sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Futebol explosivo no Irã

POR ET BARTHES
Você acha que o futebol brasileiro anda meio violento? Então o que dizer deste jogo no Irã? Preste atenção no jogador número 40 do time de amarelo. O cara encontra uma coisa no chão e joga para perto da placa de publicidade. E aí a coisa explode... era uma granada.



Celuleide e Varizete!


Árvores de Joinville: celebrar ou lamentar?


POR GUILHERME GASSENFERTH

[Atenção: sou leigo no assunto. É um texto de opinião, não um parecer técnico.]

Hoje, 21 de setembro, é comemorado o Dia da Árvore. Em Joinville, esta data é para celebrar ou lamentar?

Como já comentei em outras postagens, temos em Joinville o maior território de mata atlântica preservada de Santa Catarina, com mais de 600 milhões de metros quadrados. Obviamente, esta mata toda está na área rural e em áreas altas, mas de todo modo, temos 56% do território preservado. É pra celebrar!

Joinville, a maior cidade do Estado, com a maior economia catarinense e um orçamento municipal bilionário, não possui um único parque onde as pessoas possam caminhar na sombra ou fazer um piquenique sob uma frondosa árvore. É pra lamentar!

Cadê as árvores da João Colin?
Nossos morros, mesmo aqueles localizados em áreas urbanas, são preservados. Em dias de céu azul como o de ontem (e espero que também hoje), o contraste do verde dos morros com o azul do firmamento dá um charme todo especial à nossa cidade. Temos pouquíssimos morros urbanizados, e embora haja áreas de invasão na margem leste do Morro do Boa Vista, é uma exceção à regra. Que bom  que havia a cota 40 e pra onde se olha, se veem morros preservados. É pra celebrar!

As ruas principais, tanto no centro quanto nos bairros, são totalmente carentes de árvores. A exceção vai para a Hermann Lepper, Blumenau, JK e Dona Francisca entre a Casa da Cultura e a confluência com a Aluísio Pires Condeixa.  Mas pensem na Rua XV no Vila Nova, na Santos Dumont, na Monsenhor Gercino, na Florianópolis, na Fátima, na Albano Schmidt, na João Colin, na Getúlio, na São Paulo, na Procópio, na Minas Gerais, na Baltasar Buschle... e a lista vai e inclui todas as ruas do Centro. Não tem arborização decente. É pra lamentar!

Rua Blumenau, paralela à João Colin, muito mais agradável.
Quando as belíssimas figueiras da Hermann Lepper estiveram à sombra ameaçadora do lobby pró-corte, a sociedade abriu a boca e soltou o verbo: nós queremos as figueiras. O corredor que as figueiras formam na frente da Lepper é um ambiente dos mais gostosos da cidade. A sociedade se mobilizou para que as árvores ficassem. É pra celebrar!

O Brasil está aprovando um novo código florestal que prevê a anistia a alguns desmatadores, além de regras mais permissivas para o desmatamento. E o grande incentivador de tudo isso é um senador de Joinville. É pra lamentar!

Na primavera, que começa depois de amanhã, Joinville se enche de cores e tons. Primeiro o a beleza efêmera do amarelo dos maravilhosos ipês; depois com festival de branco e tons de rosa, lilás e roxo dos manacás-da-serra ou jacatirões que colorem nossos morros. Como é bom viver em Joinville e desfrutar deste espetáculo natural. É pra celebrar!
O ipê-amarelo na bela foto de Luiz Carlos Hille.

O que você acrescentaria nesta lista? Celebraria ou lamentaria?

Embora tenhamos fortes razões para celebrar, sinto que devemos nos preocupar muito e atuar para que nossas ruas e quintais sejam mais arborizados e que lutemos por um parque muito bem arborizado. Porque hoje, ao meu ver, a situação no geral é para lamentar.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Enquanto isso, na Câmara de Vereadores...

POR ET BARTHES
E o nobre vereador faz um discurso antológico.  Mais um caso para fazer Joinville virar (piada) atração nas redes sociais do país.  


É muidifícil...


Esta é a eleição do preconceito

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Agora que restam poucos dias para o 7 de outubro, posso dizer que esperava mais desta corrida para ocupar a cadeira do Prefeito. Poucas propostas novas surgiram. A maioria dos candidatos repete os seus discursos que conhecemos há anos, e outros repetem o que seus amigos de partido já falavam. Sensação de retrocesso é forte, e se aguça mais ainda ao ver a onda de ataques que muitos fazem a seus adversários na base do preconceito, e não pelas propostas.

A seguir, vamos tentar relatar, sem citar nomes (pois é um processo que não dá para identificar onde começa) alguns discursos preconceituosos que estão presentes nesta campanha em Joinville. Qualquer suposição é apenas para efeito de lógica e de didática.

Bem, ao invés de dizer: "não vote no candidato A, pois ele não tem uma proposta digna para a educação (por exemplo)", o candidato B (e seus cabos eleitorais) diz para não votar no A, devido ao fato de que defende a igualdade de gênero e mostra um beijo entre dois homens no horário eleitoral da TV.

O mesmo candidato A, que sofre preconceito do B, diz para não votar no C, considerando os escândalos de suposta infidelidade que teve anos atrás.

Este candidato C, que sofre preconceito do A, diz para não votar no D, pois supõe que ele é racista e maltrata os funcionários. Mas não sugere deixar de votar em D pelas suas propostas, ao seu ver, ruins e incompletas.

O candidato D, que já não sabe se sofre preconceito de um, de todos, ou de nenhum, diz para não votar no E por simplesmente não ter uma equipe qualificada. Puro bullying. Por sua vez, o E pede para suas equipes espalharem que o candidato B é ligado a segmentos religiosos e que isto não combina com política.

Pessoalmente não acontece nenhuma acusação direta, tudo fica nas entrelinhas. Tenho medo dos próximos quatro anos da cidade de Joinville. Parece que as ideias estão fora do lugar, e o lugar está fora das ideias. A cidade está sedenta por cabeças pensantes, mas só temos bocas fofoqueiras.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os políticos e a religião



POR AMANDA WERNER

Tenho ouvido e lido muito por aí sobre os motivos que fazem as pessoas escolherem este ou aquele candidato. Uns votam porque têm simpatia pelo sujeito, outros porque acreditam que o candidato escolhido tem propostas mais realistas, alguns analisam os feitos pregressos do pretendente ao cargo. Os mais céticos se baseiam em fatos sobre os candidatos. Exemplo: este, de fato, é honesto ou é competente. Já realizou muitas coisas antes, não apenas fala.

Mas confesso que fico assustada quando ouço alguém dizer que vai escolher um candidato por ele ser da sua Igreja, um “homem de Deus”. E ainda justificam: este vai moralizar a política!

Aqui cabe uma distinção. O político religioso, não é o próprio Deus personificado. Esta confusão governante x religião, aqui no Ocidente, se dava na Idade Média. Era o período teocentrista. Nesse período, as pessoas eram proibidas de utilizar a razão, deveriam ser voltadas inteiramente para a igreja. Hoje, ufa, os tempos são outros.

Em todos os meios, e em todas as religiões, há pessoas boas e pessoas más. Os políticos, como todos nós, são apenas homens. E, como o próprio Santo Agostinho concluiu, corrompidos “pelo pecado”. Ou seja, passíveis de cometerem erros.

Querem alguns exemplos? Quem nunca leu sobre padres x criancinhas? Ou sobre o famoso pastor que ensinava como roubar os fiéis? Há ainda o Reverendo Moon que, creio, todos conhecem pelos fatos. Estas histórias são verdadeiras? Me parece que sim. São muitas e muitas. E não escolhem apenas uma religião. É só ficarmos atentos ao noticiário.

Querem exemplos mais factíveis de que políticos religiosos nem sempre moralizam a política? O Bispo Gê da Igreja Renascer e do DEM, em um famoso programa de televisão, ao ser questionado sobre o que achava da “farra das passagens aéreas”, onde deputados viajavam com a família ao exterior com tudo pago pelo dinheiro público, respondeu que “a verba é pública, minha esposa e meus filhos são públicos também”. 

Na época, era permitido, ou seja era legal. “Sempre foi assim”, alguns se defendem. Mas seria moral? Há exemplos mais próximos de nós. Lembram da denúncia feita aqui no blog, pelo colega Charles Henrique sobre os deputados que recebiam diárias no valor de R$ 670,00 para visitarem suas próprias cidades? Não? Então, aí vai o link: Deputados joinvilenses ganham diárias para “visitar” Joinville. Lembraram? Na denúncia havia um deputado “homem de Deus”. Por coincidência, o mesmo que pleiteia o cargo de prefeito na nossa cidade. As diárias são ilegais? Como já vimos, não. Mas se existe alguma moralidade em recebê-las ao visitar as suas próprias cidades, já é outro papo.

Votar em um político porque ele é do seu time, da mesma religião, ou coletividade, não deve ser o motivo determinante da escolha do candidato. O político de verdade deve governar para todos, não somente para grupos ou interesses pessoais.

É inteligível que por razões de religião, as pessoas não usem a pílula, façam ou não aborto. Mas opção religiosa não pode, de maneira alguma, ditar as regras para toda uma sociedade. Estaríamos indo de encontro à democracia. Afinal, o paraíso de um pode ser o inferno de outro.

Mas a recíproca é verdadeira? Eu não devo votar em político somente pelo fato de ele ser religioso? Creio que não. Demonstra tanta intolerância quanto os que agem em sentido oposto. Para votar consciente é preciso mais do que o fato do postulante ser religioso ou não. Os meus pré-requisitos estão no texto que fiz já há algum tempo aqui no blog : Eu, cidadã, confio. E os seus?

Krona: um por todos e todos por um

Troféu Liga 2011
POR GABRIELA SCHIEWE

CAMPEÃO JÁ - Acompanho o futsal da equipe da Krona há algum tempo e sempre batia na tecla de que, enquanto não tivessem um técnico experiente e vencedor, se limitariam aos campeonatos estaduais.

Sem qualquer demérito ao nosso Estado, muito pelo contrário, mas almejar mais é fundamental e, no caso do futsal, conquistar a Liga Nacional é o ápice.

Não estou afirmando que o time será o Campeão (se pudesse afirmaria), mas o seu foco está direcionado.

Antes víamos jogadores isolados, cada um fazendo o seu trabalho "per si" e sem alcançar o saldo positivo no todo, o que de quase nada valia.

O que adianta você ser o melhor fixo se o seu time caiu nas quartas de final? O título individual esmorece ante à ausência do coletivo. É assim na vida, é assim no esporte, portanto, logicamente, é assim no futsal.

A EXPLOSÃO - Hoje vemos que a energia de Vander Carioca (sobre este já expressei, com palavras, aquilo que me foi possível com o que a escrita permite), juntamente aos demais companheiros, tornou a ele próprio mais competitivo. Ou você lembra do Vander com esse requinte explosivo no apagado Petrópolis?

O GUERREIRO - E o que falar do guerreiro Leco. Era um guerreiro sem luta, desbravado pela inaplicabilidade determinante de seus companheiros. Como temos presenciado em seus últimos confrontos, está extremamente motivado, voltando à luta franca e desbancando o que lhe cruzar a frente, percorrendo o campo de batalha com sangue nos olhos ( e no queixo).

TÉCNICA- Tiago, que quando começou no gol do Krona foi subjulgado, por muitas vezes desmerecido, e aqueles tantos títulos individuais que conquistou com esmero nobre haviam sido esquecidos entre os transeuntes de uma Cidade das Flores murcha. Mas assim como todos os seus parceiros de time, subiu aos céus e subiu mesmo, pois tem feito verdadeiros milagres na meta da equipe tricolor. Nesse momento decisivo, está no seu auge, novamente.

A VONTADE - Ricardinho, demonstração pura de bravura, vontade, determinação. Pode não ter sido eleito o melhor na sua posição, mas na posição que ocupa na sua equipe faz o melhor. Jamais desiste de buscar o seu objetivo, lutar pelo todo, pelo seu time e isso o fará o melhor dos melhores.

NO SEU DEVIDO LUGAR - O que estou tentando passar para vocês é que, com um comando técnico eficiente, que sabe trabalhar com as peças que possui e colocá-las no lugar certo, na hora exata, cada atleta individualmente se sobressai e exalta o coletivo. Algo que chamei atenção num texto que escrevi logo nos primeiros meses do ano que, se assim não fosse, as estrelas solitárias não seriam capazes de brilhar sem o seu Sol (Krona).

Citei apenas alguns componentes, até porque seria extensivo por demais declamar todos os jogadores.

TODOS POR UM - No entanto, em momento algum, desmereço os demais Dudu, Roncaglio, Keké, Gesse, Neto, Wanderson, Julio, Andre, Murilo, Pixote, Lucas, Serginho Paulista, Schneider, Leandrinho, Thiago Carioca, Café, Dalton, Pica Pau, James, Ferretti, João, Xande, Renan, Edu, Buiu, Renato e Valdin (esse uma jóia que se encontra guardada no mais belo porta jóias a espera do momento certo para novamente faiscar seu brilho). Pois se não fosse o todo que detém a luz, esta não emanaria nas peças solitárias que se tornariam equidistantes caso não houvesse a cumplicidade de todos por todos.

Amanhã o Krona entrará em quadra em busca do ineditismo, munido do mais egocêntrico talento que lhe cabe, mas devidamente acompanhado de humildade da cada um que está determinado a levar o todo a sua mais nobre conquista.

Não perca o Krona x Carlos Barbosa pela semifinal da Liga Futsal, às 21 horas, no Centreventos Cau Hansen.

NO CHUVEIRINHO - O saibro voltou a esquentar nas terras brasileiras e o tênis volta à elite da Copa Davis, ante a vitória incontestável diante da equipe russa. Ano que vem estaremos lá, juntos com os melhores, disputando esse título.