sexta-feira, 5 de abril de 2013

Você está satisfeito com o jornalismo feito em Joinville?

POR FELIPE SILVEIRA

Você, leitor, está satisfeito com o jornalismo feito em Joinville? Com as reportagens dos nossos jornais, com as coberturas das rádios e com as opiniões dos blogs locais, como o Chuva Ácida?

Pergunto isso motivado por uma questão nacional. Nos últimos dias, um dos principais blogueiros do país, o jornalista Luiz Carlos Azenha, decidiu encerrar as atividades do blog Viomundo, após perder uma ação judicial movida pelo diretor de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel, e ser multado em R$ 30 mil. Mais recentemente ainda, após receber inúmeras manifestações, ele mudou de ideia e decidiu manter o blog que tem mais de dez anos de existência e é dos principais da linha que chamamos de “blogueiros progressistas”.

(Vale ler, aqui, o que o fez mudar de ideia)

O fato inflamou a discussão acerca de alguns dos problemas pelo qual o jornalismo passa, como o dinheiro público no financiamento de veículos e a judicialização do debate. Copio um trecho do texto do próprio Azenha para exemplificar:

Como tocar um blog que não aceita patrocínios de governos, empresas públicas ou estatais — uma decisão tomada porque esperamos que Globo, Veja, Folha e Estadão nos sigam — e ainda assim tenha capacidade de debater políticas públicas de forma relevante, sem apenas reproduzir opinionismo político? Acreditamos que o Estado deva adotar políticas que incentivem a diversidade e a pluralidade, conforme previsto na Constituição. Que combata a propriedade cruzada. Acreditamos que o Parlamento deve cuidar do Direito de Resposta, uma forma de evitar a judicialização que leva desiguais para se enfrentarem num campo em que prevalece o poder econômico — dos advogados e lobistas.”

Aproveito o gancho nacional para trazer o debate a Joinville. Se tá ruim pra essa galera, imagina pra gente que tem o Beto Gebaili.

Particularmente, acho que o jornalismo local é muito ruim, apesar de haver alguma coisa boa de vez em quando e bons profissionais nas redações. O problema (na minha opinião, claro) está no direcionamento dado pelas corporações que influenciam direta ou indiretamente as redações. Direcionamento, por sua vez, dado por editores, alinhados com o pensamento dos patrões.

Nas rádios a coisa é pior ainda, pois os péssimos amadores que usam os microfones são despreparados e muitas vezes mal intencionados. Há, sem dúvida, gente boa também, mas cujo foco não é jornalismo.

A questão que pega, porém, é que ainda não podemos contar com uma blogosfera que faça jornalismo, pois é uma atividade profissional que custa caro. Os jornais, por sua vez, estão largando mão do jornalismo para se dedicarem a atividades de entretenimento, que custam bem menos, dão mais retorno e não incomodam os amigos/anunciantes (empresários do ramo imobiliário, por exemplo, e homens públicos, como o prefeito, o governador e o senador). O esvaziamento das redações é a maneira mais fácil de fazer isso.

Sem jornais fortes e comprometidos com a sociedade, que possam peitar poderosos, e com blogueiros sem grana e sem força, fica cada vez mais fácil para quem quer tirar um dinheiro de uma licitação aqui e beneficiar o coleguinha em outra ali.

Não tenho nada a propor. Fico feliz que o Azenha não tenha desistido e que os blogueiros estejam se organizando para enfrentar batalhas judiciais com a criação de um fundo específico. Esperamos que os blogueiros do Chuva Ácida nunca precisem. Fica a reflexão sobre o jornalismo em Joinville e a pergunta: estamos satisfeitos?

P.S.: Vale ler este texto do Fernando Evangelista sobre o caso do Azenha: Propaganda de Margarina.

31 comentários:

  1. Felipe, nem vou entrar no mérito dos ratos de esgoto (patrões, editores e puxa-sacos) que abundam no jornalismo, e neste especial, em Joinville.
    Só queria ressaltar a belíssima entrevista do Luis Eduardo Soares (link no seu texto) que expõe, com uma precisão cirúrgica, do porquê da necessidade de uma política de cotas raciais no Brasil. Que os resistentes percam alguns minutos com esta leitura. Àqueles que ainda insistirem com sua visão reducionista e preconceituosa do tema, "bom sujeito não é, ou são ruim da cabeça ou doente do pé...".

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  2. Um dos nossos muitos problemas é que o necessário e urgente debate sobre a regulamentação dos meios de comunicação virou peça de propaganda direitista e oposicionista, como se fosse o governo do PT a levantar a questão. Não foi: quem primeiro tocou nesse assunto foi o governo FHC, no Plano Nacional de Direitos Humanos 2, assinado pelo sociólogo-presidente em 2002. Lá, no capítulo dedicado à comunicação e imprensa, lê-se, entre outras coisas, o seguinte:
    "- Apoiar a instalação, no âmbito do Poder Legislativo, do Conselho de Comunicação Social, com o objetivo de garantir o controle democrático das concessões de rádio e televisão, regulamentar o uso dos meios de comunicação social e coibir práticas contrárias aos direitos humanos.
    - Garantir a possibilidade de fiscalização da programação das emissoras de rádio e televisão, com vistas a assegurar o controle social sobre os meios de comunicação e a penalizar, na forma da lei, as empresas de telecomunicação que veicularem programação ou publicidade atentatória aos direitos humanos."
    Não vou discutir aqui porque, apesar de tão idênticos, apenas o PNDH 3, assinado por Lula, foi taxado de “leninista” e acusado de “autoritário”, a colocar em risco a liberdade de expressão. Se isso fosse verdade, FHC seria tão autoritário quanto Lula e a censura seria um espectro a rondar as redações desde antes do governo petista. Mas não é o caso, porque é público e notório as razões desta discriminação.

    O que realmente importa é que, desde 2002, nada avançou, apesar das tentativas do ex-ministro Franklin Martins de, pelo menos, promover um debate amplo capaz de estabelecer as bases necessárias para o tal marco regulatório. E como nada aconteceu, o que nos resta, por enquanto, é conviver com os grupos que, irresponsavelmente, denunciam uma censura governamental que não existe, ao mesmo tempo em que a praticam, valendo-se dos meios judiciais, contra aqueles que praticam a liberdade de expressão – e lembro que há, além do caso Azenha, o do site “Falha de São Paulo”, processado pelos todos poderosos Frias.

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  3. Mário Cezar da Silveira5 de abril de 2013 às 10:13

    Vivemos a cada dia a "Revolução dos Bichos", o "Admirável Mundo Novo", "1984". Poucos de nós, infelizmente, têm a consciência do reality Show em que vivemos. Manipulados como massas de manobra dos Big Brothers de plantão.
    Não me tenha como um conformado ou um alienado. Infelizmente está cada vez mais difícil ter a imprensa como fonte de informação. Essa imprensa que está aí, que chamo de "Imprensa serviçal", ou "Betogebailista ou Antonionevesista" é uma grande característica de Joinville. Nosso problema é a falta de órgãos de imprensa livre e de jornalistas que consigam sobreviver sem ter que se submeter. Os que conheço vivem moribundos, atuantes e efervescentes, mas,infelizmente,alcançando poucos e com sua credibilidade sempre adjetivada como marginal.
    Essa imprensa "Betogebailista" tenta nos limitar em paradigmas interesseiros, que nos jogam num funil, para nos engarrafar em embalagens não recicláveis.

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    1. Acho que chamar Gebaile e Toninho Neves de jornalista ofende a classe... Max

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  4. Oi Felipe, sou de um tempo que se sentava a mesa para conhecer atraves do jornal a realidade do que ocorria na cidade, hj nem compro mais, pois atrás de cada reportagem, existe uma mensagem oculta, um recado para alguem, que com certeza não sou eu....obvio.
    joinville nos últimos tempos tem essa realidade bem nítida, respondendo a então sobre Joinville, não temos mais, jornalismo confiável e sim raros jornalistas tentando se manter em meio a uma grande rede empresárial, o povo já deixou de ser o alvo de esclarecimento das noticias, virou briga de compadres na cozinha.

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  5. Enquanto Governo Federal e Estadual forem os maiores clintes dos grandes veículos de comunicação...anunciando obras, campanhas, Pactos etc. nada vai mudar, afinal você falaria mal do seu chefe? Garanto pra vc que se o Prefeito não colocar grana nos veículos até junho ele vai começar a tomar pau. Veículos tem meta de receita do governo...os acionistas agradecem.

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  6. Na TV o jornal da RBS é especialmente para mostrar acidentes de trânsito. Discussões relevantes para a comunidade, esquece. Me refiro a pauta da sucursal de Joinville. Na capital a RBS produz matérias importantes quando é do seu interesse. Vide recente matéria sobre a concessionária da BR 101, Autopista Litoral Sul. Ora, é evidente a pressão para que saia o tal contorno rodoviário na região de Fpolis. Assim como é evidente o bordão que criaram para a SC 401 de rodovia da morte para duplicarem a rodovia estadual que corta a ilha de norte a sul. Queria ver se criassem um bordão desse para a SC 301, toda semana tem acidente na serra dona francisca, muitos fatais. Já teríamos uma duplicação. Quer ver então se colocassem o nome na rodovia de Maurício Sirotsky Sobrinho, como é o nome da SC 404 que vai para Jurerê Internacional.
    Os jornais televisionados do SBT e da RIC em Jlle conseguem ser um pouquinho melhores.

    O jornalismo escrito em Jlle uma vergonha. Apesar, como já afirmaram acima, que há ótimos profissionais. O problema é a pauta que lhe passam e suas limitações. Joinville perdeu muito com a venda do AN para a RBS. O DC virou o único jornal com pauta ampla (internacional, nacional e estadual) em SC. O AN ficou enxuto. Virou um jornal regional. Matérias internacionais, do país ou estaduais, são tratadas a pinceladas. Exemplo de hoje: enquanto o DC entrevistou o embaixado joinvilense na Coréia do Norte, o AN fez uma pequena nota dizendo que a Coréia destacava um míssel para zona de fronteira. Detalhe que o DC chama o embaixador de blumenauense, posso estar errado, mas sempre li que ele era de Jlle. Enfim, bairrismo a parte, a diferença na cobertura dos assuntos internacionais fica evidente. O mesmo se repete para assuntos nacionais e estaduais.

    Ah, isso sem falar que o AN não tem mais a edição de domingo. Também pudera, a antiga edição de domingo já era fechada na própria sexta-feira. O mesmo acontece com o jornal Notícias do Dia.

    E sobre o jornalismo na rádio.. ops, que jornalismo? Tá, bato palmas para o jornalismo esportivo na rádio. No mais, esquece.

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  7. Pouco provável que a insatisfação seja apenas em relação ao Jornalismo. Em Joinville, cidade que deixei há alguns anos, mas que vira e mexe volto para bater cartão, há muito com o que não estar de barriga cheia: o trânsito de carros e bicicletas e o engarrafamento conceitual que impede que novas ideias fluam, a educação básica e aquela dita "superior". Não estou a meter o pau, porque nem tenho muita informação para isso, mas é exatamente este o ponto: gostaria de ter mais informações sobre isso! Construída em cima de crítica, mas também de investigação. Gostaria que a inteligência que é discorrida aqui nesse blog se voltasse mais para a esquerda progressista 2.0 do que a verborragia que apenas "taca-lhe o pau". Tem muito para estar insatisfeito em Joinville. Desde o que eu falei até a oferta de serviços, alimentação, lazer, cultura... Joinville é uma puta cidade em potencial. Ela poderia ser muito melhor, mas parece caminhar a passos lentos há uns 10 anos - Obrigado, Carlito!

    Sobre o Jornalismo em Joinville, acho que falta aqui no Chuva Ácida um posicionamento mais claro. Quando eu vejo no meu e-mail uma notificação não lida do CA, fico meio feliz: porque pode ser coisa muito boa ou pode ser um vídeo qualquer que passaria no SBT e algo me leva a crer que não é aqui que ele melhor se encaixa. Existem outros espaços para isso. Mas ainda assim escolhi acompanhar o Chuva Ácida para saber como e por onde anda Joinville, porque não queria ter a visão do AN sobre a cidade, tampouco do Betão.

    Sobre o ponto do financiamento público e privado dos veículos, os jornalistas aqui sabem melhor do que eu que nas raízes existiam formas de produzir e distribuir conteúdo sem patrocínio. Pasquim e outros conseguiram viver durante algum tempo. Certo ou errado? Realmente posso conhecer pouco disso e não saber que as mentes malignas atrás dos Pasquim mamavam nas tetas de alguém. Mas quanto custa produzir e distribuir uma edição impressa do Chuva Ácida? Uma vez por mês; ou uma única edição apenas para trazer tráfego e dar visibilidade para este veículo. Um projeto de crowd funding poderia financiar isso - pessoas - e por na mão de outras pessoas, que ainda não foram impactadas virtualmente. Porque é impossível estar satisfeito com o Jornalismo em Joinville, mas é possível se convencer facilmente de que não há muito a ser feito mesmo.

    Então deixa eu sintonizar aqui e ouvir o que o babaca do Gebaili vai falar hoje...

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    1. A sugestão do impresso é algo a ter em conta. Mas isso demanda uma outra estrutura muito diferente da que temos no Chuva Ácida (ninguém é pago para escrever). O crowdfunding poderia ser uma saída interessante, mas não sabemos até que ponto as pessoas estarão dispostas a patrocinar um produto como este. De qualquer forma, o Chuva Ácida nasceu para ser online, apesar de sabermos que não chegamos a muita gente. Aliás, parece que ninguém em Joinville tenha tido a preocupação de saber quais sais os índices de info-inclusão, um dado essencial nos dias de hoje.

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  8. Ainda cabe recurso da ação que ele perdeu.

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    1. Sim, anônimo, mas essa não é a questão importante, como ele mesmo diz no texto. Isso pouco importa. O que importa é que as coisas tão ruins e tão tomando um rumo ainda pior. Leia o texto do link lá de cima.

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  9. eu gosto da ANA PAULA PEIXER !

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    1. Estamos falando de jornalismo. Essa senhora aí não é jornalista, por mais que ela diga ser fodona em várias coisas absurdas. É escritora de livros de auto-ajuda e aprendiz de pastora.

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    2. Eu também... S2.

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  10. Os politicamente corretos são tão imbecis e superficiais!!!
    Acreditam ser super-heróis, dotados de dons superiores, mas o fazem de forma errônea. Na verdade não buscam o conhecimento necessário para argumentar, falar ou escrever.
    Infelizmente é assim, mais interesse do que simplesmente informação.
    Informam apenas o que é de seu interesse e não do nosso.

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  11. Nao poso estar insatisfeito com o jornalismo de Joinville ja que ele nao existe...

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  12. Felipe, sou jornalista e joinvilense. Concordo com você quando diz que nosso jornalismo no rádio é sofrível. Concordo com você que a cobertura dos jornais não é digna dos sonhados pensadores que estão a ensinar na academia hoje. Mas veja quanta incoerência no que você escreve. Luiz Carlos Azenha, o blogueiro que você admira, foi condenado a indenizar o diretor de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel, justamente por praticar o que você condena: mau jornalismo. Notícias fundamentadas em fatos dificilmente resultam em processos. Quando viram processos, é porque o alvo da notícia tem muita razão ou nenhuma. Juiz analisa opinião política. Analisa os fatos. Mas você, Felipe, ao levantar a bandeira do bom jornalismo, deve saber disso. Para finalizar, meu caro, repense sua avaliação sobre os tais “blogueiros progressistas”. Essa turma defende José Dirceu e os erros da esquerda que chegou ao poder e nos presenteou com o mensalão. Em setembro de 2012, o jornalista Fábio Pannunzio decidiu fechar o blog dele porque não conseguiu arcar com as despesas judiciais de processos movidos por políticos corruptos. Eles queriam calar a voz do jornalista e conseguiram. Por que nenhum dos seus “blogueiros progressistas” saiu em defesa de Pannunzio? Chega a ser engraçado a ingenuidade com que você aceita o que Azenha escreve que não tem patrocínio público. Ele está a serviço da Record, a rede de televisão que mais recebe dinheiro público no país. Recebe tanto quanto a Globo, a Veja, o Estadão, a Folha e outros veículos recebem. Felipe, geralmente não entro nesse tipo de debate. Mas hoje me deu vontade de te ajudar a olhar melhor o que escreve. Não para patrulhá-lo como muitos dos “progressistas” fazem. Mas para lhe ajudar a enxergar o jornalismo com mais realismo. Antes de criticar seus colegas de profissão, tente fazer melhor. Vire exemplo por furos jornalísticos, grandes reportagens, textos bem escritos... Abs. Joel.

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    1. Joel, concordo em parte com o que falou, também acho que o excesso de patrulhamento pode levar a uma visão distorcida dos fatos. Mas até onde sei a perseguição a jornalistas no Brasil tem tido êxito para alguns poderosos justamente pela falhas do Judiciário e da nossa atual legislação que resiste a um termo regulatório que impeça tanto o nazijornalismo como aqueles que o alimentam. Ou vc acha que existe isenção nas relações entre a grande mídia, políticos e judiciário?

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    2. Para quem cobra do Felipe que ele seja menos ingênuo, suas considerações não primam exatamente pelo equilíbrio e a argúcia, Joel (é sempre bom debater com quem não ousa esconder seu nome). Primeiro, porque parece acreditar que juízes pautam suas decisões ao arrepio de vontades subjetivas e realidades objetivas. Eu sei, o símbolo da justiça é cega, mas não precisamos levar a simbologia tão ao pé da letra, ou então como explicaríamos um ministro do supremo prefaciar o livro de um jornalista assumidamente anti-esquerdista durante o processo de que ele, o ministro, era justamente, um dos juízes? Aliás, seu ato falho foi maravilhoso: juízes NÃO julgam opiniões, juízes julgam fatos foi o que, creio, você tentou ensinar ao Felipe. Pena que seus dedos esqueceram de teclar o ‘não’ e, vejam só, esquece-se uma palavra e o sentido muda completamente.

      Além disso, você incorre na mesma esparrela da maioria dos supostos liberais (ou livre pensadores, ou conservadores, ou oposicionistas, ou seja lá como você queira ser tratado), que é partir do princípio que progressistas pensam, falam e agem homogeneamente, que somente eles tem e defendem seus interesses, e que somente quem é de esquerda acredita ou defende o que, a falta de melhor palavra, podemos chamar aqui “ideologia”. Se Azenha está “a serviço da Record”, a serviço de quem está Reinaldo Azevedo, Merval Pereira, Arnaldo Jabor ou Fábio Pannunzio, cujo principal objetivo com o blog parecia ser destruir a reputação de outro jornalista, Mino Carta, coincidentemente ou não, à mesma época em que a Carta Capital denunciava o aparelhamento da Veja aos interesses do Cachoeira e do senador Demóstenes Torres?

      Aliás, ao menos o Policarpo Junior, editor da Veja em Brasília, nós sabemos a serviço de quem estava: do crime organizado.

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  13. Dois do que aqui escrevem ocupam cargos no governo
    do Udo Döhler. Tá tudo dominado.

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    1. Dois? Quem é o outro?

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    2. E qual é o problema, anônimo?

      O Chuva Ácida é um blog que soma opiniões divergentes e não um veículo jornalístico. Pode ter gente que defende o governo, mas nem tem, já que o Charles, o único que escreve aqui e trabalha no governo, não toca no assunto.

      O que tá dominado?

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  14. Ao que parece, estamos confundindo causa com efeito. É o jornalismo ruim que torna a audiência obtusa ou seria o público joinvilense que dá IBOPE para o mal jornalismo?

    Sem ninguém lendo e ouvindo, a pressão econômica teria eliminado esses "profissionais da mídia" que infestam nossas rádios e redações.

    Creio que hoje os programas mais rentáveis do jornalismo da cidade são justamente os mais difamados aqui.

    ...(apenas um comentário malicioso)...


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    1. A parte podre é mais rentável. Mas nem por isso deixa de ser podre.

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  15. Gosto de ouvir o Gebaili como aula de relações humanas ao fazer com que eu diariamente lembre de tudo que não devo ser e fazer. Adoro quando ele lê uma manchete qualquer e CHUTA aquilo que ele imagina que deva ser... é no fundo um programa humorístico.

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  16. o Sr. Clovis Gruner. falou tudo ,é simplesmente lamentável o nível do jornalismo praticado por aluguns....!!!! Mas afirmo Paulo Henrique é um lutador merece todo o meu respeito. Sem o PHA, o Azenha, o Rodrigo Vianna, o Eduardo Guimarães inclusive o pessoal do Chuva e tantos outros progressistas batalhadores, a minha consciência politica e de muitos cidadãos deste país não teria dado o salto qualitativo que deu. Nós lhes devemos isso.

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  17. Não existe jornalismo em Joinville, existe sim um grande balcão de negócios. Não se informa, se fatura !

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  18. Há muito tempo escuto pessoas dizendo que o Beto Gebaile é mercenário. Sempre duvidei.
    Duvidava quando eu escutava o Beto elogiar as merecidas empresas Gidion e Transtusa, na verdade eu concordo com ele quando ele diz que essas empresas são imbatíveis, já que possuímos duas empresas que prestam serviços dignos de países de primeiro mundo, onde todos andam de forma segura e confortavelmente sentados nas escadas dos coletivos que circulam pela cidade.
    gostaria de reconhecer a humildade desse excelente jornalista quando aceitou patrocínio da empresa litoral sul, na verdade, acredito que as empresas estão provando que investem e investem pesado cumprindo o contrato licitatório, começando pelo patrocínio do programa desse renomado jornalista.
    só que eu tenho somente uma dúvida:
    Porque até a semana do dia 07 de junho o senhor Beto criticava a autopista, e depois do dia 10, quando a mesma começou a patrocinar o conexção direta esse renomado jornalista começou a divulgar as fantásticas obras dessa empresa?

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