quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Os "importantões" que ligam o giroflex para se sentirem poderosos...


POR JORDI CASTAN
O giroflex está na lista de privilégios que não têm amparo legal e que devemos denunciar. Ou, melhor dizendo, essa turminha que faz uso indiscriminado do giroflex a toda hora, em todo momento e, principalmente, quando nem estão atendendo a uma emergência ou a um chamado.

Giroflex nem está no dicionário, mas em linguagem coloquial serve para identificar as luzes intermitentes, normalmente de cor vermelha. Aquelas luzes que veículos, em situações de  emergência, utilizam para chamar a atenção e alertar os demais motoristas para que cedam a passagem e possam chegar mais rapidamente ao seu destino. Inclui este grupo as ambulâncias, o corpo de bombeiros e a polícia.

A este último grupo têm-se incorporado as guardas municipais e os agentes de trânsito. Aqui na vila é raro que os “azulzinhos” saiam da toca sem ligar o giroflex. É uma das formas que acharam de chamar a atenção, de se sentir mais importantes. Por isso é tão comum encontrá-los passeando a passo de cagado manco com o giroflex ligado. Querem ser notados. Seria compreensível em casos de policiamento ostensivo ou se a sua função fosse a de policiamento. Mas é bom lembrar que não é.  


O giroflex ligado é, na realidade, um salvo-conduto para poder parar onde quiserem, sem respeitar as normas de trânsito, usando o subterfúgio de que os agentes estão atendendo uma emergência, o que lhes permite desrespeitar as normas de trânsito. Ligar o giroflex para chegar mais cedo ao Detrans é um privilegio ilegal, como usá-lo quando não estão atendendo qualquer emergência.

Já houve casos em que ambulâncias com sirene e giroflex ligadas eram usadas por funcionários administrativos para chegar mais rápido a reuniões ou ao trabalho. E quando estes abusos são identificados, os responsáveis devem ser punidos. Aqui na Vila como não há gestão, nem autoridade: cada um faz o que bem entende e ninguém respeita ninguém. Virou tudo uma casa da mãe Joana.

É bom ficar atento. Ceder rapidamente a passagem aos veículos de emergência, como ambulâncias, bombeiros e policiais em cumprimento do seu dever. Mas também estar atentos aos que usam o giroflex exclusivamente para se sentirem importantes, para chamar a atenção ou principalmente para poder descumprir as leis e normas do trânsito.

São os mesmos que se escondem nas esquinas com um bloquinho na mão. Os mesmos que somem quando o trânsito complica ou quando há qualquer problema maior. São eles os que passeiam faceiros com o giroflex ligado para se sentirem poderosos. Vai que esse prazer pelo piscar do giroflex é parte dos arroubos autoritários do gestor municipal que acaba permeando toda a estrutura. 

2 comentários:

  1. O giroflex ainda te fornece o benefício da dúvida. O que dizer então do famoso "cone de sinalização"? O pedacinho de plástico ou borracha, dependendo da composição, este sim, um carteiraço no trânsito da colônia. Caminhão de mudança estaciona em horário comercial lógico, em qualquer rua do centro da cidade, botou o conezinho pronto. Esses dias na Expedicionário Holz, o plantão de vendas daquele luxuoso edifício estacionou uma BMW em frente a baiuca de vendas e colocou o cone, estava decretada a interdição parcial de uma via de rolamento (agora todas) em função de obras do piscinão. Um pouco mais a frente na mesma rua, em finais de semana a mão dupla vira pista simples em função do estacionamento do edifício, sendo que o meio fio está pintado do início ao fim da via. Adivinha quem coordena o trânsito no local? Sim amigos, um conezinho antes da fila indiana. Concretagem de lage em horário de pico? Cone! Tabacaria? Cone! Buteco raiz? Cone!Buteco nutela? Cone! Em algum tempo, os bandidos em fuga irão colocar cones na via, impedindo a passagem das otoridades.

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    1. Fiquei quase 2 anos no Conselho da Cidade brigando para que a Lei de Ordenamento Territorial - LOT - exigisse um recuo frontal maior dos prédios, o que aconteceu? Prevaleceu o interesse econômico e agora temos caminhões de concretagem, caminhões de mudança, caminhões de entrega de materiais de construção e visitantes, todos usando parte das vias públicas e colocando cones para "garantir" sua impunidade. Pior é quando o administrador coloca uma placa permitindo o estacionamento de visitantes numa das pistas em determinados horários. É a privatização do espaço público. O lucro é dos empresários, já o prejuízo é de todos, pois todos perdem tempo ao trafegar nas vias parcialmente interditadas para usufruto privado.

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