POR JORDI CASTAN

Quanto mais o prefeito se empenha em mostrar os
resultados da sua gestão e os logros do planejamento, pior fica. Outro dia
chamou os que ridicularizam o planejamento de conspiradores contra a democracia. Menos, prefeito, menos. Ninguém está ridicularizando o planejamento da sua gestão. Por que ela,
a sua gestão, não precisa de ajuda e se ridiculariza sozinha.
Um dos episódios mais emblemáticos é a duplicação da avenida Santos Dumont. Um espetáculo de improvisação. Até agora só 6% da obra ficou
pronto e a empreiteira quer aumentar o custo. Uma obra que se alastra desde há dois anos e que leva um ano parada. Na visão simples do munícipe é uma série de
erros. Se não fosse trágico o resultado, já houve 14 mortes por acidentes na Santos Dumont desde o início das obras. Poderíamos falar de uma comédia
de erros.
A obra se iniciou sem ter o projeto definitivo, nem previsão para as desapropriações e nem um cronograma real. É como contratar um pedreiro para construir uma casa num terreno que não este ainda comprado, montar canteiro de obras, começar a fazer a caixaria, colocar tijolo e material de construção e ter que parar porque o dono do terreno não recebeu ainda o seu dinheiro. A justificativa do imprevidente gestor é que esperava que mais terrenos fossem doados. Os agricultores da Estrada da Ilha chamariam este modelo de gestão de “contar com o ovo antes da galinha”. Às vezes funciona, mas um bom gestor não pode planejar uma cidade do tamanho e da complexidade de Joinville desta maneira.
A obra se iniciou sem ter o projeto definitivo, nem previsão para as desapropriações e nem um cronograma real. É como contratar um pedreiro para construir uma casa num terreno que não este ainda comprado, montar canteiro de obras, começar a fazer a caixaria, colocar tijolo e material de construção e ter que parar porque o dono do terreno não recebeu ainda o seu dinheiro. A justificativa do imprevidente gestor é que esperava que mais terrenos fossem doados. Os agricultores da Estrada da Ilha chamariam este modelo de gestão de “contar com o ovo antes da galinha”. Às vezes funciona, mas um bom gestor não pode planejar uma cidade do tamanho e da complexidade de Joinville desta maneira.
Agora, depois de dois anos de festa e foguetório, surge a
ideia de outro traçado, de outro projeto. A nova proposta assegura que a
duplicação é possível com menos desapropriações e por um custo menor. Onde
estavam estes gênios da engenharia na hora de fazer o primeiro projeto? Quem teve a ideia de iniciar uma duplicação
desta envergadura sem ter o dinheiro para pagar as desapropriações?
Isso é planejamento? Estou achando que esta gestão domina melhor a arte da gesticulação que a do gerenciamento. O tempo dirá, mas de momento, de gestão e planejamento tem-se visto muito pouco e o relógio não para. O tic-tac é implacável. Já passou mais da metade do tempo e não há traços da dita gestão.
Isso é planejamento? Estou achando que esta gestão domina melhor a arte da gesticulação que a do gerenciamento. O tempo dirá, mas de momento, de gestão e planejamento tem-se visto muito pouco e o relógio não para. O tic-tac é implacável. Já passou mais da metade do tempo e não há traços da dita gestão.