domingo, 11 de novembro de 2012

Eleições na OAB


POR COLETIVO CHUVA ÁCIDA

O Blog Chuva Ácida propôs abrir um espaço democrático para que os seus leitores possam tomar conhecimento das posições a favor e contra as duas chapas em disputa.

Abrimos o  "Brainstorming" para quatro textos e fizemos os convites para que todos os lados estivessem representados e tivessem direito ao mesmo espaço ao mesmo tempo. Para permitir uma melhor análise, propusemos dois espaços para os candidatos das duas chapas que disputam a eleição ao nível local e outros dois para os que disputam a eleição ao nível estadual. Deste modo, todos os lados teriam direito ao mesmo espaço de forma simultânea e não haveria privilégio para nenhum dos lados na disputa.

Acabamos recebendo só dois dos quatro textos programados e os colocamos à sua disposição para que possam conhecer quais são as propostas de uns e as críticas de outros. Os textos estão logo a seguir.

Boa leitura

Eleições OAB [2]


PORQUE NÃO VOTO NA CHAPA DOIS NAS ELEIÇÕES DA OAB

Por GUSTAVO PEREIRA DA SILVA

Neste mês de Novembro a classe dos advogados volta suas atenções ao evento mais esperado dos últimos 03 anos:as eleições para Presidente, integrantes de Diretoria e Conselheiros das 44 Subseções Municipais e do Conselho Seccional Estadual de Santa Catarina.Um exercito de advogados será convocado para comparecer às urnas no próximo dia 19 de Novembro no mais lídimo exercício democrático institucional. Os
advogados eleitores de Joinville, Garuva e Itapoá– cidades integrantes do maior colégio eleitoral têm um papel fundamental na distribuição das forças políticas do Estado. Nossa região, ao lado dos nossos colegas blumenauenses e florianopolitanos irão definir a radiografia e os rumos da douta corporação nestas eleições.

 É chegado o momento de revisitar realizações, avaliar com lupa os prós e contra das gestões de
cada dirigente, estudar as propostas, a conduta, o passado, averiguar se o candidato foi condenado no tribunal de ética por decisão definitiva. Confesso que não conheço muito bem o colega advogado Maurício Voss, mas acredito que a eleição de Maurício ao cargo de Presidente da maior Subseção da Ordem dos Advogados do Estado deva ser postergada. Será melhor para Joinville e para a OAB. A estrada do candidato não está pavimentada e não é o seu momento. Talvez seja uma infeliz coincidência, mas vou ao Fórum cível de duas a três vezes por semana em horários alternados e nunca vi o colega Maurício Voss batendo a barriga no balcão dos Cartórios, realizando cargas de processos, falando com serventuários, assessores, ou com o Oficialato de Justiça.

Tenho o mesmo tempo de advocacia aproximado que o colega postulante a Presidente (+/-11 anos) e desejo acreditar que o candidato não aderiu à mentalidade daqueles que julgam a tarefa de ir ao Fórum com certa freqüência, um comportamento subalterno, típico do advogado em início de carreira. Como estamos em processo eleitoral, é mais comum nos depararmos com placas, cartazes e simpáticas recepcionistas marcando presença na Casa do Judiciário, ao invés da pessoa do candidato.Esta simples constatação, nos leva à seguinte indagação:Como seremos respeitados pelas autoridades, magistrados e pelo Ministério Público, se nosso postulante a Presidente da OAB de Joinville é um ilustre desconhecido?.

Talvez aí resida o maior erro estratégico de Maurício Voss. Sua candidatura não nasceu naturalmente, pois é fruto da articulação de seu padrinho político, o atual Presidente da Subseção de Joinville, Dr.Miguel Teixeira Filho. Maurício integra o time formado por ex-Presidentes e outras mentes cintilantes do séquito de advogados de alto coturno, responsáveis pelo projeto político de poder concebido há mais de uma década na Subseção de Joinville. Enquanto as Subseções irmãs crescem, nós empacamos. Não é segredo que a candidatura de Maurício está de mãos dadas com a velha política no processo de escolha do candidato da situação, com preterição e ofuscamento de lideranças naturais da OAB, que aguardavam pacientemente na fila da vez. O grupo também é formado por célebres opositores que há poucas semanas revisitaram
posições num piscar de olhos, diante da generosa oferta de cargos importados do bunker do candidato à oposição no Estado. Indiferença nos bastidores e afeto em público, com distribuição de abraços, fotos no Stammtisch, pedidos de votos esbanjando simpatia pelas redes sociais, nos coquetéis e em lautos jantares. 

Esta é a nova política velha da OAB que desejamos? Será que devemos votar em Maurício Voss porque o candidato integra a guarda pretoriana do Presidente da Subseção de Joinville, levado a tiracolo em reuniões, solenidades, inaugurações e coquetéis? Será esta a OAB de Maurício Voss, apoiado por um candidato da ilha totalmente desconhecido de nós joinvilenses, que propala ser a força da mudança, mas por outro
lado, dá sinais de repetição de comportamentos políticos de ex-dirigentes estaduais que tanto criticou em eleições anteriores, com receio de perder votos nos maiores colégios eleitorais do Estado. Há integrantes da chapa do candidato estadual à oposição que trocaram de lado, atendendo a lógica do Poder pelo Poder. Às favas para as posições programáticas. Sempre imaginei que a nossa douta corporação fosse infensa ao pragmatismo político. Ledo engano. A coerência da oposição no Estado teve o mérito de unir históricos desafetos. É charmoso vê-los juntinhos pedindo votos, trocando mensagens e curtindo postagens pelo facebook, notadamente para criticar a Seccional. 

Continuando, seria injusto dizer que a gestão do padrinho político de Maurício Voss (2010-2012) à frente da Subseção de Joinville tenha sido ruim. Não foi. Foi muito melhor do que a gestão do ex-Presidente Celso Zimath(2004-2006), pois temos que admitir que o Presidente da OAB de Joinville é dotado de excelentes
predicados. É extremamente focado e um imbatível relações públicas. Em sua gestão, tivemos realizações positivas e alguns solavancos marcantes, como o enigmático episódio envolvendo a revogação do termo de cessão de uso da sede campestre do Bairro Costa e Silva.Outra qualidade inata do atual dirigente da Subseção de Joinville é ser um grande mobilizador social. Alguém sabe exatamente o número de comissões
criadas pela Subseção no último triênio?. Tem comissão para tudo, até para fechar a porta da sala dos advogados e apagar a luz, com o ingrediente pitoresco da redução de 05 para 03 anos de tempo de advocacia, para ser integrante. É verdade que muitas comissões funcionam muito bem e são merecedoras do nosso aplauso e reconhecimento (Comissão OAB vai à escola, assuntos legislativos e tantas outras),
mas a douta maioria importa na disputa desigual dos eleitores indecisos e do voto dos advogados neófitos. 

Outro gol contra da atual gestão foi a aproximação em excesso da Subseção da OAB de Joinville com gabinetes de políticos municipais e Deputados Estaduais, reuniões e conclaves com entidades que nada ou pouco têm a ver com a advocacia. Não há muito sentido em associar nossa entidade com política dos velhos sabujos, inaugurações de pontes, projetos arquitetônicos, boulevards e por aí afora, sobretudo porque este relacionamento com os Poderes sequer teve serventia para defender ajustes na legislação do ISS-Imposto Sobre Serviços, de competência do Município de Joinville, em favor dos escritórios de advocacia. Se o atual Presidente da Subseção têm um excelente trânsito com os Poderes Legislativo e Executivo, porque a questão do ISS para os escritórios nunca foi tratada e discutida com a devida propriedade em favor da classe?.Nada ou muito pouco mudou para nós advogados em 03 anos, visto que encontramos as mesmas dificuldades e obstáculos em exercer a militância diária da advocacia. Nem o estacionamento para os advogados na frente do Fórum funciona a contento. O setor de fotocópias no interior do Fórum Cível não nos atende adequadamente nos momentos de pico. E todas as obras de infra-estrutura que dispomos, como a sala dos advogados, protocolo, OAB-Cred foram obtidas na gestão anterior (Dr. Édelos, com o apoio da Seccional). Lembram-se de um colega advogado que ficou preso durante 17 dias em 2011?. Onde esteve a Subseção da OABneste período? Os colegas defensores fizeram de tudo para liberá-lo e a Subseção emitiu uma nota oficial na página virtual, informando que iria requisitar cópias do processo para se inteirar dos fatos. Arriscamo-nos a dizer que o colega advogado preso não recebeu a merecida atenção da Subseção porque, decididamente, lidar com publicidade negativa não é o forte da atual gestão.

 Apesar das notórias ferramentas de gestão disponíveis no sítio eletrônico da Subseção, é lamentável constatar que parte da prestação de contas do ano de 2011 e aquelas referentes ao ano de 2012, foram
disponibilizadas poucos dias antes do feriado de Finados. Onde está o contrato da SELBETTI, de R$ 6000,00(seis mil reais) mês pagos à Subseção de Joinville, pela cessão de uso nas salas dos advogados firmado em julho?.Como advogado que paga regiamente a anuidade e cumpre com todas as obrigações estatutárias, tenho o direito de ver este contrato na página virtual da instituição. Em suma, esta não é a OAB de Joinville que desejo e por estas singelas razões NÃO voto no candidato Maurício Voss.

O candidato da situação representa a política institucional velha, o continuísmo no plano municipal e um presságio ruim no plano estadual. Respeito o colega e não tenho nada contra sua pessoa.Pelo contrário, por sermos vizinhos (moramos na mesma Rua), penso que Maurício deveria trabalhar para descolar sua imagem de seu padrinho e imunizar-se daqueles que o apóiam por conveniência em Joinville e em Florianópolis. A luz própria do colega Maurício Voss brilhará melhor no futuro, quiçá 2015 ou 2018, mas não agora, pois, certamente, criador e criatura permanecerão em perfeita simbiose. Ou alguém duvida que o smartphone pessoal do atual Presidente ganhará status de oráculo e continuará informando ao seu primeiro imediato as rotas a serem seguidas pela nau Subseção de Joinville, sobretudo nas intempéries e tempestades?.

Concluo, afirmando que minha opção como eleitor vai em direção do colega Wilson Pereira Júnior, pelo histórico, experiência institucional, propostas e grupo de apoiadores. TIJI- como é informalmente chamado- embora defenda com veemência assustadora os interesses de seu constituinte na sala de audiências, sua
tenacidade ao término do ato judicial se transforma num caloroso aperto de mão, um franco bate-papo olho no olho, repleto da sinceridade de alguém que deseja, verdadeiramente, trabalhar pela construção de uma OAB de todos os advogados, sem tribos, articulações de bastidores, marqueteiros e sabujos. Quero uma OAB que tenha um representante que seja um diplomata quando necessário e um defensor aguerrido
de nossas prerrogativas ao serem violadas pelas autoridades e pelos representantes dos Poderes.

 Necessitamos renovar a OAB em Joinville, refletindo diretamente nossa escolha à nível estadual, analisando a candidatura mais afinada aos interesses de nossa Subseção. Caberá a nós, eleitores, dar a resposta nas urnas no próximo dia 19 de Novembro no salão do Júri sobre a OAB que desejamos: uma OAB para todos e que olha para frente com espírito de renovação ou uma OAB para poucos, representando o continuísmo de sempre.Por entender que o ecletismo e o espírito da renovação permeiam a Chapa 01, voto em Wilson Pereira Júnior, o TIJI, para Presidente da Subseção da OAB de Joinville.

Gustavo Pereira da Silva é advogado militante, pós graduado em Direito Empresarial e Presidente da Associação Viva o Bairro Santo Antônio

sábado, 10 de novembro de 2012

A Eleição da OAB [1]


POR TULLO CAVALAZZI FILHO

A advocacia sempre esteve na vanguarda dos movimentos sociais históricos. Os
advogados, que no próximo dia 19 de novembro decidirão o futuro da OAB, através das várias tormentas que ameaçaram nossa história, nunca desertaram da luta, nem aceitaram estandartes outros que não os da liberdade, democracia, pluralismo e
fraternidade.

A Ordem dos Advogados representa a consolidação desses ideais. Sendo a casa da liberdade, fez-se também a casa do debate, do diálogo, do contraditório, da saudável dialética política que permite a construção democrática.

Nas últimas gestões, entretanto, a Seccional de Santa Catarina virou suas costas para a sociedade, para os advogados, e especialmente, para a cidade de Joinville, maior subseção do Estado.

Os números da eleição passada não deixam dúvidas acerca do sentimento de MUDANÇA: 54,75% dos advogados votaram pela renovação, percentual este representado pela soma dos votos nas duas chapas de oposição. Hoje, todos os grupos que lutam por RENOVAÇÃO estão juntos numa única chapa, unidos pelo mesmo sentimento que tem inspirado a advocacia catarinense: O ORGULHO DE SER ADVOGADO.

RESPEITO. Essa é a palavra-chave de um movimento que nasce dos advogados, pelos advogados e para os advogados, e que, assim, se faz de toda a sociedade. Os advogados merecem uma OAB livre, independente, disposta a lutar por suas prerrogativas e capaz de representá-los com coragem e denodo. Somente assim resgatarão o respeito que merecem e terão condições de defender a sociedade.

Não é mais hora de promessas. Quem pretende dirigir os destinos de uma instituição da importância da Ordem dos Advogados do Brasil tem que honrar a palavra, ter coragem de firmar COMPROMISSOS e vontade de trabalhar incansavelmente para concretizar as maiores aspirações da classe.

A Chapa 2 – TODOS PELA ORDEM não se omite, e assume estes compromissos com todos os advogados do Estado. São eles:

• PORTAL DA TRANSPARÊNCIA - Amplo acesso às contas da instituição, inclusive com realização e publicação de auditorias independentes

•REDUÇÃO DA ANUIDADE - E com desconto automático para os jovens advogados

• DEFESA RIGOROSA DAS PRERROGATIVAS - OAB na linha de frente, advogado resguardado

• NÃO À REELEIÇÃO - Tullo Cavallazzi Filho e Paulo Marcondes Brincas assumem esse compromisso

• APOIO EFETIVO AOS JOVENS ADVOGADOS - Apoio e preparação para a advocacia, criação do Banco de Oportunidades e consultoria a escritórios para a implantação de planos de carreira

•NÃO UTILIZAÇÃO DA OAB PARA FINS PESSOAIS OU POLÍTICO- PARTIDÁRIOS - Porque a instituição é de todos, e não de poucos

• COBRANÇA FIRME DA DÍVIDA COM OS DEFENSORES DATIVOS - E também na definição do convênio com a Defensoria Pública, para garantir remuneração digna e pontualidade nos pagamentos

•DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA E ALEATÓRIA DE PROCESSOS DISCIPLINARES - Porque é obrigação da OAB garantir impessoalidade nos julgamentos

•FÉRIAS AOS ADVOGADOS - Postulação firme – e tempestiva – de suspensão de prazos e audiências por 30 dias perante o Poder Judiciário

• VALORIZAÇÃO DO TRABALHO DOS ADVOGADOS - Campanha contra o aviltamento dos honorários advocatícios

• AUTONOMIA FINANCEIRA DAS SUBSEÇÕES - As subseções terão tratamento isonômico e autonomia administrativa

Especificamente com a sociedade e os advogados joinvilenses, esquecidos e tão maltratados pela atual gestão da OAB/SC, destacamos dois compromissos:

Finalização da sede recreativa da subseção; e Construção do auditório da subseção.

Todos esses são compromissos que assumimos, juntamente com nossos candidatos, para que a OAB, de uma vez por todas, volte a ser de TODOS os advogados.

Tullo Cavallazzi Filho – Candidato à Presidente da OAB/SC

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Futebol se joga dentro das 4 linhas!

Essa semana, mais uma vez o futebol foi a notícia da vez na mídia nacional, não pelo que se joga dentro das quatro linhas, mas pelos episódios extracampo.

1- Internacional x Palmeiras
O STJD, julgou, na quinta-feira, a impugnação protocolada pelo Palmeiras pela suposta irregularidade constatada no jogo entre as equipes envolvidas, quando do gol anulado do atacante Barcos.

O resultado foi unânime e acachapante, 9 votos a zero pela manutenção do resultado e, mais uma vez, a Justiça Desportiva comprovou e demonstrou o trabalho sério que desenvolve e que só está aí para ajudar a manter o campeonato de forma ilibada e não para ajudar aqueles que, dentro das quatro linhas, não conseguiram desempenhar o que deviam.

Os auditores do STJD estão ali para cumprir de acordo com o que a legislação lhes propõe. E assim também deveriam ser as equipes e seus atletas e vez de tentarem se utilizar de um tribunal sério para escapar daquilo que não foram competentes para manter em campo.

2- Ronaldinho x Flamengo
Outro caso que extrapola as quatro linhas, é a Reclamatória Trabalhista movida por Ronaldinho em face do Flamengo.

O tumulto foi muito grande, algo que a Justiça trabalhista não está acostumada a conviver no seu dia a dia. Só que, neste caso, nada se resolveu.

O Flamengo ofereceu R$ 9 milhões, mas Ronaldinho recusou a oferta, já que alegou estar muito distante do crédito originário, que é de R$ 55 milhões.

Podia ter jogado futebol e o Flamengo ser um clube sério que nada disso estaria tumultuando o judiciário carioca!

3- JEC x Artur Neto
Não, não, não, aqui não tem briga e sim um entendimento que, a meu ver, beneficiará ambas as partes envolvidas para que, aí sim, se faça prevalecer o futebol do Tricolor Joinvilense apenas dentro das quatro linhas.

Seja bem-vindo Artur Neto e que o futebol prevaleça...dentro das quatro linhas, claro!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Casamento gay é tema de reflexão nos EUA

POR ET BARTHES
Nas eleições dos Estados Unidos, o casamento gay foi uma questão muito discutida nos círculos estaduais. Este filme mostra os aprisionamentos na vida de uma pessoa apenas por causa da sua escolha pela liberdade sexual. Se não souber ler inglês, pelo menos vai entender o espírito. A coisa é simples: muitas vezes as pessoas que estão ao nosso lado são a razão para aprovar o casamento gay.



Eu sou feminista



POR FERNANDA POMPERMAIER


Eu sou feminista.
Como uma mulher pode não ser feminista, eu não entendo. Como um homem inteligente pode não ser feminista? Eu também não entendo.
Acho que rola um estigma em torno da questão e a visão que muitas pessoas têm de uma feminista é aquela estereotipada de uma mulher exageradamente zangada que odeia homens, deixa crescer todos os pêlos do corpo, possivelmente lésbica e que luta pra que as mulheres "vençam os homens".

Se você ainda tem essa imagem, desconstrua, porque ela é equivocada.
Uma feminista quer direitos iguais. Ponto.
Nem superiores, nem inferiores. Iguais.
Pode ser uma mulher vaidosa como qualquer ser humano na terra.
Pode ser uma mãe de família, uma irmã, uma filha, uma esposa. Pode ser um homem, por que não?

É só querer salários iguais para cargos iguais, querer respeito às mulheres como profissionais, chefes, professoras, etc.  Querer dividir as tarefas domésticas e dividir as responsabilidades nos cuidados com os filhos. É só permitir que a mulher também decida e seja respeitada nessas decisões sem ter que ceder às decisões dos homens. Assim você também será feminista. 
Eu não vejo problema, num relacionamento entre iguais, que a mulher ganhe o mesmo ou mais que o marido. Como homem eu me sentiria realizado, mais dinheiro para toda a família!

É meio lógico que quem suje também limpe, que quem coma também cozinhe, que quem precise de roupa limpa e passada também o faça, não é? Ninguém deveria estar nessa posição privilegiada na qual os outros são obrigados a fazer por você.

Se homem gosta de sair com amigos para descontrair, por que não gostaria uma mulher de fazer o mesmo? Não é muito prazeroso ser privado das suas vontades.

Ninguém deseja que seu filho cresça numa sociedade que trata de formas diferentes homens e mulheres, brancos e negros, heterossexuais ou homossexuais, religiosos ou ateus, afinal quão infeliz viveriam nossos filhos se tivessem que esconder seus verdadeiros desejos?

Eu tenho uma filha e espero que, se ela decidir viver com outra mulher, que seja respeitada nessa decisão e não sofra preconceitos. Assim também na profissão que escolher. Esse é mais um motivo pelo qual me sinto feliz em estar na Suécia. O país está entre os líderes no mundo em igualdade de gêneros. Um exemplo é a licença maternidade que é de 18 meses e pode ser dividida ½ a ½ entre pai e mãe. Cada um deve pegar no mínimo três meses. Não é ótimo? Casamentos entre pessoas do mesmo sexo são legalizados. Esses são alguns exemplos das políticas igualitárias implantadas pela Suécia há muitos anos.  E essa também já foi uma sociedade machista, mas mudou.

Nós também podemos. Basta começar conosco. Desconstruindo mitos, questionando, reformulando pensamentos. Mudanças podem ser boas, a tradição muitas vezes é o discurso do conformado.  

Para quem quiser se aprofundar:
http://www.sweden.se/eng/Home/Society/Equality/Facts/Gender-equality-in-Sweden/

Fernanda Pompermaier é joinvilense, professora de educação infantil e mora na Suécia há quase 2 anos. Escreve o http://vivernasuecia.blogspot.com.br

Obama em dia de Bruce Lee

POR ET BARTHES
Barack Obama parece ser um cara muito calmo. Menos com as portas. A imagem é de algum tempo e parece brincadeira, mas vale a pena repetir.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Udo acertou onde Carlito mais errou: o primeiro nome confirmado no secretariado

POR CHARLES HENRIQUE VOOS

As eleições chegaram ao fim, e após a vitória de Udo Dohler as atenções voltam-se para a composição de seu secretariado, bem como a eleição do próximo Presidente da Câmara de Vereadores. Ontem mesmo (7) tivemos a primeira novidade: o secretário de comunicação já está escolhido, e será o jornalista Marco Aurélio Braga. Udo acertou em cheio justamente no lugar em que Carlito Merss mais errou.

Carlito não deu atenção especial a esta secretaria, colocando como secretária uma pessoa que não é da área. Nada contra ela, mas poderia estar ocupando outras funções importantes dentro da gestão. Com isto, as estratégias de comunicação voltaram-se às coisas pequenas, sem darem importância aos grandes anseios da população (leia-se: "quando e como meus problemas serão resolvidos?"). Não nos esqueçamos que, sem uma boa relação com os jornalistas e ou "Gebailis" da vida, as críticas surgem com maior intensidade e sem as devidas respostas. A comunicação de Carlito Merss não fez a conexão necessária com as pessoas, as quais davam audiência a tudo o que vinha da imprensa, sem o contraponto. 

Os papeis foram invertidos: "institucionalizou-se" a informação ao invés da democratização desta. Um problema mais de modus operandi do que propriamente de conteúdo, afinal, a secretaria de comunicação tem ótimos funcionários de carreira. O "Carlito não faz nada" foi uma expressão tão popular quanto o "dá pra fazer", uma consequência deste afastamento do povo e que "manchou" a imagem do Prefeito. Somente outdoors ou informativos não resolvem como estratégia. E, para piorar, a candidatura de Carlito foi cassada por irregularidades na gestão da Secom, com investimentos acima da média em um ano eleitoral. Quando Carlito conseguiu fazer uma comunicação direta com as pessoas (na campanha, com preciosos minutos de TV) a sua rejeição caiu consideravelmente, porém era "tarde demais". Convenhamos que também houve uma ótima ação, principalmente na estruturação da rádio Joinville Cultural, mas isto aconteceu no período final da gestão, e desta maneira não conseguimos mensurar os impactos da referida política pública. 

Ao indicar Marco Aurélio para a sua gestão, Udo dá a devida importância para a pasta, colocando como secretário um profissional que há mais de 15 anos está no mercado joinvilense de comunicação, e é referência pelo profissionalismo. Claro que a Secom também tem funções políticas muito bem definidas, mas, ao indicar o nome de Marco Aurélio, a futura gestão dá sinais claros de reestruturação deste setor. Cabe ao novo Secretário olhar para o passado e não cometer os mesmos erros de seus antecessores, colocando a secretaria ao lado das pessoas e longe dos interesses difusos de alguns "formadores de opinião" ou do centralismo democrático tão presente na Av. Hermann Lepper nos últimos anos.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Star Wars: agora a sacanagem é com a princesa

POR ET BARTHES
Depois da compra dos direitos da saga Star Wars pela Disney, a sacanagem continua. Desta vez é a Princesa Lea a ser recebida por todas as princesas Disney: Branca de Neve, Ariel, Belle, Cinderela e Aurora. 


A "justiça" desportiva!

POR GABRIELA SCHIEWE

Hoje o que mais se comenta no Campeonato Brasileiro de Futebol nada tem a ver com o jogo em si, mas sim com ocorrências extracampo.

A maior tônica tem sido a arbitragem, que ganhou proporções maiores no lance ocorrido no jogo Internacional 2 x 1 Palmeiras.

O gol de empate do Palmeiras, feito pelo atacante Barcos, foi anulado pelo árbitro principal. No entanto, ficando com a informação do toque de mão do atleta chegou a arbitragem.

Diante de supostas irregularidades perqueridas pelo Palmeiras, por meio de impugnação junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o resultado do jogo está suspenso até julgamento da denúncia.

A "justiça" desportiva está sendo torpedeada por esse ato, que não passa da mera aplicação da lei, ante a impugnação ofertada pelo Palmeiras.

O que vem sendo discutido, e com muita propriedade, é até onde o extracampo. Nesse caso o STJD pode influenciar no resultado de uma partida de futebol? Não estaria se distorcendo o real sentido deste esporte? Permitir que resultados sejam alterados no "tapetão" não prejudicaria a lisura do espetáculo?

A questão é que a "justiça" desportiva não é uma justiceira, mas fiscalizadora do que ocorre em campo para que se faça cumprir a legislação vigente.

O que vale destacar não é a atuação dos tribunais de Justiça Desportiva, que estão aplicando a lei positivada, mas sim o que aqueles que participam ativamente do espetáculo e, no caso em tela, os árbitros estarem mais atentos ao seu ofício e o fazê-lo da melhor maneira e com a maior discrição possível.

A frase "árbitro bom é aquele que não é notado" é uma grande verdade, haja vista que toda vez que a arbitragem quer aparecer mais que o próprio jogo, a coisa desanda. E aí, inevitavelmente, a "justiça" desportiva tem obrigação de atuar para, sim, garantir a lisura do jogo.

De outra ponta, sou da premissa que a justiça desportiva deva atuar tão somente nos casos de acintosos e agir de maneira silenciosa, sendo noticiado o fato apenas quando já estiver julgado e sacramentado para não prejudicar nem o campeonato em curso e, tampouco, o trabalho dos aplicadores da lei.

Há de se ter muito cuidado, pois as figurinhas extras estão querendo aparecer mais do que os jogadores, que fazem o espetáculo. Capice?????

NO CHUVEIRINHO - Dá-lhe JEC, deu a virada no Guará e, depois da vitória acachapante em pleno Heriberto Hulse, garantiu mais uma, agora dentro de casa.

Parabéns Tricolor, mostrando que, mesmo com chances pequenas, se fortaleceu e continua a sua luta.