POR JORDI CASTAN
Vereadores candidatos à reeleição partem em desigualdade em relação aos outros.
Começaram os preparativos prévios ao tiro inicial de uma corrida de obstáculos que será concluída em outubro, com a eleição municipal.
Começaram os preparativos prévios ao tiro inicial de uma corrida de obstáculos que será concluída em outubro, com a eleição municipal.
É uma corrida injusta e desigual, porque
enquanto uns correm a peito aberto, sem muitos recursos e dependendo das
contribuições voluntárias, outros partem com vantagem, protegidos por uma
legislação injusta que facilita a recondução dos atuais vereadores. Arroupados
por quase uma vintena de assessores, que mantêm contato permanente com os
eleitores - com veículo e combustível sem limite para visitar as bases, com uma
infinita conta de telefone, computador à disposição e tudo custeado com
recursos públicos - a campanha pela reeleição de um vereador é uma tarefa mais fácil, quando comparada com aqueles que, para poderem contar com uma estrutura
semelhante, devem contar com recursos próprios significativos ou com recursos
contabilizados pela campanha.
Não será raro que, mesmo tendo aumentado o seu salário
acima da inflação e contra a vontade da maioria da população, muitos dos
atuais legisladores sejam reconduzidos ao cargo. Tampouco será surpresa
que alguns dos vereadores contem com recursos significativos para enfrentar a
corrida eleitoral. Recursos, vale dizer, vitaminados pela aprovação de leis que o ministério
público considera não atenderem ao princípio da impessoalidade. A
pessoalidade neste caso poderia ser identificada facilmente se o financiamento
da campanha cumprisse todos os requisitos de transparência que a lei exige. Isso permitiria identificar os financiadores de cada campanha.
Uma alternativa para que esta corrida tão
desigual permita o emparelhamento de todos os concorrentes com as mesmas
chances, só poderia acontecer se houvesse uma mobilização a favor da não
renovação de nenhum dos atuais vereadores. Uma iniciativa que estimulasse a
chegada ao legislativo de uma nova geração de cidadãos que, sem experiência política
prévia, chegaria ao poder desprovida das mazelas e vícios que enquistam a política
local.
A utópica alternativa, pode não garantir um
legislativo melhor, mas sem dúvida proporcionaria a oportunidade de um novo
legislativo. Uma oportunidade única para não renovar algumas das práticas que
em alguns casos afrontam o eleitor, que se sente traído, além de envergonharem os joinvilenses e provocarem o repúdio da sociedade.
Não coloque a culpa nos vereadores, o único culpado por qualquer político é o Povo. Brasileiro não vota em quem precisa, em quem tem boa índole e nem tão pouco vota olhando o curriculum do candidato. Brasileiro vota naquele que ele acha que terá mais vantagem.
ResponderExcluirNão confie o destino da cidade, do país ou do estado em um povo que saqueia caminhão acidentado na estrada enquanto o motorista agoniza na cabine.
Os vereadores não são culpados, eles só se beneficiam de uma situação imoral
ResponderExcluirEles só se beneficiam (e fazem isso repetidamente a cada ano), pois a população é conivente.
ResponderExcluirConcordo que o tema é polêmico e revoltante, porém não devemos nos inocentar da culpa que carregamos. Infelizmente o uso da maquina pública em benefício próprio já não é novidade na política brasileira e tampouco mudaria se todos os vereadores fossem substituídos. O que precisa para ocasionar alguma mudança, é a participação popular na política de uma forma efetiva, acompanhando, fiscalizando e fazendo o seu julgamento sobre o seu parlamentar, se ele é digno ou não de continuar lhe representando. O fato é que a mudança cultural começa por todos nós .. Porque o povo não pressiona os nossos deputados pela votação da reforma política ?? Pelo projeto, acabariam com muitos problemas, como é o caso de financiamento de empresas aos políticos .. Defendo o financiamento público de campanha, pois aí já é um caminho para que as campanhas sejam mais justas ...
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