou qualquer outro que melhor identifique o monstrengo cinzento e capenga que ficou feioso, torto e mal-acabado. Aliás, características comuns a tudo que por aqui se faz com o dinheiro público. Alias é bom não esquecer de acrescentar caro. Porque além de ficar ruim, esta obra ficou cara e demorou muito mais do que estava previsto.
Mas se os sambaquianos se empolgam e começam a dar nome a tudo o que os rodeia, logo, logo vai faltar nome para tanto buraco. E já se sabe: onde faltam obras sobram buracos.s