quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Um segundo turno dos diabos

POR JOSÉ ANTÓNIO BAÇO

Parece que o diabo anda a fazer as suas maldades neste segundo turno. Primeiro o candidato Kennedy Nunes divulga uma foto ao lado do bispo católico. Aí a diocese do bispo emite uma nota a dizer que a publicação não foi ética, porque dá a entender que seria um apoio à candidatura. O candidato devolve a acusação, insinuando que a diocese teria sido induzida por outros a tomar essa posição.

É fácil entender os dois lados. Kennedy Nunes tem razão em dizer que, ao veicular a imagem, não falou em apoio. Mas qualquer estudante com duas aulinhas de semiótica sabe que a coisa acabaria por ter outro significado. Kennedy Nunes, que tem diploma de jornalista, deve ter feito essa cadeira e provavelmente sabe: não é preciso falar em apoio para sugerir um apoio efetivo.

A questão é saber até que ponto essa pequena patranha valeu a pena. Para começar, Kennedy Nunes deixou o bispo numa batina justa, porque ficou a ideia de uma quebra do princípio da neutralidade da Igreja. E criou um fait-diver desnecessário que, para fazer coro com a imprensa, acabou com uma “nota de repúdio” à sua conduta. E repúdio é uma palavrinha chata de ouvir.

Resta saber se Kennedy Nunes ganhou algum voto católico com isso. Não parece. Quando muito, pode ter perdido uns dois ou três votinhos. O hábito do cachimbo deixa a boca torta. Se o voto de cabresto ainda é possível em certas confissões religiosas, em que os pastores levam o rebanho para o próprio curral eleitoral, o mesmo não vale para os católicos. É que há muitas reses tresmalhadas, desobedientes e indiferentes.

Ah... passou quase despercebido. Quando parecia que ia ficar por isso mesmo, eis que os assessores de Kennedy Nunes decidem jogar um pouquinho de gasolina na fogueira. Os caras partilharam, nas redes sociais, uma foto na qual Udo Dohler aparece numa missa católica. Qual é pecado? Ah... parece que ele é luterano e, ao visitar uma igreja da concorrência, estaria a ofender os fiéis católicos.

Sim... o raciocínio é bastante torcido. O post é uma obra literária: “Que feio, seu Udo. É assim que o senhor quer governar Joinville? Se não respeita nem a fé alheia. Acha que os fiéis não viram isso?” Sério, amigo? Fico a perguntar que mente brilhante pariu esse texto. Aliás, que fique entre nós, leitor ou leitora, mas se a burrice fosse pecado havia uns caras que jamais entrariam no céu.

Para finalizar. Eu juro que tentei evitar o tema religião durante as eleições. Mas como não fui eu quem começou essa palhaçada, fiquei à vontade meter o meu bedelho. Afinal, a coisa só vem referendar a minha tese: misturar política com religião só pode dar cagada. Aliás, é uma coisa que se sabe desde os tempos de antanho, quando se dizia “a César o que é de César, a Deus o que é de Deus”.


Pratique esporte. Faça sexo!

POR GABRIELA SCHIEWE

Hoje, comprovadamente, uma das maneiras mais simples e barata para se ter uma vida saudável é praticando esportes.

Não precisamos ser nenhum Usain Bolt, fazer as peripécias de Armstrong para alcançar a vitória, basta que praticamos alguma atividade física. Opa, aí que tá o negócio bom!

Vocês já ouviram falar nas tais premissas que geram um resultado, então:

1- Atividade física faz bem à saúde;

2- Sexo é cientificamente considerado uma atividade física;

3- Resultado: sexo faz bem à saúde!

De onde estou tirando essas idéias? Será que o Livro 50 tons de cinza me deixaram assim? Não, pessoal, nem li este "sucesso das frígidas", como comentei com a minha amiga e colega de blog Amanda Werner. A questão é científica mesmo. Foram realizados estudos por especialistas que concluíram ser o sexo, além de prazeroso (que os puritanos não me ouçam), muito saudável.

"O cardiologista Dr. Nabil Ghorayeb, especialista em Medicina de Esporte e diretor da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), explica que a relação sexual normal equivale a uma atividade física de intensidade leve a moderada."


Valéria Alvin Igayara de Souza CREF 7075/ GSP - Especialista em treinamento

Conforme o quadro acima e as explicações do especialista, claro que a prática casual do sexo não lhe levará a perda dos quilinhos a mais. Para isso, a prática, como qualquer outra atividade física, deve ser regular, regrada, acompanhada de uma alimentação balanceada (sem insanas interpretações neste caso).

Apesar de ter mencionado no meu título que o sexo seria um esporte, também não será à toa que afirmarei uma sandice dessas.

Nos estudos realizados, o professor de educação física Mauro Guiselini faz questão de diferenciar esporte de atividade física: "atividade física é um termo genérico que significa fazer qualquer movimento, como lavar louça, arrumar a casa ou varrer o chão. Já o exercício físico é uma prática frequente e regular de movimentos corporais."

Agora, quem quiser levar a sua atividade física à sério e eleger o sexo como opção, basta parametrizá-lo, fazendo constantemente, por tempo determinado e controlando batimentos cardíacos, frequência respiratória e alimentação baleanceada. Fica a opção sexual, quer dizer, esportiva.

Tudo bem. Você até pode achar, num primeiro momento, uma grande baboseira essa meia dúzia de palavras que acabei de escrever. No entanto, a verdade é que se pode unir o útil ao muito agradável; praticar uma atividade física que lhe gera prazer, bom humor e ainda, dependendo como a fizer, poderá, também, lhe deixar em forma.

Quer melhor ou está bom pra hoje?

Atividade física deve ser praticada sempre, em qualquer idade, sem qualquer distinção e, quando isso pode ser feito com prazer, melhor ainda.

Faça sexo fisicamente ativo!

Obs.: este link traz alguns exemplos das benesses do sexo para a saúde, http://meublogcafecomcanela.blogspot.com.br/2011/08/sexo-e-atividade-fisica.html

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Por que Udo Dohler não será o próximo prefeito? (reedição)


POR JORDI CASTAN
A possibilidade de que Udo Dohler seja o próximo prefeito de Joinville é cada dia menor. Não porque ele não seja a melhor opção, mas porque não gostamos de alguém que ponha ordem e faça as coisas andarem direito. Preferimos a bagunça, a desordem, a procrastinação e, principalmente, a politicagem.



Entre as muitas críticas que o candidato Udo Dohler recebe, não há questionamentos nem à sua capacidade de trabalho nem à sua competência como gestor ou empresário. Mas a maioria do eleitorado não parece considerar que sejam virtudes ou pré-requisitos para o próximo prefeito. Há entre o quadro de funcionários públicos um grupo de gente avessa ao trabalho duro e, evidentemente, Udo Dohler não deve esperar os votos deste segmento.Outro grupo que não deve apoiar a sua candidatura é formado pelos eleitores que vendem o seu voto por cestas básicas, carradas de barro, algum emprego de terceiro escalão ou qualquer tipo de benefício semelhante. Mas o segmento em que menos votos deverá angariar é aquele composto pelos crédulos, ingênuos, ignaros e estultos que parecem formar a maior parte do eleitorado local, se considerarmos os resultados do primeiro turno. Esse eleitor que ainda acredita em soluções fáceis, em alcançar o sucesso sem trabalho, em prosperar sem esforço. Aqueles que acreditam na fala mansa e no discurso emotivo. São os mesmos que na escola ou na faculdade não gostavam do professor que dava tarefa, que exigia que o aluno estudasse, que dava notas baixas para quem não se esforçava.




A nossa sociedade insiste em acreditar que é possível melhorar, crescer e desenvolver só torcendo, sem suar, sem que haja compromisso. Há sempre quem vende esta ideia e  quem a compra. A última vez que um candidato gerou uma esperança descabida no eleitorado e fez promessas que não foram cumpridas, o resultado foi um elevado índice de rejeição. E o candidato, lembremos, nem chegou ao segundo turno.

Agora de novo o eleitor parece estar se deixando encantar pelo canto das sereias. É mais fácil escutar a música eufônica e a conversa fiada do que acreditar no discurso carrancudo e sem graça que oferece só trabalho, esforço e economia na forma de administrar a cidade. 

Neste quadro, Udo Dohler não tem a menor chance.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A matança das focas no Canadá

POR ET BARTHES
O que você faria para ter um casaco de pele? Não precisa fazer. Os caçadores de focas bebês fazem por você.


domingo, 21 de outubro de 2012

Foi ontem e nos esquecemos


Foi ontem o aniversário da charmosa Amanda Werner e nos estávamos tão atarefados bebendo cerveja no Stammtisch que acabamos esquecendo de lembrar de uma data tão importante. 

Amanda, desculpe pelo esquecimento. E parabéns em dobro.