POR JORDI CASTAN
Janeiro é sempre tempo de fazer promessas, criar
expectativas e de até mesmo previsões para o ano que inicia. E 2018 tem tudo para ser
um ano emocionante. O mês começou com a nomeação de uma ministra do Trabalho
que não cumpre a legislação. E ainda trará o julgamento, no dia 24 de janeiro, do
ex-presidente Lula, em Porto Alegre. Lula pode sair de lá para a cadeia ou para
o Planalto.
Fevereiro é tempo de carnaval, de festa, de alegria e de
esquecer tudo. Como todos os anos, o Brasil será o pais de faz de conta, o País de
Alice. Depois seria o tempo de começar a trabalhar. Mas essa é outra historia.
Março e tempo de celebração em Joinville. Talvez celebrar que ainda temos pela frente mais três anos de inépcia e incompetência. Ninguém deve esperar novidades por estes lados. O que não aconteceu até agora, continuará sem acontecer.
Abril traz novos feriados. E nada melhor para um ano
eleitoral que começar a conhecer os candidatos que estarão no páreo. Começa o período
de desincompatibilizações. E seguiremos com os mesmos nomes
de sempre. Quem viver verá. Pouca chance de mudanças.
Maio já é tempo de começar a falar de futebol. A Copa do Mundo esta aí e nada melhor para o Brasil do que uma abundância de pão e circo. Aliás, cada vez mais circo
e menos pão.
Junho é tempo de deixar a bola rolar. O planeta vai parar
para ver o maior espetáculo da terra. A CBF deverá ter um novo presidente e é curioso imaginar quem poderá ser o candidato eleito. Como dizia um velho
conhecedor do mundo da bola: "não há virgens na zona".
Em Julho, acabada a Copa, é tempo de falar de política. A
campanha já estará a pleno vapor, mesmo que tecnicamente não tenha começado. De
fato, há candidato que está em campanha faz mais de dois anos. Em Joinville, não devemos
ter nenhuma mudança significativa e tudo deve seguir como até hoje.
Agosto é o mês do cachorro louco e tempo de alianças improváveis,
de ver inimigos de ontem se abraçarem e compartilharem cama e mesa.
Setembro é tempo de festas e nada melhor para dar uma relaxada
depois de tanta tensão e emoção. A campanha seguirá e a promiscuidade aumentará
um ou dois degraus.
Outubro será o ápice de momento político. O clímax, o suprassumo do onanismo. Ainda que para os melhor classificados reste ainda uma segunda rodada em novembro.
Novembro, enquanto Joinville prepara a Festa das Flores, o
Brasil vive um momento histórico. O grande dia chegou e o resultado das urnas
garante que nada vai mudar. A máquina política funcionou, a perfeição o pais
segue com passo firme em direção a um futuro incerto. Porque seja qual for o resultado
das urnas, a única certeza é que nada vai mudar e que seguiremos escutando os
mesmos discursos, as mesmas falácias e as mesmas mentiras.
Dezembro é hora de pensar em 2019, tempo de fazer novas
promessas e acreditar que as coisas mudarão, sem entender que o Brasil, Santa
Catarina e Joinville não vão mudar nunca se a mudança não começa por nós
mesmos.
E que venha 2019