quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Paralimpíadas e JEC, de tirar o chapéu
PARALIMPÍADAS - Estamos acompanhando, desde o último dia 29, a 14ª edição dos Jogos Paralímpicos. Os jogos ocorrerão até o dia 09 de setembro em Londres, cidade onde também foram os Jogos Olímpicos.
No sexto dia de competição, o Brasil ocupa a 7ª colação no quadro geral de medalhas, num total de 21:
- 10 ouro
- 7 prata
- 4 bronze
Se tanto comentamos acerca dos investimentos do governo brasileiro na equipe que participou dos Jogos Olímpicos de Londres, o que dizer então do time paralímpico, com 189 competidores em 18 modalidades, na sua 11ª participação?
A equipe olímpica foi composta por 257 atletas, distribuídos em 32 modalidades, terminando a competição na 22ª colocação, com 17 medalhas (3 ouro; 5 prata; 9 bronze).
SIMPLESMENTE O MELHOR - Se você parar por alguns instantes para apreciar os Jogos Paralímpicos, inevitável que permeie a reflexão. Pois estamos diante de pessoas com algum tipo de deficiência fazendo o seu melhor, sempre. Estes atletas nunca se contentam em apenas "passar" por uma competição, eles darão o seu máximo em qualquer disputa, mostrando a todos nós que sempre, e sempre mesmo, você é capaz, basta querer, se dedicar, se esforçar no limite, equilibrar mente e coração.
Tenho visto o dia a dia da competição paralímpica apenas em momentos esparsos e pude notar na delegação olímpica: atletas já consagrados não fazendo nem o necessário, quiçá o seu melhor, indo ao limite extremo (como mostra Cleiton Conservani). E esses atletas é que cada vez mais receberão maior apoio do nosso Governo.
Os lutadores, na acepção da palavra, estes ficarão subrogados a uma Lei Piva e alguns resquícios de verba.
Possuímos os melhores atletas em algumas categorias, recordistas na natação e no atletismo. Campeões nas duas últimas paralimpíadas no Futebol 5 (em que são cegos 100%). No entanto, o seu destaque se resume a relação direta ao apoio e verba que recebem para competirem, infelizmente.
FORA DO CONTEXTO - Bom, basta vermos como os deficientes, em todas as suas formas, seja visual, físico, mental são tratados e recepcionados no nosso contexto. Se é que eles fazem parte do nosso contexto?
É absurdo - e isso sim é de atacar o fígado, colega Baço - pessoas que realmente mostram para o mundo o que é viver, com extrema competência e dignidade e para esses sim o slogan compete "Sou brasileiro, não desisto nunca!"
CONTINUAR A APLAUDIR - O JEC empatou em casa e daí? O Barcelona empata em casa e não causa esse espanto. Gente, quero aqui registrar que, mesmo que o Joinville não suba à Série A, fato totalmente normal, o time merece os meus mais exaustivos elogios e respeito pelo que vem demonstrando em campo durante todo o campeonato. O torcedor de verdade - e aquele que aprecia realmente o futebol - continuará aplaudindo o JEC, sempre.
Na rodada da noite passada, o Tricolor, aos 46 minutos do segundo tempo, tomou a virada do Bugre, sendo derrotado por 2 x 1. E com a combinação de resultados da rodada o JEC, neste momento, ocupa a quinta colocação, a 2 pontos do G-4.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Se beber, não dirija... retroescavadeiras
POR ET BARTHES
Todos sabemos russos tem a fama de ser um povo que gosta de bebidas alcoólicas. E todos conhecemos a determinação de que não se deve beber e dirigir. Especialmente se for para dirigir uma retroescavadeira. Mas o sujeito aí achou que estava tudo sob controle e detonou sete veículos no estacionamento. E apanhou...Muita hipocrisia por metro quadrado
POR JORDI CASTAN
Na sexta feira passada, participei como espectador do debate promovido pelo jornal A Notícia, em
parceria com a TV COM/SC e a Sociesc.
Auditório lotado, o
primeiro a chegar foi Carlito Merss. Na sequência Udo Dohler, Leonel Camasão,
Marco Tebaldi e Kennedy Nunes, todos quase ao mesmo tempo. Cada um dos candidatos
acompanhado do seu grupo de assessores e alguns candidatos a vereador, mas poucos.
Cumprimentos formais,
em alguns casos destilando hipocrisia, mas de forma sutil, imperceptível para o
espectador menos atento. A certa distância, a imagem parece o encontro de um
grupo de ex-alunos ou de velhos conhecidos.
Carlito transpira
nervosismo e, no seu caso, é perceptível o desconforto. Nada parece estar
funcionando como estava previsto. Pode ter havido excesso de otimismo ou
amadorismo, mas é evidente que o clima e o ambiente não lhe são propícios. O seu
vice chega um pouco mais tarde que os demais, mas dentro do horário
previsto. Voltolini esta à vontade, age quase como se ele próprio fosse um dos candidatos.
Udo Dohler busca com o
olhar com quem conversar, busca eleitores. Aluno aplicado, se esforça em fazer
tudo o que tem aprendido. Não consegue dissimular o desconforto com uma
situação que lhe é alheia, mas a disciplina pode mais e até faz um esforço para
sorrir. O seu vice desaparece no meio do público.
Leonel Camasão ganha
disparado o primeiro embate. Os alunos, melhor dizendo, as alunas da Sociesc
presentes no auditório, são verdadeiras tietes do candidato. Ao final do debate, muitas delas pedem para ser fotografadas com Leonel Camasão, que é quem se encontra mais à vontade.
Sem a pressão dos demais, a sua atitude contrasta com a dos outros
candidatos. O seu vice se confunde entre a nuvem de fotógrafos do jornal A
Notícia, parece até um deles.
Kennedy Nunes chega
com a segurança de quem está acostumado a atos públicos. De todo modo, aparenta menos segurança que em outras ocasiões. O seu vice circula pouco e
senta rapidamente, rodeado de assessores. Kennedy olha para todos os lados, tenta
sentir o ambiente e identificar melhor que papel interpretar.
Marco Tebaldi chega
rodeado de um grupo de assessores, anda devagar, cumprimenta pouco e não parece
estar muito à vontade. A sensação é que está a contragosto, que preferiria
estar em outro lugar. O seu vice age mais como um convidado do que como alguém que
esta no auditório para somar apoios e buscar votos.
Todos os candidatos
parecem conhecer os resultados da pesquisa que será divulgada no sábado, 1
de setembro, e atuam em consonância. As suas ações e atitudes parecem pautadas
pelos dados das pesquisas próprias ou de terceiros e pelos conselhos dos seus
assessores próximos. O resultado é um ambiente falso, forçado, pouco natural.
Iniciado o debate
propriamente dito, todos parecem nervosos. É verdade que uns menos que os
outros, depende do que tenham a perder. O formato do debate impede qualquer
surpresa, qualquer pergunta mais incisiva e, quando alguém toma a iniciativa de
ousar um pouco mais, as respostas são evasivas e inconclusivas.
De novo Leonel Camasão ganha o público. A sua juventude e despreocupação com os votos que possa ganhar ou perder permitem que esteja completamente à vontade. São dele as perguntas e os questionamentos mais interessantes, ainda que a necessidade de querer marcar uma posição ideológica ou partidária faz que o interesse do público acabe se perdendo rapidamente. Todos os candidatos utilizaram a técnica malufista de não responder às perguntas formuladas e se dedicar a conversar sobre outros temas. Neste quesito, menção especial para Carlito Merss
De novo Leonel Camasão ganha o público. A sua juventude e despreocupação com os votos que possa ganhar ou perder permitem que esteja completamente à vontade. São dele as perguntas e os questionamentos mais interessantes, ainda que a necessidade de querer marcar uma posição ideológica ou partidária faz que o interesse do público acabe se perdendo rapidamente. Todos os candidatos utilizaram a técnica malufista de não responder às perguntas formuladas e se dedicar a conversar sobre outros temas. Neste quesito, menção especial para Carlito Merss
Há perguntas mais
incisivas entre Marco Tebaldi e Carlito Merss e entre Kennedy Nunes e Carlito
Merss e/ou vice-versa. Mas não há farpas. Todos se conhecem bem. São pequenos confrontos coreografados, repletos de ironia e de
subentendidos. Em pauta a ampliação da Arena, as contas da Felej, a mobilidade e os problemas da saúde. Os tópicos que
os marqueteiros têm pautado para ser abordados. As perguntas e respostas
parecem um jogo de voleibol estilizado, um jogo entre compadres em que todos
deixam a bola fácil para que o outro a possa devolver.
Não há confrontos verdadeiros, não há sangue. É um jogo entre colegas, em que quatro dos candidatos sabem que, de uma forma ou de outra, estarão no segundo turno. Ou como candidatos ou como aliados de algum candidato. É o momento de preservar futuras alianças. O PSOL não está nem um pouco preocupado com o segundo turno. Sabe que nem estará nele, nem o seu apoio será necessário para qualquer candidato. Já avisa inclusive que não apoiará a nenhum dos outros candidatos.
Não há confrontos verdadeiros, não há sangue. É um jogo entre colegas, em que quatro dos candidatos sabem que, de uma forma ou de outra, estarão no segundo turno. Ou como candidatos ou como aliados de algum candidato. É o momento de preservar futuras alianças. O PSOL não está nem um pouco preocupado com o segundo turno. Sabe que nem estará nele, nem o seu apoio será necessário para qualquer candidato. Já avisa inclusive que não apoiará a nenhum dos outros candidatos.
Acabado o debate, cada
candidato vai ao encontro da sua torcida, para receber elogios e cumprimentos. Tampouco entre as equipes há sinceridade. O auditório, que durante duas horas
concentrou a maior densidade de hipocrisia por metro quadrado da cidade, começa
a ficar vazio.
Leonel Camasão se deixa fotografar rodeado de jovens eleitoras. Marco Tebaldi tem pressa, parece que acordou de repente e sumiu a sonolência que aparentou durante todo o debate. Carlito Merss também saiu rapidamente e sabe que não foi bem. O seu vice permaneceu durante mais tempo, percorrendo cada um dos grupos, excetuando aqueles claramente identificados com os outros candidatos. Kennedy Nunes ficou um pouco mais no palco do debate conversando animadamente. Está satisfeito com o seu desempenho. Udo Dohler é o último a sair. Busca um por um cada um dos possíveis votos.
Leonel Camasão se deixa fotografar rodeado de jovens eleitoras. Marco Tebaldi tem pressa, parece que acordou de repente e sumiu a sonolência que aparentou durante todo o debate. Carlito Merss também saiu rapidamente e sabe que não foi bem. O seu vice permaneceu durante mais tempo, percorrendo cada um dos grupos, excetuando aqueles claramente identificados com os outros candidatos. Kennedy Nunes ficou um pouco mais no palco do debate conversando animadamente. Está satisfeito com o seu desempenho. Udo Dohler é o último a sair. Busca um por um cada um dos possíveis votos.
Já no jardim, uma imagem
espontânea, os alunos de uma sala gritam o nome do Udo e pedem que ele se
aproxime. Entre supresso e feliz se aproxima da janela e cumprimenta e aperta a
mão dos alunos. O fotógrafo não perde a imagem e a oportunidade.
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