quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Sérgio Moro é pau para uma obra?
















POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

- Calçar as sandálias da humildade.
- Cretino absoluto.
- Delírio.
- Justificar a tortura porque o fiz de boa fé.
- O cemitério está cheio desses heróis.

As expressões reproduzidas acima são do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e foram publicadas na imprensa nacional esta semana. O ministro não cita nomes, mas é fácil depreender que as críticas têm endereço certo: o procurador Deltan Dallagnol e o juiz Sérgio Moro (ver imagem no final do texto). Foi um tranco. Parece que há algo de podre no reino de Curitiba. Surpreende? Claro que não.

O que o juiz Sérgio Moro parece não saber – mas deveria ter intuído, se não se tivesse deixado deslumbrar pela luz dos holofotes – que certo tipo de "heróis" tem prazo de validade. Ou seja, são pau para uma obra. É só ir à história recente. Quem ainda fala em Joaquim “Batman” Barbosa? De herói das multidões reacionárias, hoje o ex-ministro vive um ocaso, longe da admiração dos seus antigos admiradores. É assim no reino dos golpistas: os reaças têm memória curta... e nenhuma gratidão.

Os fatos recentes podem indiciar que Sério Moro vai no mesmo caminho. Muito prestável na missão de provocar um rombo no PT – e fazer o trabalho que a oposição desejava dele – , o juiz de Curitiba pode estar a ser reduzido ao estatuto de simples peão na base da pirâmide do Judiciário. “Mudai os tempos, os lugares, as opiniões e as circunstâncias... e os grandes heróis se tornarão pequenos e insignificantes homens”, diz a frase atribuída a Mariano Fonseca, o Marquês de Maricá. Ninguém duvida.


Pode ser apenas um puxão de orelhas. Mas as circunstâncias parecem estar a mudar. E quando um superior hierárquico do calibre moral de Gilmar Mendes usa expressões como “cretino” para classificar pessoas e “delírio” para descrever as propostas defendidas por Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, então está entornado o caldo jurídico. E a poderosa Republiqueta de Curitiba pode estar a soçobrar.

É a dança da chuva.




15 comentários:

  1. cretino
    adjetivo substantivo masculino
    1.que ou quem sofre de cretinismo ('estado patológico').
    2.infrm. que ou aquele que apresenta comportamento comparável ao desse estado; imbecil, idiota.

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  2. Cretino é sinônimo de: pacóvio, toleirão, tantã, sonso, otário, lorpa, tolo, tanso, pato, pascácio, parvo, papalvo, tonto.

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  3. Que venha o mimimi da reaçolandia joinvilense

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  4. Será que agora vão dizer que o Gilmar Mendes é "petralha" também?

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    1. Não, petralha parece-me o procurador geral da república.

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    2. O Procurador Geral da República que colocou metade da executiva do PT na cadeia e conduz uma investigação que contribuiu decisivamente para o impeachment de Dilma é "petralha"? Cara, nessas horas a gente entende o poder catártico do palavrão: caralho!

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  5. Contradições esquerdistas: “é, mas não é”, “subir para baixo” e “sair para dentro” são frases tão corriqueiras quanto a anuência ou rejeição concedidas as pessoas conforme a ocasião.

    Para mim, Gilmar Mendes está longe da santificação, mas continuo a confiar muito mais na sua toga e nas palavras ásperas do que nos seus colegas que ascenderam nos governos petistas, como Lewandowski e Toffoli. Idem nos procuradores e juízes da república de Curitiba. O problema está em Brasília com o sr. Janot que terá de explicar o porquê da recusa da delação de Léo Pinheiro, já que o vazamento de nada beneficiaria o criminoso, apenas Dilma e Lula que seguramente foram citados na delação. Então vejamos: se há essa suposta perseguição da rep. de Ctba contra o pobre Lula, porque liberariam o vazamento contra Toffoli e melariam a delação? Porque os advogados de Pinheiro fariam o mesmo com o seu cliente correndo o risco de perder o benefício da delação? Janot tem muito a explicar, não Moro.

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    1. Segundo o 11:04, Janot suspendeu o acordo com Léo Pinheiro porque "apenas Dilma e Lula " foram seguramente citados na delação.

      Bom, não é exatamente o que apurou, entre outros, a Folha, que afirma em reportagem do dia 22/8 que "dentre os possíveis citados na delação de Pinheiro poderia estar inclusive o presidente interino Michel Temer".

      Janot suspendeu a delação por conta disso? Pouco provável. As razões, me parecem, tem muito mais a ver com a briga política entre MP, PGR e STF, com Gilmar Mendes, cujo interesse na Lava Jato sempre se limitou ao quanto ela podia afetar o PT, à frente.

      O texto do link abaixo, publicado no Estadão, é esclarecedor a esse respeito. É quase certo que, mesmo com tantas evidências, o 11:04 continue a confiar no Gilmar Mendes. Sem problemas nem surpresas: os caras, afinal, já foram milhões de Cunhas.

      http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/juizes-afirmam-que-gilmar-mendes-age-contra-a-lava-jato/?utm_campaign=a_nexo_20160825&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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  6. A missão do Sergio Moro era provocar um rombo no PT. Quer dizer, o roubo sistemático como principal programa deste partido era apenas um detalhe. A Republiqueta de Curitiba nãondeveriabter metido o bedelho , e então deixar a rapinagem esquerdopata continuar. A cretinice está no outro lado do Atlântico.

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    1. É claro que a cretinice está do outro lado do Atlântico. Ou achas que aqui não há comentadores anônimos nos blogs?

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  7. Não acredito...
    Vcs estão falando do Sereníssimo não vem ao caso 10% não acho a dondoca de olho arregalado???

    A que ponto chegamos???
    Convocarei os coxinhas e invadiremos Brasília com nossos patos de borracha e mostraremos que a República de Curitiba, mais conhecida como Guantánamo brasileira, merece ser respeitada.

    Saudações democráticas.

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  8. Gilmar Mendes quer que se mantenha a delação de Leo Pinheiro, Rodrigo Janot, não.

    Favoráveis à manutenção da delação:
    -Gilmar Mendes
    -Sérgio Moro
    -Deltan Dallagnol

    Contrário à manutenção da delação:
    -Rodrigo Janot

    Quem quer acabar com a Lava-Jato? Porquê?

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  9. Cretinice é fazer de conta que nada aconteceu, quando há provas obtidas de escutas legais, tidas ilegais por mero casauismo interpretativo.

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  10. Os saudosistas da republiqueta de Curitiba já adiantam o seu choro. E por coincidência, são todos anônimos. Por que será?

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