POR CLÓVIS
GRUNER
Pra começo de
conversa: são hipócritas e eleitoreiras a imensa maioria das críticas aos
gastos presidenciais em Lisboa no final de semana. O assunto só mereceu tamanho destaque porque se trata de uma presidenta de esquerda, e sempre há
gente disposta a compartilhar factóides vindos da direita e masturbar-se indignar-se com eles, principalmente em ano eleitoral. Por outro lado, ele serviu para expor uma vez mais a pobreza - de idéias, argumentos, proposições - em que estão mergulhados a oposição e parte da chamada grande imprensa - o que, no Brasil, é praticamente a mesma coisa.
Há muito que
criticar no governo Dilma. As políticas de segurança pública e de direitos
humanos engataram marcha à ré nos últimos quatro anos; pode-se dizer o mesmo da
política indigenista. Na educação, os índices continuam muito aquém do
esperado, a mostrar que o propalado aumento no número de vagas, principalmente
nas universidades, é medida insuficiente sem investimentos estruturais em todos
os níveis. Além disso, a ampliação do arco de alianças comprometeu ainda mais o
outrora projeto político petista. Os resultados todos conhecem: a
co-responsabilidade do governo na eleição de Marco Feliciano à presidência da
Comissão de Direitos Humanos no ano passado é um deles. A presença da senadora
ruralista Kátia Abreu entre os aliados do governo, outro.
O problema é que
a oposição não está disposta a um confronto político pautado em projetos e
programas. Em parte, porque tem teto de vidro: é difícil criticar as alianças e
os aliados petistas depois de ter feito o mesmo nos anos de gestão tucana. Além
disso, é delicado posicionar-se sobre temas para os quais ela tem pouco a
mostrar no passado, quando foi governo, e ainda menos a oferecer em um futuro
próximo, quando pretende ser governo. Mesmo o esforço por transformar as
manifestações de junho passado em grandes atos “contra tudo” resultou em um
grande nada: Dilma segue liderando as pesquisas, e nem mesmo a entrada em cena
de um político de carreira como Aécio Neves conseguiu mudar o quadro. Sobra
pouco, e daí protestar contra a Copa e fazer de dois dias em Lisboa um
escândalo político parece ser uma boa opção.
DINHEIRO
PÚBLICO, CAPRICHOS PRIVADOS – Li gente defendendo os valores gastos no pit stop
presidencial argumentando que, afinal, ela estava em missão oficial, que nada
há de ilegal nos gastos e que eles são compatíveis com a dignidade do cargo.
Outros lembraram que Dilma apenas repete o que é prática comum entre nossos governantes e, por certo, não faltou quem lembrasse das muitas viagens de Fernando Henrique, uma delas com Regina “eu tenho medo” Duarte como convidada, sabe-se lá porque. É tudo verdade. Mas o buraco é mais embaixo. A
gastança de Dilma em Lisboa – e em Roma, no ano passado – é sintoma de um mal
antigo. Ela, Lula, FHC, todos sem exceção, reiteram um comportamento
recorrente em nossos representantes políticos: a ostentação à custa do dinheiro
público.
A coisa vem de
longe e os exemplos abundam. Basta ler as crônicas de Machado de Assis
sobre a vida na corte durante o Segundo Reinado, ou o panorama nada
alvissareiro que faz Lima Barreto dos primeiros anos da República: não satisfeitos
em fazer da coisa pública extensão de seus interesses e vícios privados, nossas
elites políticas se acostumaram a usar o dinheiro público para sustentar e alardear seus muitos
caprichos. Em uma cultura onde o consumo e a ostentação são dois dos principais
signos de distinção social, não chega a ser uma surpresa ver os
governantes valendo-se de uma coisa e outra para reafirmarem os privilégios que
seus cargos lhes conferem. Também não surpreende ouvir vozes antes emudecidas apenas agora reagindo, só aparentemente preocupadas com a austeridade. Ostentar não
é em si um problema; problema é quando um ex-operário e uma ex-guerrilheira
decidem dar um rolezinho.
Não, não estou
aqui a defender que Dilma deva hospedar-se em um albergue e comer um PF no
boteco da esquina. Mas oito mil dinheiros a diária, mesmo a de uma suíte presidencial,
é muito. Sei também que não resolveríamos nossos problemas economizando os
poucos “trocados” gastos em Lisboa. Mas seria no mínimo simpático, além de um
gesto simbolicamente significativo, a presidenta de um país onde milhões ainda
contam com o Bolsa Família para complementar a renda, dar o exemplo e hospedar-se em um bom hotel mais barato que o Ritz ou o Westin Excelsior. Parafraseando um ex-candidato a
prefeito de Joinville: dá pra fazer.
O presidente do
Uruguai, José Alberto Mujica, tem sua própria receita; ela não precisa
obviamente ser seguida à risca, mas poderia servir como parâmetro. Por outro
lado, difícil não anotar a esquizofrenia: os mesmos – colunistas, políticos de
oposição – que hoje criticam a ostentação de Dilma, provavelmente a chamariam de
demagoga – que é como se referem a Mujica – se ela decidisse praticar uma
política da “não ostentação”. Ser um presidente ou presidenta de
esquerda é meter-se em uma encruzilhada: se gasta e ostenta, esbanjou dinheiro público; se não gasta e é humilde, é demagogia populista. Mas é
este o nível da disputa política no país. E não vai melhorar. Ruim para
nós, que teremos de ver o debate público reduzido a
isso ou a algo pior nos próximos meses, até pelo menos as eleições.
Brilhante! A problematização, ao final, da relação entre humildade e demagogia soa urgente depois da experiência em que Haddad decidiu ir pro trabalho de ônibus com o objetivo de melhorar o transporte público em São Paulo.
ResponderExcluirDifícil entender essa oposição em tempos de desespero. Tem um prato cheio nas mãos pra atacar mas prefere se auto-aniquilar com uma porção deles vazios.
Grande texto!
Nem tanto, meu caro ! O problema aqui não é relativizar a questão e se aprofundar na análise qualitativa dos articulistas que atacam o PT, como você está fazendo.
ExcluirO problema é: gastou demais? Por quê? Tava fazendo o quê, lá? Por que gastou tanto dinheiro?
Se isso não foi feito nos governos anteriores, não me interessa. Tem que se começar isso logo e não ficar jogando pra frente com a desculpa que se o antigo fazia eu também posso.
Enquanto as correntes ideológicas ficarem apenas discutindo as "razões das críticas" e não a crítica em si, vamos ficar sempre sendo assaltados à luz do dia pelo bandidos de vermelho, azul, preto ou rosa-choque.
"Se isso não foi feito nos governos anteriores, não me interessa."
ExcluirIsso deve ter muito a dizer sobre você, André.
O que isso quer dizer a meu respeito? Responda você. quem levantou a questão !
ExcluirEu não sou afiliado a nenhum partido político, não votei no FHC, votei no Lula e me arrependi.
Não ganho nada com nenhum partido no poder e não sou servidor público e nunca fui. Nunca trabalhei para nada ligado ao poder público. O que isso quer dizer a meu respeito?
Você simplesmente pegou uma frase fora do contexto e tentou relativizar novamente enquanto que o problema central nem passou pela sua cabeça. Ou seja, incorreu no mesmo viés de conduta anterior.
O que adianta ficar remoendo o passado e deixar que tudo se repita no presente? Os erros dos outros justificam os de agora?
Ao invés de ficar relativizando e se posicionando politicamente, aja com um cidadão de verdade e exija transparência hoje !!!
Só porque você votou nos caras ou é favorável a eles não é justificativa para mudar de assunto.
Ou você defende o seu ponto de vista ou concorda com o meu. Você não fez nem uma coisa e nem outra...apenas mudou de assunto pra ver se colava.
André!
ExcluirFácil dizer que votou no Lula para dar mais "peso" as suas opiniões.
Pode até ser incoerente, mas pelo menos seja sincero!
Incoerente e hipócrita é dose para tucano!
Nos poupe!
Segura a histeria, André. Entendo que o que foi feito nos governos anteriores é, sim, tão importante quanto o que tem sido feito agora. Aliás, como mudei do assunto se eu inseri uma citação direta sua? Segura um pouco a onda porque eu acho é que você que não entendeu o cerne da discussão.
ExcluirA viagem da Dilma é perfeitamente cornetável. Inclusive não vi NINGUÉM fazer isso com a qualidade do Clóvis - e olha que tem muita gente escrevendo sobre. O que o artigo também propõe é a problematização do relacionamento da mídia e da oposição com o evento, só isso.
Ninguém disse que erros do passado justificam os do presente. Isso quem está inferindo é você.
Aliás, você não vai me dizer o que fazer ou deixar de fazer pra ser, de fato, um cidadão. Como cidadão você vai perceber, inclusive, que o problema da viagem foi qualquer coisa menos falta de transparência.
Sua série de apontamentos sobre não ser funcionário público ou membro de partidos é bisonha.
Agora toma uma água com açúcar porque está fazendo papel de ridículo com tanta retórica seguida de exclamação.
Jonas, votar no Lula é a parte negra da história, nem é para dar mais peso. Ela apenas subverteu tudo o que pregava nos 20 anos anteriores ao poder. E isso que me fez repensar a autenticidade do seu discurso.
ExcluirMurilo, não critiquei o texto do Clóvis, mas o seu comentário apenas, que achei meio "insubstancial", por assim dizer.
O fato de eu não ter relação com o governo apenas corrobora o fato que eu não tenho nada a ganhar me posicionando a favor de PT ou PSDB. Logo, estou isento de intenções escusas como você deixou subentendido em seu segundo comentário.
A questão não é o posicionamento ideológico insistido por você mas a gastança feita hoje, com dinheiro público, sem nenhum proveito para o país. Bem, se considerarmos o pito que a Merkel deu na Dilma nessa passagem pela Europa, eu mudo de opinião e digo que cada centavo foi bem gasto afinal !
E, a medida em que você desqualifica a pessoa ao invés da mensagem, isso diz muito sobre você (parafraseando um tal de Murilo).
O mais interessante disso tudo, é que a dita classe intelectual que aqui habita ao invés de trazer fatos e argumentos, tentando me convencer do contrário apenas tagarela chavões de 20 anos e insistem e desqualificar o emissor da mensagem, pura e simplesmente.
ExcluirBem...vamos tomar isso como os hormônios da juventude.
Deixou a histeria um pouco mais elegante, André. Realmente a minha idade tem tudo a ver com esse debate inteligentíssimo.
ExcluirPito da Merkel sobre a Dilma!! Este André é mais um dos papagaios de fakes que assolam as nossas vidas e o nosso escasso tempo...
ExcluirA presidente Dilma foi fazer turismo com dinheiro público (e não foi um valor qualquer), pois a parada em Lisboa já estava acertada desde quinta-feira, segundo o próprio governo português. Em Portugal ela não estava em missão política. Os gastos públicos com viagens de políticos tem de ter finalidade política, Dilma e sua “corte” omitiram a parada programada em Lisboa, e pior, mentiram dizendo que a aeronave tinha de ser abastecia, sendo que o abastecimento estava programado para ser feito nos EUA antes de seguir viagem a Cuba.
ResponderExcluirPerseguição? Quem não se lembra das CPI’s abertas pelo PT (o partido mais hipócrita e demagogo da história deste país) por qualquer minúsculo indício de gastos públicos desnecessário no governo de FHC. Tem, inclusive, a história da insistência do PT para abrir uma CPI por conta de uma caneta Mont Blanc dada de presente ao então presidente FHC. O PT está provando do seu próprio veneno.
No momento em que as contas no Brasil não fecham, em que o real perde valor, em que a inflação sobe, a gastança desmedida em elefantes brancos da Copa, chega a ser patético a presidente do Brasil fazer turismo com o cartão corporativo.
A pergunta que não quer calar é o que de fato a presidente foi fazer um Lisboa. Uma cidade que tem uma relação recente com o PT e com a principal figura política do partido: Lula; ou já esqueceram a investigação sobre as supostas movimentações financeiras entre a Portugal Telecom e o ex-presidente, tendo como pivô a blindadíssima Rosemary?
Você acusa a direita de ter argumentos enfadonhos, mas vocês, esquerdistas, insistem em usar a combalida “luta de classes” para defender todo e qualquer argumento contrário. Há muito Lula deixou de ser operário e antes de ser político foi $indicali$ta, hoje é um empresário de “muuuuuito $uce$$o”; idem para e ex-terrorista que há décadas orbita o PT e mama no dinheiro público, mesmo esbanjando toda sua incompetência política e intelectual.
Rogério B.
Rogério, feliz com sua participação. Obrigado. E caso você não saiba, Portugal é o QG do Golpe Comunista programada para este ano, por isso a Dilma deu uma passadinha lá.
Excluirkkkkkkkk
ExcluirGolpe comunista para esse ano? Não creio. Para o ano que vem provavelmente. Mas não vai ser um golpe, será vagarosamente, a começar pelo maniqueísmo, pelo controle dos veículos de comunicação, pela retenção da poupança, pelo controle cambial, nacionalização de empresas, enfim, domínio do Estado sobre tudo e sobre todos.
ExcluirA liberdade, tão falsamente proclamada pela esquerda combatente nas décadas de 60 e 70, virá com outra roupagem pelas mãos do PT. O PT sabe que a reeleição de Dilma provavelmente será sua última vitória no campo da política. O partido de tão imenso já não comporta tantas visões ideológicas e a cartilha já não contempla todos os seus partidários. O PT vai colapsar e a salvação dos caciques será a tentativa de perpetuação no poder comprando tudo e todos, desde a mídia até o militares. Quando os esquerdistas mais afoitos perceberem que a ideologia petista, tida como pura, já não faz mais parte dos ideais socialistas, será tarde demais.
Rogério B.
kkkkkkkk - 2
Excluirkkkkkkkk - 3
ExcluirPrefiro as risadas a hipocrisia e demagogia.
Excluirkkkkkkkk, para vocês também.
Rogério B.
Argentina, Venezuela, depois Cuba.
ExcluirEspero que essa senhora vença as eleições deste ano. Os brasileiros merecem.
Excluirkkkkkkkk - 1546843251459887895
ExcluirDesespero, hein, Clóvis?
ExcluirSuper desesperado. Já recebi telefonemas de Brasília ameaçando cortar minha mesada depois desse artigo.
Excluiresse cara tem uma tara pelo FHC, só pode...
ResponderExcluirO jornalismo brasileiro é bem competente para investigar todos os detalhes de qualquer movimento do PT, municiando seus fieis seguidores, como o Rogério ali em cima, com informações importantíssimas, como o local mais apropriado para a parada da aeronave presidencial ou o que o Zé Dirceu jantou ontem à noite. Por isso eu tenho muita esperança de que, com tanta experiência investigativa acumulada, uma hora dessas o jornalismo brasileiro vai finalmente começar a investigar a corrupção nas licitações e construções do metrô e trens de São Paulo. Oremos!
ResponderExcluirVocê é uma otimista, Cecília.
Excluircecília, não é necessário ser jornalista para fazer essa investigação. midia ninja, vai lá!
ExcluirNão se preocupe, o jornalismo brasileiro de hoje se transformará na planfletagem petista amanhã.
ExcluirEntão, pela o comentário da Cecília a gastança e a roubalheira dos governos PT são justificados por que o PSDB antes disso também gastava os tubos e roubava igual?
ExcluirAcredito que você poderia ter argumentos mais convincentes do que simplesmente dar a desculpa que sempre ouvíamos das crianças nos pátios da escola: "ele que começou, tio !!".
Valha me Deus.
André, a Cecília não justificou nada. Ela pede apenas que o jornalismo seja tão rigoroso com uns como é com outros, o que não é realidade hoje. Achei que você concordaria com isso.
ExcluirClóvis, não vejo o jornalismo tão parcial assim a favor de ninguém. Na verdade a grande mídia só tem a ganhar com quem está no poder. Veja a quantidade de propaganda governamental no horário nobre da Globo, por exemplo. E a Globo, até pouco tempo atrás, era a encarnação do Capeta. Hoje é o principal meio de propaganda dos aliados da presidente com as concessões para as famílias Sarney no Maranhão, Collor de Mello em Alagoas, Barbalho no Pará, etc.etc.etc....
ExcluirAlguns veículos da mídia impressa se posicionam mais, de acordo com a linha editorial de cada um. A Veja tem um perfil, a Carta Capital outro, a Época outro e assim por diante. Cabe ao brasileiro ler de tudo e tirar suas próprias conclusões. Mas esse é o problema, não é? Ler....
Ademais, não acho legal ficar comparando situações só para justificar comportamentos que, como seu texto bem frisou, não são compatíveis com a grandeza do cargo.
André, discordamos em um ponto; concordamos em outros. Discordo de você quanto à parcialidade dos meios de comunicação. Embora ache o tal PIG uma bobagem, a mim fica claro a parcialidade principalmente da chamada grande mídia e sua antipatia pelo governo petista.
ExcluirClaro que há maneiras diferentes de manifestar esse posicionamento, desde as tentativas - nem sempre bem sucedidas - de alguns veículos em preservarem um certo grau de isenção jornalistica (penso no Estadão, por exemplo, ou mesmo na Folha), até aqueles escancaradamente parciais e partidarizadas, como é o caso da Veja.
Independente disso, há públicos para todos os gastos e os governos, inclusive o PT, sabem disso. Razão pela qual - e nisso concordamos -, acho, continuam a insistir em uma política de comunicação que se já avançou um pouco na gestão passada, retrocedeu no governo Dilma aos mesmos patamares de mais de uma década atrás. Ou seja, o grosso da verba publicitária continua indo para os cofres dos grandes veículos - Rede Globo e Veja, inclusive - em detrimento dos veículos menores e regionais. Particularmente, acho um tiro no pé.
E eu acho que comparar faz parte e é necessário. Não para justificar as cagadas de hoje, mas para lembrar justamente que temos sido coniventes desde há muito tempo com as cagas de ontem.
Acho que se essa passagem por Portugal não tivesse realmente "nada de mais" por trás, o Governo não teria tentado justificar a parada por lá como "emergencial" e "repentina". Só isso que pegou mal, e já abre margem para especulações...
ResponderExcluirAnde Tonha "Contra fato não há argumento."Para completar, Dilma mandou um recado, nos últimos dias, aos que vivem de bater nela para desconstruir sua imagem: meu couro ficou duro, eu suporto.
ResponderExcluirCapricho, por tentar defender o indefensável.
ResponderExcluirNeide
Neide, me desculpe, mas você não entendeu: o texto não defende o indefensável. Antes, critica o mau uso de recursos públicos para sustentar caprichos privados e sugere outra forma de conduta. Mais claro, impossível.
Excluiresse texto é uma defesa travestida de crítica.
ExcluirAh, droga, fui flagrado! É difícil enganar mentes superiores.
Excluir
ResponderExcluirDifícil discordar de você Clóvis, pois conheço sua postura ética e moral com que se apresenta diante da vida, pois sou um seguidor de seus escritos (e rádio).
E que fique aqui bem claro para todos, que isto não significa que não tenha seus equívocos, mas que é e sempre foi, alguém que respalda muito bem suas posturas.
Difícil discordar, mas, como você é por natureza e por profissão uma pessoa que nos faz pensar, permita-me mais uma vez...
Preocupa-me toda “conversa” que chama para ela o estigma de “esquerda” ou de “direita” quando a questão é o que deve ser “certo ou errado”, ou “moral e não moral”.
Muito provavelmente isto se dá por eu não acreditar em partidarismo, e acreditar em pessoas.
Então...
Pensando bem, no Brasil, desde quando “esquerda ou direita” serve de exemplo quando os fatos beiram a questão de INTEGRIDADE DE CARÁTER? (sabemos o quanto isto abrange)
Mas falo daquela Integridade que os seus pais e os meus nos ensinaram, e cujo constrangimento diante de uma possível conduta inadequada nos leva a refletir de forma tão intensa, que nos faz repensar nossas atitudes, mudando atos e fatos.
Não estou falando de formação curricular, da qual o Sr. Presidente Lula disse certa vez que era dispensável a um presidente. (por ele não ter formação superior)
Estou falando daquela que é indispensável a quem quer que seja, especialmente a um presidente, cujo povo deposita sua confiança e esperanças.
Esta “integridade”, quando adquirida, e colocada em prática diante de decisões, não levará jamais em consideração se o seu possuidor é de “esquerda ou de direita”, pois ela por si só é inegociável, é intransferível.
Sendo assim, concordando com você diante de sua indignação, mas permita-me mais uma vez o direito de expressar meus questionamentos, que me levam pensar que estamos realmente carentes de investimentos, de investimentos que promovam mudança de atitudes.
Especialmente mudança de caráter, que nos leve para além do fato de se ser de “esquerda” ou de “direita”, posturas que no Brasil ninguém consegue definir direito, justamente pela falta de coragem de nossos próprios políticos de se posicionarem.
Muitos nem sabem de qual lado estão, ou sabem, na do poder.
Mudanças que lhes permitam ver o Brasil como sendo dos Brasileiros, e que leve nossos governantes a entender que o que queremos é confiar em quem cuida do “muito”, pois sabemos através da lição de vida de nossos pais, que uma pessoa com INTEGRIDADE DE CARÁTER quando é...
“FIEL NO POUCO, É FIEL TAMBÉM NO MUITO.”
Parabéns por seu texto e por refrescar nossa memória diante da histórica, que possamos também fazer uso de nossa integridade nas próximas eleições.
Abraço!
Jean Sidney
Obs. coloco "anônimo" por não saber ainda como postar me identifgicando.
Clovis Gruner é um herói
ResponderExcluirMudando um pouco de assunto, quantas pessoas honestas você conhece capazes de levantar 1 milhão de reais em oito dias?
ResponderExcluirMágico
Olha quem vem falar em demagogia.
ResponderExcluir