quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Professora distribui tabefes entre as crianças

POR ET BARTHES
Lembram de um vídeo postado há alguns dias, onde uma professora chinesa espancava uma criança autista? Pois o vídeo de hoje é um autêntico show de distribuição de tabefes e pontapés. Em 30 minutos, nada menos do que 120 agressões. E quem apanha mais é sempre a criança que está mais perto. Imaginem o terror.


Por que Kennedy virou Clarikennedy

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

Estamos na última semana desta memorável campanha eleitoral. Os preconceitos que permearam os debates e conversas de botequim nos últimos noventa dias esconderam as reais propostas dos candidatos e as visões de cidade de cada um. Porém, desde o ano passado eu já tinha bem definido em quem não votar, e este é o deputado estadual Kennedy Nunes. Após meses comentando na rádio Mais FM, e acompanhando o dia-a-dia do cenário político local, cheguei à conclusão que as ações e ideias de Kennedy são extremamente fantasiosas, sofistas e vão na contramão do que se faz fora das terras joinvilenses. E desde então passei a chamá-lo de Clarikennedy (seu nome de batismo), para tentar demonstrar a todos como suas atitudes são incoerentes da mesma forma que precisa de um nome artístico para se apresentar ao povo.

Nunca passei a chamá-lo assim por menosprezo ao seu nome de batismo, ou algum tipo de preconceito, muito menos por ser cabo eleitoral de outro candidato (não consigo ser simpatizante de uma ideia pró-Udo, por exemplo). Fiz isto pela simples necessidade de criar um fato novo em torno de seu nome e demonstrar tudo o que não concordo sobre sua atuação. Cada um tem sua opinião e eu tenho a minha. Inclusive, é a primeira vez que falo aqui no blog sobre o surgimento do "apelido" (que ironia!), o qual pegou nas redes sociais a ponto de todos os internautas saberem que Kennedy, na verdade, é Clarikennedy.

***Algumas de minhas opiniões estão neste link: http://www.chuvaacida.info/search/label/Clarikennedy%20Nunes

Agora Clarikennedy está no segundo turno e com ótimas chances de ser eleito. É óbvio que ele não terá o meu voto, ainda mais depois de aceitar o apoio de Carlito Merss e Marco Tebaldi. Faz parte do jogo fazer alianças em um segundo turno, eu sei, mas passou anos batendo nas últimas gestões e agora se alia a elas. Porém, para refrescar a memória dos esquecidos ou incrédulos em minhas palavras, reforçarei aqui meus pensamentos sobre três ideias centrais da campanha do Clarikennedy:

1 - A política de planejamento urbano do candidato resume-se em abaixar a tarifa de ônibus (com subsídios da Prefeitura, ou seja: os usuários pagarão pelo transporte coletivo duas vezes, e sem saber) e construir elevados. É cada vez mais consenso que, quanto mais espaço dermos para os automóveis, mais automóveis teremos nas ruas, em um ciclo perigoso. Além disso, o candidato se esquece do preço absurdo de uma obra destas, pois, se lembrasse, preferiria propor investimentos no transporte coletivo e outras formas não-motorizadas, diminuindo o problema de circulação intra-urbana. Quando vai para a Europa em feiras de mobilidade adora andar de ônibus, mas quando chega no Brasil propõe elevados. Isso é muito Clarikennedy!

2 - O uso de diárias da Assembleia Legislativa para "visitar" Joinville, em um escândalo denunciado pelo Chuva Ácida. Preciso falar mais? E o deputado nem estava na cidade, em desacordo com o relatório apresentado. Isso é muito Clarikennedy!

3 - A transferência das obrigações da Prefeitura para a iniciativa privada, através do "cheque-consulta" ou do "vale-creche". Se ele for eleito Prefeito, é para criar mecanismos públicos que atendam os cidadãos, e não transferir o problema para empresários ou profissionais que visam lucro com suas atividades. Isso é uma falsa social-democracia travestida de "resolução dos anseios das pessoas". Isso é muito Clarikennedy! A minha visão de Estado não é a mesma dele. Simples assim.

Por estas e outras que milhares de pessoas fazem questão de sempre chamá-lo de Clarikennedy. O fato dele ser pastor e utilizar-se da igreja para seminários de lideranças, cantar no seu grupo dedos de david, sair do PP e ir para o PSD em um projeto essencialmente pessoal, ter um vice representante de uma entidade empresarial e ser um dos principais defensores do trágico governo Raimundo Colombo não influenciou diretamente em minhas opiniões. As propostas pesaram mais. Salvo melhor juízo, é assim que deveria ser construída a rejeição ou a intenção de voto, por mais que o preço de uma câmera de vigilância ou a renúncia do salário de Prefeito pareçam ser mais importantes.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Um segundo turno dos diabos

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Parece que o diabo anda a fazer as suas maldades neste segundo turno. Primeiro o candidato Kennedy Nunes divulga uma foto ao lado do bispo católico. Aí a diocese do bispo emite uma nota a dizer que a publicação não foi ética, porque dá a entender que seria um apoio à candidatura. O candidato devolve a acusação, insinuando que a diocese teria sido induzida por outros a tomar essa posição.

É fácil entender os dois lados. Kennedy Nunes tem razão em dizer que, ao veicular a imagem, não falou em apoio. Mas qualquer estudante com duas aulinhas de semiótica sabe que a coisa acabaria por ter outro significado. Kennedy Nunes, que tem diploma de jornalista, deve ter feito essa cadeira e provavelmente sabe: não é preciso falar em apoio para sugerir um apoio efetivo.

A questão é saber até que ponto essa pequena patranha valeu a pena. Para começar, Kennedy Nunes deixou o bispo numa batina justa, porque ficou a ideia de uma quebra do princípio da neutralidade da Igreja. E criou um fait-diver desnecessário que, para fazer coro com a imprensa, acabou com uma “nota de repúdio” à sua conduta. E repúdio é uma palavrinha chata de ouvir.

Resta saber se Kennedy Nunes ganhou algum voto católico com isso. Não parece. Quando muito, pode ter perdido uns dois ou três votinhos. O hábito do cachimbo deixa a boca torta. Se o voto de cabresto ainda é possível em certas confissões religiosas, em que os pastores levam o rebanho para o próprio curral eleitoral, o mesmo não vale para os católicos. É que há muitas reses tresmalhadas, desobedientes e indiferentes.

Ah... passou quase despercebido. Quando parecia que ia ficar por isso mesmo, eis que os assessores de Kennedy Nunes decidem jogar um pouquinho de gasolina na fogueira. Os caras partilharam, nas redes sociais, uma foto na qual Udo Dohler aparece numa missa católica. Qual é pecado? Ah... parece que ele é luterano e, ao visitar uma igreja da concorrência, estaria a ofender os fiéis católicos.

Sim... o raciocínio é bastante torcido. O post é uma obra literária: “Que feio, seu Udo. É assim que o senhor quer governar Joinville? Se não respeita nem a fé alheia. Acha que os fiéis não viram isso?” Sério, amigo? Fico a perguntar que mente brilhante pariu esse texto. Aliás, que fique entre nós, leitor ou leitora, mas se a burrice fosse pecado havia uns caras que jamais entrariam no céu.

Para finalizar. Eu juro que tentei evitar o tema religião durante as eleições. Mas como não fui eu quem começou essa palhaçada, fiquei à vontade meter o meu bedelho. Afinal, a coisa só vem referendar a minha tese: misturar política com religião só pode dar cagada. Aliás, é uma coisa que se sabe desde os tempos de antanho, quando se dizia “a César o que é de César, a Deus o que é de Deus”.


Pratique esporte. Faça sexo!

POR GABRIELA SCHIEWE

Hoje, comprovadamente, uma das maneiras mais simples e barata para se ter uma vida saudável é praticando esportes.

Não precisamos ser nenhum Usain Bolt, fazer as peripécias de Armstrong para alcançar a vitória, basta que praticamos alguma atividade física. Opa, aí que tá o negócio bom!

Vocês já ouviram falar nas tais premissas que geram um resultado, então:

1- Atividade física faz bem à saúde;

2- Sexo é cientificamente considerado uma atividade física;

3- Resultado: sexo faz bem à saúde!

De onde estou tirando essas idéias? Será que o Livro 50 tons de cinza me deixaram assim? Não, pessoal, nem li este "sucesso das frígidas", como comentei com a minha amiga e colega de blog Amanda Werner. A questão é científica mesmo. Foram realizados estudos por especialistas que concluíram ser o sexo, além de prazeroso (que os puritanos não me ouçam), muito saudável.

"O cardiologista Dr. Nabil Ghorayeb, especialista em Medicina de Esporte e diretor da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), explica que a relação sexual normal equivale a uma atividade física de intensidade leve a moderada."


Valéria Alvin Igayara de Souza CREF 7075/ GSP - Especialista em treinamento

Conforme o quadro acima e as explicações do especialista, claro que a prática casual do sexo não lhe levará a perda dos quilinhos a mais. Para isso, a prática, como qualquer outra atividade física, deve ser regular, regrada, acompanhada de uma alimentação balanceada (sem insanas interpretações neste caso).

Apesar de ter mencionado no meu título que o sexo seria um esporte, também não será à toa que afirmarei uma sandice dessas.

Nos estudos realizados, o professor de educação física Mauro Guiselini faz questão de diferenciar esporte de atividade física: "atividade física é um termo genérico que significa fazer qualquer movimento, como lavar louça, arrumar a casa ou varrer o chão. Já o exercício físico é uma prática frequente e regular de movimentos corporais."

Agora, quem quiser levar a sua atividade física à sério e eleger o sexo como opção, basta parametrizá-lo, fazendo constantemente, por tempo determinado e controlando batimentos cardíacos, frequência respiratória e alimentação baleanceada. Fica a opção sexual, quer dizer, esportiva.

Tudo bem. Você até pode achar, num primeiro momento, uma grande baboseira essa meia dúzia de palavras que acabei de escrever. No entanto, a verdade é que se pode unir o útil ao muito agradável; praticar uma atividade física que lhe gera prazer, bom humor e ainda, dependendo como a fizer, poderá, também, lhe deixar em forma.

Quer melhor ou está bom pra hoje?

Atividade física deve ser praticada sempre, em qualquer idade, sem qualquer distinção e, quando isso pode ser feito com prazer, melhor ainda.

Faça sexo fisicamente ativo!

Obs.: este link traz alguns exemplos das benesses do sexo para a saúde, http://meublogcafecomcanela.blogspot.com.br/2011/08/sexo-e-atividade-fisica.html

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Por que Udo Dohler não será o próximo prefeito? (reedição)


POR JORDI CASTAN
A possibilidade de que Udo Dohler seja o próximo prefeito de Joinville é cada dia menor. Não porque ele não seja a melhor opção, mas porque não gostamos de alguém que ponha ordem e faça as coisas andarem direito. Preferimos a bagunça, a desordem, a procrastinação e, principalmente, a politicagem.



Entre as muitas críticas que o candidato Udo Dohler recebe, não há questionamentos nem à sua capacidade de trabalho nem à sua competência como gestor ou empresário. Mas a maioria do eleitorado não parece considerar que sejam virtudes ou pré-requisitos para o próximo prefeito. Há entre o quadro de funcionários públicos um grupo de gente avessa ao trabalho duro e, evidentemente, Udo Dohler não deve esperar os votos deste segmento.Outro grupo que não deve apoiar a sua candidatura é formado pelos eleitores que vendem o seu voto por cestas básicas, carradas de barro, algum emprego de terceiro escalão ou qualquer tipo de benefício semelhante. Mas o segmento em que menos votos deverá angariar é aquele composto pelos crédulos, ingênuos, ignaros e estultos que parecem formar a maior parte do eleitorado local, se considerarmos os resultados do primeiro turno. Esse eleitor que ainda acredita em soluções fáceis, em alcançar o sucesso sem trabalho, em prosperar sem esforço. Aqueles que acreditam na fala mansa e no discurso emotivo. São os mesmos que na escola ou na faculdade não gostavam do professor que dava tarefa, que exigia que o aluno estudasse, que dava notas baixas para quem não se esforçava.




A nossa sociedade insiste em acreditar que é possível melhorar, crescer e desenvolver só torcendo, sem suar, sem que haja compromisso. Há sempre quem vende esta ideia e  quem a compra. A última vez que um candidato gerou uma esperança descabida no eleitorado e fez promessas que não foram cumpridas, o resultado foi um elevado índice de rejeição. E o candidato, lembremos, nem chegou ao segundo turno.

Agora de novo o eleitor parece estar se deixando encantar pelo canto das sereias. É mais fácil escutar a música eufônica e a conversa fiada do que acreditar no discurso carrancudo e sem graça que oferece só trabalho, esforço e economia na forma de administrar a cidade. 

Neste quadro, Udo Dohler não tem a menor chance.