quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A medalha é uma consequência

POR FELIPE SILVEIRA

O que Estados Unidos, China e Cuba têm a ver com a extinta União Soviética e o antigo Império Britânico? Todos eles foram ou são potências esportivas, independentemente da ideologia predominante em cada um desses países. Pensando nisso, aproveitando que é tempo de olimpíada, podemos pensar de que forma o esporte pode ser usado como política pública por aqui.

É importante entender o esporte como uma política pública transversal, que envolve educação, saúde, lazer e economia. Antes de se preocupar com os grandes resultados, vale pensar na maneira como a sociedade vai se relacionar com a prática esportiva. A medalha olímpica é uma consequência desse processo.

Os EUA, por exemplo, tem uma forte relação econômica com o esporte, de modo que suas ligas são lucrativos mercados. Já em Cuba, a atividade física é estimulada em toda a sociedade, mas também com formação de atletas de ponta para competições internacionais. Outro exemplo é dado pelo ex-jogador de futebol sérvio Petkovic. Ele conta que, quando era jovem, na antiga e socialista Iugoslávia, a prática esportiva era estimulada em toda a sociedade como uma política de Estado, tanto que ele treinava várias modalidades.

Tanto as sociedades capitalistas como socialistas tem na escola um lugar destaque para o esporte e esse é um exemplo que devemos copiar. Importante para o desenvolvimento individual e ótimo para a sociabilização, o esporte pode ser praticado amplamente no contraturno escolar, de modo que crianças e jovens tenham a possibilidade de se ocupar com algo estimulante, divertido e saudável, quando muitas vezes a opção é ficar em casa vendo TV. O esporte não é a única alternativa para um contraturno que estimule o desenvolvimento, mas é uma das mais baratas e com público garantido. Exige um investimento em quadras, materiais esportivos e professores capacitados, mas oferece ganhos bem maiores para a sociedade.

10 comentários:

  1. Esse jogando baseball não o facínora cubano mais jovem?

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  2. É ele mesmo, Anônimo 08:46: exemplo de humanidade e fair play.

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  3. O esporte ajuda muito no desenvolvimento humano, pena que esse Antônio Carlos e o anônimo 08:46 não percebam isso.

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    1. Percebo, mas a fotografia demonstra não ser um consenso. Percebo também que existem facínoras amados pelos que se dizem humanistas.

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  4. Fidel Castro, líder da revolução cubana, joga baseball, um esporte tipicamente norte americano, e isso em plena Guerra Fria e, portanto, durante o auge do bloqueio americano à Cuba.

    Uma imagem riquíssima em possibilidades interpretativas e que sintetiza exemplarmente o texto do Felipe. Mas o 08:46 e o Antônio Carlos conseguiram ver apenas o "facínora cubano mais jovem".

    De fato, a ignorância cega.

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    1. É aquilo Clóvis: semiótica, analise do discurso e história são três moças sempre vilipendiadas pelos anônimos nos comentários desse mundão da interwebs...

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    2. Sim, é semiótica.
      Se preferem a poesia da foto aos fatos históricos...

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  5. Saudades do fantástico programa jovem cidadão que tínhamos em Joinville!!!

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  6. Um bom program de esportes nas escolas de Joinville, municipais e estaduais, ajudaria a diminuir a criminalidade na cidade.

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  7. A esquerda burra adora um homem fardado, menos no Brasil...

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