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segunda-feira, 21 de maio de 2018

Joinville aposta nos carros voadores


POR JORDI CASTAN
Já critiquei muito, neste blog e outros espaços de opinião, o planejamento e a gestão de Joinville. O fato é que estão perdidas num labirinto, aparentemente sem saída. O prefeito não sabe sair do enrosco em que a sua própria inépcia e a incompetência da equipe que escolheu colocaram a cidade.

Depois das intervenções desastradas - em volta do Mercado Municipal primeiro e da Beira Rio depois - a própria “duplicação” da avenida Santos Dumont acabou por ser outra trapalhada. Mas já se sabe que trapalhões fazem trapalhadas.

Agora é a vez do cruzamento da Ottokar Doerffel com a Marques de Olinda e a ideia genial de utilizar o Waze como ferramenta de planejamento. A ideia passa por melhorar a mobilidade urbana convertendo a Rua Marajó em parte de um inusitado binário, coisa que deve fazer que os locais e os turistas ficarem vagando eternamente no loop criado pelos técnicos, em seus devaneios oníricos. 

Quando tudo parecia perdido e quando nada mais fazia sentido, o prefeito e os Udoboys buscaram em um outro aplicativo tecnológico a solução aos problemas do trânsito de Joinville. Sem saber o que fazer, o prefeito e os técnicos da SEPUD solicitaram ajuda a São Cristovão, padroeiro dos motoristas, que prontamente os encaminhou para a Uber.

A solução para o caos em que a cidade está mergulhada vem da visão inovadora e moderna da Uber. Sim, a Uber vai nos salvar. O trânsito de Joinville tem solução. Obrigado, Senhor por nos tirar dessa sinuca de bico em que a incompetência, a cobiça e a LOT nos meteram.
Se fôssemos depender dos técnicos, estávamos no mato sem cachorro. Só olhar o que tem preparado para o entorno do novo supermercado Condor, no Bairro América, já poria os cabelos do Karnal em pé. Uma verdadeira enjambração. Mais uma.

Querer resolver a mobilidade sem conhecimento, sem sair do escritório e sem entender que cada novo polo gerador de tráfego autorizado cria uma maior demanda é mais do mesmo. Para um sistema que já está saturado, mudar o sentido da rua não resolve mais.

A Joinville moderna, inovadora e global deverá ser uma das cidades que se somem a São Francisco, Los Angeles e Dubai e adotem o novo serviço dos veículos voadores da Uber. O prestigioso Financial Times informa que a Uber busca cidades candidatas a receber o serviço de carros voadores. Nenhuma outra cidade reúne mais pré-requisitos que Joinville.

O trânsito já faz tempo que parou, o pavimento desapareceu, os buracos menores foram tomados pelos maiores. Os técnicos não têm noção do que fazer, Joinville é a cidade perfeita para candidatar-se ao novo serviço que a Uber tem previsto iniciar comercialmente em 2023. Antes, portanto, que esteja pronta a idílica Joinville de 2030. Aquela cidade que o prefeito sonha e os joinvilenses teme. Enquanto ele e seus acólitos imaginam e propagam uma visão quase paradisíaca, a Joinville atual projeta um cenário mais próximo do imaginado por Ridley Scott no filme Blade Runner. O tempo dirá quem estava certo. Mas até hoje todas as cartas estão mais para Blade Runner que para o paraíso do onkel.

Voltando aos carros voadores, a Uber abriu processo seletivo em que solicita que cidades aspirantes a cidades do futuro. E nessa coisa de falar de futuro Joinville é campeã. Ou metrópoles que enfrentam congestionamentos infernais, no tema metrópoles estamos mal, não superamos a fase pequena vila provinciana do interior. Mas se o pessoal da Uber vier e experimentar as empadas do Jerke e a cerveja do Opa, este quesito estará facilmente resolvido.

Sobre os congestionamentos, não precisamos dizer nada. São infernais e neste quesito não teremos menos de 8,5 pontos. A outra grande vantagem ajuda a candidatura de Joinville é que a Uber quer implantar o serviço, também fora dos Estados Unidos. Já há planos para iniciar o “serviço de compartilhamento de jornadas aéreas” em Dallas, Los Angeles e Dubai.

Para dar o empurrãozinho que faltava, a Embraer apresentou, no dia 8 de maio, a ilustração do projeto que desenvolve para a Uber do veículo voador elétrico para transporte urbano, conhecido pela sigla eVTOL e que deverá estar operacional até 2020. Assim em quanto Joinville segue com o transporte coletivo operado pelas duas “irmãs”, o mundo avança a passos de gigante.

Assim que vamos esquecer os buracos, os congestionamentos, a inépcia, a incompetência, a falta de planejamento e de gestão e acreditar que bem antes de 2030 Joinville será a cidade dos carros voadores de uso compartilhado. Só é preciso que os Udoboys preencham o formulário da Uber e não percam o prazo para candidatar-se a cidade do futuro, porque a cidade do presente já foi.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Os legisladores do atraso... em causa própria

POR JORDI CASTAN
Nem faz tanto tempo assim. Os fabricantes de tubos de ferro galvanizado da cidade estavam em pé de guerra com os fabricantes de tubos de PVC. O plástico, mais econômico e fácil de trabalhar, rapidamente ganhou o mercado. O resultado é de todos conhecido: o PVC é hoje o líder de mercado no segmento e os tubos de ferro ficaram restritos a um mercado reduzido e específico.

Há uma história bem conhecida no Brasil. Se Thomas Edison tivesse inventado a lâmpada elétrica aqui, o lobby dos fabricantes de velas não teria permitido a sua comercialização. A vanguarda do atraso viceja e ganha novos adeptos a cada dia. E nunca faltam legisladores dispostos a defender a bandeira da inépcia, da obsolescência ou do atraso.

Os taxistas frente ao Uber. Os hoteleiros frente ao AirBnB. As empresas de TV frente a Netflix. E por aí vai. Em nenhum momento defendem os interesses da população, que, desorganizada e sem políticos que defendam seus interesses, se vê desprotegida e abandonada. E tudo fica nas mãos de legisladores que, quando não legislam abertamente em causa própria, o fazem em defesa dos interesses mais vergonhosos e mais retrógrados.  

O país retrocede. E no caso de Joinville encontramos aqui os máximos expoentes do atraso institucionalizado, os defensores da ineficiência e os mestres do sem-vergonhismos. É só estar atento.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Bem-vindo a Joinville, Uber

POR JORDI CASTAN


Finalmente uma boa notícia, o Uber chegou a Joinville. Um serviço melhor, mais econômico e mais confortável que o do táxi. Um serviço que alia modernidade e preço e, principalmente, ou por isso tudo é melhor para o passageiro. Ah... o passageiro! Sim, esse passageiro que por décadas tem sido ignorado e o continuaria sendo, não fosse a chegada do Uber. Claro que Prefeitura não aprova o serviço e declarou ainda que os serviços de transporte privado de passageiros estão sujeitos a penalidades. A fiscalização é feita pela Unidade de Transporte, da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).

Pagar R$ 50,00 do aeroporto ao centro é um abuso. Não ter táxi disponível no ponto é outro. E fazer corrida quando o motorista quer e para onde quer é outro. Poderíamos acrescentar muitos mais. Mas a verdade é que o serviço de táxi em Joinville é vitima do seu próprio veneno. A situação atual é o resultado da falta de uma política de transporte por parte do poder público unido a relação incestuosa com o coletivo dos taxistas, que até hoje só estiveram interessados em defender seus próprios interesses e nunca se posicionaram como prestadores de um serviço público.

Nem faz tanto tempo assim que os táxis não tinham nem padronização de cor. Carros com quatro portas, para maior comodidade do passageiro são recentes e só foi possível conseguir que aceitassem adotar veículos mais confortáveis depois de duras e difíceis negociações com o seu sindicato.

A nossa sociedade é hoje o resultado de uma soma de coletivos que, mancomunados com o poder público, exploram o cidadão. Aproveitam-se da fragilidade da sociedade e da falta de escrúpulos dos políticos que a deveriam representar e defender para seguir se locupletando. A lista não é pequena e envolve de despachantes a taxistas, passando por concessionarias de serviços públicos, a ordem é uma só: tomar de assalto o bolso do cidadão/contribuinte.

O Uber é uma gota num oceano. Não resolverá o preço abusivo do transporte coletivo, nem o do táxi em Joinville. Apenas permitirá que o cidadão tenha alternativa. Contribuirá para melhorar o trânsito porque será possível deixar o carro em casa mais vezes. Haverá alternativas aos ônibus lotados, sem que a alternativa seja ser extorquido pelo preço de uma corrida de taxi quase tão cara como a passagem aérea que nos levou de São Paulo a Joinville. O poder público, como sempre, vai olhar para o outro lado e fingir que nada sabe, que nada viu. Esquecendo que é dele a responsabilidade de defender os interesses dos cidadãos. 

SANTOS DUMONT - Outro acidente gravíssimo na avenida Santos Dumont. A obra continua pessimamente sinalizada, oferecendo risco a todos os que ali transitam. O poder público se omite e o numero de mortos e feridos só aumenta. Uma vergonha. Para as famílias que vivem a tragédia a única alternativa é chorar e orar. Ante o olhar impávido dos responsáveis que seguem sem fazer nada.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A 4ª Revolução Industrial e a Política Velha



POR VANDERSON SOARES
    
Já não há mais como negar que estamos vivenciando uma grande revolução no mundo. A 4ª Revolução Industrial, tema do World Economic Forum que ocorreu esse ano em Davos, foi amplamente discutida, bem como analisada dos mais diversos pontos de vista. 

   Os indícios que diferem esta Revolução em curso de algo pontual são basicamente três: 1) A velocidade. O ritmo de evolução é exponencial, a cada dia surge algo novo; 2) A revolução digital, que é responsável por difundir a informação entre os bilhões de seres humanos, mudando paradigmas e formas de enxergar a vida; e 3) É o impacto efetivo que tem dentro, fora e entre as nações. 

    O exemplo mais palpável que me vem à mente para exemplificar a força dessa Revolução é a Primavera Árabe, que através das redes sociais as populações do Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmem e Barein, conseguiram derrubar ditaduras. 

    Tal Revolução é pautada na tecnologia, na velocidade com que o conhecimento e a informação se desdobram. Isso inclui biotecnologia, inteligência artificial, robótica e também na forma como enxergamos a vivência em sociedade, como trabalhamos e consumimos. A inovação é a palavra de ordem neste processo, o que era novidade ontem, deixou de sê-la hoje, e assim diariamente.

     Os modelos virtuais de compartilhamento cada dia mais efetivos e ambiciosos, é só reparar no Uber, WhatsApp, NetFlix, aplicativos para qualquer coisa, desde monitorar o seu rendimento numa corrida ou para agendar encontros casuais. 

    E como a Política interfere nisso? Hoje, a nossa política tenta barrar a qualquer custo essa revolução. Você consegue observar o nível de corrupção de uma cidade, apenas vendo o quão resistente um governo é ao Uber, por exemplo. É possível ver a força contrária que um governo da Política Velha tem quando tenta barrar estes frutos da inovação e da tecnologia.

     Chegamos num ponto que é preciso decidir se continuaremos a apoiar este modelo velho, feudal e antiquado de política, barrando a inovação e o compartilhamento ou se iremos com força total, apoiar e incentivar este crescimento, esta nova forma de economia, de trabalho e de vida. Esta nova forma de propagar conhecimento e informação.