sexta-feira, 14 de março de 2014

Ditadura nunca mais, Comissão Municipal da Verdade já!

Dona Lucia Schatzmann
Foto cedida por Jéssica Michels
POR FELIPE SILVEIRA

Na terça-feira (11), o Centro de Direitos Humanos Maria da Graça Bráz (CDH), de Joinville, completou 35 anos. Em comemoração, realizou uma audiência pública sobre a ditadura civil-militar, com participação do coordenador da Comissão Estadual da Verdade Paulo Stuart Wright (CEV), Naldi Otávio Teixeira. O nome da comissão é uma homenagem ao deputado catarinense cassado pela ditadura e exilado que retornou ao Brasil clandestinamente e é um dos desaparecidos políticos do período.

A noite foi emocionante. O depoimento da dona Lucia Schatzmann, companheira do seu Edgar  Schatzmann, um dos ex-presos políticos joinvilenses, mexeu com todos no recinto, que aplaudiram de pé ao final, quando ela contou com orgulho que não se arrepende de nada porque estava ajudando a construir um país e um mundo melhor. Tão emocionante quanto foi a fala da senhora de 69 anos que viveu aquela experiência terrível foi a de Luis Carlos Fagundes Lemos, filho de outro preso político, já falecido. Ele contou como foi terrível para a família passar pela prisão do pai, que, levado a Florianópolis, ficou incomunicável por muitos dias. Luis, no entanto, não contou os horrores da tortura que soube pelo pai. Por causa de uma criança no recinto, achou melhor não revelar as barbaridades.

Os depoimentos foram muito tristes. Os horrores da ditadura foram muito tristes. Conhecê-los é chocante, doloroso e triste.

No entanto, eu saí de lá feliz. Talvez por otimismo, interpretei que houve uma sinalização para a criação de uma Comissão Municipal da Verdade. E isso é muito, mas muito mesmo, importante. A comissão municipal, e poderia ser até mesmo regional, faria um importante resgate dessa história apagada, escamoteada a disfarçada que é a história da ditadura em Joinville.

E não conhecer a história, já que ela é apagada, é o que permite que tenha gente que goste da ideia de ditadura, que tenha saudade daquele tempo e todo esse lixo que vemos por aí. Aliás, sempre vai existir gente assim, por mau caratismo. Hoje, a maior parte é por simples desconhecimento. Por isso não podemos esquecer. Por isso temos que trazer a verdade à tona. E o primeiro passo para isso é criar e fortalecer a comissão municipal.

Tão importante quanto é avançar e criar espaços de resgate da memória. Um exemplo disso é o Memorial da Resistência, em São Paulo, criado na antiga sede de uma das polícias políticas do regime. Lá você pode conhecer as celas que abrigaram presos políticos e um trabalho fantástico de resgate da memória e reflexão sobre as violências dos períodos ditatoriais. Foi uma das experiências mais fortes da minha vida.

A sugestão da criação do espaço foi levantada pela comunidade e ouvida por três vereadores presentes. Acredito que haja uma possibilidade real de concretização da ideia, mas para isso ocorrer é necessário envolvimento da comunidade. Esse texto tem o objetivo de espalhar a ideia. Aos interessados, estou à disposição para colaborar e levar adiante o projeto.

Para conhecer mais sobre a história do casal Lúcia e Edgar Schtzmann e sobre a ditadura em Joinville, recomendo o documentário Ditadura Reservada, de Fabrício Porto:

106 comentários:

  1. É bastante complicado esse assunto porque alguns perseguidos foram condenados por lutar contra a ditadura, porém a maioria foi perseguida por lutar contra a ditadura para impor outra. Se os comunistas tivessem êxito, hoje seríamos uma dessas republiquetas de bananas que o comunismo conseguiu destruir.

    Eduardo

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    1. Os comunistas não teriam êxito. Isso é uma falácia largamente utilizada para justificar o injustificável.

      Mas vamos admitir por um segundo que isso fosse verdade: se o Estado detinha os meios legais para conter a tal "ameaça", não bastaria empregá-los? Por que a tortura e o assassinato contra inimigos que já estavam formal e oficialmente detidos?

      Não faz sentido um Estado que se pretende Constitucional tratar cidadãos como inimigos, independente do que eles pensam, dizem ou fazem. E faz ainda menos sentido um aparato estatal ser empregado para atos de flagrante ilegalidade, tais como a tortura e o assassinato, contra cidadãos que, uma vez rendidos e presos, já não representavam nenhuma ameaça - e que, a bem da verdade, nunca representaram.

      Não há nada de complicado nisso.

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    2. O Brasil vivia num estado de exceção, porém a ditadura discernia quem era apenas opositor daqueles que efetivamente queriam implantar o comunismo. Esses últimos eram tratados pelo Estado como inimigos e a punição com as prisões e torturas serviam para conhecer seus pares (José Genuíno/X9/Araguaia – embora o general que prendeu Genuíno na mata afirmou, na frente do mesmo, numa sessão da câmara em 2005, não ter encostado num fio de cabelo dele), os planos e anteceder as ações terroristas. Muitos dos que “desapareceram” na ditadura estavam longe da santidade ao contrário do tenta desenhar a comissão da verdade do governo federal. Comissão esta que, a meu ver, não tem a legitimidade necessária porque está apresentando apenas um lado da moeda.

      Eduardo

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    3. Sempre tem alguém que quer defender a ditadura falando que foi um mal necessário, vai entender... Não sei se você conhece a história do golpe de 1954 na Guatemala, patrocinado pela CIA e pela United Fruit Company, contra o governo democraticamente eleito do presidente Jacobo Arbenz Gúzman. O termo república de bananas se referia justamente a esta empresa que fazia o que queria nos países onde ela se encontrava, ou seja o presidente deposto pela CIA, queria que Guatemala não fosse uma república de bananas. O interessante que a única ditadura de esquerda que conhecia na América do Sul foi Cuba, por que o Kennedy não deixou, o resto dos países todos tinham influências americanas ou eram comandados por ditadores que apoiavam os EUA. Ou seja todos eram repúblicas de bananas que não tinham coragem de se rebelar contra a influência americana.
      Assim como uma religião, a fé cega no capitalismo americano se torna algo complexo e divino, com milhões de adeptos, onde Truman é deus e Stalin o demônio.

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    4. Felipe, você tinha de nascer homossexual camponês na Coreia do Norte.

      Eduardo

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    5. Rudimar, se não fossem os americanos patrocinarem os militares na AL, hoje você estaria comendo banana e pulando de galho em galho.

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    6. Como o primeiro comentário do Eduardo foi, em que pese o conteúdo, suficientemente educado, eu estava até disposto a responder o segundo e prosseguir o debate, porque achei que finalmente tinha surgido alguém disposto a uma discussão um pouco mais, diríamos, qualificada.

      Mas aí o cara saca um argumento como "você tinha de nascer homossexual camponês na Coreia do Norte" em um post sobre a ditadura civil militar brasileira e fode com tudo.

      Mas Eduardo, seguindo seu raciocínio, a prisão, tortura e mesmo a morte de um homossexual camponês na Coreia do Norte ou um dissidente cubano são justificáveis, porque nestes contextos eles também são, do ponto de vista dos respectivos regimes, inimigos a ameaçar a sobrevivência do regime. Exatamente como a esquerda brasileira cuja tortura e assassinato você justifica.

      Imagino que você vá espernear e dizer que não foi isso que você quis dizer, mas é o risco de argumentos que relativizam a barbárie, como o seu.

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    7. Muitas das nações que foram invadidas pelos alemães na segunda guerra mundial tinham parcelas da população que apoiavam as ideias de Hitler e lutaram a favor do nazismo, porque eram o povo dominante e avançado na época. A sua visão da ditadura é semelhante, pois no Brasil muitos aceitavam as ideias dos EUA e do governo imposto, como verdades absolutas, e quem questionava era preso e torturado.
      Não entendo esta forma de pensar, onde só existem dois lados, isto é pensar pequeno e é como um povo dominante escraviza outro. "Segue o que eu digo que tudo dará certo".
      O mais interessante que durante a ditadura, o Brasil só funcionava porque pegava emprestado dinheiro do EUA o tempo todo. Já ouvi falar em milagre econômico?? Ainda era pior, pois as desigualdades sociais só aumentavam, era a política de vamos aumentar o bolo pra depois distribuir, onde os ricos viravam marajás e os pobres ficavam mais pobre. Política das obras faraônicas e do gasto indiscriminado. Política econômica sensacional esta da ditadura, não é... Só falta você falar que a escravidão foi justificável para o crescimento das nações americanas.

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    8. Nenhuma ditadura é justificável, muito menos assassinatos de pessoas já detidas e incapazes de reação. E isso, ACREDITEM, é a visão liberal do mundo, pois a visão comunista/nazista é o oposto: "Fuzilamentos? Sim, fuzilamos e continuaremos fuzilando sempre que necessário. Nossa luta é uma luta à morte" - discurso do "humanista" Che Guevara na ONU. Como contribuição ao debate, creio que vale dar nomes a todos os bois: MORTOS PELA DITADURA = 424 mortos (283 comprovados) sendo 136 deles considerados desaparecidos, segundo o livro "Dos Filhos deste Solo", escrito pelo petista Nilmário Miranda. MORTOS PELOS TERRORISTAS = 129 pessoas, entre civis, militares e companheiros terroristas, morreram assassinadas pelos movimentos de esquerda no Brasil entre 1964 e 1974.

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    9. Estranho... Não vi nenhum intelectualóide responder às verdades que o 02:04 jogou nas suas caras...

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  2. Quanta bobagem, estão revivendo um troço que já estava enterrado. Deu, são 30 anos de democracia, vão ficar revirando túmulos agora?
    E outra, livro prá cacete sobre o assunto, vão ler, vão se informar, sobre os dois lados, e parem de repetir clichês...

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    1. Enterrado, é?

      Seria legal se você tivesse a mesma preocupação com os sequestrados e assassinados pela ditadura, muitos deles jogados ao mar, deixando famílias desoladas até hoje pela violência do regime que tu faz questão de ocultar.

      Nada disso. Não esqueceremos. E não cansaremos até tu assumir que não tem nada enterrado.

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    2. Presta atenção na minha frase, felipe: ESTAVA enterrado. Agora é que não está enterrado mesmo...

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    3. Vão desenterrar também as pessoas que morreram pelos comunistas, os queriam implantar o comunismo aqui?

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    4. 12:11/13:06, a ditadura nunca esteve enterrada, porque nunca enterramos Jorge Bornhausen, José Sarney, Paulo Maluf e outros tantos que continuam a fazer e determinar a política no país. Porque nosso aparato policial e boa parte de nossa estrutura jurídica é uma herança praticamente intocável da ditadura.

      As duas décadas de ditadura nunca foram enterradas porque nunca resolvemos e confrontamos efetivamente essa parte do nosso passado. Um passado que não pode ser esquecido (daí, a meu ver, a necessidade justamente e não enterrá-lo), mas que igualmente não pode ser nem justificado nem tão pouco repetido.

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    5. Beleza Clóvis. Boa sorte na tentativa de assassinar os citados.

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    6. Jorge Bornhausen ainda é vivo?
      José Sarney e Paulo Maluf eu sei que ainda vivem porque ambos então em conchavo com o atual governo. O mundo dá voltas.

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    7. Exato, 17:07, assim como estiveram em conchavo com todos os outros governos desde Itamar - ou você acha que Sarney e Maluf nasceram ontem? O fato de que gente como eles esteja a dar as cartas, a conchavar com esse e com os governos passados - FHC, inclusive, é sempre salutar que não esqueçamos - apenas reforça meu argumento.

      Quanto ao Bornhausen, bom, se você não sabe que ele está vivo, muito vivo, vivíssimo, eu sugiro ficar atento. Ou esperar o próximo governo do PSDB para vê-lo conchavando com Sarney, Maluf e quem quer que seja o tucano no Palácio do Planalto.

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    8. Clóvis, não me diga que se o PSDB ganhar eles vão fazer conchavo. Tu já viu alguém governar sem a maioria?

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    9. Opa!, então quando é governo do PT é conchavo, mas se for do PSDB é "governar com a maioria"? Valeu pelo esclarecimento.

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    10. Olá. Claro, conchavo é diferente de mensalão.

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    11. Interessante. Mas já que você decidiu me dar lições sobre política, comprar o congresso para mudar a Constituição e garantir a reeleição, é o que?

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    12. Descobri hoje que houve mensalão, nessa ocasião. Ô loco, meu!

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  3. E se vcs quiserem entender mesmo o assunto comecem a ler a história política do país em 1930

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    1. Kkk. Estou revisando a minha monografia e pretendo publicá-la em breve. A banca recomendou que eu publicasse um livro com o texto. Te mando uma cópia. :P

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    2. Olha, se for uma análise isenta eu topo sim, adoro ler. Agora se for na linha do post obrigado, já li o bastante sobre as famílias desoladas pela violência do regime. Que não, eu não faço questão de ocultar. Só acho que apontar apenas os erros dos militares uma burrice. Muito civil defendeu e se beneficiou daquilo. Muito militar foi preso no golpe. Papo longo e sem cerveja fica chato...

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    3. Você pode notar que eu sempre, ou quase sempre, uso o termo civil-militar, justamente por saber e querer evidenciar que a sociedade civil tem um papel muito grande nisso. O empresariado que financiou e se beneficiou muito com o golpe é um exemplo claríssimo disso, entre outros. A comissão municipal da verdade teria essa função também, de trazer isso à tona.

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    4. Pá, me desculpa, mas última coisa que essas comissões querem é verdade. Opinião.
      E ah!, os livros do gaspari valem muito a pena. Se não os leu vai atrás. Abraço.

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  4. Clóvis, para complementar, vale a pena dar uma olhada no discurso proferido pelo presidente João Goulart no Rio de Janeiro em 13/03/64, dias antes do golpe. Além do panorama geral da situação, é uma aula de democracia e justiça social. Algo que só veio a ressurgir na América Latina com Chavez.

    http://www.institutojoaogoulart.org.br/conteudo.php?id=31

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    1. Tem o do Brizola também, no mesmo dia.
      Achei que os dois discursos são conversa de quem queria dar um golpe...
      E que amor pelas "valorosas forças armadas".

      http://brasilrepublicano.com.br/fontes/11.pdf

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    2. "Mas já ouvi pessoalmente do presidente da República a sua palavra assegurando que, se fosse decidida nesse país a realização de eleições para uma Constituinte, sem a participação dos grupos econômicos e da imprensa alienada, mas com o voto dos analfabetos, dos soldados e cabos, e com uma imprensa democratizada, o presidente encerraria o seu mandato."

      Sério, 14:03, isso lhe parece "conversa de quem queria dar um golpe"? Caralho, vá ler nas entrelinhas assim lá no inferno.

      E 12:54, , já conhecia este discurso do Goulart, mas mesmo assim valeu a dica.

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    3. Sim, sugerir uma constituinte no berro, com o apoio do "povo" é conversa de quem queria dar golpe

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    4. Pourras, citando trechos desconectados do contexto, tamo bem de historiador...

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    5. Muito fácil... Existem brigas bem mais interessantes!

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    6. Olá Clóvis, aqui quem fala é o anônimo de 14 de março, 14:03 e 15:48. Como vc rebateu, com uma técnica no mínimo infeliz, como bem disse o anônimo das 16:05, a minha sugestão de que nos discursos do jango e do brizola havia um leve futum de tentativa de golpe, fui à minha humilde biblioteca (é humilde mesmo, não estou tirando onda), ali naquele cantinho destinado a livros sobre o golpe. Pois bem, As ilusões Armadas, Elio Gaspari, livro 1 - A Ditadura Envergonhada, página 51. Reproduzo: "Havia dois golpes em marcha. O de Jango viria amparado no "dispositivo militar"e nas bases sindicais, que cairiam sobre o Congresso, obrigando-o a aprovar um pacote de reformas e mudanças das regras do jogo da sucessão presidencial. Na segunda semana de março, depois de uma rodada de reuniões no Rio de Janeiro, o governador Miguel Arraes, de Pernambuco, tomou o avião para o Recife avisando a um amigo que o levara ao aeroporto: "Volto certo de que um golpe virá. Del á ou de cá, ainda não sei."
      O ex-governador gaúcho Leonel Brizola achava que viria de cá, do presidente, seu cunhado. Veterano militante do Varguismo, saíra de uma infancia pobre e, formado engenheiro, casara-se em 1950 com a irmã de Jango. Tivera Getúlio como padrinho. Devia muito de sua carreira ao presidente, mas o cunhado devia à sua tenacidade o levante das forças civis que lhe permitiriam assumir a presidencia durante a crise de 1961. Fazia tempo que Brizola repetia: Se não dermos o golpe, eles o darão contra nós"."

      Como, aparentemente, o trabalho do Elio Gaspari é um pouco mais elaborado que a sua técnica infeliz, prefiro ficar com ele.
      Ah! esse trecho ai em cima tem dezenas de referencias, notas de rodapé. Se vc quiser, me passa o teu email que escaneio a página e te envio. Diretamente do inferno...

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    7. 13:59, não preciso de PDF. Eu tenho, conheço e gosto do trabalho do Elio Gaspari. Mas ele é repleto de suposições e ilações que servem para um texto jornalístico, de cunho especulativo - como o dele -, mas que tem pouca ou nenhuma validade histórica ou historiográfica. Não serve para me convencer que os militares deram um golpe e implantaram uma ditadura para, justamente, nos livrarem de outro golpe e de outra ditadura. As evidências, aliás, mostram o contrário.

      Mas você pode continuar a acreditar nisso, se lhe serve de consolo para o fato de ter de apoiar, mesmo hesitante, uma ditadura. Ao menos você o faz recorrendo a uma biblioteca. Não é o ideal, mas já é alguma coisa.

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    8. Não seja bobinho, não estou defendendo ditadura nenhuma...
      Mas há pessoas que desconhecem a história e leem este blog. Não fica bem para um historiador distorcer fatos.
      A frase do Brizola foi dita em entrevista gravada pelo Jango ao Moniz Bandeira, nem vou te perguntar se vc sabe quem é...

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    9. e por favor, vc poderia fala um pouco mais sobre essas evidências?

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    10. Talvez quem "distorça os fatos" seja o Gaspari. Ou você. Quanto às evidências, eu envio um PDF.

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    11. Mais história, Clóvis
      http://www.fgv.br/cpdoc/historal/arq/Entrevista746.pdf

      Se é para desenterrar, façam o serviço direito. Usem pás, não o fígado

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    12. Durma bem com as suas verdades, Clóvis.
      Uma entrevista com o Moniz Bandeira, muita coisa sobre o golpe de quem estava muito perto.
      Vai publicar dessa vez, Felipe?
      http://www.fgv.br/cpdoc/historal/arq/Entrevista746.pdf

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    13. http://www.fgv.br/cpdoc/historal/arq/Entrevista746.pdf

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    14. Obrigado pela entrevista - aliás, você queria mesmo que eu a lesse!! Não a conhecia, li e a achei extremamente esclarecedora.

      Agora, uma pergunta: você pensou em disponibilizá-la exatamente para que? Não sei se é esse o caso, mas você tem certeza que pretende usá-la a favor de seu argumento de que o golpe civil militar e a ditadura que ele implantou foi um "contra golpe", necessário para evitar o golpe das esquerdas?

      Quer dizer, você leu a entrevista com atenção?

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    15. De nada, Clóvis. A entrevista é realmente muito esclarecedora.
      A postei 3 vezes - tinha me colocado como meta 5 tentativas - pq o moderador aparentemente ficou na dúvida se deveria liberá-la ou não. E não era para que só vc a lesse. Todos nós deveríamos ler mais, pq ler mais tira as nossas "certezas". Uma pessoa sem certezas, para mim, é uma pessoa melhor. Mais prudente, ao menos. Talvez agora o anonimo de 14 de março, 12:54 passe a duvidar das boas intenções do Jango. Pq, e já que vc me perguntou vou te dizer o que penso daquilo tudo, opiniões que podem mudar no decorrer da minha já não tão longa vida, mas é o que eu ACHO agora: se tem alguma preocupação que não passava pela cabeça dos principais atores dessa farsa montada em 64, e gestada lá no fim dos anos 20, era a preocupação com o povo. Aquilo ali foi briga por poder, de todos os lados. E mais que derrubar presidente, medo de comunismo e esse blablabla todo, o que uma ala dos tenentes de 30 queria era derrubar a outra ala - aquela, nacionalista, que ficou do lado do getulio durante toda a ditadura vargas e agora apoiava o jango. Pq ele não faria aquele discurso da central do brasil sem apoio militar. E é importante ressaltar que muito militar foi expurgado com o golpe. Num primeiro momento a caça interna foi muito maior do que aos civis. Só não foi, e é, mais divulgada. Aquilo foi briga de facções, e a do castelo branco, geisel e golbery aparentemente era a menos má. E o que acho de Jango, Brizola e PTB? atraso, aquilo ali era ré. Não tinham projeto nenhum para o país. Se tinham não era coisa que prestasse.
      Mas o que acho mais importante nessa discussão toda é o seguinte: nós todos deveríamos procurar estudar e entender mais aquele período para que nós mesmos não criássemos as condições para que a barbaridade se repetisse. Ontem minha filha de 13 anos recebeu um panfleto na rua, veio me mostrar sem entender direito o que era. O panfleto é uma convocação para uma "Marcha da família com deus pela liberdade". Em Joinville, no dia 22 de março. Fui pesquisar na internet. A bagaça não é só em Joinville não, vai acontecer em varias cidades do Brasil. Tinha uma faixa da apoio a essa bosta na frente do batalhão ontem.
      A onça tá calma, mas até quando? A vara do povo é muito curta, Clóvis. E a ler o que tenho lido aqui, a memória tb.
      Passei os primeiros 21 anos da vida com medo de milico. Era só o que me faltava passar os provaveis 20 que me restam (que o diabo me permita..) na mesma situação.

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    16. Para um diálogo que começou tão ácido, pelo menos chegamos a dois pontos em que concordamos: a entrevista do Moniz Bandeira é ótima, e eu o agradeço uma vez mais por compartilhá-la. E nenhum de nós dois quer passar os próximos 20 anos da vida com medo de milicos.

      Sinceramente? Pode ser pouco, mas é melhor do que se consegue com a maioria dos anônimos.

      Ah! E antes que eu esqueça. O moderador - no caso, o Felipe - não ficou em dúvida se publicava ou não a entrevista. Talvez você não acredite, mas a gente tem uma vida fora do blog. Principalmente nos finais de semana.

      Abraços.

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    17. A acidez não partiu daqui. Mas a aceitei, em alguns momentos. Do jogo e como diz um amigo, homens discordam e não fazem beicinhos.
      Não era meu objetivo que concordássemos. Expus o que penso sobre o golpe pq vc perguntou. Como é assunto que me interessa e tenho o péssimo hábito de gastar dinheiro com livros amanhã posso encontrar fatos que me desmintam. Mas minhas opiniões só a mim servem. Sem pretensões e, principalmente, apegos. No mesmo site tem uma entrevista com o FHC, quem aparentemente vc detesta pela atuação como presidente - ou por ele ser do PSDB - e eu não. A não ser pelo momento em que ele diz como aprendeu a escrever para jornais a entrevista é uma bosta.
      Quanto ao medo dos milicos, é esperar o dia 22 e torcer para que as pessoas tenham o bom senso de não ir para a rua apoiar isso. Nesse momento é o que nos resta, torcer...
      A moderação. é óbvio que viver é mais interessante que bater boca em blog. Mas como a vida me permitiu trabalhar em casa e os fins de semana podem ser terça e quarta, por exemplo, domingo foi quinta e tive que passar o dia olhando para a tela do computador. Na boa, comentários posteriores aos meus dois primeiros foram liberados antes. Não foi uma reclamação, só expliquei pq as exclamações que vc pingou ao fim da frase me sugeriu ironia.
      Um abraço, obrigado pela atenção, desculpe alguma coisa e até a próxima.

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    18. Deve ter sido o bug do milênio. Fui liberando todos os comentários à medida que fui vendo. Sem tratamento especial.

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    19. Beleza, Felipe, achei estranho mesmo, em posts seus nunca tinha acontecido. falou, abraço.

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  5. Queima, enterra, limpa os horizontes.
    Xô!!!. A ditadura militar foi uma brutalidade impensavel”… Ela foi criminosa, corrupta, entreguista e antidemocrática. Se estivéssemos numa democracia verdadeira gente como Médici, Golbery, Geisel, Tuma, cabo Anselmo, etc, teriam terminado seus dias na CADEIA.
    Foi, sim, um atraso pois impediu os verdadeiros avanços que haveriam no governo de alto nível montado por J. Goulart.
    As pastas de Saúde e Educação foram as que mais sofreram nas patas militares. Quanto à “Segurança” do tempo da ditadura vou me informar melhor com a família Herzog.

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    1. meu deus...
      Tá vendo, Felipe, quando eu digo que é melhor não mexer no vespeiro.
      A senhora pode encontrar dados sobre a educação brasileira de 1933 a 1998 aqui, na página 106:
      http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/seculoxx.pdf

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  6. Felipe, embora eu torça muito pra que dê certo e gostaria de me engajar no movimento, tenho dúvidas que algo assim seja realmente viável numa cidade como a nossa. Gente do céu, que lamentáveis alguns comentários neste post. Quanta falta de conhecimento histórico, quanta alienação. Quanto comodismo em conservar, como bons conservadores, as opiniões mais torpes, mais senso-comum, mais imbecis. Lembrei-me, agora, que nos anos 80, quando eu estava no ensino fundamental, alguns pais de colegas meus proibiam seus filhos de sentarem de meu lado pois acreditavam que minha mãe era comunista (ela era professora do estado, sindicalista, grevista). Mobile parece ter parado no tempo pela boca destes sujeitos.

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    1. É verdade, Elisa. Mas temos que fazer o movimento contrário e empurrá-los para a lata do lixo da história. Vai demorar, mas vamos conseguir.

      E esse processo de "exclusão" continua, apesar de hoje ser bem diferente. Vários colegas meus já se afastaram por causa de posições políticas. Além da minha eventual chatice. Haha. Isso também se vê no lance do emprego, entre outras coisas.

      Mas vamos em frente.

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    2. Falta de conhecimento histórico? De qual história você está falando? De qual versão? Daquela versão publicada nos livros escolares que até hoje são distribuídos aos alunos?
      Provavelmente sua mãe era professora de História, portanto...

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    3. Empurrar o que discorda para a lata do lixo da história. Igualzinho aos militares...

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    4. Seria bem legal se minha mãe fosse professora de história. Mas é operária mesmo.

      Sim, outro anônimo. Lata de lixo da história. O lugar da ditadura.

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    5. E a ditadura cubana? Vamos abrir uma comissão lá?

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    6. Maria Elisa.

      Desculpe-me se estou sendo desagradável, mas ser sindicalista, grevista, não faz ninguém melhor do que ninguém se não for acompanhado de integridade de caráter. Não me refiro a pessoas como sua mãe que permaneceu junto dos seus com o ideal que tinha como professora.
      Refiro-me aos tantos sindicalistas, de “esquerda”, como eram e são chamados, que repudiavam a boa vida que os de “direita” levavam enganando e roubando, e que se colocaram como “salvadores” da pátria, mas que hoje desfrutam dos mesmos benefícios, com “fundos” vindos dos mesmos canais, a corrupção e a exploração da “inocência” nosso povo.
      Se esta é a visão de socialismo que eles têm, realmente creio que nosso povo entrou ou está entrando em outra furada.
      Se me perguntar se tenho uma solução, direi com sinceridade que não.
      Mesmo porque, meus conhecimentos históricos não são tão apurados para me atrever a isto.
      Mas do pouco que conheço, e do pouco que já vivi, posso lhe afirmar que me sinto decepcionado e até arrependido de colocar alguns deles me representando, e cá entre nós, sabemos que muitos se sentem também desta forma.
      Então, torno a dizer, seja de “esquerda”, seja de “direita”, se não estiverem acompanhados de integridade de caráter, de nada adiantará qualquer mudança.
      Não adianta pensar de maneira diferente e agir de forma igual, mudando apenas as estratégias.

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    7. É assim mesmo que as esquerdas agem: incomodou?, paredão! E, depois, lata de lixo da história. Foi de gente assim que o Contragolpe de 64 nos livrou...

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  7. Interessante... Dilma, José Dirceu, José Genuíno, Carlos Minc e outros foram libertados pelos militares... Por quê? O que eles receberam em troca, ou pior, quem pagou pela libertação desta cambada?

    Já pararam pra pensar nisso, senhores da virtude.

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  8. Cada vez eu me assombro mais ao ver que 1964 está mais presente do que deveria estar. E o pior, é o lado nefasto de 1964 que está aí, nos comentários das redes sociais. Parece que o país ficou 50 anos preso em uma bolha enquanto o mundo seguiu seu curso. Tem gente aqui nesse debate e em outros que parece ter saído agora dessa bolha protetora. Ainda temem comunismo, mesmo depois da queda do muro e o desmanche da URSS. Se propõem a fazer uma nova marcha da TFP!!! É tão surreal, quanto bizarro. Evolução é bom e não dói gente!

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  9. Ninguém teme o comunismo porque esse já está morto e enterrado faz tempo, o que tememos é a saudade morrinhenta que esse povo da esquerda tem dessa ideologia fracassada. O medo envivece quando o governo brasileiro se aproxima de ditaduras, proto-ditaduras e até teocracia. Se existe alguém dentro de uma bolha, não somos nós, são eles!

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    1. Marcos, já ouvistes falar em esquizofrenia? Ela tem tratamento se diagnosticada em tempo, e é claro se o paciente aceitar ser tratado. Pense nisto.

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  10. Uma coisa é defender a ditadura e seus benefícios para o Brasil. Outra é se fingir de cego e não ver as consequências que ela causou. É totalmente legítima a apuração dos excessos e violências contra os opositores do governo, agitadores, manifestantes, grevistas ou pensadores. Crimes contra os direitos humanos devem ser apurados assim como crimes de guerra. Não existe este negócio de enterrar o assunto. Ou você acha que os alemães esqueceram o nazismo, ou não é legítimo o julgamento de ex-nazistas??

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    1. um crime contra os direitos humanos, Rudimar...

      http://pt.wikipedia.org/wiki/Atentado_do_Aeroporto_dos_Guararapes

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    2. Gente, o comunismo está morto e enterrado faz tempo, o que estamos vendo na Venezuela são zumbis...

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    3. Quer que julgue os judeus pelos crimes que eles cometeram na segunda guerra, também? A opressão do governo não foi muito mais evidente e frequente do que estes atentados cometidos pelos comunistas? A propósito o autor do atentado citado acima foi perseguido e morto pela polícia e inclusive a mulher dele. Conforme o texto que você citou.

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    4. Rudimar, você tá comparando o regime nazista com o regime militar brasileiro? Olha bem o que você está falando.

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    5. o alipio freitas está vivo...
      http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI64752-15228,00.html

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    6. Bom, estamos aqui para defender a ditadura e seus benefícios para o Brasil dentro do contexto do que poderia vir a ser o país se os comunistas tomassem o poder. Também pensamos que entre os militares e comunistas não haviam mocinhos. Agora, os familiares das pessoas que lutaram por um Brasil melhor longe do militarismo e do comunismo, que infelizmente eram uma minoria e sofreram com a ação direta dos militares e indireta dos comunistas merecem toda a nossa consideração.

      Eduardo

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    7. Se você parte de afirmações como estas:
      Todos os atentados na época da ditadura foram cometidos pelos comunistas. (não é verdade)
      Todos que eram contra a ditadura eram comunistas. (não é verdade)
      Os atentados promovidos pelos comunistas não foram investigados suficiente pelos militares, e o autores não foram punidos. (não é verdade)
      Não houve tortura em excesso e estupros no quartéis. (não é verdade)
      Todos os documentos da ditadura estão abertos para consulta e não foram destruídos documentos importantes. (não é verdade)
      Não existia corrupção no governo dos militares. (não é verdade)
      A lei da anistia protegeu somente os revoltosos. (não é verdade)

      Então, não é nenhum absurdo comparar o holocausto com a limpa feita pelo governo militar, cada um dentro de suas relativas proporções.

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    8. Rudimar, volto a tornar, você quer comparar o holocausto com militares brasileiros? Olha bem o que você está falando Rudimar. Pense bem antes voltar a escrever sobre isso.

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    9. Leia isto anônimo e pense no que você está querendo provar. http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/2014/03/18/marcha-da-familia-negar-tortura-na-ditadura-equivale-a-negar-o-holocausto/

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    10. Posso te passar um link também ?

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    11. Para que? Para você me passar a cartilha da sua igreja? Não obrigado, eu tenho bíblia em casa.
      Eu consigo ter uma compreensão dos fatos sem apelar para a cegueira, analisando os dois lados, vendo o que foi bom e o que foi ruim na ditadura. Você só consegue ver um lado, e segue a cartilha do Maquiável, onde os fins justificam os meios. Por que você não aceita que houve tortura e crimes contra qualquer pessoa que falasse mal do governo na época da ditadura?
      História fabricada pela ditadura é o que mais tem, principalmente transformando carrascos em salvadores da pátria. Duque de Caxias é o maior exemplo.
      Você realmente quer prolongar a discussão?
      Te convencer eu não vou e você não vai me convencer.

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    12. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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    13. Vou excluir o comentário acima pelo seguinte trecho: "Você faz isso pela sua ideologia, sua religião vermelhinha que não aceita que houve tortura e crimes contra os vagabundos que queriam tomar o poder e transformar tua democracia de hoje em um país comunista."

      Esse tipo de abominação histórica não vai passar. Ou comenta como gente, com algum tipo de compromisso com a história, ou não vai passar.

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    14. Felipe, o texto dele foi mal redigido, erro de português ou é esquizofrenia mesmo? Ele falou que o comunismo (vou entender como "sua religião vermelhinha") não aceita que houve tortura e crimes contra os vagabundos que queriam tomar o poder ( militantes de esquerda).
      Para fazer sentido o texto dele, deveria ser escrito assim: "Eu faço isso pela minha ideologia, a minha religião vermelhinha (cor do partido republicano americano) que não aceita que houve tortura e crimes contra vagabundos que queriam tomar o poder e transformar tua democracia de hoje em um país comunista." - Faz mais sentido não é. E é tão execrável quanto.

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  11. Alguém andou fazendo cursinho de redação e comprou dicionário novo. É um tal de fazer pose de intelectuário, usar palavreado bonito, todo floreado.

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    1. Você é um intelectual Gruner?

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    2. Estás fazendo escola, caro fessô!

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    3. Desculpe-me Clóvis Gruner 14 de março de 2014 19:04.. por um instante esqueci que para você todo "Anonimo" é imbecil, vou procurar escrever errado na próxima para satisfazer seu ego de professor universitário.

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    4. Estão a aprender com os "articulistas" do blog, o qual, alias, está a usar sua erudição e conhecimento para difundir ideias e pensamentos fascistas com os quais sabemos que você não concorda...

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    5. É difícil ler os comentários e verificar que esquecem que foram os "socialistas" brasileiros que lutaram pela democracia que temos hoje e que são os acusados de querer cerceá-la.

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    6. Meus caros, duas correções. Primeiro, eu não acho que todo Anônimo é um imbecil; só a maioria. E vocês esqueceram que eu também acho essa mesma maioria covarde e mau caráter, que não valem a água onde cozinho a vina do meu cachorro quente.

      Em todo caso, o comentário ali em cima não foi dirigido a nenhum de vocês, mas a um comentarista assíduo que costuma apresentar-se sempre com seu nome.

      Mas mesmo assim, e se lhes serviu a carapuça, obrigado pela oportunidade de poder tratá-los pelo que são.

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    7. É muito feio acusar alguém de fazer pose de intelectuário neste blog.

      Paulo Henrique

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    8. Então, pessoal, ficam as dicas do Clóvis sobre aquele desafortunado que resolveu escrever de modo floreado: faça um cursinho de redação e compre dicionários antes de se aventurar em responder para este blog-cabeça. Também dê preferência aos corretores automáticos, como o Word. Evite ao máximo escrever apressado de seu smartphone ou tablet, pois qualquer errinho de português ou concordância pode sobrepujar um contra-argumento. Seja pedante ao extremo, cite alguns escritores famosos e outros que você conheceu naquela palestra que ocorreu anos passados em Corumbataí. Lembrem-se: o texto tem de estar redondinho, pode ser prolixo e manter as mesmas ideias, mas a roupagem tem de ser diferente.

      Beijonoombro!

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    9. "Intelectuário" e "palavreado todo bonito, floreado", são expressões utilizadas pelo personagem Antonio Biá, interpretado por José Dumont, no belíssimo filme "Narradores de Javé'. É claro que vocês não conhecem o filme e não fazem nem ideia do que estou a falar.

      Mas se lhes falta um mínimo de cultura cinematográfica, o que não me surpreende, bastaria uma olhadinha no dicionário para saber que a expressão "intelectuário" simplesmente não existe.

      E ainda que, como já disse, o comentário não fosse destinado aos anônimos, parece que a carapuça serviu direitinho. Então, mais uma vez, obrigado pela oportunidade de poder tratá-los pelo que são.

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    10. o cara se vangloria de ter cultura cinematografica...

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    11. Pois é, tem gente que se vangloria da própria ignorância. É uma questão de escolha.

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  12. Também tenho nojo de esquerdista metido a intelectual.

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    1. Para bom conhecedor da história que você diz ser como Dr. e professor professor, deveria deixar registrado aqui o fato de que ao longo da história muitos anônimos, cada um com seus motivos, foram extremamente importantes para muitas conquistas que já obtidas, entre eles os mansônicos. Na minha opinião, e não crítica, entendo que devido pela falta de capacidade em aceitar as divergências de opiniões por parte de todos os vocês, a opção "ANÔNIMO" deveria ser retirada. Porém, muito provavelmente passarão apenas a conversar sobre os assuntos, visto que ao longo da história, quem faz a diferença na busca por novos caminhos são exatamente aqueles que divergem, ainda que podendo estar errados, daqueles que consideram ter a solução para tudo (ainda que neguem esta postura).
      Essa briga tá ficando igual a questão de "direita" e "esquerda", se não estiverem acompanhado de integridade de caráter, não se consegue definir um do outro.

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    2. Sério? Você está a comparar os muitos anônimos da história com os que despejam comentários aqui? Cara, parabéns pelo esforço e pela criatividade.

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    3. Permita-me uma correção, creio que não consegui me expressar direito, não fiz comparação quanto à qualidade da participação, fiz uma observação quanto à importância desta participação.
      De uma forma ou de outra ela acaba sendo significativa para o bom escritor, pois mostra qual a visão e a expectativa de cada indivíduo, quando analisada de forma imparcial.
      Quanto ao debate em si, se vai ser levado com educação ou não, este é realmente outro problema, que também pela forma com que se colocam as divergências... EDUCAÇÃO.

      Ao considerarmos seu texto (e dos outros escritores) podemos observar que as participações estão assim colocadas (salvo algum engano):

      50 - anônimos
      11 - Identificados
      17 - Clóvis
      07 - Felipe

      Se desconsiderarmos apensas as participações, sem analisar conteúdo, os anônimos são maioria (em participação), por conseqüência, suas respostas são mais dirigidas para eles (nós - me incluo neste grupo por razões pessoais).
      Não consigo enxergar algo negativo para vocês como escritores do texto, pois de uma forma ou de outra você está levando as pessoas a refletirem, ainda que não concordem com seus conceitos e valores, ainda que neguem que façam isso, sabemos que a mente é fantástica.

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    4. Meu caro, você é um otimista - e acredite, isso não é uma ironia. E eu respeito seu otimismo quanto à maioria dos anônimos, mas não compartilho dele.

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  13. Rudimar, quando Hitler invadiu a França, os EUA já eram a democracia que são hoje. Os americanos, ao contrário dos brasileiros viram e sentiram na pele o mal que o comunismo e o nazismo (que tiveram raízes semelhantes) fez ao mundo. Se os EUA não intervissem ao apoiar os militares na AL, metade dos subcontinente estaria mercê da URSS, como ficou Cuba até a queda do comunismo na Europa. Agora, se não quer usar Cuba como exemplo, podemos pegar um amontoado de países africanos que se submeteram ao regime comunista financiado pela URSS e Cuba, como Uganda, Angola, Moçambique, Etiópia... EUA e o nazismo são incomparáveis.

    Eduardo

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    1. A ditadura aconteceu na AL para defender o interesse americano e não salvar o mundo do comunismo. Além do mais por que os americanos não entraram na guerra contra a Alemanha quando esta invadiu a Polônia em 1939, será que eles não pensavam em apoiar a Alemanha? Uma correção no seu texto, os americanos não foram invadidos pela Alemanha e por ninguém, portanto eles não sentiram na pele o controle nazista.
      Se você acredita que um governo age em favor de outro país, sem algum interesse, só por benevolência, você deve estar lendo livros e revistas errados.
      Não comparei EUA com o nazismo, comparei a política repressora das ditaduras com a repressão e o holocausto nazista. Se morreu 500 ou milhares, os crimes cometidos durante estes 2 períodos são execráveis e não devem ser esquecidos pelas populações, para que isto não volte a acontecer.
      Tanto ditaduras de direita e esquerda são ruins e cometeram crimes, as torturas e mortes foram cometidas por militares de direita no Brasil, portanto quem deve ser investigado são os militares e não os assassinados e torturados ditos "comunistas", porque estes já foram julgados e sentenciados. Infelizmente o torturado não poderá ter seu desejo de justiça atendido pois o militar que o violentou não poderá ser preso.

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  14. O que mais me chocava essa epoca (de 64 até 72 mais ou menos) foi como visivelmente as pessoas foram se "apalermando" em frente à Tv,sobretudo as crianças que cresceram nessa época. As escolas foram se desvitalizando, o burburinho do conhecimento,da curiosidade se calou, as faculdades (estava na USP nessa epoca) se entristeceram e se esvaziaram ...essas consequencias na minha opinião tem seus vestígios até hoje e formam parte do lado mais cruel desse absurdo que é a supressão das liberdades individuais...Que te tirem o direito de pensar,de sonhar,de projetar o futuro é como tentar "estrangular " o humano ...Paralisia mental por medo ...Cruel demais!!!!!

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    1. Há de se observar a coragem de alguns da esquerda, mas que não devem ser exemplo para ninguém, nem mesmo para os novos esquerdistas.
      Coragem de fazer uso de seu passado para conquistar uma posição de destaque, de poder, de luxo, de indiferença com o povo disfarçada de compaixão.
      Coragem de exigir prisão especial, prisão domiciliar, tratamento médico especial, pedido de arrecadação financeira para pagamento de multa, como se "seu" patrimônio não cobrisse tal necessidade.
      Coragem de fazer uso do estômago para se manterem no poder, da mesma forma com criticavam seus governos anteriores, dizendo que os votos eram trocados por vale leite, comida, etc... e que o povo era tratado como Cabral tratou os índios.
      Me parece que na verdade, a intenção de não permitir que o povo reflita, que tenha opinião própria, ainda que estejam errados, continua sendo colocado em prática, o método é o mesmo, mudaram apenas os "objetos de troca".
      Aliás, não aceitar opiniões divergentes parece não ser um privilégio dos governantes, dos poderosos, dos patrões, dos pais dentro de suas casas, mas uma ideia difundida em todos os níveis.
      Estamos em um pais cujo governo impõe seus ideais através de leis e decretos, e queremos exigir do povo que se manifestem democraticamente, falta de confiança no líder realmente leva a "paralisia mental por medo."
      Manter como está, para ver como é que fica acaba se tornando a regra de quem não tem par aonde correr.
      É uma pena! Mas há muito que melhorar, seja de um lado, seja do outro.

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    2. Caramba!
      Não precisava todas essas verdades de uma vez, Anônimo 10:22. Tadinhos...

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  15. O que esses comunistas querem é descolar uma grana da Viúva... Só isso....

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  16. O mandatarios atuais...remanescentes da guerrilha e da era dos movimentos subversivos...tentam com a Comissão da Verdade...sómente mais uma ferramenta como manipulação de massa para empregnar a mente dos incautos...do MEDO...q é o fantasma q aterroriza eles até hj...assim tesenterrando fantasmas...pensam q havera um exorcismo dos atos insanos q cometiam contra a nação...sequestros...assaltos...e baderna...a tatica do MEDO em massa...ressussitando fantasmas...só ridiculariza mais a atual esquerda...e da chance a direita de estar em evidencia novamente....ao ter q responder as verdades misturada com a mentira...isto é...se a esquerda quer o MEDO...pra gerar confusão...a direita quer a confusão pra gerar MEDO....o Brasil é ainda um Pais de futuro...mas enqto estivermos patinando na história...q ja passou...e atrasou esse Pais...nunca seremos uma Nação séria...mas de um monte de ransosos...e medrosos...

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