sexta-feira, 9 de março de 2018

Joinville: sete anos depois

POR ET BARTHES
Lançado em 2011, ao longo do tempo o Chuva Ácida construiu a sua trajetória na blogosfera joinvilense (e não só). É o que permite, por exemplo, ir aos arquivos para entender o que mudou na vida da cidade ao longo do tempo. E hoje vamos recuar ao ano de 2013, para ver se as propostas dos integrantes da época (eram expectativas) acabaram se concretizando. Infelizmente parece que pouca coisa mudou. Confira.











quarta-feira, 7 de março de 2018

As Universidades e a "disciplina do golpe"


POR CLÓVIS GRUNER
Já são 23 as universidades brasileiras, a maioria delas públicas – federais ou estaduais – que oferecerão nos próximos meses uma disciplina ou curso de extensão para discutir o “golpe de 2016”. O número só impressiona menos que a reação, de resto esperada, de um monte de gente ressentida que aproveitou o evento para desfilar a velha cantilena contra a universidade pública e seu corpo docente, doutrinação, infiltração esquerdista, etc... Já vi esse filme antes e não vale a pena comentá-lo; seria dar demasiada atenção a quem não merece.

A UFPR é uma das instituições a ofertar uma atividade – no nosso caso, um curso de extensão – sobre o tema. Sou um dos proponentes e participo, junto com outras duas colegas, de um módulo em que discuto a intervenção federal no Rio e o que chamo de “produção da insegurança pública”. E faço parte do grupo mesmo já tendo me manifestado, inclusive nesse blog, contrário ao uso da expressão “golpe” para se referir ao impeachment de Dilma. Apesar disso, acho importante, fundamental até, que se discutam os acontecimentos recentes e seus desdobramentos, e por algumas razões.

A mais imediata é a própria ilegitimidade do impeachment, apesar de sua reivindicada legalidade. Além disso, se há gente contrária, inclusive nas universidades, há quem defenda, dentro e fora do ambiente acadêmico, que se tratou de um golpe parlamentar, e que sustenta sua argumentação em uma literatura política já consolidada. O primeiro grupo deveria ter a competência de fazer o mesmo que nós, críticos do impeachment, estamos a propor: criar seus próprios cursos e ofertá-los, com vagas públicas e gratuitas, para que os interessados conheçam seus motivos e discutam seus argumentos.

Mas o mais importante: a destituição de Dilma Rousseff, e pouco importa se você acha que foi um golpe ou um impeachment conduzido dentro da mais estrita normalidade, foi um ponto de inflexão na história política brasileira. Discuti-lo e seus desdobramentos é uma necessidade, assim como o que significou a ascensão ao poder do PMDB e de Michel Temer – além, obviamente, de livrá-los da cadeia. Que as universidades públicas tomem à frente desse debate não é casual.

Desde que assumiu, Temer fez da desqualificação e do desmonte do ensino público, e não apenas o superior, um projeto político. E nisso conta com o apoio de uma parcela da sociedade, por razões insondáveis disposta a afagar e legitimar um presidente e um governo corruptos e eleger como inimigos professoras e professores, escolas e universidades públicas. Não acredito que as disciplinas e cursos de extensão produzirão um diagnóstico definitivo sobre os últimos dois anos. Mas é um movimento de reação e reflexão, apesar de suas limitações e sua provisoriedade, urgente e necessário.

terça-feira, 6 de março de 2018

Como Lula e Moro serão vistos daqui 20 anos?

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
Realidade e percepção. Primeiro há os fatos, depois a leitura desses fatos. A realidade: Sérgio Moro impôs uma dura pena ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fato que tem tudo para impedir o ex-presidente de concorrer nas próximas eleições. A percepção: as pessoas começam a ver Moro com desconfiança e Lula mantém praticamente inabalada a sua imagem junto aos seus eleitores.

Quando se fala em percepção, a rejeição tem um papel definidor. Segundo a mais recente pesquisa Ipsos, expressivo número de brasileiros desaprova as ações de Sérgio Moro, o que fica expresso num índice de rejeição de 51%. Lula tem um índice maior, apesar de ter descido ligeiramente para 56%, mas ainda assim o menor índice entre todos os políticos que postulam entrar na corrida para o Palácio do Planalto.

Faz sentido fazer a comparação, já que ambos estão em campos diferentes? Faz. O confronto entre Lula da Silva e Sérgio Moro tem sido apresentado pela mídia como uma espécie de “duelo. Enquanto o ex-presidente tenta chegar novamente ao cargo, o juiz tem feito tudo para impedir, inclusive com alguns atropelos. Há um clima de paixões exacerbadas. Os que odeiam Lula da Silva estão com o juiz. E vice-versa.

A proposta é pensar na frente. A futurologia tem os seus riscos, mas vamos imaginar como Sérgio Moro e Lula da Silva vão figurar nos manuais de história. Arrisco a opinar. Sérgio Moro será uma nota de rodapé. Se tiver algum protagonismo, será pelo fato de ter contribuído para desestabilizar a democracia. Mais do que isso, por ajudar a empurrar o Brasil para uma crise de valores, em que a imagem da própria Justiça saiu chamuscada.

Outra predição. Olhado com a frieza do tempo, o ex-presidente Lula vai ter a sua imagem resgatada. A persecução de que foi vítima ficará evidente (e evidenciada). Ódios aquietados, as pessoas vão reverenciar os avanços do governo Lula como uma oportunidade perdida. Uma oportunidade roubada aos brasileiros, por golpistas que não se importaram em pôr o Brasil outra vez na periferia da geopolítica.

É a dança da chuva.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Acabou o prazo de validade da atual gestão


POR JORDI CASTAN
Neste espaço já utilizei os adjetivos inepto, incompetente, medíocre, omisso e outros do mesmo teor para definir o prefeito municipal e sua gestão. Agora acrescento a esta litania de adjetivos o de ímprobo, que no caso de um administrador municipal é uma definição grave. Muito grave. Não vamos tão longe mas é interessante que o dicionário Aurélio considera "desonesto" sinônimo de ímprobo. Quem fez tanta propaganda da limpeza das suas mãos pode precisar mais que água e sabão para que fiquem limpas.

No dia 28 de fevereiro venceu o prazo de validade, ficou desatualizado o Plano Diretor. Ou seja, Joinville está agora com um Plano Diretor que vencido, perdeu a validade. A sequência mais elementar da gestão diz que devemos primeiro planejar. Depois fazer, verificar e agir. Não precisa ser muito esperto para entender que fazer qualquer coisa a partir de um planejamento vencido é perda de tempo, um esforço inútil.

Desatualizado? Sim. De acordo com a Constituiçao Federal, no seu artigo 5º inciso 23 ¨...Da função social da propriedade que norteia os instrumentos de política urbana. Nessa linha a lei 10.257 Estatuto da Cidade estabelece que os planos diretores precisam ser revisados a cada 10 anos. Se tem que ser revisado e se o gestor municipal teve tempo suficiente para fazê-lo e nada fez, deixou de fazer o que manda a lei . E isso é considerado um ato de improbidade administrativa: aquilo que o agente público tem que fazer e não faz.

É responsabilidade do administrador público zelar pela sua atualização e por seguir todos os procedimentos legais para que a cidade não fique sem Plano Diretor, como Joinville está agora. Sem Plano Diretor, a cidade vira um caos, não há instrumentos de planejamento urbano para projetar o crescimento da cidade, os munícipes não têm como saber o que fazer, como e onde investir. E o que é pior: a cidade fica sem rumo.

Justamente para evitar esse vazio legal o Estatuto da Cidade deu 10 anos de prazo para que os prefeitos pudessem manter os seus planos diretores e toda a legislação vinculada atualizados e vigentes. Mas há prefeitos, com o de Joinville, que nem concluíram tudo o que estava previsto no Plano Diretor atual, nem previram a sua atualização. Na sua sanha por economizar e com sua mentalidade de gestor medíocre, cortou onde não devia e o que fez... fez de forma errada. Extinguiu o IPPUJ e ficou sem a estrutura adequada e necessária para atualizar o Plano Diretor. A sua atuação como gestor medíocre vai custar ainda mais caro para Joinville. Custará caro não só o que fez mal, também o que deixou de fazer, o que omitiu e principalmente pela sua visão pequena e tendenciosa de cidade. Gestor que pensa pequeno apequena a sua cidade.

Agora o prefeito deverá ser acusado de improbidade administrativa por omissão, por deixar de fazer aquilo que é sua obrigação. No caso dele - e por ter sido membro do Conselho da Cidade - não pode nem alegar desconhecimento e tampouco sua formação lhe permite essa saída. É responsável não só do que fez, é principalmente responsável pelo que deixou de fazer. A acusação é grave e a pena por improbidade é severa. Como alguém assim pode pensar ser governador do Estado?

sexta-feira, 2 de março de 2018

Razões para votar em Bolsonaro? Tem 15... (vídeo exclusivo)

POR ET BARTHES
Uma proposta diferente. E muito ilustrativa. Se ainda não decidiu se vota ou não em Jair Bolsonaro, então este filme vai ajudar muito. Fala da relação com as mulheres, que não parece ser das mais pacíficas: devem ganhar menos, podem ser estupradas, são vagabundas, idiotas. E também fala da relação com os homossexuais, o racismo, a economia, a democracia, a tortura. E, imaginem, até sobre sexo com animais. Você não vai querer perder. São pouco mais de seis minutos, em edição exclusiva, mas muito esclarecedores.







quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Bill Gates quer que robôs trabalhadores paguem impostos...

POR LEO VORTIS
Bill Gates é aquilo que todo milionário quer ser: bilionário. Mas ninguém tem tanto dinheiro por acaso. É preciso ideias.  Mérito. E novamente ele sai na frente: propõe que as empresas paguem impostos sempre que um robô (máquinas que usem inteligência artificial) tire o emprego a um trabalhador. O co-fundador da Microsoft acredita que é uma forma de conter, ainda que por tempo limitado, o avanço dos processos de automação das empresas.

Em suma, a ideia passa pela intervenção dos governos, que deveriam taxas às empresas que substituíssem homens por máquinas. A teoria não é descabida. Tanto que a União Europeia vem trabalhando nesse sentido há algum tempo. Mas a questão é controversa. Afinal, a ideia de investir em inteligência artificial é exatamente para aumentar a produtividade. E, claro, aumentar os lucros. E o lucro é que a mola propulsora do capitalismo.

O avanço da inteligência artificial no mercado de trabalho não para de crescer. E logo o mundo vai ter que se deparar com milhões de pessoas fora do sistema de emprego. É preciso olhar a sério para essa questão. Bill Gates já está a se antecipar. Deve ser por isso que muito o consideram um visionário. Mas é estranho ouvir um empresário - neste caso um bilionário - a falar em pagar impostos. Nem tanto.

O co-fundador da Microsoft tem as suas peculiaridades. Ao contrário daqueles que são apenas ricos ou milionários, ele acha que paga poucos impostos. As pessoas mais ligadas vão lembrar que ele – entre outros ricaços – foi contra a reforma fiscal de Donald Trump, que deu uma tremenda afrouxada na carga tributária dos norte-americanos mais ricos.

Há pouco tempo, numa entrevista ao jornalista Fareed Zakaria, na CNN, ele disse que precisava pagar mais. “Eu paguei mais impostos, mais de US $ 10 bilhões, do que qualquer outra pessoa, mas o governo deve exigir que as pessoas na minha posição paguem impostos significativamente maiores", disse Bill Gates. Uma posição de não deve ter caído bem no Brasil, onde muitos ricos acham que sonegar impostos é legítima defesa.



Bill e Melinda Gates

Bill Gates e a Teoria do Big Bang

POR LEO VORTIS
Os fãs de The Big Bang Theory vão curtir. Bill Gates, que já foi chamado “supernerd”, vai aparecer num episódio da série que torna em março, nos Estados Unidos. O criador da Microsoft vai aparecer numa visita à empresa farmacêutica onde trabalha a loira Penny (Kaley Cuoco).


A visita cria a oportunidade de conhecer o multimilionário, que  os outros personagens não vão querer perder. Não é a primeira vez que o nome de Bill Gates surge na série, mas esta será uma estreia em carne e osso. O outro episódio foi quando o personagem Sheldon fez uma crítica ao Windows Vista e mereceu comentários de Gates.


É mais um personagem da vida real que aparece na série. Stephen Hawking, por exemplo, tem sido um habitué. Mas a ele somam-se nomes como LeVar Burton, Carrie Fisher, Neil deGrasse Tyson e até o co-fundador da Apple, Steve Wozniak. A participação de James Earl Jones também foi marcante.



O personagem Sheldon com James Earl Jones (a voz de Dart Vader) e Carrie Fischer, a princesa Lea



terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

O Brasil não é um país para pobres

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO
É uma história que não me canso de repetir. Faz uns anos estava de férias no Brasil e quis o destino que acabasse a tomar cerveja com um empresário de Brusque (não, não é aquele da estátua da liberdade). Era uma pessoa de muita grana e evidente pouca cultura, mas que pela primeira vez pretendia ir para a Europa. E quis saber de Portugal.

Disse que a grande diferença em relação ao Brasil é que as distâncias entre ricos e pobres são menos acentuadas. Não há tanta exclusão social, apesar de ser um problema. E usei o exemplo de um dos meus patrões, sócio numa agência publicidade, que tinha como vizinho de frente, no prédio onde morava, um motorista de táxi. É difícil acontecer no Brasil.

O homem ouvia com atenção, mas não parece ter ficado comovido. Então usei o exemplo da mulher da limpeza da agência.
- É uma senhora que tem uma boa casa e vem para o trabalho de carro. Ela não ganha bem, mas vai mantendo um padrão de vida razoável.

O homem fez um olhar de intrigado. Eu continuei.
- Faz algum tempo, numa conversa, ela disse que tinha juntado dinheiro para passar as férias em Florianópolis.

O sujeito começou a fazer um ar intrigado.
- Mas ela trabalha na limpeza e não é pobre?

Tentei esclarecer.
- Sim. Ela é o que podemos chamar "pobre", para os padrões locais. Mas com certeza é menos pobre que os pobres brasileiros.

E o cara, um tanto desconcertado, soltou:
- Se o vizinho do teu patrão é taxista e até uma doméstica pode tirar férias no Brasil, então qual é a graça de ser rico em Portugal?

Dá para rir, mas também dá para chorar. O episódio pode não ter valor para análise sociológica, mas aponta uma tendência: o Brasil deve ter os piores ricos do mundo. Aliás, isso remete para a frase atribuída ao professor Victor Bulmer-Thomas, da Universidade de Londres: “as elites da América Latina só conseguem sentir-se ricas se estiverem rodeadas de pobres”.

O Brasil tem vivido essa realidade absurda, ao longo dos séculos. Para algumas pessoas – em especial aquelas que a tradição decidiu chamara “coxinhas” – não basta o sucesso próprio. É preciso ver o fracasso dos outros. É preciso que haja pobres. E que os pobres conheçam o seu lugar.

E não há exemplo mais emblemático desse espírito que os episódios divulgados na semana passada – e hoje praticamente fora da agenda midiática – nas favelas do Rio de Janeiro. Favelados pobres (porque são todos pobres) sendo fotografados e fichados pelo exército como fossem cidadãos de segunda categoria. Ou melhor, como se nem fossem cidadãos.

É a dança da chuva.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Revista


Udo Dohler e o moinho: entre a preguiça e a falta de coragem


POR JORDI CASTAN
O nosso gestor municipal tem todo o seu tempo ocupado. Passa os dias entre a articulação da sua quimérica candidatura ao governo do Estado, não fazer nada por Joinville e vistoriar o setor de hortifrúti do Angeloni. Não fosse isso, me atreveria a lhe propor uma visita a Santa Fé, na Argentina. Há na cidade um moinho que lembra o nosso em tudo. Também foi abandonado pela empresa que o operava. E também surgiram mil propostas amalucadas envolvendo especuladores imobiliários e o poder público.

A diferença é que lá decidiram pôr as mãos na massa e, com pouco orçamento mas muita criatividade, fizeram o que precisava ser feito. Incorporaram o moinho ao patrimônio da cidade. Incorporaram não quer dizer o que se fez aqui com a Cidadela Cultural ou com a antiga prefeitura na Max Colin. Não se trata só de comprar e deixar abandonado. Ou converter o espaço num cortiço sem dono. Incorporar quer dizer primeiro ter um projeto.  E depois gente capaz de levar o projeto adiante. É aí que a coisa complica sempre em Joinville. Não há projetos, quando há estão mal feitos, ou são inviáveis e não há propostas para o uso posterior do espaço.




O máximo que os nossos gestores fazem, além de ficar o dia inteiro sentados olhando a maré subir e descer o Cachoeira, é imaginar que alguém vai implantar lá um shopping ou um prédio comercial. O que, claro, geraria mais IPTU e empregaria alguns vendedores, repositores ou caixas se for um supermercado. Convenhamos que criatividade e inovação não são características pelas quais Joinville tenha se destacado nos últimos anos.

A lógica cartesiana do contador de centavos só entende de cortar, depenar, desmantelar, derrubar, demolir. A cultura e o meio ambiente têm sido as áreas mais duramente castigadas por esta gestão. O que, alias, é bem significativo. O preço dessa visão retrógrada sairá caríssimo para as gerações futuras. Mas essa é outra historia.

O que fazer com o velho moinho? Que temos a aprender de Santa Fé? Muito. Primeiro é uma cidade com pouco mais de 500.000 habitantes, banhada por três rios, um deles o Paraná e outro o Salado. Uma cidade que convive com enchentes enormes e gravíssimas, das que matam gente e causam enormes prejuízos econômicos. 

Mas os santafesinos criaram parques nas margens dos rios para que tenham por onde crescer sem destruir ou minimizando ao máximo os estragos. Entenderam que não é uma boa ideia ocupar várzeas e fundos de vale. Também têm o costume de preservar e valorizar seus marcos históricos e, neste sentido, o projeto de converter o velho moinho Marconetti numa escola de Artes, Música, Dança, Cerâmica e num espaço para exposições e eventos é um sucesso. Só as escolas que formam o chamado Liceo Municipal reúnem mais de 2600 alunos, incluindo também os dos cursos de idiomas gratuitos oferecidos pelo município.



Assim, o que inicialmente era uma área degrada e prevista para projetos imobiliários que implicavam a demolição do velho moinho, hoje é uma ampla área verde, que acolhe a centenas de alunos. O projeto de Santa Fé Cidade é mais amplo mais ambicioso e faz da cidade o maior polo de indústrias criativas da Argentina, é uma referencia para América Latina.

Ah... mas voltemos a Joinville. O nosso problema, além da nossa incapacidade de projetar a cidade para o futuro, é que pensamos pequeno. O mais arrojado a que chegamos é discutir mão inglesa ou mudança de mão. Até nossos vereadores tem palpites da dar sobre o tema. Usamos a falta de dinheiro como desculpa para nada fazer, quando na verdade o verdadeiro problema é a inépcia e a incompetência. E estou começando a incluir nesta lista de motivos a preguiça. Porque não acredito que esta falta de iniciativa seja covardia. Aí sim seria uma vergonha que uma cidade como Joinville se apequene na mão de gente covarde, sem coragem.




A proposta é simples. Mandem alguém a Santa Fé. A passagem é bem mais econômica que ir para Europa ou para os Estados Unidos e as semelhanças entre as duas realidades são muito mais próximas. A diferença é o espírito dos homens públicos de lá, gente que enxerga longe e tem coragem.