sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Joinville em poemas e problemas

POR GUILHERME GASSENFERTH

Joinville é uma cidade
lotada de problemas.
Vou sem dó nem piedade
falar sobre alguns temas.

A biblioteca, coitada,
se a visse Rolf Colin
deste jeito abandonada
choraria sem ter fim.

Biblioteca sem teto
Museu interditado
Não posso ficar quieto
Muito triste tenho achado.

E falando em interdição
lembrei-me das escolas:
descaso, decepção!
Como pode, oras bolas?

E da Câmara, que falar?
Os nossos maus vereadores
ao invés de legislar
só nos causam dissabores.

Além disso é só olhar,
com os carros do Odir,
não precisam trabalhar,
basta apenas dirigir.

E falando aqui de carro
nosso trânsito tá horrível.
Isto tudo é bem bizarro
pois o imposto está incrível.

De bicicleta nem pensar
não dá para ser feliz
se ninguém te atropelar
então foi por um triz!

De busão fica difícil
desconforto e lotação
além de tanto sacrifício
o preço é deste tamanhão!

Se eu não vou com a Transtusa,
"opto" pela Gidion
esta escolha é obtusa
porque como tá não está bom.

E nem mesmo de avião
é possível ter conforto
porque ali no Cubatão
já tá pequeno o aeroporto.

E agora vou dizer:
obrigado, seu Carlito
mais espaço pro lazer
nosso parque tá bonito

Mas não posso me furtar 
a falar com sinceridade:
É preciso batalhar
por um parque de verdade!

Não esqueçamos da saúde
muito menos do Zequinha
vemos cada vez mais amiúde
superlotado na telinha.

Vendo assim até dá pena
e a toda hora, o tempo inteiro
entoam a mesma cantilena
"Isto é falta de dinheiro!"

Mas não se engane, não Senhor
quando ouvir este bordão
digo isto sem temor
O problema é de gestão

O Carlito até tentou
melhorar a administração
E onde foi que ele errou?
Foi na comunicação.

Mas até gosto no geral,
da gestão deste Carlito.
Se tá errado eu meto o pau, 
mas se tá bom eu admito!

Acredite, Joinville ficará boa!
mas pr'isso se concretizar
e não ter sido tudo à toa
pense muito bem na hora de votar.

8 comentários:

  1. KKK temos um poeta no Chuva Ácida. Ainda que os versos mais parecem criação de repentista.

    Parabens Guilherme uma vez mais você deu um show.

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  2. Repentista não é uma forma de poesia?
    Maikon K

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    1. Repentista: Que ou quem improvisa, faz repentes [ v. repente1

      Repente: Qualquer improviso, ou qualquer verso improvisado

      O Chuva Ácida é cultura. rsss

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  3. Tem razão o escrevente
    de sobrenome tão complicado
    Mostrou a Joinville recente
    mas esqueceu a do passado

    Nisso não há impedimento,
    mas lembro sempre a grande verdade.
    Aquele que semeia vento,
    Só pode colher tempestade.

    Portanto não me surpreendo
    ao ver Joinville ir a pique.
    Nenhuma cidade inteira resiste
    a oito anos de Luiz Henrique

    Que agora em Brasília é senador
    mas anda dizendo sandices
    à noite puxando o cobertor,
    diz despachar com Ulysses...

    Ora vejam o que diz nosso ex-prefeito
    Num recente discurso esquisito
    Ao ver que agora não tem mais jeito
    Botou toda a culpa no Carlito.

    Ora nosso querido Senador
    como sempre ardiloso e astuto
    quando prefeito deixou de fazer
    e agora diz que falta viaduto.

    Enquanto isso o povo sofrido
    o assistiu manso, calado e mudo
    deixar o Mariani rendido
    e hoje nos empurrar o Udo

    Sem contar que o Tebaldi foi feito
    Sucessor para cuidar do inventário
    Primeiro fez dele prefeito,
    E depois o impôs Secretário

    Mas seu reinado pouco durou.
    No estado o prejuizo foi enorme
    Dona Lia muitas escolas lacrou
    e as crianças estão sem uniforme

    E diante de todo esse dilema
    Ao invés das escolas consertar
    Fazia churrascos em Itapema
    Pra depois à Lia processar

    Bem, espero que não me levem a mal
    Porém insisto e repito
    Vamos brincar o carnaval
    E não culpar tanto o Carlito.

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    1. Nelson Joinville, caro amigo
      Ora só me cabe dizer
      "Concordo plenamente contigo"
      Permita-me o porquê esclarecer.

      Durante anos Joinville penou
      Nas mãos do hoje Senador
      Mas que tanto mandou e desmandou
      Que mais parece Imperador!

      E se hoje nosso asfalto
      Está todo esburacado
      É preciso falar bem alto
      Carlito não é o culpado!

      Confesso que tenho medo
      Do que pode acontecer
      Um sete de outubro bem azedo
      Que tenhamos de viver.

      Ao seu Udo sou simpático
      Mas não gosto de seu mentor
      Que parece ser fanático
      Por causar-nos dissabor

      Luiz Henrique em Brasília
      Cuide agora do Senado
      Pois quando esteve lá na Ilha
      Não olhou pra este lado!

      Digo, olhar até olhou
      Mas só olhou pela política
      Da cidade tanto sugou
      Que hoje encontra-se raquítica!

      Para Joinville dar-se bem
      Parar hoje é preciso
      De só dizer amém
      Ao Senador que é bem liso.

      Nelson, deixe-me propor:
      Aceitarias meu convite
      De teu poema aqui expor
      Para aquele que nos visite?

      Quero fazer uma postagem
      E publicar este teu texto
      Pro joinvilense ter coragem
      De tirar este cabresto

      E parar de achar que Luiz Henrique
      Grande algoz desta cidade
      Ainda é nosso cacique
      E o será por toda eternidade!

      De todo modo, obrigado
      Por dar sua contribuição
      Melhor que o que eu tinha postado
      Foi esta sua criação!

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    2. Meu caro amigo escritor
      de texto tão prazeiroso.
      Nos prova sem tirar nem por
      o quanto é generoso.

      Pela gentileza que me concedeu,
      só posso ficar honrado.
      Mas...meu post melhor que o teu?
      acho um tanto exagerado.

      Quanto a tua proposta e convite
      Não se faça de rogado
      Se o texto algo transmite
      Use-o bem, mas com muito cuidado

      Porque todos sabemos de sobra
      Não é novidade na praça
      Pois quando criticam sua obra
      O Senador nunca acha graça...

      Sorte e sucesso, amigo.
      E que suas lutas sejam exitosas
      Mas por certo irá enfrentar
      Muitas viúvas raivosas.

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