O deputado federal Darci de Matos é candidato
a administrar Joinville, a maior cidade de Santa Catarina. Num debate nesta
semana afirmou que quem “tem amigos não precisa de dinheiro”. É importante que o
deputado seja mais concreto e mostre aos eleitores quem são esses amigos,
graças aos quais não precisa de dinheiro. Qual a relação entre os doadores da
sua campanha e eventuais negócios com a prefeitura de Joinville.
Precisa esclarecer qual o sentido de arrecadas
mais de R$ 750. 000 até esta data para sua campanha. Com certeza essa
quantidade de recursos, a maioria públicos, poderia ter um destino muito maior
que o pagamento de cabos eleitorais, despesas de campanha, numa das campanhas
mais caras de Joinville, nesta eleição.
Homem público que é, desde faz décadas, o
deputado deve saber que os contribuintes têm o direito de saber. Que não há
nada melhor que a luz do sol e um bom detergente. A generosidade dos seus
amigos deve ser acompanhada com atenção.
Na reta final da campanha
eleitoral a maioria dos joinvilenses não escolheram seu candidato a prefeito.
Sem ter acesso a
pesquisas oficiais e dependendo de pesquisas oficiosas e de fontes pouco confiáveis.
Por se isso fosse pouco o eleitor não tem acesso a debates públicos de
qualidade. As televisões abertas não têm previsto fazer debates e isso beneficia
os que já estão no poder, aqueles que já são deputados e tem a sua disposição
recursos públicos, cabos eleitorais e toda a máquina partidária.
As propostas que estão
começando a ser apresentadas pelos candidatos na propaganda gratuita são inexequíveis
na sua maioria. Muitas promessas e poucas possibilidade ou pouca viabilidade.
Os eleitores querem
mudanças, não querem a continuidade da velha política. Essa velha política representada
por Darci de Matos e Fernando Krelling. Darci de Matos está na política desde o
neolítico, quem conhece sua história pregressa sabe de onde ele vem, por que partidos,
alianças e contubérnios já passou e sabem que sua ambição não conhece limites,
sua capacidade de enriquecer com facilidade e a gestão manirrota que fez dos
recursos públicos que teve oportunidade de administrar.
O Fernando Krelling é
a aposta política do prefeito Udo Dohler, um intento desesperado de salvar a
sua administração e garantir a continuidade do MDB. O eleitor parece preferir alternativas,
novas formas de fazer política, outras soluções para os problemas de sempre. Alguém
capaz de tirar a cidade do buraco é improvável que surja entre os candidatos,
até porque a situação é muito pior que o que está sendo divulgado. Se Joinville
deixar de afundar já seria um bom começo. Depois poderíamos começar a pensar em
reverter. Hoje a prioridade é colocar a cidade de volta aos trilhos. Deter essa
locomotiva descarrilada.
O Deputado Federal e candidato à Prefeitura de Joinville, Darci de Matos, quis tirar o Fritz Otário do ar e que todas as postagens fossem retiradas. Por que tem tanto medo de um jacaré de brincadeira? E se tem medo de um jacaré brincalhão e piadista, será que tem coragem para
enfrentar os verdadeiros problemas da cidade? Problemas estes, que são bem maiores e mais difíceis de resolver que os que possa criar um jacarezinho de brincadeira.
O Fritz Otário é uma página de entretenimento, assim identificada nas redes sociais, a perseguição que sofreu pelas suas críticas irônicas aos políticos locais, teve o efeito oposto ao pretendido pelo Deputado, fez do Fritz Otário uma celebridade nas redes sociais e aumentou o número de acessos e de compartilhamentos dos seus posts em mais de 500%.
O erro cometido pelo autor da página Fritz Otário foi o de não ter se identificado, como acontece alias com muitas páginas de humor que preferem o anonimato e o uso de pseudônimos para evitar a perseguição, especialmente dos políticos caricaturizados nas postagens. Como evidenciado pela ação impetrada pelo candidato Darci de Matos.
No seu despacho o Juiz esclarece que “o conteúdo impugnado não se constitui em propaganda eleitoral (nem mesmo negativa’), senão manifestações críticas, envolvidas em humor”. A decisão também é que as publicações não contêm ofensas ao candidato nem dado objetivo que deva ser visto como inverídico.
A pergunta que o eleitor joinvilense deve se fazer é se quer como prefeito um candidato que tem medo das verdades publicadas por um jacaré de brincadeira. Se quer outro prefeito sem sentido do humor ou pior se está mais preocupado em caçar jacarés jocosos que em enfrentar e resolver os problemas de Joinville? Em definitiva de que tem tanto medo o candidato?
Aproveitando e respondendo aos questionamentos dos seguidores do Chuva Ácida, tivemos acesso privilegiado a informação sobre a denominada popularmente “Chácara do Darci” em Campo Alegre e podemos afirmar que a Chácara do Darci, não é do Darci. É realmente do Darci. Assim que não ficam dúvidas sobre quem é o proprietário da Chácara do Darci.
Desde o Chuva Ácida aplaudimos a volta do Fritz Otário, agora convenientemente identificado. Lembrando que aqui assinamos nossos textos e comentários e sabemos o preço de mostrar a cara.
É preocupante ver es escutar alguns dos nossos
representantes no legislativo. Um vereador com dificuldades para ler um simples
trecho da bíblia deve ser motivo de preocupação para qualquer cidadão de bem.
Cidadãos de bem são aqueles que querem, como nós, uma Joinville melhor, com
leis melhores, mais justas e menos complexas. Leis que facilitem a vida das
pessoas, que não criem custos, entraves e dificuldades.
O vereador Pelé, da base do governo, deu uma demonstração
de como é importante escolher melhor, de como no próximo mês de novembro é imprescindível
eleger melhores representantes. Vereadores que sejam capazes de ler e
compreender textos complexos, que não aprovem de afogadilho leis absurdas, que
defendam os interesses dos munícipes, que sejam independentes para votar de
acordo com seus princípios e valores, que não sejam vaquinhas de presépio que
votem qualquer absurdo que venha do executivo.
O vereador confunde Coríntios com Corintianos,
deve confundir também o apostolo São Paulo, o Santo, com o time São-paulino. No
final para alguns tudo é a mesma coisa. O pior é que não é.
Preocupante o quadro político, mas temos uma nova
oportunidade de eleger bons representantes, candidatos não faltam é só escolher
melhor desta vez. Chega de errar.
Aproveitando é bom lembrar que o estado é
laico, mas o legislativo joinvillense abre suas sessões com a leitura de um versículo
da bíblia, em nome da liberdade de culto poderia ser do alcorão, da cabala ou
do Lao-Tse. Mas não parece que seja assim tão laico.